Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Em ato em São Paulo, jornalistas e personalidades da vida política protestam contra a Globo e mostram solidariedade a Lula. Entre os presentes, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o jornalista Paulo Henrique Amorim , a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), além daRevista Fórum e diversos outros veículos de comunicação. Leia mais no site do PT:http://bit.ly/1R7o01o
No dia seguinte em que Aécio Neves é envolvido mais uma vez em denúncia de corrupção e fica sem saber como responder, o judiciário tucano arma mais uma de suas artimanhas para mudar os holofotes e fazer toda a mídia e o povo ignorar mais uma delação contra o líder do PSDB. O promotor “Cancerino” (sim, de câncer, que faz mal!) ergue seu circo para explicar as denúncias que fez contra o ex-presidente Lula. Com argumentações absurdas (e sem qualquer tipo de provas!), pede a prisão preventiva de Lula. Como disse o ex-presidente da OAB-RJ e atual deputado federal Wadih Damous, “existe uma disputa pelos holofotes entre esse promotor de São Paulo e os da Lava Jato, em Curitiba, como se fossem tubarões disputando a mesma presa.Sem qualquer base jurídica, sem qualquer base legal. É uma mistura de perseguição com vontade de aparecer...uma perseguição política”.
Lembrando que domingo, manifestantes irão às ruas pedindo o impeachment de Dilma. Simpatizantes de Lula e defensores da democracia, até cogitaram fazer um contraprotesto no mesmo dia, mas temendo o risco iminente de confrontos, os organizadores cancelaram e reagendaram para o dia 18. Eis que surge na imprensa essa notícia do pedido de prisão. Não seria uma tentativa de acirrar os ânimos e promover o caos público? Seria mera coincidência esse abuso às vésperas das manifestações?
Espero que esteja errado, mas grupos pró-Lula e governo, já se mobilizam para ir às ruas também no próximo domingo, ignorando os pedidos para que não vão. E com isso, confrontos serão inevitáveis. Novamente, prevejo o que aconteceu na Venezuela, no fatídico confronto de Puente Llaguno, no centro de Caracas, quando manifestantes se enfrentaram, muitos se feriram e outros tantos foram mortos. A mídia golpista, apoiadora do golpe – tal como temos aqui no Brasil –, tentou jogar a culpa no governo – fato depois investigado seriamente e constatado que era armação dos opositores.
O promotor Cássio Conserino e o "furo" que deu para a latrina Veja, antecipando que denunciaria o ex-presidente Lula
Tudo leva a crer que a atitude deste promotor (o mesmo que “vazou” seu objetivo à Veja e agora conseguiu mais uns minutos de fama, virando novo símbolo dos reaças e golpistas, desbancando o juiz Sérgio “Não Vem Ao Caso” Moro), poderá trazer consequências trágicas não apenas à política, mas para a ordem pública. A tentativa do Ministério Público de São Paulo em esconder/abafar novo escândalo envolvendo o presidente do PSDB, armando mais um espetáculo midiático, não ficará impune. A tentativa de fragilizar e manchar a figura de Lula, não conseguirá seu objetivo. O povo não é mais bobo.
Caso fosse uma atitude séria, imparcial e apartidária, o tal promotor e seus comparsas teriam a mesma atitude e coragem em relação à Geraldo Alckmin e José Serra, por exemplo, nos desvios das merendas escolares e cartel do metrô. Com uma enorme diferença: contra os tucanos, existem provas!
*Biólogo e professor, Doutor em Etologia, Mestre em Ciências
Procuradores usam dupla caipira Marx e Hegel para explicar pedido de prisão de Lula
O ex-presidente Lula Ocultou seu patrimônio Nada está em nome dele Isso é arte do demônio Escondeu triplex veloz Fez pouco de Moro e nós E de nossos dois neurônios
Comprou dois Cisney da Disney Que pôs nos nomes dos netos Ocultando-se da lei Esse 'Nine' é mesmo esperto Aprendeu com Marx e Hegel A dar uma de miguel Vamos dar-lhe um outro teto
Pedimos sem vergonhados Sua prisão preventiva A mídia é do nosso lado Sem ela não há quem viva Inocente é culpado Honesto é ladrão safado Na coxinha perspectiva
O que será do país? Quem se importa? Que se dane! Que morra pobre e infeliz Quem se importe, quem o ame. Fizemos a nossa parte E assim seremos, destarte, Promovidos pra Miami.
Calando a boca dos idiotas úteis e dos fantochinhos amestrados da Globo:
"A recusa de Lula é um gesto fundamentalmente moral. É corajoso, porque arrosta a arbitrariedade, e desprendido, porque preserva a presidenta. É mais uma lição do ex-retirante, ex-engraxate, ex-metalúrgico, ex-sindicalista para a educação política desta e de outras gerações. Isso é incompreensível para os abutres que tentam medi-lo pela régua de seu próprio e mesquinho caráter. Lula não é mesmo um ex-presidente qualquer. Lula é um líder."
A recusa do ex-presidente Lula em aceitar assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff é um "raro momento de grandeza na cena política brasileira", diz o jornalista Ricardo Amaral; "Lula considera indigno…