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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 30, 2011

Em Londres, Lula cobra G-20 e pede nova governança

"Não dá para os países tomarem decisões unilateralmente", disse o ex-presidente
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que é preciso criar uma nova governança global para encarar a crise. Ele avalia que o G-20 precisa aproveitar a próxima reunião, em novembro, para se consolidar como o fórum de tomada de resoluções. "Não dá para os países tomarem decisões unilateralmente", afirmou hoje, durante palestra em evento organizado pela revista britânica The Economist, em Londres.
Lula avalia que o G-8 perdeu importância, diante da entrada de novos atores no cenário mundial. Ele também disse que o G-20 não cumpriu as promessas feitas na reunião de 2009, em Londres, de democratizar o grupo, regular o sistema financeiro e acabar com os paraísos fiscais. "Para os Estados Unidos e a Europa, a crise já estava resolvida, mas não estava."
O ex-presidente disse que, nas reuniões do G-20, "parece que não existe problema". "Só percebemos que existem problemas pela imprensa", afirmou.
*comtextolivre

Dilma tem aprovação de 71% dos brasileiros, diz CNI/Ibope

Pesquisa revela ainda que, para 51%, governo da presidenta é ótimo e bom
Mariana Londres, do R7, em Brasília

A popularidade da presidenta Dilma Rousseff continua em alta, assim como a avaliação positiva do seu governo. É o que revela a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira (30): 71% dos brasileiros avaliam como ótimo e bom o desempenho pessoal da presidente no comando do país e 51% consideram o governo Dilma ótimo e bom.

A pesquisa anterior da CNI/Ibope foi realizada em julho, e avaliou, portanto, os seis primeiros meses do governo da presidente. Na pesquisa, a atuação pessoal de Dilma foi aprovada por 67%. Já o governo teve aprovação de 48% dos brasileiros.

Na pesquisa divulgada hoje, para 34% dos entrevistados, a gestão de Dilma é regular contra 36% que opinaram em julho. Ruim ou péssimo foi a resposta de 11% dos brasileiros consultados, contra 12% em julho. Nesta pesquisa, 4% não souberam avaliar o desempenho da petista.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em todo o Brasil entre os dias 16 e 20 de setembro. A margem de erro do é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

*esquerdopata

psdb joga R$ 160 milhões no esgoto

Curiosamente o nome MARIO COVAS não aparece em lugar nenhum. Alckmin "encampou" essa ideia brilhante de quem, dona Folha?
Após 10 anos e R$ 160 mi, SP desiste de plano de limpeza do rio PinheirosMétodo de flotação recebia críticas desde que foi adotado, em 2001, pelo governador Alckmin
Novas propostas de despoluição serão apresentadas até o fim de outubro, segundo secretário de Energia
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO 
Após dez anos de investimentos públicos que chegaram a R$ 160 milhões, o governo paulista desistiu do plano de limpar o rio Pinheiros pelo método de flotação.
A ideia era levar parte da água despoluída para a represa Billings, o maior reservatório da Grande São Paulo.
O sistema encampado em 2001 pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) consiste em reunir a sujeira em flocos na superfície da água para posterior remoção. No Pinheiros, o método se mostrou ineficiente e caro.
Mantê-lo exigiria novos investimentos sem certeza de êxito, diz o governo paulista.
A aposta de 2001 foi inédita: nunca havia se tentado limpar água via flotação num rio do porte do Pinheiros, com 25 km. A tecnologia é usada em lagos e mineração.
*esquerdopata

Brasil retira soldados do Haiti



Amorim anuncia saída de militares brasileiros
Celso Amorim anuncia a retirada de 257 soldados do Haiti em 2012. Foto: Elza Fiúza/ABr

O Brasil deverá começar a retirar, a partir de março de 2012, 257 militares que estão na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. O anúncio foi feito nesta quinta-feira 29 pelo ministro da Defesa Celso Amorim. Em outubro, segundo ele, a ONU deverá aprovar a retirada de 1,6 mil pessoas que atuam na missão.
A maior parte dos militares que deverá deixar a ilha chegou ao Haiti depois do terremoto que devastou o país em 2010, para dar reforço aos que já atuavam na pacificação. Amorim explicou que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares.
 O mandato brasileiro como chefe da missão também passará por votação para ser renovado. Para o ministro, a saída das forças de paz deverá ocorrer gradualmente. “Não devemos e não queremos nos eternizar no Haiti, mas também não vamos sair de maneira irresponsável”, informou o ministro.
Entre o efetivo brasileiro que deixará o Haiti, não devem estar militares do batalhão de engenharia. Eles têm atuado na reconstrução de pontes, poços artesianos, produção de energia, entre outras obras emergenciais.
Com informações da Agência Brasil
*Publicado originalmente em Sul21.

Apertando, ninguém foge

A nossa imprensa, que tem o estranho hábito de prever que o fim do mundo é na próxima esquina.
Foi assim no caso da taxação da entrada de capital financeiro no país. Taxou-se, e ninguém fugiu.
Agora, a história de repetiu no caso das importações de veículos.
A Folha, hoje, dá conta que pelo menos duas – a Hyundai e a BMW – já discutem com o governo uma atenuação do regime tributário em troca de instalação de unidades aqui. E a chinesa JAC estuda fazer o mesmo.
Obvio, ninguém quer ficar fora do quarto – ou quinto, isso muda de posição toda hora -  mercado automotivo do planeta,  como você vê na tabela.
Claro que vão continuar a alegar isso e aquilo. E tentar um regime mais suave, nacionalizando itens de menor complexidade – estofamento e forração, rodas, escapamentos, vidros, tubos, fiação, etc -  onde é mais fácil e rápido conseguir fornecedores nacionais.
Nada errado em abater o percentual que nacionalizarem do IPI extra, desde que isso seja feito, como se pretende, dentro de um cronograma que atinja os setores de maior complexidades, commo motorização, câmbio e eletrônica embarcada.
Apertando, em lugar de fugir, é que eles vêm.
*Tijolaço

TV RECORD NÃO É A NOVA TV EXCELSIOR


VINHETA DA TV EXCELSIOR EM 1963.

Por Alexandre Figueiredo

Até hoje, no âmbito cultural, não recuperamos o caminho perdido em 1964. Quando vemos que a intelectualidade de esquerda é submetida, ainda, aos valores da direita cultural, com o paternalismo ao povo pobre prometido por esta, isso significa que até agora muitas feridas deixadas pelo regime militar ainda não foram cicatrizadas.

Pelo contrário, como vemos em nossos textos, vemos parte da direita brasileira se fantasiar de "esquerdista", fazendo falsos ataques à Folha, Globo, FHC e outros ícones da mídia e da política direitistas, e enganando a intelectualidade esquerdista afogada ainda nos seus preconceitos de classe média que só contemplam o rádio portátil da empregada.

Só isso mistura pseudo-esquerdistas e esquerdistas ingênuos, que veem cabelo em ovo e acreditam que a direita não mexeria no tema cultura, que desliza pela mídia como um misto de virgem imaculada e bebê inocente, que transitaria pela Barão de Limeira (sede da Folha de São Paulo) e pela Casa Amarela (sede de Caros Amigos) com a mesma serenidade.

Não é bem assim. A cultura de direita quer empurrar mesmo os seus valores para a intelectualidade de esquerda acreditar, sob o pretexto de que tais valores são "generosos" com o povo pobre, para tentar neutralizar o avanço de políticas de centro-esquerda com a manutenção dos mesmos valores culturais vigentes nos tempos de Geisel, Sarney, Collor e FHC.

A ingenuidade ocorre de tal forma que muitos veem um maniqueísmo grosseiro entre duas principais redes de televisão do Brasil, a Rede Globo e a Rede Record.

Certamente, a Rede Globo seria, de fato, a mídia direitista, conservadora, alinhada com os interesses das classes dominantes e uma das porta-vozes do imperialismo norte-americano (se bem que essa palavra, "imperialismo", tornou-se gasta no jargão esquerdista).

No entanto, a visão ingênua dos esquerdistas mais ingênuos, vários deles realmente iniciantes, embora reconheça corretamente o lado ideológico das Organizações Globo, comete o equívoco de contrapor a ela, de forma grosseiramente generalizada, a Rede Record, tida como "necessariamente esquerdista".

Alguns desses ingênuos, mal saídos das escolas de Comunicação, até tentam, assim que conhecem a história da televisão, criar uma analogia equivocada da Rede Record atual à extinta rede de televisão Excelsior, surgida em 1960 e administrada pelo dono da extinta empresa de aviação Panair, Mário Wallace Simonsen.

Simonsen - não confundir com o banqueiro direitista Mário Henrique Simonsen - era amigo de João Goulart e Leonel Brizola, e era um empresário que, apesar do seu poder econômico expressivo, tinha uma mentalidade centro-esquerdista. O IPES até tentou cooptá-lo, na sua "frente ampla" contra Jango, mas Wallace Simonsen manteve seus princípios e foi fiel a Jango e suas causas até mesmo depois do golpe.

A TV Excelsior, evidentemente, não era, por si só, uma televisão esquerdista. Mas tinha uma programação de qualidade num tempo em que até a direita cultural primava pelo respeito à cultura e ao ser humano. E a TV Excelsior também tornou-se conhecida por ter inovado o telejornalismo brasileiro, ao mesmo tempo interessante, instigante, honesto e digno.

A ditadura militar rompeu com isso, e hoje temos uma televisão que soa debilóide, viciada e desinteressante, apesar de hipnótica e tendenciosa. E a ditadura perseguiu a bem administrada TV Excelsior até estrangulá-la política e financeiramente em 1970.

Pois a Rede Record, que naqueles idos de 1963-1964 não era rigorosamente Rede Record, mas Emissoras Unidas, com parcerias feitas sobretudo com a carioca TV Rio, teve outro dono então, a família Machado de Carvalho que, em parte, passou a controlar também as rádios Panamericana (hoje Jovem Pan 1 e Jovem Pan 2).

Mas, passando por outros controles acionários, a Record, desde 1992, é controlada pelo pastor Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, complexo religioso surgido sob inspiração da Igreja Nova Vida, fundada pelo pastor Robert McAlister em 1960.

Juntando vários contextos diferentes num país hoje em crise de valores sócio-culturais como o Brasil, certamente a Rede Record nem de longe é a nova TV Excelsior, e muito menos Edir Macedo é o novo Mário Wallace Simonsen.

Em que pese a Record ter em seu elenco gente realmente inclinada à mídia esquerdista, como Paulo Henrique Amorim, Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna e Heloísa Villela, eles não refletem necessariamente o perfil da emissora, que na prática é uma grande salada ideológica.

Eles são até uma ilha de integridade e inteligência (embora se critique certas posturas de PHA) mesmo dentro do jornalismo da Record, que não é totalmente ligado às mídias progressistas. E seria muita tolice acharmos que até Gugu Liberato virou esquerdista. Além disso, até agora Rodrigo Faro não nos brindou, e nem está interessado em nos brindar, com uma imitação de Fidel Castro ou de Che Guevara discursando para a população. E já fizeram 50 anos da famosa condecoração de Jânio Quadros ao famoso Che.

O fato do jornalismo da Record não ser totalmente esquerdista e nem representar uma unidade de forças progressistas se explica desta forma:

Primeiro, porque há o tal "jornalismo mundo-cão". Ainda que Wagner Montes seja filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), ele trabalha com um tipo de noticiário grosseiro, vulgar, que nada tem a ver com os movimentos sociais, de fato. E sua origem vem do mesmo O Povo na TV (programa lançado pelo SBT há 30 anos) que o "petebista" de alma demotucana, Roberto Jefferson.

Segundo, porque recentemente entrou na Record o jornalista Heródoto Barbeiro, que, pelo seu passado remoto (ele chegou a ser filiado à ARENA) e recente (visão tecnocrática e jornalismo conservador) direitistas, e pelo rompimento relativo com o demotucanato, tornou-se uma espécie de Gilberto Kassab do telejornalismo, investindo no mesmo padrão abrangente, mas domesticado de telejornalismo da Rede Bandeirantes / Band News.

E, terceiro, porque, falando em Rede Bandeirantes, a quase entrada de José Luiz Datena no telejornalismo da Rede Record quase o faria pseudo-esquerdista, não fosse as posições claramente direitistas que Datena deixou passar e, quando voltou à Band, reafirmou quando era entrevistado pelos membros do programa humorístico CQC, notório pelo direitismo (Marcelo Tas no Instituto Millenium, Rafinha Bastos com posturas machistas).

Agora, algumas posturas fazem com que a Rede Record demonstre estar enquadrada na mesma mídia conservadora de Globo, Band e SBT. Ou mesmo da TV Cultura "tucana". Não bastasse o setor de entretenimento ser bastante popularesco - o portal R7 chega a ser um paraíso astral para a breguice reinante no nosso país - , a Record seguiu a mesma cartilha da Globo na cobetura do 11 de Setembro, da hidrelétrica de Belo Monte e das passeatas contra a corrupção.

Certamente isso é de parte de um jornalismo que não é o dos integrantes do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, mas de outros membros não alinhados com a mídia esquerdista. Afinal, existe uma rotatividade de profissionais da Globo para a Record, da Globo para a Band, ou vice-versa, que não há como realizar uma ruptura ideológica consistente.

Quanto ao dono Edir Macedo, nem precisam maiores comentários. Seu caráter manipulador, como líder religioso, além de corrupto e tendencioso, já tornaram-se famosos.

O que deve valer, na análise de Amorim, Azenha, Vianna e seus parceiros, é aquela máxima que vemos nas fichas técnicas dos veículos de imprensa em geral: "as opiniões que eles transmitem não refletem necessariamente a visão do veículo de comunicação ao qual fazem parte".
*mingaudeaço

Justiça proíbe que SP privatize os hospítais públicos


O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o recurso que o governo do Estado moveu contra a decisão que proibia a destinação de 25% dos leitos de hospitais públicos a planos de saúde.


Agora não cabe mais recurso. O governo terá que esperar o julgamento da ação civil pública movida pela Promotoria de São Paulo contra a destinação dos leitos aos convênios, o que pode demorar.


Se a decisão da Justiça paulista tivesse sido favorável ao governo, o decreto que destina os 25% dos leitos já poderia começar a ser implementado agora, enquanto a ação está correndo. O plano do governo era começar a implementação da lei pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) e Hospital dos Transplantes.


A decisão foi do desembargador José Luiz Germano, da 2ª Câmara de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele afirmou que o "Estado ou as organizações sociais por ele credenciadas, não tem porque fazer o atendimento público da saúde com características particulares".


O desembargador citou ainda que já há duas leis que permitem a cobrança dos planos pelo serviço feito de forma pública --uma do governo federal e outra do próprio governo de São Paulo.


"A saúde é um dever do Estado, que pode ser exercida por particulares. Esse serviço público é universal, o que significa que o Estado não pode distinguir entre pessoas com plano de saúde e pessoas sem plano de saúde", afirmou.


Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde informou que ainda não foi notificada e, por isso, não tem como comentar a decisão.


HISTÓRICA


A decisão foi considerada "histórica" pelo promotor de Justiça e Direitos Humanos Arthur Pinto Filho. "É a primeira vez que o tribunal brasileiro dá uma decisão tão forte, que deixa claro o absurdo que é o decreto do governo de São Paulo. Foi uma vitória da sociedade brasileira", disse.


A lei foi assinada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no final do ano passado e regulamentada, por meio de decretos, no início deste ano. Deste então, entidades médicas se posicionaram contrárias à medida, afirmando que isso abriria a possibilidade de "dupla porta" nos hospitais públicos --com atendimento diferenciado para pacientes do SUS e de planos de saúde.


"A decisão é importante. Agora são duas instâncias da Justiça confirmando. A gente espera que agora se comece a discutir a dupla porta existente no Incor [Instituto do Coração da USP] e no Hospital Clínicas, que continua vigorando", diz Mario Scheffer, pesquisador da USP.


O governo afirmava que pretendia apenas garantir o ressarcimento dos atendimentos de pessoas com convênio nesses hospitais.


No começo deste mês, o juiz Marcos de Lima Porte, da 5ª Vara da Fazenda Pública, já havia negado recurso do governo, afirmando que o decreto de Alckmin era uma "afronta ao Estado de Direito e ao interesse da coletividade". Mas o governo recorreu.

Mensalão da ALESP: Lista dos 22 deputados sob suspeita, porque barram CPI da corrupção


A Assembléia Legislativa de São Paulo (ALESP) precisa urgente fazer uma faxina na corrupção da casa. As denúncias são cristalinas como a água, muito graves, e não tem como tapar o sol com a peneira.

Mas a tropa de choque dos deputados do PSDB, aliados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) já anunciou a recusa em assinar a CPI para apurar o "mensalão" das emendas parlamentares denunciada pelo deputado Roque Barbieri (PTB/SP).

O deputado disse que entre 25% e 30% de seus colegas recebem propinas para vender emendas parlamentares. Isso daria entre 23 e 28 deputados.

A bancada do PSDB tem 22 deputados, o número coincide (muito próximo) com os 25% de deputados citados por Roque Barbieri.

Assim toda a bancada tucana se coloca sob suspeição perante a população.
Afinal tem medo do quê?
O que tem a esconder?
Estão no "rolo"?

Muitos destes deputados planejam se candidatar a prefeito no ano que vem. O eleitor deve anotar e guardar estes nomes, para pensar bem no quanto eles estão impedindo estancar a roubalheira, quando eles vierem pedir seu voto em 2012 (ou 2014 de novo).

São estes os nomes dos tucanos que não deixam fazer uma faxina na banda corrupta da ALESP:

Deputados do PSDB que acobertam os corruptos da ALESP ao barrarem a CPI Região (base eleitoral)
Analice Fernandes Taboão da Serra
Ary Fossen Jundiaí e região
Barros Munhoz Capital, Itapira
Carlão Pignatari Região Noroeste do Estado, Votuporanga
Carlos Bezerra Capital
Cauê Macris Americana, Região Administrativa de Campinas
Célia Leão Campinas
Celino Cardoso Freguesia do Ó, São Pedro e região, Vila Brasilândia
Celso Giglio Osasco
Fernando Capez Grande São Paulo, Interior
Geraldo Vinholi Catanduva, Itápolis, Penápolis
Hélio Nishimoto São José dos Campos
João Caramez Capital, Região Oeste da Grande São Paulo
Marcos Zerbini Capital - Zona Norte, Capital - Zona Oeste, Grande São Paulo
Maria Lúcia Amary Região Sudoeste do Estado, Sorocaba
Mauro Bragato Presidente Prudente e região
Orlando Morando Grande ABC
Pedro Tobias Bauru e região
Roberto Engler Franca e região
Roberto Massafera Araraquara e região
Samuel Moreira Capital, Litoral Sul, Vale do Ribeira
Welson Gasparini Ribeirão Preto


Fonte:Os Amigos do Presidente Lula/oTerrordonordeste
   

O "espírito animal" do capitalismo

Editorial do sítio Vermelho:

"Sonho com esse momento (de declínio econômico) há três anos. Vou confessar: sonho diariamente com uma nova recessão. Se você tem o plano certo, pode fazer muito dinheiro com isso". O autor dessa declaração reveladora é o financista Alessio Rastani, operador independente do mercado financeiro, que fez uma espécie de confissão sobre as atividades do controvertido setor em que “trabalha” durante recente entrevista à BBC.

COMANDANTE FIDEL CASTRO DIZ QUE CUBA MUDARÁ PARA MELHOR, E QUE O IMPÉRIO AMERICANO CAIRÁ ANTES DISSO

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O ex-presidente cubano Fidel Castro afirmou em um novo artigo divulgado nesta quinta-feira que "muitas coisas mudarão em Cuba", mas sem a interferência dos Estados Unidos, que talvez tenham seu "império" derrubado antes.
http://barenakedislam.files.wordpress.com/2011/09/cuba-flag-map-hl.jpg?w=460&h=220
"Muitas coisas mudarão em Cuba, mas mudarão por nosso esforço, e apesar dos Estados Unidos. Talvez esse império seja derrubado antes", escreveu Fidel Castro em resposta ao presidente americano, Barack Obama, que nesta quarta-feira afirmou que "é o momento para que aconteça algo em Cuba", visto que em países do Oriente Médio surgiram movimentos rumo à democratização.
http://washingtonindependent.com/wp-content/uploads/2008/12/obama-castro.jpg
Segundo Obama, os EUA não viram por enquanto "um genuíno espírito de transformação dentro de Cuba" que justifique a eliminação do embargo, e acrescentou que "se o governo cubano adotar medidas em direção à democracia e o respeito aos direitos humanos", seu país estará aberto a uma "nova relação".

"Que simpático! Que inteligente! Tanta bondade não o permitiu compreender ainda que 50 anos de bloqueio e de crimes contra nossa pátria não puderam dobrar nosso povo", ironizou Fidel Castro na última de suas "Reflexões", intitulada "A vergonha supervisionada de Obama".
*+emmilitânciaviva

IMPÉRIO TESTA AVIÃO NÃO TRIPULADO QUE TEM AUTONOMIA PARA MATAR



Pentágono testa avião assassino não tripulado que tem autonomia para matar em qualquer lugar do mundo

http://3.bp.blogspot.com/_VoabGNCjIxg/TTdtJ5YuryI/AAAAAAAAEH4/mE2YOGuBa9o/s1600/REAPER%2Bpredator-b-drone-mq-9-reaper.jpg
*+emMilitânciaviva

Charge do Dia

einstein só acredita vendoPartículas mais rápidas do que a velocidade da luz?
Imagens, ou não aconteceu!

http://4.bp.blogspot.com/-rQNXRyhPHDY/ToVoZfCPTVI/AAAAAAAAJ_0/U4tSVeR_bMk/s1600/bessinha.jpg

Video do Dia "Palestina Caminhando a Bandeira"

Supremo aceita denúncia contra Maluf por lavagem de dinheiro

O STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta quinta-feira (29) a denúncia contra o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), 80, e sua família pelo crime de lavagem de dinheiro. A Corte, no entanto, rejeitou a denúncia contra o deputado pelo crime de formação de quadrilha.
Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o dinheiro lavado foi desviado de obras públicas quando Maluf foi prefeito de São Paulo (1993-1996), remetido ilegalmente ao exterior por doleiros e, por fim, "lavado" em investimentos feitos na Eucatex, empresa da família.
Segundo o relator do inquérito no Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, com base na ação da Procuradoria é possível constatar que os crimes cometidos por Maluf e seus familiares envolvem mais de US$ 1 bilhão
que teriam sido desviados para o exterior.
"Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão", disse Lewandowski. "A família Maluf movimentou no exterior quantia superior a US$ 900 milhões. Esse valor é superior ao PIB de alguns países como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe", continuou o ministro
Também foram denunciadas pela Procuradoria outras dez pessoas, entre elas a mulher de Maluf, Sylvia, os filhos Flávio, Lígia, Lina e Otavio e outros familiares.
Durante o julgamento, o procurador-geral afirmou que a maior parte do dinheiro foi desviada por meio da construção da avenida Água Espraiada, na zona sul de São Paulo. "Essa obra, concluída em 2000, teve o custo final extremamente absurdo de R$ 796 milhões, ou cerca de US$ 600 milhões", disse. "Essa foi a fonte primordial dos recursos utilizados na lavagem [de dinheiro]."
De acordo com Gurgel, o grupo foi denunciado por formação de quadrilha porque, pelo menos desde 1993, "associaram-se, de forma estável e permanente, com o propósito de cometer crimes de lavagem de ativos e efetivamente cometeram tais delitos consoante narrados minuciosamente na denúncia". Quanto a essa acusação, no entanto, a maioria dos ministros reconheceu a prescrição no caso de Maluf, que tem mais de 70 anos.
Gurgel também rebateu o que classificou de "mais relevantes" argumentos dos acusados. Entre eles, está a alegação de que a Lei 9.613, de março de 1998, não poderia ser aplicada aos fatos objeto da acusação, que teriam ocorrido antes da entrada em vigor da norma.
"Na verdade, os acusados foram denunciados por fatos que ocorreram entre os anos de 1993 a 2002. Todos sabemos que a lavagem de dinheiro é definida como crime permanente, cuja consumação prolonga-se no tempo, enquanto os bens, valores e direitos estiverem dissimulados e ocultos", afirmou.
Ele destacou ainda que, ao contrário do que afirma a defesa, o Ministério Público nunca investigou o caso diretamente. "Repito, para afastar qualquer dúvida quanto a esse tema: as provas que instruem a acusação foram obtidas em inquérito policial e por intermédio de cooperação jurídica internacional autorizada judicialmente."
A denúncia foi oferecida à 2ª Vara Criminal de São Paulo e chegou ao Supremo em fevereiro de 2007, após a diplomação de Maluf como deputado federal.
Defesa
Segundo o advogado de Maluf, José Roberto Leal de Carvalho, não foram apontados fatos ou elementos que denunciem a reunião da família para praticar o crime. "Aliás, não é possível que ela [a família de Maluf] seja infiltrada por um policial, porque se ele [o policial] se infiltrar, ele pode ser membro da 'quadrilha'. O gozado é que todos os membros da 'quadrilha' estão em estado de flagrância, porque a quadrilha continua. Ela só vai acabar quando matarem todos e restarem apenas três. Isso é um absurdo", ironizou Leal sobre a acusação de formação de quadrilha, que foi rejeitada pelo Supremo.
Durante o julgamento, Carvalho também afirmou ser difícil defender o político. De acordo com o advogado, Maluf carrega um "carisma de desprezo". "Desprezo não, de ódio, desde a Copa de 1970. Começa o calvário dele lá", disse Leal, na tribuna da Corte. 
*comtextolivre

quinta-feira, setembro 29, 2011

Dilma em entrevista na TV Record: "Fui eleita para defender o emprego do povo brasileiro!"

A presidenta Dilma Rousseff, concedeu entrevista exclusiva ao programa Hoje em Dia da TV Record, em um café da manhã especial nesta quinta-feira (29), em Brasília.

Sobre o recente aumento do IPI sobre carros importados, Dilma foi direto ao ponto, dizendo que investimentos estrangeiros são bem-vindos no Brasil, desde que gerem empregos aqui:
"Fui eleita para defender o emprego do povo brasileiro... Nos últimos dois anos quase vinte por cento da nossa produção de veículos passou a ser importada. Isso é comprometer o emprego do povo brasileiro. Isso, esse governo não vai deixar" - disse.

Outro ponto alto foi sobre impostos para financiar a saúde. Dilma falou direto para o telespectador, olho no olho para câmera:
"... Não aceitem, em hipótese alguma, que a Saúde no Brasil não precisa de mais dinheiro. Não é possível aceitar isso.

... Isso é uma coisa perigosa. Nos Estados Unidos, levou aquela dificuldade do Obama para aprovar o Medicare e o Medicaid, e fez com que eles aprovassem um sistema de Saúde muito menor que o nosso. Porque a tese de uma parte dos políticos americanos é que é um absurdo botar dinheiro para garantir a Saúde universal.

... Então, no Brasil, a gente vai ter de fazer duas coisas... por isso que eu não estou pedindo hoje um aumento de impostos:

Nós vamos melhorar a gestão da Saúde neste país!

E quando ficar claro para a população que ela precisa de mais coisas, ela mesma vai se encarregar de pedir, porque este país tem uma população, que você não subestime não, tem gente que subestima, viu? ... Que acha que a população é manipulada, porque a pessoa tem uma renda menor que a sua que ela não pensa... Eu acho que a população brasileira, pelo contrário, ela sabe muito bem, e quando ela percebe que uma coisa é justa, ela vai atrás!... e veste a camisa... Nós, o governo federal, os governos estaduais e os municipais,  que nós podemos gerir bem a saúde, e a partir daí, a gente começa a conversar claro com a população."
A quem será que a Presidenta estava se referindo quando disse que tem gente que acha que a população é manipulada? Ganha um plim-plim quem adivinhar.
*osamigosdopresidentelula

A inflação sobe, mas cai, entendeu?

Há um mês, quando saiu o IGP-M de agosto, as manchetes foram iguais: “sobe a inflação do aluguel”.
O noticiário pouca ou nenhuma menção fazia ao fato de que a variação acumulada, que vale tanto para o reajuste do aluguel quanto para a avaliação da situação da economia caíra, outra vez, de 8,35% para 8%.
Este mês, a história se repete.
O IGP-M de setembro deste ano (+0,65%) substitui, na série anual, o de 2010 (+1,15%), o que leva o acumulado em 12 meses a cair agora de 8% para 7,46%.
E, como outubro e novembro tiveram, ano passado, valores altos (1,01% e 1,45%, respectivamente), embora o próximo IGP-M vá absorver o restante do reajuste do dólar – é um índice mais sensível ao câmbio, a tendência é de baixa, para terminar o ano na faixa dos 6%.
Isso quer dizer pouco mais da metade do IGP-M acumulado em dezembro do ano passado, que foi de 11,32%.
Como isso não ajuda o clima de terrorismo econômico, não é explicado na maioria dos jornais.
Precisamos de um caos, não é?

Charge do Dia

Dilma lança plano inédito para deficientes

O governo federal prepara um programa para as pessoas com deficiência que inclui projetos de saúde, educação, inclusão ao mercado de trabalho e acessibilidade. O investimento pode chegar a R$ 10 bilhões até 2014.
Há uma segunda versão do plano, com menor número de ações e gasto estimado de R$ 7 bilhões. A presidente Dilma Rousseff deve se reunir com sua equipe para conhecer a proposta. O lançamento ocorre nos próximos dias.
O plano prevê a entrega de mais de mil veículos escolares adaptados nos próximos três anos, em uma parceria com Estados e municípios. Para o mercado de trabalho, a ideia é criar um banco nacional de profissionais, espécie de agência virtual de empregos.
Pessoas com deficiência terão ainda, facilidades e garantia de acessibilidade no Minha Casa, Minha Vida.
Segundo o Censo 2000, 14,5% da população apresenta algum tipo de incapacidade ou deficiência.
*comtextolivre

QUEM AMA PROTEGE

Quero felicitar a senhora presidente da República por ter lançado em discussão a reinstalação da Contribuição Provisória sobre as Movimentações Financeiras (CPMF). A Constituição de 1988, ao criar o conceito de orçamento de seguridade social, manteve a base salários e a ampliou, potencialmente, com contribuições a serem instituídas sobre lucros e faturamento das empresas. O orçamento de seguridade englobaria os gastos previdenciários, de saúde e de assistência social, mas, de forma cruel, foi descaracterizada essa proposta dos constituintes.
As contribuições sociais, criadas como formas de tributação do governo federal, foram desviadas para a caixa única e o superávit primário a serviço dos pagamentos de juros. A área de saúde - pressionada pelo crescimento demográfico, pela elevação da idade média de vida e pela ansiedade popular por melhoria da qualidade dos serviços preventivos de saúde - foi beneficiada pela CPMF. Entretanto, o buraco negro dos juros atraiu para o caixa único e superávit primário os novos recursos tributários criados pela CPMF. O desvio da finalidade social foi a justificativa formal para a extinção da contribuição.
Quero confirmar as palavras da presidente. A CPMF tributa, com custo administrativo baixo, todas as transações financeiras e, ao fazê-lo, explicita todos os que realizam essas transações. Assim sendo, põe a nu laranjas, laranjinhas e laranjais, ou seja, identifica especuladores com transações financeiras. Houve um erro social em tributar a movimentação do salário; deveriam ser isentas as primeiras transações financeiras com os salários. Nesse caso, uma "CMF" seria extremamente justa, pois quem faz transações financeiras frequentes e crescentes são os grupos de média e alta renda; quem vive disso são os especuladores nacionais e estrangeiros viciados em juros e ganhos na arbitragem de papéis financeiros. Lamentavelmente, a presidente teve que recuar. O povão não apoiou a CPMF porque está escaldado pelo desvio sistemático dos recursos, que deveriam alimentar as políticas sociais, para o pagamento de juros e vazamentos de corrupção.
No momento, a presidência da República está submetida ao bombardeio de forças conservadoras - ideologicamente contrárias à industrialização e sustentadoras dos interesses de importadores de veículos - que a acusam de reinstalar o protecionismo industrial. A mídia denuncia o protecionismo brasileiro como um "pecado"(?!), mas esquece que todas as atuais potências do mundo praticaram protecionismo.
Os EUA, maior potência mundial, foram intensamente protecionistas de sua industrialização, e ainda hoje praticam, de forma mais evidente, a proteção de sua produção agrícola e "subsidiam" o avanço científico e tecnológico derivado do maior orçamento militar do planeta, indo da ruptura diplomática à guerra aberta para proteger seus interesses. A China, como potência emergente, pratica, de forma disfarçada, um protecionismo ultraeficiente. As grandes nações europeias e o Japão também praticaram protecionismo durante décadas de suas histórias industriais e protegem de forma explícita suas atividades agrícolas. O discurso contra o protecionismo é o discurso das nações industrializadas e dominantes.
O Brasil cresceu sua economia sem parar, entre 1930 e 1980. Éramos basicamente um cafezal e construímos um sistema industrial bastante sofisticado. Após, com a década perdida, seguida dos anos FHC e Lula, tivemos um crescimento industrial medíocre - e setores e cadeias produtivas foram destruídos. Entre 2002 e 2010, foi medíocre o crescimento da indústria de transformação, comparado à evolução da agropecuária e da mineração. O professor Reinaldo Gonçalves chama a atenção para o processo de "desindustrialização", mediante a substituição negativa de produção interna por importações. É dramática a opção brasileira de ser um "celeiro do mundo" sendo um país onde ampla fração da população passa fome. É dramática a migração de força de trabalho brasileira para o exterior, agora estancada pela crise mundial.
É uma salada o conceito de Bric. Pode servir apenas para massagear o nosso "ego" com uma retórica inconsistente de sucesso. Além da extensão territorial e da população, temos características radicalmente distintas da Rússia, da Índia e da China. Nosso minério de ferro serve para os chineses deslocarem, com seu aço, o produto brasileiro do Mercosul. É terrível, em longo prazo, a situação social da Índia. A Rússia sobrevive com petróleo e gás, e tenta integrar-se à Europa faminta de energia. Nós temos o melhor balanço energético do mundo e um enorme potencial hidrelétrico e petrolífero, porém não sabemos utilizá-lo estrategicamente; não temos um modelo de desenvolvimento.
O pátio das montadoras acumula quase 400 mil veículos. É o maior número, desde 2008. As vendas de importados cresceram 28,6% em agosto, em relação ao ano passado, contra a queda de 0,7% de veículos novos produzidos no Brasil. A maioria provém da Argentina e do México (o Brasil isenta esses veículos da tarifa de 35%; o Fiat 500 oriundo do México custa bem menos que o importado da Polônia). O complexo metal-mecânico é, hoje, uma caricatura do sonho industrializante de Juscelino Kubitschek, que queria a indústria de autopeças e componentes. A medida da Presidência determina um mínimo de 65% de componentes produzidos no Brasil, ainda que abrindo mão da exigência de empresas sob controle de capital nacional. Sugeriria um compromisso progressivo até 90%, pois, sendo uma pretensão da Presidência o desenvolvimento científico e tecnológico, convém alertar que o motor e os componentes mais sofisticados (com informática agregada) serão importados.
O modesto e tímido passo para reservar o mercado brasileiro para a mão de obra nacional está sendo demonizado. Espero que a presidência não recue: mantenha (e amplie) o protecionismo para o conjunto de outras atividades industriais brasileiras ameaçadas. (Valor - Carlos Lessa professor emérito de economia brasileira e ex-reitor da UFRJ)

Imagem do Dia

*grupoBeatrice

Venham todos ocupar Wall Street, pede Michael Moore

colapso do império

Chegou a vez dos indignados nos EUA?

Michael Bloomberg, o prefeito de Nova York, advertiu que se a crise do desemprego nos Estados Unidos não for resolvida logo, pode haver protestos nas ruas: “Temos muitos recém-formados que não conseguem encontrar emprego. Foi o que aconteceu no Cairo. Foi o que aconteceu em Madri. Não queremos esse tipo de revolta aqui".

Analistas de diferentes posições, de Thomas Kocham, do MIT, até Immanuel Wallerstein, da Universidade Yale, concordam. O primeiro se diz surpreso que ainda não tenham aparecido sinais mais visíveis de descontentamento. “Nosso povo é muito tolerante, não são inclinados à desordem civil. Mas com esta economia, o tempo está se esgotando”.

Para Wallerstein, a incerteza e o caos estão por toda parte. Ele afirma que é a deterioração do dólar como moeda de reserva mundial é irreversível: era "o último poder real exercido pelos Estados Unidos”, disse Sally Burch. E acrescentou “os danos são reais, a situação dos EUA é séria e não é recuperável”.

No interior, cidades pequenas “estão indo à bancarrota e não conseguem pagar seus aposentados”, enquanto a situação da classe média se deteriora rapidamente. “Aqueles que perdem seus empregos, dificilmente encontram outro, especialmente na faixa entre 40 e 60 anos, chegando até mesmo a perder suas casas”.

Para Wallerstein "a situação nos EUA vai piorar" por causa do freio aos gastos públicos imposto pelos republicanos. Ele prevê uma deterioração ainda maior. "A loucura do Tea Party – adverte – está levando os Estados Unidos, e, portanto, o mundo todo, para um crash”.

O desgaste social e econômico interno é evidente: por quarenta meses seguidos, o desemprego crônico se manteve acima de 9%, como revelado pelo BLS (Bureau of Labor Statistics), cuja metodologia, que considera "ajustes sazonais" e outras manipulações, maquia a realidade para que ela não pareça tão ruim.

A manutenção de um desemprego nesses níveis por um período tão longo não é registrada desde o final da Segunda Guerra Mundial e é comparável à Grande Depressão.

Segundo John Williams, "a gravidade extraordinária e a duração dos choques econômicos dos EUA, durante os últimos três ou quatro anos, têm desestabilizado os ajustes sazonais usados nos cálculos do BLS, em algumas séries estatísticas." Após 1994, houve ajustes na metodologia. Williams lembra que de acordo com o procedimento estatístico utilizado atualmente, depois que alguém está desempregado há mais de um ano, não está mais incluído nas contas do governo!”

Desta forma, "se o desemprego fosse calculado como antes de 1994, então o verdadeiro número de desempregados seria de 22,2%".

Leia mais AQUI

*esquerdopata

Venham todos ocupar Wall Street, pede Michael Moore

Após visitar os acampados em Wall Street e declarar seu apoio ao movimento de ocupação, o cineasta Michael Moore, ferrenho ativista contra o sistema, publicou nesta terça (27) uma nota em seu blog chamando pessoas de todo o país para se reunirem aos manifestantes. Ele considera o fato histórico: “É a primeira vez que uma multidão de milhares toma as ruas de Wall Street”.

A manifestação “Ocupar Wall Street” (https://occupywallst.org) chega ao décimo dia ignorada pela grande imprensa e cada vez mais “gritante” na mídia alternativa e blogs. As milhares de pessoas permanecem acampadas no local, enfrentando policiais cada vez mais violentos.

Lawrence O´Donnel, apresentador de uma emissora de TV alternativa, mostra em seu programa “The last World” a cena de um jovem sendo agredido. Ele questiona: “Por que os policiais estão batendo neste rapaz?”

Em seguida, Lawrence reapresenta a mesma cena em câmera lenta e explica: “Os policiais estão batendo no jovem porque ele está armado com uma câmera de vídeo”. Outra cena do programa mostra duas mulheres gritando muito após terem sido atingidas por spray de pimenta. Lawrence condena a brutalidade: “As pessoas são inocentes, pacíficas, não podem ser agredidas nem presas”.

O que causa espanto ainda maior, acrescenta o jornalista, é a falta de reação de quem assiste ao espetáculo de horror de braços cruzados. “Ninguém faz nada a favor dessas pessoas”, denuncia, afirmando que a violência policial contraria a lei, é crime. Diz ainda que a ação policial tem uma explicação: o governo sabe que a manifestação não terminará enquanto a população nas ruas não for ouvida.

Um internauta posta o programa de Lawrence no Youtube e pede: “Por favor, transformem isto num viral”, explicando que tem poucas linhas para expressar o horror que está ocorrendo nas ruas. Ele assina “moodyblueCDN” na postagem.

Abaixo do vídeo, segue o comentário: “E aqui vamos nós aos bastidores de Matrix”, comparando a bem engendrada política imperialista ao enredo do filme de ficção científica, no qual os personagens têm os destinos traçados por máquinas e só podem romper esse circuito de manipulação quando surgir o salvador.

Outro vídeo da internet mostra os jovens e sua demanda: “quem for honesto nos dará apoio, quem for heróico se juntará a nós”.

Lucas Vazquez está entre os jovens de Wall Street, é um dos organizadores do protesto, segundo um vídeo. Ele dá uma declaração tranqüila, mostrando-se surpreso com a reação dos policiais.

Os dez dias de protestos já deram origem a um documentário, O verão da Mudança (Summer of Change), de Velcrow Ripper. Ripper navega na praia hippie dos anos 1960 ao propor: “Como esta crise global pode se transformar em uma história de amor?”. O documentário foi produzido pela Evolve Love, WWW.evolvelove.live.com

Acompanhe algumas destas cenas nos vídeos a seguir. Eles estão em inglês, mas violência policial ao vivo e em cores não precisa de tradução. Assista aos vídeos  Portal Vermelho








Imperdível ! Copiado do blog do Saraiva: "Lula em Paris: imprensa sabuja dá vexame "



Lula em Paris: imprensa sabuja dá vexame

Do Blog do Kotscho - Publicado em 28/09/11 às 12h10

lula paris Lula em Paris: imprensa sabuja dá vexame
Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?
Ricardo Kotscho
Começa assim, acreditem, com esta pergunta indecorosa, a entrevista de Deborah Berlinck, correspondente de "O Globo" em Paris, com Richard Descoings, diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, o Sciences- Po, que entregou o título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula, na tarde desta terça-feira.

Resposta de Descoings:
"O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico (...) O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences- Po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente do diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade".
A entrevista completa de Berlinck com Descoings foi publicada no portal de "O Globo" às 22h56 do dia 22/9. Mas a história completa do vexame que a imprensa nativa sabuja deu estes dias, inconformada por Lula ter sido o primeiro latino-americano a receber este título, que só foi outorgado a 16 personalidades mundiais em 140 anos de história da instituição, foi contada por um jornalista argentino, Martin Granovsky, no jornal Página 12.
Tomei emprestada de Mino Carta a expressão imprensa sabuja porque é a que melhor qualifica o que aconteceu na cobertura do sétimo e mais importante título de Doutor Honoris Causa que Lula recebeu este ano. Sabujo, segundo as definições encontradas no Dicionário Informal, significa servil, bajulador, adulador, baba-ovo, lambe-cu, lambe-botas, capacho.
Sob o título "Escravocratas contra Lula", Granovsky relata o que aconteceu durante uma exposição feita na véspera pelo diretor Richard Descoings para explicar as razões da iniciativa do Science- Po de entregar o título ao ex-presidente brasileiro.
"Naturalmente, para escutar Descoings, foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático (...). Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado(...).
"Por que premiam a um presidente que tolerou a corrupção", foi a pergunta seguinte. O professor sorriu e disse: "Veja, Sciences Po não é a Igreja Católica. Não entra em análises morais, nem tira conclusões apressadas. Deixa para o julgamento da História este assunto e outros muito importantes, como a eletrificação das favelas em todo o Brasil e as políticas sociais" (...). Não desculpamos, nem julgamos. Simplesmente, não damos lições de moral a outros países.
"Outro colega brasileiro perguntou, com ironia, se o Honoris Causa de Lula era parte da ação afirmativa do Sciences Po. Descoings o observou com atenção, antes de responder. "As elites não são apenas escolares ou sociais, disse. "Os que avaliam quem são os melhores, também. Caso contrário, estaríamos diante de um caso de elitismo social. Lula é um torneiro-mecânico que chegou à presidência, mas pelo que entendi foi votado por milhões de brasileiros em eleições democráticas".
No final do artigo, o jornalista argentino Martin Granovsky escreve para vergonha dos jornalistas brasileiros:
"Em meio a esta discussão, Lula chegará à França. Convém que saiba que, antes de receber o doutorado Honoris Causa da Sciences Po, deve pedir desculpas aos elitistas de seu país. Um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente. Se por alguma casualidade chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato. No Brasil, a Casa Grande das fazendas estava reservada aos proprietários de terra e escravos. Assim, Lula, silêncio por favor. Os da Casa Grande estão irritados".
Desde que Lula passou o cargo de presidente da República para Dilma Rousseff há nove meses, a nossa grande imprensa tenta jogar um contra o outro e procura detonar a imagem do seu governo, que chegou ao final dos oito anos com índices de aprovação acima de 80%.
Como até agora não conseguiram uma coisa nem outra, tentam apagar Lula do mapa. O melhor exemplo foi dado hoje pelo maior jornal do país, a "Folha de S. Paulo", que não encontrou espaço na sua edição de 74 páginas para publicar uma mísera linha sobre o importante título outorgado a Lula pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Em compensação, encontrou espaço para publicar uma simpática foto de Marina Silva ao lado de Fernando Henrique Cardoso, em importante evento do instituto do mesmo nome, com este texto-legenda:
"AFAGOS - FHC e Marina em debate sobre Código Florestal no instituto do ex-presidente; o tucano creditou ao fascínio que Marina gera o fato de o auditório estar lotado".
Assim como decisões da Justiça, criterios editoriais não se discute, claro.
Enquanto isso, em Paris, segundo relato publicado no portal de "O Globo" pela correspondente Deborah Berlinck, às 16h37, ficamos sabendo que:
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com festa no Instituto de Estudos Políticos de Paris - o Sciences- Po _, na França, para receber mais um título de doutor honoris causa, nesta terça-feira. Tratado como uma estrela desde sua entrada na instituição, ele foi cercado por estudantes e, aos gritos, foi saudado. Antes de chegar à sala de homenagem, em um corredor, Lula ouviu, dos franceses, a música de Geraldo Vandré, "para não dizer que eu não falei das flores.
"A sala do instituto onde ocorreu a cerimônia tinha capacidade para 500 pessoas, mas muitos estudantes ficaram do lado de fora. O diretor da universidade, Richard Descoings, abriu a cerimônia explicando que a escolha do ex-presidente tinha sido feita por unanimidade".
Em seu discurso de agradecimento, Lula disse:
"Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tinha diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil, e isso possivelmente porque eu quisesse que parte dos filhos dos brasileiros tivesse a oportunidade que eu não tive".
Para certos brasileiros, certamente deve ser duro ouvir estas coisas. É melhor nem ficar sabendo..

A vida é assim , primeiro vem o que realiza e depois vêm os analistas , ou seja , os que nada realizam

E aí , o que você achou dos investimentos para a Copa 2014 e para as Olimpíadas 2016 ?
Antes eu era contra , depois a imprensa brasileira descobriu que eu era contra e passou a me adular , então comecei a me achar o máximo , mas com o tempo e vendo que minha opinião era insustentável resolvi dizer o que o povo brasileiro já sabia há muito tempo , Lula é o máximo e viu tudo muito antes dos economistas , políticos e jornalistas.

US$ 10 trilhões torrados nas bolsas

Por Altamiro Borges

Que o capitalismo é um sistema destrutivo, vários fatos marcantes da história já confirmaram – com recessões, guerras, miséria e desemprego. Mas na sua atual fase, sob o domínio do capital financeiro, a situação é ainda mais chocante. Somente nos últimos quatro meses, em decorrência do repique da crise mundial, cerca US$ 10 trilhões foram torrados nas bolsas de valores.

A informação foi dada hoje pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, com base em pesquisas internacionais. Para ele, essa monumental “perda de riqueza tem efeito negativo e perverso sobre o comportamento dos agentes econômicos”. Em outras palavras, isto significa mais recessão, quebradeira de empresas, demissões, cortes de direitos e redução do poder aquisitivo.

A gritaria do capital financeiro

“Há uma redução drástica das percepções de crescimento da economia. Uma revisão significativa”, afirma, em tom alarmista, o presidente do BC. Diante das perspectivas sombrias para os próximos anos, Tombini realça a importância do papel do Estado e justifica a recente decisão do Banco Central de cortar a taxa básica de juros, a Selic, visando aquecer o mercado interno.

A entrevista de Tombini tem endereço certo: os agiotas financeiros e seus capachos na mídia rentista. Apesar dos sinais visíveis de agravamento da crise mundial, a oligarquia não larga o osso. Quer manter seus altos lucros e dane-se a sociedade. Primeiro, ela bombardeou a queda dos juros. Agora, ela exige a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Diante da pressão do “deus-mercado”, alguns porta-vozes do governo Dilma já dão sinais de que vão ceder novamente. O jogo é pesado, a guerra é titânica. A ditadura do capital financeiro faz chantagem e a mídia rentista bate bumbo!

TRE confirma cassação do casal Garotinho


Casal Garotinho é condenado por abuso de poder político
A juíza da 100ª Zona Eleitoral de Campos, Gracia Cristina Moreira do Rosário, determinou, nesta quarta-feira, dia 28, a cassação dos diplomas da prefeita Rosângela Rosinha Garotinho e do vice Francisco Arthur de Souza Oliveira, que ficam inelegíveis por três anos, a contar da eleição de 2008. Também condenados no processo por abuso de poder econômico em razão de uso indevido de veículo de comunicação social, o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e os radialistas Fábio Paes, Linda Mara Silva e Patrícia Cordeiro ficam inelegíveis. A sentença deve ser publicada amanhã, dia 29, quando começa a contar os três dias de prazo para recurso ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi ajuizada pela Coligação "Coração de Campos" e pelo então adversário de Rosinha Garotinho na disputa à Prefeitura, Arnaldo França Vianna. A juíza Gracia Cristina Moreira entendeu haver provas de que a prefeita e o vice eleitos haviam sido beneficiados por propaganda eleitoral irregular veiculada em meio de comunicação do grupo O Diário. Os radialistas teriam utilizado o espaço concedido por meio dos programas em que atuam ou são dirigidos por Anthony Garotinho para promover a candidatura de Rosinha.
A Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes já foi comunicada, por ofício, sobre o teor da decisão que cassa a prefeita Rosinha Garotinho. Como as irregularidades ocorreram antes da aprovação da Lei Complementar 135/10, a lei do "ficha limpa", a juíza Gracia Cristina Moreira aplicou o prazo de 3 anos de inelegibilidade, previsto no artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar 64/90.
via Contexto Livre

Blogueiros italianos não podem falar de Berlusconi

E nem dos bunga-bungas patrocinados por ele
Blogueiros italianos marcaram um protesto para esta quinta-feira, em Roma, contra um projeto de lei que os tornaria sujeitos a multas de até 12 mil euros.
A medida, considerada "fascista" por internautas e pela oposição, seria uma maneira de proteger o premier Silvio Berlusconi, que recentemente viu algumas de suas conversas íntimas rodar o mundo após a liberação de transcrições de grampos telefônicos.
A nova lei, que deve ser votada no Parlamento na semana que vem, quer restringir o direito da imprensa italiana de reproduzir escutas de inquéritos criminais. A medida também eleva blogs à categoria de sites de notícias, outro ponto que revoltou internautas, estipulando que qualquer pessoa que se sinta difamada ou caluniada por blogueiros pode reivindicar o direito de resposta. Se o site negar a réplica, poderá ser multado.
Para Paolo Gentiloni, do partido de oposição Democrata, a própria elaboração do projeto de lei já representa um bloqueio a blogs, sites e redes sociais. Este poderá se tornar o maior protesto de internauta contra Berlusconi, mas não será o primeiro. No ano passado, o premier enfureceu muitos ao tentar passar uma proposta similar para cercear liberdades na Internet.
- É um insulto à libertado e à democracia. É uma medida fascista - disse Antonio Di Pietro, líder do partido ex-corrupção Princípios da Itália, sobre o projeto de lei.
No início deste mês, a imprensa italiana deu destaque para a investigação sobre o empresário Giampaolo Tarantini, suspeito de aliciar prostitutas para as famosas festas do premier. Reportagens com transcrições de conversas com Berlusconi rodaram o mundo, entre elas uma ligação em que ele usa termos grosseiros para chamar a chanceler alemã Angela Merkel de gorda e outra em que ele diz ter transado com oito mulheres na mesma noite.

Lula encontra Lech Walesa na Polônia 

Lula recebe prêmio Lech Walesa e o oferece à África


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (29) em Gdansk, na Polônia, o prêmio Lech Walesa, criado em 2008 pela fundação do ex-presidente polonês para reconhecer personalidades destacadas por seu respaldo à liberdade, democracia e cooperação internacional.

Após receber o prêmio de 100 mil dólares, Lula propôs a Walesa, em seu discurso de agradecimento, que o valor seja doado a um país africano, que será escolhido pelos diretores do Instituto Lula junto aos membros da fundação polonesa.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, compareceu ao evento e disse que Lula ajudou a tornar possível um sonho impossível. Ele afirmou que o ex-presidente brasileiro e Walesa fizeram mudanças radicais em seus países, mas que não resultaram em caos como costuma acontecer com os sonhos radicais, mas sim em crescimento econômico e bem estar para as populações. O presidente do Senado polonês também foi à cerimônia.

Segundo nota divulgada pela Fundação Lech Walesa, Lula foi escolhido “em reconhecimento por seus esforços para conseguir uma cooperação pacífica e a compreensão entre as nações, especialmente para reforçar o papel dos países em desenvolvimento no mundo dos negócios, e por sua contribuição para reduzir a desigualdade social”.

Para Piotr Gulczyński, presidente do instituto Lech Walesa, o prêmio concedido “é uma expressão de solidariedade com aqueles que lutam por um melhor amanhã. Lula implementou reformas pacíficas em seu país, reduziu as desigualdades sociais, e também tem desempenhado um papel de destaque como um porta-voz para os países em desenvolvimento no exterior, bem como contribuiu para resolver os conflitos entre as nações”.

*esquerdopata

 

O presidente Lula se encontrou nesta quarta-feira (28) com o sindicalista e ex-presidente da Polônia Lech Walesa.

A trajetória de Lula e Walesa começou de forma semelhante, mas tomaram rumos diferentes.

Walesa fundou a organização sindical Solidariedade na Polônia e liderou as primeiras greves em 1980, mesma época que Lula liderava greves no Brasil. A diferença é que aqui vivíamos um ditadura de direita aliada aos EUA nos tempos da Guerra Fria, e a Polônia era comunista, aliada à antiga União Soviética, e Walesa tinha apoio da Igreja Católica, do papa polonês João Paulo II.

Já naquela época o Solidariedade e o movimento dos trabalhadores brasileiros liderado por Lula trocavam apoios internacional entre si.

O Solidariedade conquistou reivindicações trabalhistas e de abertura política, mas também enfrentou retrocessos, e Walesa chegou a ficar preso político por um breve período (assim como Lula) e, após ser solto, ganhou o Nobel da Paz.

Assim como Lula foi candidato a presidente em 1989 nas primeiras eleições diretas após a redemocratização, Walesa disputou as primeiras eleições de lá em 1990, com a queda do muro de Berlim. A diferença é que Walesa foi eleito naquela época, porém perdeu sua grande oportunidade e falhou ao fazer um governo neoliberal como o de FHC, afastando-se do trabalhismo e socialismo. Com baixa aprovação popular, não conseguiu ser reeleito em 1995. Em 2000 disputou novamente, mas só teve 1% dos votos, devido a decepção dos poloneses com suas posições.

De qualquer forma Walesa faz parte da história, sobretudo do movimento sindical (a parte bem-sucedida de sua biografia), e tem uma fundação com seu nome, que premia personalidades que se destacam na luta pela liberdade, democracia e cooperação internacional. É este prêmio que Lula irá receber nesta quinta-feira (29) às 11h30 (hora local).


Na Polônia, Lula recebe prêmio Lech Walesa


O ex-presidente Lula recebeu nesta quinta-feira o prêmio Lech Walesa, criado em 2008 pelo ativista e prêmio Nobel da Paz para reconhecer as personalidades que se destacaram por seu compromisso com a liberdade, a democracia e a cooperação internacional. Lula recebeu o prêmio em uma cerimônia na cidade de Gdansk (norte da Polônia), e foi chamado de um "homem extraordinário" pelo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.


"É um símbolo de que as coisas impossíveis podem se fazer possíveis, Lula foi o líder que encarnou as esperanças de uma melhora radical no destino de milhões de pessoas", disse o chefe do governo polonês, para quem o Lula  aplicou uma política capaz de transformar o Brasil em um dos países com maior índice de crescimento do mundo. Lula expressou seu agradecimento ao prêmio e afirmou que Lech Walesa é um autêntico herói por ter liderado os trabalhadores poloneses em sua luta pela democracia.

Em seu discurso,Lula criticou o estado atual da economia mundial, que segundo sua opinião se transformou em "um gigantesco cassino", onde o mercado não é capaz de oferecer soluções boas e sensatas. O ex-presidente polonês Walesa reconheceu que o capitalismo não satisfez todas as expectativas, e se mostrou propício a moderar certos aspectos deste sistema.

O prêmio Nobel da Paz afirmou que apesar das raízes ideológicas diferentes, compartilha com Lula a origem sindical e o fato de terem realizado mudanças em suas nações. De acordo com Lula, os dois queriam mudar seus respectivos países, e os dois acreditam no valor da democracia, sabedoria humana e diálogo.

Lech Walesa fundou seu prêmio em 2008, 25 anos após ter sido agraciado com o Nobel da Paz por sua luta contra o comunismo e pelo advento da democracia na Polônia. O prêmio tem um valor de US$ 100 mil. Em 1990, após liderar numerosos protestos contra o regime comunista polonês, Walesa se tornou o primeiro presidente eleito democraticamente em seu país após a Segunda Guerra Mundial.Agência EFE -
*osamigosdopresidentelula

O síndico com 69



ivo, Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, carioca da Tijuca nascido em 1942 e falecido em 1998, estaria completando hoje 69 anos. Sucessos de Tim converteram-se em clássicos: Sossego, Gostava Tanto de Você, Me Dê Motivos, Não Quero Dinheiro, Você, Primavera etc.
E Tim, o síndico do Brasil (no dizer de Jorge Ben Jor), rebelde e controvertido, era dado a sacadas cortantes, como essas (que pincei daqui):
  • "Fiquei três anos tentando fazer Jovem Guarda. Fui sabotado pelo Roberto (Carlos) e pela turma dele. Eles tinham medo da soul music."
  • "Roberto Carlos não é geniozinho. Ele é inteligente, batalhador e canta mais ou menos."
  • "No meu disco de bossa nova, gravei Garota de Ipanema em inglês sim. Em português, até o Dom Helder Câmara já gravou. Só falta mesmo o delegado Romeu Tuma fazer uma versão também."
  • "Quando soube que o Prince pediu 180 toalhas no camarim pra tocar no Rock in Rio, passei a pedir 18 toalhas por show. Ou seja, pedi 10% do Prince pra ver se fico mais valorizado."
  • "O segredo do meu sucesso é o equilíbrio: metade das minhas músicas são esquenta-sovaco e a outra metade é mela-cueca."
  • "Gosto do Sargentelli. Ele é uma pessoa legal. Enquanto ele está vivo, deveria angariar fundos pra fundar uma universidade de pretos, já que ele colocou tantas mulatas pra mostrar a bunda."
  • "Hoje, sou latino, mas em Nova York eu era preto mesmo."
  • "O Brasil é uma terra de mestiço pirado querendo ser puro-sangue."
  • "Eu sou o bispo Tim Maia e tenho meus adeptos: chamo os ‘doidões’ para o Circo Voador e faço o meu show."
  • "Eu não fumo, não bebo e não cheiro. Meu único defeito é que eu minto um pouco."
Palmas pro Tim, mestre da Soul Music.


*comtextolivre

Corregedora mantém críticas e diz que imagem do Judiciário é a pior possível

Lembrança do bloguezinho mequetrefe.
Juiz de Direito é um funcionário público. Ponto.
No entanto, é um funcionário público especial, pertencente a uma casta superior, tanto é que, se apanhado em “malfeito”(venda de sentenças, corrupção etc) não é exonerado, não leva um pé na bunda como os demais funcionários públicos, simplesmente são aposentados com todos os benefícios da carreira.
Viva o Judiciário! Viva a democracia!

Mônica Bergamo
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou nesta quarta-feira (28) à Folha que não recuará das declarações que fez sobre a magistratura brasileira.
"Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados", disse.
Ricardo Lima - 17.fev.2011/Folhapress
Corregedora mantém críticas e diz que imagem do Judiciário é a pior possível
Corregedora mantém críticas e diz que imagem do Judiciário é a pior possível
"A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário", reiterou.
Segundo a ministra, todos precisam perceber que "a imagem do Judiciário é a pior possível, junto ao jurisdicionado" --público que recorre aos tribunais.
"Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e tenta corrigir seus problemas."
Sobre o julgamento de hoje do Supremo, que poderá limitar os poderes da corregedoria, ela disse que está muito triste.
"As portas estão se fechando. Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil."
Em recente entrevista, Calmon fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir, no STF (Supremo Tribunal Federal), o poder de investigação do CNJ.
"Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).

quarta-feira, setembro 28, 2011

Protecionismo é "pecado” só para nós?

Do professor Carlos Lessa, hoje, no Valor:
No momento, a presidência da República está submetida ao bombardeio de forças conservadoras – ideologicamente contrárias à industrialização e sustentadoras dos interesses de importadores de veículos – que a acusam de reinstalar o protecionismo industrial. A mídia denuncia o protecionismo brasileiro como um “pecado”(?!), mas esquece que todas as atuais potências do mundo praticaram protecionismo.
Os EUA, maior potência mundial, foram intensamente protecionistas de sua industrialização, e ainda hoje praticam, de forma mais evidente, a proteção de sua produção agrícola e “subsidiam” o avanço científico e tecnológico derivado do maior orçamento militar do planeta, indo da ruptura diplomática à guerra aberta para proteger seus interesses. A China, como potência emergente, pratica, de forma disfarçada, um protecionismo ultraeficiente. As grandes nações europeias e o Japão também praticaram protecionismo durante décadas de suas histórias industriais e protegem de forma explícita suas atividades agrícolas. O discurso contra o protecionismo é o discurso das nações industrializadas e dominantes.(…)
O modesto e tímido passo para reservar o mercado brasileiro para a mão de obra nacional está sendo demonizado. Espero que a presidência não recue: mantenha (e amplie) o protecionismo para o conjunto de outras atividades industriais brasileiras ameaçadas.”
Mesmo com muitas críticas à falta de um projeto de desenvolvimento na condução de nossa política econômica, Lessa joga luz sobre onde estão os interesses desta conversa fiada de “vantagens para o consumidor” na liberação indiscriminada de importações industriais. E adverte, com toda a razão, que a produção nacional não pode ser a simples montagem de componentes estrangeiros, mas gerar valor em uma cadeia produtiva local e inovadora.
A íntegra do artigo pode ser lida aqui.
*Tijolaço