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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 18, 2016

Moro não é juiz. Cometeu crime contra a segurança nacional.

onato Santos e outras 3 pessoas compartilharam o vídeo de Conversa Afiada Oficial.
-0:13
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Conversa Afiada Oficial
Moro deve ter grampeado conversa do Lula. Lula garantiu o apoio do PMDB, por isso não vai haver o impeachment da Dilma. Moro entrou em pânico.
Moro não é juiz. Cometeu crime contra a segurança nacional.
É um Golpista.

PSDB, MEMÓRIAS DE UM PARTIDO GIGOLÔ


O nosso compromisso com os leitores é apresentar um conteúdo que sirva de reflexão para que se perceba a contradição divulgada pela mídia golpista, que esconde fatos da história, fatos de coisas que ocorreram no passado que não deveriam voltar a acontecer jamais.
gigolo
Sobre um Brasil escravo e prostituído, vendido ao mercado internacional e escravo de políticos corruptos. Veja nossa série de vídeos, memórias de um Gigolô.
O esquema do PSDB é ignorado é um sistema da grande mídia, burgueses maçônicos que tem grande apoio de veículos de comunicação e que governa para seus interesses. 
Parece um partido honesto mas não é, eles governam para uma minoria de ricos da classe media alta e tem apoio da policia federal para derrubar partidos  que descobrem seus esquemas, como o PT e outros, é um partido que joga sujo, vale tudo para eles, por isto  querem derrubar a Dilma a qualquer custo, para voltar ao poder .
O POR QUE O PSDB NÃO PODE VOLTAR AO PODER! Ciro Gomes explica de forma imparcial como funcionou o governo do PSDB, a ideologia


 
Da Revista Brasileiros
 
 
Em ato contra o golpe, a psicanalista afirmou que a crise política não passa da velha “luta de classes, num momento onde quem perde não são os empresários”
 
A crise política que nas últimas semanas ganhou ares de golpe de Estado acirrou-se na quarta-feira (16) com a ação conjunta da imprensa, de movimentos conservadores e do juiz Sergio Moro, que decidiu ele próprio quebrar o sigilo da Operação Lava Jato e divulgar grampos telefônicos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Bombardeados pela imprensa, boa parte da população está propensa a acreditar no discurso de que é necessário tirar a presidenta Dilma Rousseff do poder. Para a psicanalista Maria Rita Kehl, “não adianta ficar contra eles”.
 
“É muito importante ganhar aqueles que estão mal informados, que leem o Estadão e veem o Jornal Nacional”, afirmou Maria Rita, que na noite de ontem participou no teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, do Ato Pela Legalidade Democrática. “Não adianta ficar contra eles. Se a gente não conversar com eles é a Globo quem vai fazer isso.”
 
A psicanalista lembrou que, embora lotado, aquele espaço na PUC é pequeno se todas as forças que estão atuando no País nesse momento forem levadas em consideração.
 
De acordo com ela, o que está por trás da crise é um velho problema brasileiro. “Como sempre é a luta de classes, num momento onde quem perde com a crise econômica não são os empresários, que tem perdas menores, mas sim o povo, que perde seus trabalhos, suas casas e seus meios de subsistência.”

25 advogados do escritório que defende Lula foram grampeados



O juiz federal Sergio Moro não quebrou o sigilo telefônico apenas de Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também do telefone central da sede do escritório dele, o Teixeira, Martins e Advogados, que fica em São Paulo. Com isso, conversas de todos os 25 advogados da banca com pelo menos 300 clientes foram grampeadas.
Por Marcos de Vasconcellos** e Sérgio Rodas** ! No: Vermelho 
moro_golpe_lulaA interceptação do número foi conseguida com uma dissimulação do Ministério Público Federal. No pedido de quebra de sigilo de telefones ligados a Lula, os procuradores da República incluíram o número do Teixeira, Martins e Advogados como se fosse da Lils Palestras, Eventos e Publicações, empresa de palestras do ex-presidente.
E Moro autorizou essa escuta por entender que ela poderia “melhor esclarecer a relação do ex-Presidente com as empreiteiras (Odebrecht e OAS) e os motivos da aparente ocultação de patrimônio e dos benefícios custeados pelas empreiteiras em relação aos dois imóveis (o triplex no Guarujá (SP) e o sítio em Atibaia (SP))”.
A inviolabilidade da comunicação entre advogado e cliente está prevista no artigo 7º do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994). Segundo a norma, é um direito do advogado “a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”.
Porém, essas autorizações de interceptação de Sergio Moro mostram, segundo Roberto Teixeira e seu sócio, Cristiano Zanin Martins, que ele não respeita a defesa e o trabalho dos advogados. Para eles, o juiz “se utiliza do Direito Penal do Inimigo, privando a parte do ‘fair trail’, ou seja, do julgamento justo”.
E mais: o monitoramento do celular de Teixeira, conforme os representantes de Lula,“significa que a intenção do juiz e dos membros do Ministério Público foi a de monitorar os atos e a estratégia de defesa do ex-presidente, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa”.
Um exemplo disso é a interceptação da ligação que o petista fez para Teixeira no momento em que policiais federais foram à sua casa no dia 4 de março para conduzi-lo coercitivamente para depor. Assim, Moro e os membros do MPF e da PF já sabiam de antemão qual seria a estratégia de defesa que Lula usaria no interrogatório conduzido pelo delegado Luciano Flores de Lima.
Na visão de Zanin Martins e Teixeira, a justificativa do juiz federal para grampear o telefone do advogado — o fato de ele ter assessorado Jonas Suassuna e Fernando Bittar na aquisição do sítio de Atibaia — é a maior prova de que ele foi interceptado “por exercer atos privativos da advocacia — o assessoramento jurídico de clientes na aquisição de propriedade imobiliária — e não pela suspeita da prática de qualquer crime”.
Os dois profissionais lembram que essa não foi a primeira vez que Sergio Moro praticou um “ato de arbitrariedade” contra advogados. Para exemplificaram, eles destacaram que, no julgamento do Habeas Corpus 95.518, pelo Supremo Tribunal Federal, existem registros de que o juiz monitorou ilegalmente representantes dos acusados, “e por isso foi seriamente advertido pelos Ministros daquela Corte em 28.05.2013”. Os sócios do escritório ainda alegaram que o fato de Sergio Moro atuar em um só caso, e com “pretensa jurisdição universal”, viola o devido processo legal e todas as garantias a ele inerentes.
Pedido à OAB
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins pediram que as seccionais de São Paulo e do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil tomem “todas as providências cabíveis em relação a esse grave atentado ao Estado Democrático de Direito”.
Nas petições a essas instituições, eles argumentaram que “não se pode cogitar de erro” no fato de o MPF ter pedido – e Moro autorizado – a quebra do sigilo do telefone central da banca como se ele fosse da empresa Lils. Isso porque durante os quase 30 dias da interceptação, foram ouvidas diversas gravações que já começavam com a identificação do escritório de advocacia.
Marcos da Costa determinou que sejam tomadas as “medidas necessárias para proteção e defesa das prerrogativas".
Cristiano Zanin Martins ainda ressaltou que espera que esses pedidos sejam encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça, que pode tomar providências disciplinares contra Moro. O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, deferiu o pedido e determinou que sejam tomadas as “medidas necessárias para proteção e defesa das prerrogativas dos advogados”.
Entidades criticam
A OAB-RJ não perdeu tempo e já manifestou seu repúdio à decisão de Sergio Moro que autorizou as escutas do escritório. “Tal expediente, além de violar frontal e inequivocamente prerrogativa do advogado acerca da inviolabilidade telefônica quando inerente ao exercício da advocacia (artigo 7º, inciso II, da Lei 8.906/94), atenta gravemente contra as bases do Estado Democrático de Direito”.
Em nota, a Comissão de Prerrogativas da entidade disse que a ordem do juiz federal“representa vertente da lamentável tentativa de criminalização do exercício da advocacia”, e que trata o advogado como se fosse seu cliente. O Movimento de Defesa da Advocacia, por sua vez, declarou que, em um Estado Democrático, não se pode admitir “qualquer relativização dos Direitos consagrados no artigo 7º da Lei 8.906/94, inclusive a inviolabilidade de correspondência telefônica, independentemente do fim a que se presta”.
Ataques de especialistas
Advogados como Wadih Damous, que também é deputado federal (PT-RJ), Alberto Zacharias Toron, Pedro Serrano e Fernando Fernandes também criticaram os grampos das conversas entre Lula e Teixeira, apontando que isso fere a inviolabilidade da comunicação entre advogado e cliente prevista no artigo 7º do Estatuto da Advocacia. Segundo eles, a medida viola a Constituição e a Lei de Interceptações Telefônicas (Lei 9.296/1996), e ameaça o Estado Democrático de Direito.
*Marcos de Vasconcellos é chefe de redação da revista Consultor Jurídico.
**Sérgio Rodas é repórter da revista Consultor Jurídico.

CUT-PR sofre 2º ataque fascista em menos de 24 horas

18 MAR 2016 - 00:11 Comente Agora



Sede da Central Única dos Trabalhadores, seção Paraná, a CUT-PR, em Curitiba, foi alvo de um segundo ataque de fascistas em menos de 24 horas; Regina Cruz, presidente da entidade, relata que artefato explosivo foi detonado no portão do prédio; “Os vizinhos nos avisaram porque o estrondo foi muito forte”, contou a dirigente, que chamou a Polícia; sedes da CUT e do PT, relativamente próximas, tinham sido atacadas por fascistas na madrugada passada após estímulos da Rede Globo – segundo as duas organizações.
Sede da Central Única dos Trabalhadores, seção Paraná, a CUT-PR, em Curitiba, foi alvo de um segundo ataque de fascistas em menos de 24 horas; Regina Cruz, presidente da entidade, relata que artefato explosivo foi detonado no portão do prédio; “Os vizinhos nos avisaram porque o estrondo foi muito forte, por volta das 21h30”, contou a dirigente, que chamou a Polícia; sedes da CUT e do PT, relativamente próximas, tinham sido atacadas por fascistas na madrugada passada após estímulos da Rede Globo – segundo as duas organizações; nesta sexta-feira (18), movimentos sociais e a central saem às ruas da capital paranaense contra o golpe à democracia.
A sede da Central Única dos Trabalhadores, seção Paraná, a CUT-PR, em Curitiba, foi alvo de um segundo ataque de fascistas em menos de 24 horas.
A presidente da CUT-PR, Regina Cruz, informou ao Blog do Esmael que artefato explosivo foi afixado no portão do prédio na Rua João Manoel, 444, no bairro São Francisco.
“Os vizinhos nos avisaram porque o estrondo foi muito forte, por volta das 21h30”, contou a dirigente, que chamou a Polícia.
Na madrugada desta quinta-feira (17), as sedes da CUT e do PT, relativamente próximas, foram alvejadas por fascistas estimulados pela Rede Globo de Televisão.
Ao longo da noite de ontem (16), após o juiz Sérgio Moro vazar áudios de grampos contra a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, a TV Globo estimulou convulsão social com o intuito de promover contra a democracia.
Nesta sexta-feira (18), movimentos sociais e a central saem às ruas da capital paranaense contra o golpe à democracia.

quinta-feira, março 17, 2016

Se o MP de São Paulo fosse sério, não ignoraria Máfia da Merenda, Cartel do Metrô, e denunciaria Geraldo Alckmin e José Serra.

O reino do Tucanistão

by biologosocialista
*Por Luiz Fernando Leal Padulla



Como podemos acreditar em uma justiça seletiva e partidária? O Ministério Público de São Paulo, nunca se esforçou para denunciar qualquer político nos últimos 20 anos. Coincidentemente, 20 anos de governos do PSDB.
A toga da parcialidade caiu de vez na quinta-feira, às vésperas das manifestações. Em uma atitude desesperada e midiática, tirando os holofotes que se voltavam mais uma vez para nova delação contra o presidente do PSDB, o tal promotor público Cássio Conserino atacou novamente. Como adiantara à latrina Veja, denunciou o ex-presidente Lula e pediu sua prisão preventiva. O mais absurdo de toda essa encenação política: tudo isso sem qualquer tipo de prova – fato reconhecido até mesmo pelo promotor tucano. Lamentável ainda mais que uma massa, bovinamente manipulada pela mídia hegemônica, ainda acha que as atitudes do Judiciário são imparciais. Ao mesmo tempo, saúdam e reverenciam esses justiceiros de toga, como se fossem verdadeiros heróis que lutam contra a corrupção.
Se o MP de São Paulo fosse sério, não ignoraria Máfia da Merenda, Cartel do Metrô, e denunciaria Geraldo Alckmin e José Serra. Se a Lava-Jato fosse contra a corrupção, não ignoraria as cinco delações contra Aécio Neves, os escândalos de FHC, a Lista de Furnas. Há muita coisa por trás dessas arbitrariedades. Desde o interesse no Pré-Sal, até a desestabilização do BRICS que ameaça o domínio norte-americano – coincidência a “demonização” que vem sofrendo a Rússia e a crise com Ucrânia e Síria, assim como os boatos que tentaram atingir as bolsas da China? Não sejamos manipulados. Mais do que uma questão partidária, o que está em jogo é a democracia e os interesses nacionalistas. O Brasil precisa conhecer a verdade e quem realmente defende e luta pelo país. E o PSDB é o lobo na pele de cordeiro.
*Professor, Biólogo, Doutor em Etologia, Mestre em Ciências

quarta-feira, março 16, 2016

O POVO BRASILEIRO JÁ ESCOLHEU EM QUE REGIME POLÍTICO VIVER: DEMOCRACIA!


Maria Inês Dos Reis compartilhou a foto de Paulo Teixeira.
APOIO TOTAL!!!!
Paulo Teixeira
O POVO BRASILEIRO JÁ ESCOLHEU EM QUE REGIME POLÍTICO VIVER: DEMOCRACIA!
O Manifesto pela Legalidade Democrática reuniu mais de 500 juristas, intelectuais, professores, artistas e movimentos sociais para defender o estado democrático de direito e por fim às arbitrariedades e comportamentos que afrontam a Constituição.
O lançamento deste manifesto é formalizado num grande ato no TUCA, o Teatro da PUC-SP, na quarta-feira 16 de março, às 19h. Sérgio Mamberti, Gregorio Duvivier, Fernando Morais, Maria Rita Kehl, Marilena Chauí, Pedro Serrano estão entre os participantes. Apartidário, o objetivo do encontro é convidar todos que defendem a democracia
(https://www.facebook.com/events/842616985866374/).
O documento acusa o juiz Sérgio Moro de abusar “dos poderes à sua disposição e convocar espetáculos escandalosos na grande mídia”, atropelando a presunção da inocência, como defendem Alexandre PadilhaAndré SingerCelso AmorimChico Buarque, Fábio Konder Comparato, Laerte, Luiz Gonzaga Belluzzo e movimentos sociais, como o Levante Popular da Juventude, Instituto de Estudos Socioeconômicos, Confederação Nacional das Associações de Moradores e União Brasileira de Mulheres UBM, que se somam aos que assinam a carta.
Vamos juntos, em defesa do estado democrático de direito.
Leia, abaixo, a íntegra do Manifesto pela legalidade democrática:
A nação brasileira lutou muito para construir um Estado democrático. Em uma ditadura, o poder de Estado é usurpado para perseguir, forçar depoimentos, prender e torturar cidadãos. Uma democracia não pode permitir que os representantes do povo e os guardiões da lei ajam fora da lei. O povo brasileiro já escolheu em que regime político viver.
Antes de todos os cidadãos, os guardiões da lei – juízes, promotores, policiais – devem se submeter ao princípio da legalidade de seus atos e são constrangidos por ritos processuais. Sob pretexto de defender o cumprimento da lei, não podem desrespeitá-la. A luta contínua contra a corrupção é fundamental para assegurar o caráter republicano do Estado, mas não se combate corrupção corrompendo a Constituição.
O juiz Sérgio Moro faz da exceção uma nova regra: com a justificativa de que investiga poderosos, abusa dos poderes à sua disposição e convoca espetáculos escandalosos na grande mídia em que cidadãos intimados ou investigados, às vezes sequer acusados, não são presumidos como inocentes.
Cidadãos são intimidados com exposição espetacular de suas conduções coercitivas e detenções ditas provisórias, em operações vazadas para a grande mídia. Prisões justificadas pelo suposto perigo à ordem pública representado pelo prisioneiro tornam-se pretextos para forçar delações extraídas sob ameaça da extensão da detenção e com o prêmio da liberdade em vista. A validade dos depoimentos não é prejudicada pelo uso de métodos que se assemelham à chantagem e à tortura psicológica?
Tamanha arbitrariedade reforça e ao mesmo tempo reflete a cultura de um Estado policial que trata ainda mais violentamente os cidadãos que não considera poderosos. É uma herança da ditadura contra a qual temos que reagir.
O abuso cotidiano ficou evidente com a condução coercitiva do cidadão Luís Inácio Lula da Silva, que não resistiu a uma intimação judicial porque sequer foi intimado. Todos os anos, milhares de brasileiros são conduzidos coercitivamente a depoimentos sem serem intimados pela justiça. O juiz Sergio Moro já determinou 116 conduções coercitivas cujalegalidade é questionável. A arbitrariedade só ficou mais patente neste caso por atacar os direitos de um ex-presidente que já se dispusera a depor voluntariamente na Operação Lava-Jato.
O argumento do juiz Sérgio Moro de que a condução coercitiva buscava proteger o cidadão público beira o absurdo. Se fosse para proteger a segurança, bastava uma intimação sigilosa. Ao contrário, o juiz Moro mais uma vez preferiu o espetáculo inquisitório ao respeito da lei. A arbitrariedade de seu ato induziu a violência que dizia querer evitar, além de ser abusivo em si mesmo.
Quem vai colocar um limite à arbitrariedade do juiz Sérgio Moro? Ele e seu padrão de comportamento estão acima da lei?
O direito de todos os cidadãos deve ser garantido e não atropelado pelos guardiões da lei. Os cidadãos, as entidades e organizações da sociedade civil abaixo, subscrevem este documento em defesa da ordem constitucional e contra o golpe às instituições democráticas.