Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 26, 2011

Arábia Saudita: País modernoso libera voto e candidatura a mulheres em pleno século 21

Mulheres sauditas vão poder votar e concorrer em eleições

(Uauuuuuu!!!!!! - comentário meu)

Mulheres na Arábia Saudita devem poder concorrer e votar em eleições municipais (municipais?? (Uau!!! - outro descontrolado sintoma de admiração meu), anunciou o rei Abdullah (grande democrata) neste domingo.

Ele disse ainda que elas vão poder ser nomeadas para o Conselho Shura (e a Charia? Certamente o mais moderno sistema judiciário do mundo), órgão consultado em temas importantes no país.

As medidas são reivindicação (e o direito à mulher de dirigir um carro deve ficar fora, afinal as mulheres - mal acostumadas - querem demais. Assim já é abuso) antiga de ativistas que lutam por maiores direitos para as mulheres na conservadora Arábia Saudita.

Abdullah disse que os novos direitos devem passar a valer a partir do ano que vem.

Leia mais sobre o modernoso Conto das Arábias 
*Brasilmostraatuacara

Nenhum comentário:

Postar um comentário