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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 01, 2015

“São os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu”.

grecia

Habermas defende a Grécia

Um dos maiores intelectuais vivos da Europa acusa as lideranças do continente de adotarem políticas antidemocráticas em relação à Grécia.
Ele lembra que a Alemanha sobreviveu à crise pós-guerra com ajuda financeira de outros países e perdão de suas dívidas.
***
O governo dos banqueiros. Artigo de Jürgen Habermas
“São os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu”. O comentário é de Jürgen Habermas, filósofo e escritor alemão em artigo publicado no jornal no El País, 28-06-2015. Habermas lembra que “a Alemanha deve o impulso inicial para sua decolagem econômica, do qual ainda se alimenta hoje, à generosidade dos países credores que no Tratado de Londres, de 1954, perdoaram mais ou menos a metade de suas dívidas”.
Segundo ele, “o acordo não está fracassando por causa de alguns bilhões a mais ou a menos, nem por causa de um ou outro imposto, mas unicamente porque os gregos exigem que a economia e a população explorada pelas elites corruptas tenham a possibilidade de voltar a funcionar através da quitação da dívida ou uma medida equivalente, como, por exemplo, uma moratória dos pagamentos vinculada ao crescimento”.
Eis o artigo.
A última sentença do Tribunal de Justiça Europeu [que permite ao Banco Central Europeu (BCE) comprar dívida soberana para combater a crise do euro] lança uma luz prejudicial sobre a falida construção de uma união monetária sem união política. No verão de 2012, todos os cidadãos tiveram que agradecer a Mario Draghi, presidente do BCE, que com uma só frase [“farei o necessário para sustentar o euro”] salvou a moeda das desastrosas consequências de um colapso que parecia iminente. Ele tirou do sufoco o Eurogrupo ao anunciar que, caso fosse preciso, compraria dívida pública em quantidade ilimitada. Draghi teve que dar um passo à frente porque os chefes de Governo eram incapazes de agir pelo interesse comum da Europa; todos estavam hipnotizados, prisioneiros de seus respectivos interesses nacionais.
Naquele momento, os mercados financeiros reagiram – diminuindo a tensão – diante de uma única frase, a frase com a qual o presidente do BCE simulou uma soberania fiscal que absolutamente não possuía. Porque agora, assim como antes, são os bancos centrais dos países-membros os que aprovam os créditos, em última instância. O Tribunal Europeu não pode referendar essa competição contrária ao texto literal dos tratados europeus; mas as consequências de sua sentença deixam implícito que o BCE, com escassas limitações, pode cumprir o papel de credor de última instância.
O tribunal abençoou um ato salvador que não obedece em nada à Constituição, e o Tribunal Constitucional alemão apoiará essa sentença acrescentando as sutilezas às quais estamos acostumados. Alguém poderia estar tentado a afirmar que os guardiões do direito dos tratados europeus se veem obrigados a aplicá-lo, ainda que indiretamente, para mitigar, caso a caso, as consequências indesejadas das falhas de construção da união monetária. Defeitos que só podem ser corrigidos mediante uma reforma das instituições, conforme juristas, cientistas políticos e economistas vêm demonstrando há anos. A união monetária continuará sendo instável enquanto não for complementada pela união bancária, fiscal e econômica. Mas isso significa – se não quisermos declarar abertamente que a democracia é um mero objeto decorativo – que a união monetária deve se desenvolver para se transformar em uma união política. Aqueles acontecimentos dramáticos de 2012 explicam por que Draghi nada contra a corrente de uma política míope – até mesmo insensata, eu diria.
Estamos outra vez em crise com Atenas porque, já em maio de 2010, a chanceler alemã se importava mais com os interesses dos investidores do que com quitar a dívida para sanar a economia grega. Neste momento, evidencia-se outro déficit institucional. O resultado das eleições gregas representa o voto de uma nação que se defende com uma maioria clara contra a tão humilhante e deprimente miséria social da política de austeridade imposta ao país. O próprio sentido do voto não se presta a especulações: a população rejeita a continuação de uma política cujo fracasso as pessoas já sentiram de forma drástica em suas próprias peles. De posse dessa legitimação democrática, o Governo grego tentou induzir uma mudança de políticas na zona do euro. E tropeçou em Bruxelas com os representantes de outros 18 Governos, que justificam sua recusa remetendo friamente a seu próprio mandato democrático.
Recordemos os primeiros encontros, quando os novatos – que se apresentavam de maneira prepotente motivados por sua vitória arrebatadora – ofereciam um grotesco espetáculo de troca de golpes com os residentes, que reagiam em parte de forma paternalista, em parte de forma desdenhosa e rotineira. Ambas as partes insistiam como papagaios que tinham sido autorizadas cada uma por seu respectivo “povo”. A comicidade involuntária desse estreito pensamento nacional-estatal expôs com grande eloquência, diante da opinião pública europeia, aquilo que realmente é necessário: formar uma vontade política comum entre os cidadãos em relação com as transcendentais fraquezas políticas no núcleo europeu.
As negociações para se chegar a um acordo em Bruxelas travam porque ambas as partes culpam a esterilidade de suas conversas não às falhas de construção de procedimentos e instituições, mas sim à má conduta de seus membros. O acordo não está fracassando por causa de alguns bilhões a mais ou a menos, nem por causa de um ou outro imposto, mas unicamente porque os gregos exigem que a economia e a população explorada pelas elites corruptas tenham a possibilidade de voltar a funcionar através da quitação da dívida ou uma medida equivalente, como, por exemplo, uma moratória dos pagamentos vinculada ao crescimento.
Os credores, por outro lado, não cedem no empenho para que se reconheça uma montanha de dívidas que a economia grega jamais poderá saldar. É indiscutível que a quitação da dívida será irremediável, a curto ou a longo prazo. No entanto, os credores insistem no reconhecimento formal de uma carga que, de fato, é impossível de ser paga. Até pouco tempo atrás, eles mantinham inclusive a exigência, literalmente fantástica, de um superávit primário superior a 4%. É verdade que essa demanda foi baixada para 1%, que tampouco é realista. Mas, até o momento, a tentativa de se chegar a um acordo, do qual depende o destino da União Europeia, fracassou por causa da exigência dos credores de sustentar uma ficção.
Naturalmente, os países doadores têm razões políticas para sustentá-la, já que no curto prazo isso permite adiar uma decisão desagradável. Temem, por exemplo, um efeito dominó em outros países devedores. E Angela Merkel também não está segura de sua própria maioria no Bundestag. Mas não há nenhuma dúvida quanto à necessidade de rever uma política equivocada à luz de suas consequências contraproducentes. Por outro lado, também não se pode culpar apenas uma das partes pelo desastre. Não posso julgar se há uma estratégia meditada por trás das manobras táticas do Governo grego, nem o que deve ser atribuído a imposições políticas, à inexperiência ou à incompetência dos negociadores. Essas circunstâncias difíceis não permitem explicar por que o Governo grego faz com que seja difícil até mesmo para seus simpatizantes discernir um rumo em seu comportamento errático.
Não se vê nenhuma tentativa razoável de construir coalizões; não se sabe se os nacionalistas de esquerda têm uma ideia um tanto etnocêntrica da solidariedade e impulsionam a permanência na zona do euro apenas por razões de astúcia, ou se sua perspectiva vai além do Estado-nação. A exigência de quitação da dívida não basta para despertar na parte contrária a confiança de que o novo Governo vá ser diferente, de que atuará com mais energia e responsabilidade do que os Executivos clientelistas aos quais substituiu. Tsipras e o Syriza poderiam ter desenvolvido o programa reformista de um Governo de esquerda e apresentá-lo a seus parceiros de negociação em Bruxelas e Berlim.
A discutível atuação do Governo grego não ameniza nem um pouco o escândalo de que os políticos de Bruxelas e Berlim se negam a tratar seus colegas de Atenas como políticos. Embora tenham a aparência de políticos, eles só falam em sua condição econômica de credores. Essa transformação em zumbis visa a apresentar a prolongada situação de insolvência de um Estado como um caso apolítico próprio do direito civil, algo que poderia levar à apresentação de ações ante um tribunal. Dessa forma, é muito mais fácil negar uma corresponsabilidade política.
Merkel fez o Fundo Monetário Internacional (FMI) embarcar desde o início em suas duvidosas manobras de resgate. O FMI não tem competência sobre as disfunções do sistema financeiro internacional; como terapeuta, vela por sua estabilidade e, portanto, atua no interesse conjunto dos investidores, principalmente dos investidores institucionais. Como integrantes da troika, as instituições europeias também se fundem com esse ator, de tal forma que os políticos, na medida em que atuem nessa função, podem se restringir ao papel de agentes que se regem estritamente por normas e dos quais não se podem exigir responsabilidades.
Essa dissolução da política na conformidade com os mercados pode explicar a falta de vergonha com a qual os representantes do Governo federal alemão, todos eles pessoassem mácula moral, negam sua corresponsabilidade política nas devastadoras consequências sociais que aceitaram, como líderes de opinião no Conselho Europeu, por causa da imposição de um programa neoliberal de austeridade. O escândalo dentro do escândalo é a cegueira com que o Governo alemão percebe seu papel de liderança. A Alemanha deve o impulso inicial para sua decolagem econômica, do qual ainda se alimenta hoje, à generosidade dos países credores que no Tratado de Londres, de 1954, perdoaram mais ou menos a metade de suas dívidas.
Mas não se trata de um escrúpulo moral, e sim do núcleo político: as elites políticas da Europa não podem continuar se escondendo de seus eleitores, ocultando até mesmo as alternativas ante as quais nos coloca uma união monetária politicamente incompleta. São os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu.
*ocafezinho

Cu nha perde


Atlant, la nave rusa que revolucionará el concepto de la aviación

Atlant, la nave rusa que revolucionará el concepto de la aviación


El consorcio ruso Augur RosAeroSystems está desarrollando el Atlant: una fusión de avión, aerodeslizador y aeronave. El novedoso vehículo aéreo, que será empleado por el Ejército ruso, será capaz de despegar y aterrizar sin una pista y llevar a 200 personas o 60 toneladas de carga a velocidades de hasta 170 km/h.
Se planea que la construcción del Atlant, de 130 metros de longitud, será completada para 2018, informa 'The Siberian Times'. El Ministerio de Defensa ya ha anunciado que planea utilizar la futurística aeronave, que mezcla la tecnología de aviones, helicópteros, aerodeslizadores y aeronaves. Sin embargo, siendo más económico en construcción y operación que un avión, también podría utilizarse como transporte en las zonas rurales.
Rusia tendrá aeronave militar capaz de transportar 200 personas y despegar sin una pistarosaerosystems.com
Actualmente, el consorcio Augur RosAeroSystems está creando el primer prototipo de la aeronave, que será capaz de transportar hasta 200 pasajeros o 60 toneladas de carga. El Atlant volará a velocidades de hasta 170 kilómetros por hora y, equipado con ordenadores de alta precisión, será capaz de despegar y aterrizar sin una pista de aterrizaje.
Según Mijaíl Talésnikov, el vicepresidente de la empresa, el Atlant, que "utilizará diferentes principios de vuelo", será "único". Está siendo diseñado para soportar temperaturas de hasta 40 grados bajo cero, lo que significa que será ideal para operaciones en Siberia y el Lejano Oriente, incluso en pleno invierno. Se informa que se crearán dos diferentes modelos: el Atlant-100, de 130 metros y que volará a 140 km/h, y el Atlant-30, una versión más pequeña de 75 metros de longitud y capaz de volar a 170 km/h.
*RT

PROJETO “RETRÓGRADO” DE JOSÉ SERRA PODE SIGNIFICAR PERDA DE R$ 112 BI PARA A EDUCAÇÃO

Serra300615

O Senado Federal pode votar hoje uma lei que significaria um grande retrocesso para a educação pública no Brasil.

Se for aprovado o projeto de lei de autoria de José Serra (PSDB) que reduz a participação daPetrobras no pré-sal, corremos o risco de perdermos R$ 112 bilhões para a educação pública na próxima década.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, fez um alerta importante sobre esse risco. Assista e compartilhe:

Moro violou cláusulas pétreas

Tod@s sabem: Moro e JB são cara de um focinho do outro
‪#‎NemAPauEntregamosOPreSal‬
Moro violou cláusulas pétreas
http://www.megacidadania.com.br/moro-violou-clausulas-petr…/

Moro violou cláusulas pétreas

A moeda Moro"Não há bem jurídico superior aos princípios da presunção de inocência e do amplo direito de defesa que possa justificar a sua inobservância."
Afirma o jurista e deputado federal Wadih Damous

O método de Moro – manter presas pessoas sem culpa configurada em busca de delações — é “medievalesco” e envergonha qualquer “sociedade civilizada”.
Disse o ministro do STF Teori Zavascki

"Não posso simplesmente potencializar o que eu quero alcançar e atropelar normas existentes. Falo de normas que implicam para todos nós, cidadãos, segurança jurídica. Esta deve prevalecer, não pode ser atropelada".
Apregoa o também ministro do STF Mauro Aurélio Mello

"Um homem de pouca serenidade, sempre à procura de algo para aparecer".
É assim que o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello descreve o juiz federal Sergio Moro

Moro é um “juiz de exceção” e “juiz de exceção só existe em país onde tem ditadura instalada”.
Desabafa o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay

Moro atua como "magistrado investigador" [figura que inexiste em nossa legislação].
Garantiu o ministro Celso de Mello, ao julgar caso no STF

FONTES:
EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E CONTRA A ESPETACULARIZAÇÃO DA JUSTIÇA
Para advogado, Sérgio Moro é juiz de ‘país com ditadura instalada’
“PRISÃO PREVENTIVA DEVE SER EXCEÇÃO, NÃO REGRA”
Ministro Marco Aurélio tira a escada de Moro
Moro pode ser responsabilizado por excessos na Lava Jato, diz Bandeira de Mello
Excessos de Sergio Moro são discutidos no STF e no CNJ pelo menos desde 2005
Teori Zavascki merece palmas de pé por ter posto Sérgio Moro no seu devido lugar

Dilma e o presidente Barack Obama anunciaram hoje (30) uma série de acordos

Em Washington, Dilma e o presidente Barack Obama anunciaram hoje (30) uma série de acordos entre Brasil e Estados Unidos, além da vontade de dobrar a corrente de comércio entre os dois países em uma década. “Estabelecemos uma agenda bilateral robusta em áreas como comércio, investimento, mudança do clima, energia, educação, defesa, ciência e tecnologia e inovação. Reforçamos nosso diálogo sobre temas da agenda interna no meio ambiente e de sustentação, algo que é essencial para o mundo e para cada um de nossos países, governança econômica e financeira, paz e segurança", afirmou a presidenta.
Dilma almoçou com o vice-presidente Joe Biden, a quem creditou o sucesso de sua visita de trabalho e se reuniu com a ex-secretária de Estado Madeleine Albright. Por fim, a presidenta participou do encerramento da Cúpula Empresarial ‪#‎BrasilEUA‬, onde destacou o cenário favorável no Brasil para investimentos em projetos estratégicos, com o objetivo de dinamizar a atividade econômica no País. Saiba mais: goo.gl/tBTP5u

"Cidadão de Bem" era o nome de um jornalzinho de apoio à Klu Klux Klan.

"Precisamos armar os cidadãos de bem!"
"Os cidadãos de bem estão cansados da corrupção!"
"Cidadãos de bem! Vamos lutar pela família brasileira!"
Pois é... "Cidadão de Bem" era o nome de um jornalzinho de apoio à Klu Klux Klan.
Lembre-se: o discurso nacionalista e moralista de atribuir para si todas as virtudes é perigoso em sua essência. Afinal, todo o resto vira o inimigo e a história está aí para provar que isso NUNCA resultou em algo bom...

Grecia se convierte en el primer país desarrollado en no pagar deuda al FMI

Grecia se convierte en el primer país desarrollado en no pagar deuda al FMI




Reuters / Pawel Kopczynski
Ha concluido el plazo límite en que Grecia debía pagar 1.600 millones de euros al FMI, de modo que se ha convertido en el primer país desarrollado en no pagar las obligaciones internacionales.
El 30 de junio estaba previsto como la fecha límite establecida por el FMI para que Grecia le devolviera 1.600 millones de euros. Tras expirar este plazo, Grecia se ha convertido en el primer país desarrollado en no pagar las obligaciones internacionales.
"Confirmo que el reembolso de 1.200 millones de derechos especiales de giros (unos 1.500 millones de euros que Grecia debe al FMI no se ha recibido hoy. Hemos informado a nuestro Consejo Ejecutivo de que ahora Grecia ha retrasado el pago ysolo puede recibir financiación del FMI cuando se liquiden los atrasos", se informa en el comunicado emitido por Gerry Rice, Director de Comunicaciones del FMI.
"También puedo confirmar que el FMI ha recibido hoy una solicitud de las autoridades griegas de prolongación de las obligaciones de reembolso de Grecia que han vencido hoy, que se va a dirigir al Consejo Ejecutivo a su debido tiempo", añade el comunicado.
Anteriormente, el ministro griego de Finanzas Yanis Varufakis había anunciado que el país no saldaría la deuda el 30 de junio. Sin embargo, subrayó que un acuerdo con los acreedores aún es posible.
*RT

SUPREMO ABSURDO! UMA JUSTIÇA SEM VENDA,SEM BALANÇA E SÓ COM ESPADA?

SUPREMO ABSURDO! UMA JUSTIÇA SEM VENDA,SEM BALANÇA E SÓ COM ESPADA?

Rosa_Boff
(comentários via Stanley Burburinho)
A Ministra Rosa Weber do STF é juíza do trabalho e não criminalista. Ela pediu ajuda ao juiz Moro, que é criminalista, o mesmo da Lava Jato, para escrever o seu voto para condenar José Dirceu no julgamento da AP470 (“mensalão do PT”). Veja abaixo a pérola que foi o voto dela:
”Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”.
E no mesmo Jornal do Brasil, Leonardo Boff perguntou:
“Qual literatura jurídica? A dos nazistas ou do notável jurista do nazismo Carl Schmitt? Pode uma juiza do Supremo Tribunal Federal se permitir tal leviandade ético-jurídica?”
(texto reproduzido na íntegra / Jornal do Brasil)
Leonardo Boff
Tradicionalmente a Justiça é representada por uma estátua que tem os olhos vendados para simbolizar a imparcialidade e a objetividade; a balança, a ponderação e a equidade; e a espada, a força e a coerção para impor o veredito.
Ao analisarmos o longo processo da Ação Penal 470 que julgou os envolvidos na dita compra de votos para os projetos do governo do PT, dentro de uma montada espetacularização mediática, notáveis juristas, de várias tendências, criticaram a falta de isenção e o caráter político do julgamento.
Não vamos entrar no mérito da Ação Penal 470 que acusou 40 pessoas. Admitamos que houve crimes, sujeitos às penas da lei. Mas todo processo judicial deve respeitar as duas regras básicas do direito: a pressunção da inocência e, em caso de dúdiva, esta deve favorecer o réu.
Em outras palavras, ninguém pode ser condenado senão mediante provas materiais consistentes; não pode ser por indícios e ilações. Se persistir a dúvida, o réu é beneficiado para evitar condenações injustas. A Justiça como instituição, desde tempos imemoriais, foi estatuída extamente para evitar que o justiciamento fosse feito pelas próprias mãos e inocentes fossem  injustamente condenados mas sempre no respeito a estes dois princípios fundantes.
Parece não ter prevalecido, em alguns Ministros de nossa Corte Suprema esta  norma básica do Direito Universal. Não sou eu quem o diz mas notáveis juristas de várias procedências. Valho-me de dois de notório saber e pela alta respectabilidade que granjearam entre seus pares. Deixo de citar as críticas do notável jurista Tarso Genro por ser do PT.
O primeiro é Ives Gandra Martins, 88 anos, jurista, autor de dezenas de livros, Professor da Mackenzie, do Estado Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra. Politicamente se situa no pólo oposto ao PT sem sacrificar em nada seu espírito de isenção. No da 22 de setembro de 2012 na FSP numa entrevista à Mônica Bérgamo disse claramente com referência à condenação de José Direceu por formação de quadrilha: todo o processo lido por mim não contem nenhuma prova. A condenação se fez por indícios e deduções com a utilização de uma categoria jurídica questionável, utilizada no tempo do nazismo, a “teoria do domínio do fato.” José Dirceu, pela função que exercia “deveria saber”. Dispensando as provas materiais e negando o princípio da presunção de inocência e do “in dubio pro reo”, foi enquadrado na tal teoria. Claus Roxin, jurista alemão que se aprofundou nesta teoria, em entrevista à FSP de 11/11/2012 alertou para o erro de o STF te-la aplicado sem amparo em provas. De forma displicente, a Ministra Rosa Weber disse em seu voto:”Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite. Qual literatura jurídica? A dos nazistas ou do notável jurista do nazismo Carl Schmitt? Pode uma juiza do Supremo Tribunal Federal se permitir tal leviandade ético-jurídica?
Gandra é contundente:”Se eu tiver a prova material do crime, não preciso da teoria do domínio do fato para condenar”. Essa prova foi desprezada. Os juízes ficaram nos indícios e nas deduções. Adverte para a “monumental insegurança jurídica” que pode a partir de agora vigorar. Se algum subalterno de um diretor cometer um crime qualquer e acusar o diretor, a este se aplica a “teoria do domínio do fato” porque “deveria saber”. Basta esta acusação para condená-lo.
Outro notável é o jurista Antônio Bandeira de Mello, 77, professor da PUC-SP na mesma FSP do dia 22/11/2013. Assevera:”Esse julgamento foi viciado do começo ao fim. As condenações foram políticas. Foram feitas porque a mídia determinou. Na verdade, o Supremo funcionou como a longa manus da mídia. Foi um ponto fora da curva”.
Escandalosa e autocrática, sem consultar seus pares, foi a determinação do Ministro Joaquim Barbosa. Em princípio, os condenados deveriam cumprir a pena o mais próximo possível das residências deles. “Se eu fosse do PT” – diz Bandeira de Mello – “ou da família pediria que o presidente do Supremo fosse processado. Ele parece mais partidário do que um homem isento”. Escolheu o dia 15 de novembro, feriado nacional, para transportar para Brasília, de forma aparatosa num avião militar, os presos, acorrentados e proibidos de se comunicar. José Genuino, doente e desaconselhado de voar, podia correr risco de morte. Colocou a todos em prisão fechada mesmo aqueles que estariam em prisão semi-aberta. Ilegalmente prendeu-os antes de concluir o processo com a análise dos “embargos infringentes”.
animus condemnandi (a vontade de condenar) e de atingir letalmente o PT é inegável nas atitudes açodadas e irritadiças do Ministro Barbosa. E nós tivemos ainda que defendê-lo contra tantos preconceitos que de muitas partes ouvimos pelo fato de sua ascendência afrobrasileira. Contra isso afirmo sempre:“somos todos africanos”porque foi lá que irrompemos como espécie humana. Mas não endossamos as arbitrariedades deste Ministro culto mas raivoso. Com o Ministro Barbosa a Justiça ficou sem as vendas porque não foi imparcial, aboliu a balança porque ele não foi equilibrado. Só usou a espada para punir mesmo contra os princípios do direito. Não honra seu cargo e apequena a mais alta instância jurídica da Nação.
Ele, como diz São Paulo aos Romanos:”aprisionou a verdade na injustiça”(1,18). A frase completa do Apóstolo, considero-a dura demais para ser aplicada ao Ministro.
Leonardo Boff foi professor de Etica na UERJ e escreveu Etica e Moral: em busca dos fundamentos, Vozes 2003.