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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 09, 2011

A um mês de plebiscito inédito, divisão do Pará gera controvérsias

Paraense decide em dezembro se estado fica unido ou dá origem a mais dois, Carajás e Tapajós. Às vésperas de propaganda na TV, debate esquenta. Para economistas e sociólogos locais, separação só interessa a elites paroquiais e empresas. Defensores dizem que região teria mais recursos, e Estado chegaria ao cidadão. Líderes políticos tradicionais optam pela neutralidade.
BELÉM - Uma inédita propaganda eleitoral no Brasil começa na próxima sexta-feira (11). A campanha de rádio e TV vai tentar influenciar uma decisão que levará 4,8 milhões de eleitores paraenses às urnas um mês depois. Manter o segundo maior estado brasileiro unificado ou desmembrá-lo em mais dois, Carajás e Tapajós?
Nunca houve um plebiscito no país que permitisse ao cidadão opinar sobre a mudança ou não da configuração territorial. Já houve 17 mudançcas na divisão do Brasil, mas foram os governantes que bateram o martelo.
Desta vez, após o plebiscito, o resultado ainda terá que ser sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, que tem o poder legal de vetá-lo. Mas ninguém duvida de que a vontade do povo será respeitada. O problema é que o risco de alta abstenção preocupa. Apesar da importância do debate para a definição do modelo de ocupação e desenvolvimento da Amazônia brasileira, a população tem se mantido alheia à discussão.
Na capital e maior cidade do estado, poucos se manifestam. E, qua sempre, são contrários à divisão. “Eu entendo que as populações das regiões mais longínquas se sintam abandonadas pelo estado, mas não é a divisão que vai resolver o problema”, diz o taxista Luiz Marinho. Ele garante que, em Belém, todos querem um Pará unido. “Dez de cada dez carros adesivados defendem o não. Novos estados gerarão despesas para o país inteiro”,acrescenta.
Estudo do economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Rogério Boueri, realizado em dezembro de 2008, diz que o custo fixo de um novo estado é de, em média, de R$ 832 milhões anuais. Cada habitante implicaria mais R$ 564,69 em gastos públicos. E cada ponto percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) exigiria 7,5 centavos de investimento público. Tudo somado, Carajás e Tapajós teriam déficit anual de R$ 1,9 bilhão.
Para o jornalista, blogueiro e professor da Universidade da Amazônia (Unama) Rogério Almeida, a campanha pela divisão do estado se fundamenta em um discurso puramente emocional, sem embasamento técnico ou científico. “É um discurso frágil e desqualificado”, afirma.
O sociólogo Raimundo Gomes, ligado ao Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp) de Marabá, critica o reducionismo do debate à questão desenvolvimentista do PIB. “Crescimento econômico não pode ser o único parâmetro”. Para ele, o importante é detectar quem irá se beneficiar da reconfiguração do poder. “E não será o povo”, garante.
O militante, que vive na região que poderá vir a se tornar o estado de Carajás, diz que Marabá, candidata a capital do novo estado, é o município de porte médio mais violento do país, devido ao modelo de ocupação extremamente predatório.
Segundo ele, na região, nos últimos 30 anos, foram mais de 600 trabalhadores assassinados a mando de latifundiários. Em 2010, foram 18 assassinados, 36 conflitos envolvendo 3.099 famílias e 1.522 trabalhadores resgatados de trabalho escravo, conforme dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). “Criaremos um estado para ser dominado por estes assassinos?”, questiona.
O professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA) Aloísio Nunes também corrobora que os problemas gerados pela criação dos novos estados são muito mais graves do que sugere o atual debate público. “A reformatação do poder costuma acarretar um alto nível de corrupção”, afirma.
Segundo ele, são dois os fatores que provocam o desmembramento de novos estados ou países, como ocorreu, por exemplo, com a criação do Panamá, de Israel ou do estado do Amapá. O primeiro é um interesse econômico muito forte. O segundo, a existência de um poder local, atrelado a esse interesse econômico, capaz de reivindicar o poder político. “A corrupção é, justamente, o elo entre os setores público e privado. A criação de novos estados não irá mudar isso”, esclarece.
Para o professor, o capital internacional estaria de olho nas regiões de Carajás e Tapajós a fim de garantir a exploração do patrimônio amazônico. “A primeira, já completamente devastada, interessa ao agronegócio e à mineração, e é dominada pela Vale do Rio Doce. A segunda, além desses dois setores, desperta a cobiça também dos extrativistas, pois é uma área que concentra um grande pedaço de floresta”, explica.
Discussão eleitoreira
As campanhas pelas emancipações de Tapajós e Carajás têm figuras tradicionais da política pareanese, embora os grandes caciques tenha optado pela neutralidade.
A Frente Pró Tapajós tem como um de seus líderes o deputado federal Lira Maia (DEM), engenheiro agrônomo e membro do Sindicato dos Produtores Rurais de Santarém, cidade candidata a capital do novo estado. Na Frente Pró Carajás, um dos líderes é o também deputado federal Giovanni Queirós (PDT), médico e ruralista.
As duas frentes usam argumentos e dados parecidos para defender os dois novos estados. A divisão aumentaria o volume de recursos disponíveis na região - o Pará recebe hoje cerca de R$ 3 bilhões por ano do Fundo de Participação dos Estados (FPE), dinheiro repassado pelo governo federal; com o desmembramento, os três estados, juntos, levariam o dobro. O separatismo também aproximaria o Estado das populações mais distantes de Belém.
Mas, para o sociólogo Raimundo Gomes, só elites locais ganhariam. Segundo ele, com 80 mil votos, um político não se elege mais deputado no universo de 4,8 milhões de eleitores do Pará. Porém, em um universo de apenas 800 mil eleitores, como ocorrerá em Carajás, essa margem de voto é suficiente para a vitória.
Diante do imbróglio, as lideranças mais conhecidas do estado, não importa o partido, preferem se manter neutras no processo. Os ex-governadores Jader Barbalho (PMDB) e Ana Júlia (PT) e o atual, Simão Jatene (PSDB), não estão defendendo nenhum lado.
“Esses políticos já fizeram seus cálculos eleitoreiros e decidiram não tomar posição para não perder votos. O governador prefere assumir o ônus de ver seu estado diminuir”, analisa o professor do Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto de Souza Marques.
Identidades múltiplas
O Pará é um estado continental, que responde por 14% do território brasileiro. É maior que países como França, Itália, Alemanha e Grã-Betanha. “A demanda das populações de Tapajós e Carajás por uma maior presença do Estado é legítima, mas se assemelha ao sentimento dos cidadãos da periferia de Belém”, afirma Gilberto.
O antropólogo Roberto Araújo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe), avalia que a divisão geográfica proposta também não favorece as identidades múltiplas, próprias de um estado das proporções do Pará. Segundo ele, o estado de Tapajós, que ficaria com 58% do território que hoje é do Pará, já nasceria com identidades tão fragmentadas quanto é hoje o estado originário.
Ele afirma que, em muitos casos, as populações dessas regiões sequer sabem que identidade adotar. “Há comunidades que se reivindicam indígenas para salvaguardar terras. O projeto político das elites locais não tem nada a ver com o projeto políticos das populações”, defende.
O sociólogo Mário Rodrigues da Silva filho, liderança indígena de Itupiranga, no sudeste do Estado, afirma que a discussão sobre o plebiscito também não está pautada em sua região. O município, que faria parte de Carajás, possui 80 mil habitantes que incluem comunidades tradicionais e indígenas.
“As comunidades tradicionais e indígenas estão conscientes de que o movimentos ocial será esmagado por esses grupos de poder que pregam a divisão do Estado”, afirma. Segundo ele, os defensores da divisão sequer procuraram esses atores sociais para debater o projeto político implícito na mudança. “Mais uma vez, continuamos invisíveis aos olhos dos grandes grupos econômicos”, criticou.
Najla Passos


SEPARATISMO DE ESTADOS ESCONDE DEBATE SOBRE DESENVOLVIMENTO




Criação de estados é caminho fácil para resolver problemas particulares de elites políticas e econômicas paroquiais sem atacar problemas estruturais. Mesa redonda em Belém mostra como proposta de repartir Pará em três seria exemplo perfeito de aliança em proveito próprio e de ameaça às causas populares.


Treze projetos de redivisão do país tramitam hoje no Congresso. Caso fossem aprovados, o Brasil teria dez estados novos e despesa extra de R$ 13 bilhões por ano. Para os participantes da mesa redonda “Divisão do Pará: o que está em jogo?”, promovida pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), na última sexta-feira (4), este tipo de discussão contribui para esconder debate realmente necessário, sobre modelo de desenvolvimento.

“Se a população aprovar os desmembramentos do Pará, Carajás já nascerá como o estado mais violento do país e Tapajós será o mais pobre”, afirmou o economista Gilberto Marques, na Universidade Federal do Pará (UFPA), que participou do debate.

Segundo ele, 53% dos homicídios do Pará ocorrem na região de Marabá, enquanto a região de Santarém, apesar de possuir 58% das terras paraenses, concentra apenas 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

A divisão também poderia levar ao surgimento de lideranças locais sem compromisso com causas populares. Um exemplo disso seria o desmembramento de Tocantins a partir de Goiás, o que criou para o aparecimento de lideranças como a senadora Kátia Abreu (PSD), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“O controle político que as elites locais constroem a partir dos novos municípios e estados têm significado retrocesso para o povo”, exemplificou o antropólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), Roberto Araújo.

O professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA) Aloísio Nunes lembra que novos estados demandam novas lideranças políticas. “E quem elege os políticos não é o povo, mas as empresas que financiam as campanhas deles. São essas forças econômicas que decidem, inclusive, quem pode ou não se candidatar”, disse.

                                                                                                 Fator Vale do Rio Doce

No pretenso estado de Carajás, é fácil avaliar quem associará poder político e econômico. Apesar da forte presença do agronegócio na região, quem domina o poder econômico é a Companhia Vale do Rio Doce, ex-estatal brasileira privatizada durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A empresa, que tem cerca de 40% de capital estrangeiro, é que dita o ritmo do desenvolvimento da região.

Na pauta da exportação, os produtos básicos são presença majoritária, o que põe em xeque o discurso de industrialização do Pará. Até 2005, o volume exportado de produtos básicos e industrializados se equiparava. “Hoje, os básicos já somam três vezes mais”, denuncia o professor do Gilberto Marques.

A indústria mineral representa 66% das exportações do Pará. O maior volume (73%) proveniente da região de Carajás, seguida pela região de Belém (22%) e, na lanterna, Tapajós (11%). Mais da metade das exportações é ferro extraído pela Vale, que é a responsável por 59,26% do total das exportações paraenses.

“A criação do estado de Carajás é a materialização do agronegócio e do império da mineração, tendo a Vale como carro-chefe”, acrescentou o sociólogo Raimundo Gomes, ligado ao Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp) de Marabá.

Segundo ele, a companhia já domina a maior parte do território: controla o subsolo, parte do solo, ocupa terras públicas e avança na desterritorialização dos camponeses, gerando violência e miséria para a população.


Fonte: Carta Maior
*militânciaviva

23 coisas que eles não falam para vocês sobre o capitalismo

O número poderia ser infinito, mas para começo de conversa, o autor – Ha-Joong Chan, sul-coreano, que trabalha em Cambridge – seleciona 23. (23 things they don’t tell yu about capitalism", Penguin Books, Londres, 2011). Cada um pode acrescentar as suas. As dele são:
1. Não há isso que chamam de livre comércio.
2. As empresas não deveriam ser dirigidas em função do interesse dos seus donos.
3. Muita gente nos países ricos é paga acima do que deveria.
4. As máquinas de lavar mudaram o mundo mais do que a internet.
5. Assuma o pior sobre o povo e você vai obter o pior.
6. Maior estabilidade macroeconômica não fez a economia mundial mais estável.
7. As políticas de livre comércio raramente tornam ricos os países pobres.
8. O capital tem uma nacionalidade.
9. Nós não vivemos numa era pós-industrial.
10. Os EUA não têm o mais alto nível de vida do mundo.
11. A África não está condenada ao subdesenvolvimento.
12. Os governos podem punir os vencedores.
13. Tornando os ricos mais ricos não se torna os outros ricos.
14. Os executivos norteamericanos são pagos em excesso.
15. As pessoas nos países pobres são mais empreendedoras do que nos países ricos.
16. Mais educação, por si só, não faz um país mais rico.
17. O que é bom para a General Motors não é necessariamente bom para os EUA.
18. Não somos suficientemente tontos para deixar as coisas para o mercado.
19. Apesar do fim do comunismo, nós ainda vivemos em economias planificadas.
20. A igualdade de oportunidades pode não ser justa.
21. Governo forte torna as pessoas mais abertas para as transformações.
22. O mercado financeiro precisa se tornar menos e não mais eficiente.
23. Uma boa política econômica não necessita de bons economistas.
Emir Sader
*Emir
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A emboscada tucana na USP

Conjunto Residencial dos Estudantes da USP completamente cercado durante emboscada da Tropa de Choque para desocupar o prédio da reitoria.
Toda a região próxima da reitoria foi isolada pela Cavalaria e pela Tropa de Choque para impedir o acesso daqueles que queriam se juntar aos estudantes ocupados ou só mesmo permanecer por perto para que os direitos humanos não fossem violados.
 
*comtextolivre

Alckmin dá “aula de democracia” na USP

Por Altamiro Borges

Perguntado sobre a truculenta invasão da tropa de choque da PM ao campus da USP, o governador Geraldo Alckmin deu a seguinte resposta à imprensa agora à tarde: “Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia... Eles precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É lamentável que tenha que chegar ao ponto da polícia ter que ir lá para cumprir uma decisão judicial”.



O tucano não é propriamente um entendido em democracia. Ele se projetou politicamente durante a ditadura militar, inclusive com apoio de notórios golpistas da sua tradicional família. Com o passar do tempo, Alckmin se tornou um simpatizante do Opus Dei, uma seita de direita com origem na ditadura franquista da Espanha. Usou até o Palácio dos Bandeirantes para as pregações do grupo.

Imagens lembram tempos sombrios

No caso da invasão da USP nesta madrugada, no qual foram utilizados mais de 400 soldados, armas pesadas e até helicópteros, também não é aconselhável falar em “aula de democracia”. As imagens lembram o período sombrio do regime militar, lembram a invasão da PUC-SP em 1977, comandada pelo falecido coronel Erasmo Dias, um ex-aliado do atual governador tucano.

Segundo relatos de deputados que acompanharam os 73 estudantes da USP presos hoje, eles foram tratados como “marginais”. Eles ficaram o dia todo trancados em ônibus em frente à 91ª Delegacia de Polícia, na zona oeste da capital. “Estamos num Estado democrático de direito. Não dá para tratar os jovens como se estivéssemos na ditadura”, criticou o deputado Adriano Diogo (PT).

Ação e punições desproporcionais

Para o parlamentar, a ação da tropa de choque e as punições aos estudantes – como a exigência de fiança de um salário mínimo – são desproporcionais. “Parece que o único objetivo do governo estadual é punir. Estão todos trancados dentro de um ônibus o dia todo, sem alimentação adequada. Prenderam até mesmo a mãe de um aluno que estava nervosa com a situação”.

“Houve inabilidade da reitoria ao lidar com os estudantes e a policia está agindo como na época da ditadura militar, procurando os ‘cabeças do movimento’. O reitor da USP deveria ser o primeiro a tentar soltar os garotos e não criminalizá-los. O número de artigos que eles foram incluídos é absurdo”, completa o deputado. Os estudantes podem pegar pena de até três anos prisão.

Excitação dos “indigentes mimados”

Baita “aula de democracia” do governador Geraldo Alckmin. E ele até disputou uma eleição presidencial e ainda não desistiu desta ambição. O Brasil que se cuide. A democracia do tucano é bem truculenta e rancorosa. Não é para menos que agrada tanto alguns histéricos da direita nativa e certos “indigentes mimados” da mídia corporativa - como Gilberto Dimenstein, Josias de Souza e o pitbull da Veja.

Romário e a fifa


*+no comtextolivre


A Lei que protege Mr. Teixeira (no Brasil).

Mussnich, um especialista em teias (societárias)
O deputado Romário fez ontem na Câmara o que nenhum outro deputado fez: questionou a autoridade moral de Mr Teixeira did you accept the bribe, e do vice-presidente da FIFA, um certo Sr. Valcke.

Sabe-se que renasceu a “bancada da bola”, um dia liderada por Eurico Miranda, nome que engrandece o Esporte da Pátria.

Foi essa “bancada” que tentou impedir que a CPI da Nike, presidida por Aldo Rebelo, hoje Ministro do Esporte, apresentasse o relatório que incriminou o Mr Teixeira.

Ele foi incriminado onze vezes e onze vezes absolvido !

Agora, aparentemente, a “bancada da bola” no Congresso tem outros membros.

Porém, o que os une são os mesmos Altos Interesses de antes: os do Mr. Teixeira.

Amigo navegante que acompanhou a desassombrada intervenção do deputado Romário chamou a atenção para fato revelador.

Quem é o espírito santo de orelha do Mr. Teixeira ?

Aquele que lhe provê o conhecimento da Lei ?

Sim, porque Mr Teixeira deve ser um exímio especialista na matéria, para se livrar de onze incriminações de corrupção.

O espírito santo de orelha é um notável advogado da banca do Rio, Chico Mussnich.

Ele dá assessoria a Mr. Teixeira no âmbito da CBF e conselhos afins.

Ele também faz parte da família – em sentido amplo, o sentido latino, que se instalou na língua italiana, por exemplo – de Daniel Dantas.

Da mesma ampla família de que faz parte o notável senador Heráclito Fortes, que processa este ansioso blogueiro, numa das 41 ações que contra ele se movem.

Mussnich casou ou foi noivo da irmã de Daniel Dantas.

Aquela que acompanhou o irmão ao PF Hilton, por determinação do Juiz De Sanctis.

E manteve ligações societárias com a filha do Cerra na Flórida (em Miami ! Miami ? Êpa ! ).

E numa negócio obscuro, que quebrou o sigilo de milhões de contas bancárias, como denunciou o Leandro Fortes, na Carta Capital.

Mussnich é um dos 3003 advogados de Dantas.

Mussnich é especialista em montar “teias societárias”.

Dantas é especialista em operá-las.

Como sabe, o amigo navegante, a Operação Satiagraha II, presidida pelo Delegado Saadi, vaza preferencialmente para uma revista da Globo, a Época.

Num dos vazamentos, aparece alguém em contato com os ajudantes de ordens do Presidente da República (Fernando Henrique Cardoso) para defender os interesses de Daniel Dantas.

Noutro vazamento preferencial da revista da Globo, aparece um lobbista de Dantas em contato com o motorista de Cerra para defender os interesses de Dantas.

Nos dois casos, os interesses de Dantas foram plenamente atendidos: pelos ajudantes de ordem e pelos motoristas.

Viva o Brasil !

Se a revista da Globo pode, esse ansioso blogueiro também pode.

Este ansioso blogueiro localizou na Satiagraha (I ou II, dr Saadi ?) uma escuta LEGAL em que Mussnich e Daniel Dantas conversam sobre os interesses de Daniel Dantas nos negócios da Copa.

E sobre o papel que Mr Teixeira poderia desempenhar nessa atividade “bancária” do banqueiro Dantas: a Copa !

Clique aqui para ler o Mino, que se referiu aos negócios da Copa como uma verdadeira máfia !

Esse Mino …


Paulo Henrique Amorim

Charge do Dia

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Rabino vai a Gaza e mostra o que o povo judeu é, e não é sionista


Gilsonsampaio

terça-feira, novembro 08, 2011

A queda do Império Romano: juros da dívida italiana disparam

Tal como Nero, Berlusconi incendeia o tecido social na Caput Mundi,
repetindo a história
Depois da queda da Grécia segue-se Roma, repetindo-se assim a história, agora com o Fim do Império do Euro. Os investidores continuam a 'fugir' da dívida italiana, face à instabilidade política no país. Berlusconi enfrenta hoje um teste à sua liderança.
O juro das obrigações italianas a dez anos está cada vez mais perto da marca perigosa de 7%. A 'yield' atingiu hoje no mercado secundário um novo máximo da era euro: 6,744%. Recorde-se que a Grécia e Irlanda pediram resgate oito e 15 dias depois, respectivamente, de os juros passarem acima dos 7% no mercado secundário.
A oposição, com o apoio de membros de Executivo de Berlusconi que abandonaram o barco, deve chumbar hoje no Parlamento, pela segunda vez, a proposta de Orçamento rectificativo que contém as medidas de austeridade que o país tem de implementar para sair de fora do radar dos mercados. "O voto de algumas medidas de austeridade no Parlamento italiano será crucial para o panorama político italiano e por reflexo para a percepção que os mercados financeiros têm da capacidade deste país equilibrar as contas públicas", comentam os analistas do BPI afirmam no Diário de Bolsa.
A escalada dos juros italianos obrigou o Banco Central Europeu (BCE) a intensificar a compras de dívida soberana na primeira semana do italiano Mario Draghi à frente da instituição, para um total de 9,52 mil milhões de euros. Trata-se do valor mais elevado das últimas sete semanas e mais do dobro do montante total desembolsado pelo BCE na semana anterior (4 mil milhões de euros).
No A Máfia Portuguesa 
*comTextolivre

Chávez: Algo extraño está pasando con la salud de líderes progresistas de América Latina


Hugo Chávez hoy en Venezolana de Televisión.
Hugo Chávez hoy en Venezolana de Televisión.
El presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez, reflexionó este domingo sobre las afecciones de salud que aquejan a algunos mandatarios de tendencia progresista en América Latina.
“Que cosa tan extraña esto que está pasando en América Latina con algunos líderes progresistas. Murió Kichner. Luego el cáncer de Dillma (Rousseff), el de (Fernando) Lugo, de Chávez, y ahora de (Luis Inácio) Lula”, expresó el dignatario durante un contacto telefónico con el programa Kiosco Veraz que trasmite Venezolana de Televisión.
Añadió que luego que fuera anunciada la noticia del cáncer que padece el expresidente brasileño, han surgido algunas especulaciones sobre esta terrible coincidencia, -aunque sin base científica-, que sugieren una conexión con algunas acciones imperialistas.
Expresó, al respecto, que actualmente está leyendo un libro del escritor venezolano Luis Brito García, que hace referencia a los más de 900 atentados del Gobierno de Estados Unidos contra el líder cubano Fidel Castro.
El texto también recuerda que el año pasado, el mandatario ecuatoriano, Rafael Correa, “escapó de milagro” de morir. “Y contra Chávez no se sabe cuántos (atentados) hubo”, expresó.
Comentó, asimismo, la extraña muerte del líder palestino, Yasser Arafat, por causa de un misterioso desorden en la sangre y la suposición de que el Mossad (agencia de inteligencia israelí) le haya administrado talio, tóxico empleado como rodenticida, para provocar su deceso.
Sin embargo, Chávez advirtió que todo lo afirmado “sólo son especulaciones”. “No vayan a decir de inmediato por el mundo, que yo estoy acusando a alguien del cáncer que me dio, o del que le llegó a Lula (…) No tengo ninguna razón para afirmar nada al respecto”, sostuvo.

ASESINATOS COMO POLÍTICA DE ESTADO

Chávez mencionó, además, otros datos que demuestran que Estados Unidos ha utilizado a lo largo de su historia el asesinato como política de Estado.
Recordó que la Agencia Central de Inteligencia estadounidense (CIA) asesinó en Vietnam a más de 23.000 presuntos miembros del Vietcom y en el año 1965, a medio millón de supuestos comunistas en Indonesia.
“Hace pocos días, Barack Obama proclamó el genocidio en Libia como el modelo de las relaciones internacionales, y dijo que ‘casi lloró de emoción’ cuando vio el asesinato de Gadaffi”, expresó Chávez.
A juicio del mandatario, ahora EE.UU tiene la vista puesta en Siria, Irán, Venezuela y sobre los nuevos liderazgos de América Latina.
Finalmente, expresó que ha recomendado a Evo Morales, Daniel Ortega y otros presidentes “que se cuiden mucho”. “No es que vamos a andar ahora con una obsesión o una manía persecutoria, pero es verdad, el asesinato ha sido utilizado por el Imperio desde hace mucho tiempo como política de Estado”, puntualizó el presidente Hugo Chávez.
(Con información de Correo del Orinoco)
*Cubadebate

Alguem viu FHC no conflito da maconha dentro da USP?

Parece que progredíamos em termos da compreensão da mecânica do crime organizado e que, finalmente, gente conhecida, com poder de influenciar a opinião pública e os políticos, assumia posições novas mostrando as conexões existentes entre os rigores punitivos das leis antidrogas, no que respeita ao consumo da maconha, e os crimes de extorsão e de colaboração com o tráfico perpretados pelo aparelho policial.
Fernando Henrique foi uma dessas figuras com notoriedade que levantaram a bola sobre o assunto. Deu entrevistas, escreveu artigos e até protagonizou um documentário em que condenava o arcaísmo das leis e a contribuição que davam aos sempre crescentes índices de criminalidade nas grandes metrópoles brasileiras.
O arejamento da discussão sobre o tratamento que deveria ser dado ao usuário da maconha criou condições para que os jovens saíssem às ruas para levantar as mesmas bandeiras, a ponto de forçar o Superior Tribunal Federal a considerar legais as manifestações de rua com esse propósito.
Esperava-se que, por tudo isso, Fernando Henrique Cardoso e os que lhe secundaram na defesa da flexibilização da lei tivessem outra postura ao primeiro caso concreto de insurgência com que se deparassem, como resultado do respaldo à causa da liberdade que pareceram representar aos jovens mais mobilizados em torno da questão, dentre os quais, é claro, os estudantes da USP.
Mas surpresa. Não apenas os arautos de uma nova postura diante da lei deixaram de intervir quando eclodiu uma crise em torno do tema no momento em que policiais detiveram jovens no campus, lócus da autonomia universitária, como permitiram uma escalada de violência que culminou com a ocupação da reitoria da universidade.
Daí em diante silêncio tumular da principal referência na temática das drogas, já que ninguém mais que FHC tinha o dever moral de pronunciar-se sobre a marcha da insensatez que teve lugar quando a PM optou por levar, por conta e risco, dois jovens à delegacia.
O desdobramento dos acontecimentos expressa a falta de seriedade dos nossos políticos ao levantar temas de interesse da sociedade. A qualquer momento poderá surgir uma vítima fatal. E a leviandade com fins eleitorais cobrará seu preço em decilitros de sangue de alguém cheio de esperança que cometeu o erro de acreditar nas raposas desdentadas da política brasileira. 



TODO APOIO AOS ESTUDANTES EM LUTA CONTRA O AUTORITARISMO NA USP

Os bravos estudantes que defendem a Universidade de São Paulo contra a escalada autoritária orquestrada por um reitor que a comunidade acadêmica não escolheu e um governador que segue a ideologia sinistra do Opus Dei (*) poderão ser massacrados neste sábado (5) por brucutus fardados, se não acatarem o ultimato de desocuparem o prédio da reitoria até as 17 horas (**).

Totalmente solidário aos estudantes, continuadores de nossas lutas contra o mesmíssimo inimigo em 1968, reproduzo trechos do ótimo artigo Polícia para quem precisa, do historiador e professor Henrique Carneiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências  Humanas da USP, cuja íntegra recomendo:
"...revistar estudantes, dar buscas em centros acadêmicos ou prender jovens que fumam maconha em gramados do campus é não só dar destinação errada para a PM como extrapolar suas supostas funções de proteger a comunidade.
No que se refere ao crime na USP, pretexto para o uso da PM contra os estudantes, se sabe que a melhor proteção é a própria coletividade atenta e uma guarda bem treinada, bem equipada e com confiança comunitária.
A polícia priorizar a repressão ao uso de maconha é errado, porque isso a torna uma patrulha de costumes anti-estudantil.

NÃO PASSARÃO!

Previsivelmente, a ditadura mal extirpada em 1985 insinua-se pelas frestas da democracia.

A presença e a ação da Polícia Militar no campus da USP, como um túnel do tempo, nos remete diretamente aos  anos de chumbo, quando tais demonstrações de força, de uma truculência e de um ridículo atroz, eram amiúde utilizadas para intimidar estudantes e cidadãos.

Pareceu estarmos assisitndo de novo a prisões em massa de universitários como as do congresso da UNE em Ibiúna e ataques a campi como o deflagrado por Erasmo Dias contra a PUC.

Foi o máximo de perda que poderia causar um episódio de absoluta insignificância. E, agora, a exigência de fiança para libertar quem jamais deveria ter sido preso é outra grotesca aberração -- para não dizer evidente provocação.

Este caminho só leva ao acirramento dos ânimos, até se chegar ao que ninguém deveria querer: universitários mortos ou feridos por aqueles a quem compete defender a coletividade de bandidos, não tumultuar ambientes acadêmicos, com a conivência de um reitor sem legitimidade e sob as ordens de um governador que segue as piores cartilhas direitistas.

NÃO vale a pena ver de novo
Só que não vivemos mais debaixo das botas. E homens livres não se resignam a ser tratados a pontapés

Haveremos de protestar, de lutar, de tudo fazermos para que o arbítrio não retorne, pelas mãos dos discípulos da Opus Dei e daquelas viúvas da ditadura que até ontem entoavam loas para a derrubada de um presidente legítimo.

E lanço um alerta à presidente Dilma Rousseff: o primeiro ano de governos petistas tem sido marcado por balões de ensaio golpistas que, sob Lula, não prosperaram -- caso do movimento Cansei!, evidentemente inspirado na Marcha da Família, com Deus, pela liberdade, que se avacalhou ao só levar à Praça da Sé meia dúzia de gatos pingados.

A versão 2011, contudo, causa maior preocupação, pois a articulação se dá num nível mais alto. Daí a necessidade de pronta e incisiva resposta, antes que o mal cresça.

Não passarão!
*Naufragodautopia


Em breve, poderão prender também as fotocopiadoras ou quem vender cerveja em festas? Se o objetivo maior deve ser a manutenção da tranquilidade social, a intervenção da polícia não pode ser o agente que venha justamente provocar a ruptura dessa paz".
* para quem quiser saber mais sobre a atuação nefasta do Opus Dei no Brasil e no mundo, recomendo este excelente artigo do Altamiro Borges.
**  negociação que acaba de ser noticiada prorrogou o prazo fatal para as 23 horas de 2ª feira (7). 
*Naufragodautopia 

"Não se pode tratar a USP como a cracolândia", diz Haddad

O ministro Fernando Haddad (Educação) criticou nesta terça-feira em Franco da Rocha (SP) a ação policial de reintegração de posse na reitoria da USP.
"Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia. Nem a cracolândia como se fosse a USP", disse Haddad durante vistoria ao antigo hospital do Juqueri.
A crítica atinge ao mesmo tempo o governo do Estado - ao qual estão subordinadas a USP e a Polícia Militar - e a Prefeitura, pelo fato de usuários de crack interditarem ruas no centro de São Paulo sem serem incomodados.
O ministro também criticou a invasão da reitoria, que considerou um ato "arbitrário" e "autoritário" de uma minoria. "Esse expediente, alem de ser autoritário, não produz bons resultados em nenhum lugar", afirmou.
Haddad, que é pré-candidato a prefeito da capital paulista pelo PT, fez a critica ao lado de Edson Aparecido, secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano.
Os dois devem firmar acordo para que o governo paulista ceda o prédio do antigo hospital do Juqueri para a instalação de um campus federal. 
Estudantes que haviam invadido a reitoria da USP são rendidos por policial militares; 70 alunos foram detidos
VERA MAGALHÃES
*comtextolivre  

Charge do Dia

Liberdade de imprensa no rabo dos outros é refresco!

É o seguinte pessoal: eu trabalho na VEJA e tenho aqui uma denúncia feita por uma pessoa anônima de que vocês todos que lêem o meu blog são ladrões de bancos, satanistas, assassinos e pedófilos. Essa matéria será publicada na capa da revista, com um título bem grande "Fulano de tal é ladrão, assassino, satanista e pedófilo" junto com uma foto sua de fora a fora.
Dou 12 horas para todo mundo provar pra mim que essas acusações são falsas.
Detalhe: mesmo que alguém consiga provar que é inocente de todas essas acusações gravíssimas, a matéria e a capa vão para as bancas do mesmo jeito, ok? Se não gostarem, processem a revista...
Que tal? Liberdade de imprensa é isso aí. Ou não?
No Tudo em Cima
*comtextolivre

Dilma escolhe ministra do TST para vaga de Ellen Gracie no STF



A presidente Dilma Rousseff escolheu para a vaga de Ellen Gracie no Supremo Tribunal Federal a ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O posto estava vago desde a aposentadoria de Ellen Gracie, que deixou o cargo em agosto deste ano.

A escolha foi feita em reunião durante a tarde desta segunda-feira e deverá ser anunciada até amanhã.

A gaúcha Rosa Weber contava com o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ex-marido de Dilma, o advogado trabalhista Carlos Araújo.

O blog Presidente 40 já tinha antecipado que que Rosa Maria liderava a bolsa de apostas para a vaga.

Ellen Gracie foi a primeira mulher a se tornar ministra do STF na história do Brasil, e a única a ocupar a presidência da corte. Com sua saída, a ministra Cármen Lúcia ficou como a única representante do sexo feminino no Supremo.

PERFIL

Rosa Weber ingressou na magistratura trabalhista em 1976, como juíza substituta, por concurso promotivo pelo TRT da 4ª região.

Em 1981, foi promovida ao cargo de juíza presidente, que exerceu sucessivamente nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Ijuí, Santa Maria, Vacaria, Lajeado, Canoas e Porto Alegre. Em Porto Alegre, presidiu a 4ª Junta de Conciliação e Julgamento de 1983 a 1991.

Com diversas convocações para atuar na segunda instância desde 1986, foi promovida em agosto de 1991 ao cargo de juíza togada do TRT da 4ª Região. Também foi presidente do tribunal no biênio 2001-2003, após ter sido vice-corregedora de março a dezembro de 1999, e corregedora regional, por eleição, no biênio 1999-2001.

Também foi professora da Faculdade de Direito da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), no curso de graduação em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1989 e 1990.

Convocada em maio de 2004 para atuar no Tribunal Superior do Trabalho, em 21 de fevereiro de 2006 tomou posse no cargo de ministra deste tribunal.

O exemplo administrativo paulista

Serra critica programa federal para combater crack 


O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta terça-feira o programa de combate ao crack lançado pelo governo federal no mês passado. O tucano disse que não há espaço para "improvisar" sobre o assunto.

Serra se reuniu com psiquiatras, representantes de organizações sociais e familiares de dependentes químicos, em São Paulo. No encontro, o tucano atacou a decisão do governo de somente financiar internações para dependentes químicos em hospitais.

Na reunião, o presidenciável ressaltou suas ações na área quando governador.

São Paulo, 07/11/2011

Ao fundo temos outro orgulho tucano: a Sala São Paulo

*esquerdopata

Caros leitores , vocês sabem quem é a imprensa corrupta , golpista e racista brasileira ? Resposta : É aquela que vai para a porta do prédio onde mora o ex-presidente Lula e com lentes potentes fica de plantão para obter imagens de sua vida particular inibindo a família de um homem em tratamento de câncer de respirar livremente na janela de seu próprio apartamento e essa imprensa acha que tem esse direito. É aquela que sabe o preço da moradia de Lula , que faz ilações dizendo que o valor está desatualizado na declaração de imposto de renda , mas não explica que a Receita não permite atualizar para depois cobrar , quando for vendido , o famoso "Ganho de Capital" e essa mesma imprensa , visto no UOL , nos comunicou que não sabe o valor , onde fica e não tem nenhuma foto da moradia de José Serra , "o mais preparado" , "o do currículo exemplar". Essa é a imprensa do Brasil que só consegue dados sobre o PT, mas nada sabe sobre o PSDB/DEM/PPS e gangue. Essa é a imprensa que nos enche de notícias negativas dos governos do povo para tentar retornar ao poder

Fome é "gravíssima" violação de direitos humanos

Um relatório sobre segurança alimentar e nutricional aprovado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) será apresentando amanhã (7) durante a  4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador. De acordo com a ministra Maria do Rosário, o documento trata a alimentação como um direito humano fundamental.
“A fome é considerada uma gravíssima violação de direitos humanos. Após vários anos de trabalho, o Conselho apresentou esse relatório importantíssimo, com base na situação das comunidades indígenas e daquelas comunidades que têm dificuldade de acesso à alimentação”, disse a ministra à Agência Brasil.
Durante a conferência, também serão apresentados os principais eixos do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Segundo Maria do Rosário, o plano, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), deve entrar em vigor em 2012. “O conceito geral é que nenhum brasileiro ou brasileira deve sentir fome e ter dificuldade de acesso aos alimentos. O plano é bastante amplo e o Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional] atua de maneira destacada, pois tem feito um importante debate com a sociedade."
Cerca de duas mil pessoas participarão da conferência. Além da presidenta da República, Dilma Rousseff, o evento terá a presença de governadores, ministros, parlamentares e observadores. A sociedade civil também participará por meio de representantes dos indígenas, de quilombolas, da população negra, dos povos de terreiro e das comunidades tradicionais.
Por: Agência Brasil
*OCarcará

10 Estratégias de Manipulação Midiática


Noam Chomsky -
O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:


1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.


5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.


6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…


7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…


9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!


10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.



O Crepúsculo do Império e a Aurora da China



"Embora os EUA ainda sejam o pólo do sistema capitalista mundial, sua hegemonia cada vez mais se desvanece. O Império está falido. Com um PIB da ordem de $14,66 trilhões, sua dívida pública, em 9 de setembro de 2011, já estava em cerca de US$ 14,71 trilhões. A China tornou-se para os EUA o mais importante país do mundo. Atualmente, é o maior credor dos EUA, com reservas de mais de US$ 3 trilhões". Prólogo de Luiz Alberto Moniz Bandeira ao livro de Durval de Noronha Goyos, que será lançado dia 10 de novembro, em São Paulo.

Luiz Alberto Moniz Bandeira

(*) Durval de Noronha Goyos lançará o livro "O Crepúsculo do Império e a Aurora da China", publicado pela Observador Legal, na próxima quinta-feira, dia 10 de novembro, das 19h às 22h, na Livraria da Vila, Alameda Lorena 1731, Piso Térreo - Jardins, São Paulo, SP. Luiz Alberto Moniz Bandeira assina o prólogo ao livro, que publicamos a seguir.

Leia mais na Carta Maior
*Brasilmostraatuacara

Veja ataca novamente. Ninguém reage! 

 


Em meados deste ano, a sociedade britânica descobriu que Rupert Murdoch, o mafioso imperador da mídia, comandava o país. Seu grupo de comunicação não fazia apenas escutas ilegais e distribuía propinas. Ele pautava a política nacional, “nomeava” e derrubava ministros, mandava e desmandava no Reino Unido. Até o primeiro-ministro conservador, David Cameron, foi apontado como seu fiel capacho!
Parece que Roberto Civita, dono do Grupo Abril, sonha em ter o mesmo poder no Brasil. Nos três últimos meses, a revista Veja, o principal veículo da famiglia mafiosa, conseguiu agendar a política interna. Ela produz escândalos e logo é seguida pelas TVs e jornalões, que amplificam suas denúncias. Embalada, ela até se jacta de ter derrubado ministros e de acuar a presidenta Dilma Rousseff!
Jagunços midiáticos e denuncismo fascista
Nesta ofensiva frenética, Veja não vacila em usar os métodos mais criminosos, que causariam inveja ao próprio Murdoch. Os seus colunistas mais se parecem com jagunços midiáticos, que caluniam a sangue frio – sem medo de processos ou cadeia. Suas capas e reportagens são carregadas de denúncias vazias, num processo tipicamente fascista de escandalização da política.
Um de seus “repórteres”, um fedelho ambicioso, tentou invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel de Brasília. Depois de uma capa mercenária sobre um remédio, que rendeu protestos formais da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Veja usou como fonte de suas calúnias um policial acusado e preso por corrupção para derrubar o ministro Orlando Silva.
Carlos Lupi, a próxima vítima
Agora, a revista promove o linchamento do ministro Carlos Lupi. Mira no presidente licenciado do PDT com o nítido objetivo de atingir a base de apoio da presidenta Dilma. Ela seria a maior culpada pela “corrupção sistêmica”, como esbraveja o “ético” FHC, o queridinho da famiglia Civita. Só os ingênuos e os míopes pela disputa política amesquinhada não enxergam a tramóia da Veja.
O objetivo não é corrigir as distorções denunciadas nos milhares de convênios firmados pelo Ministério do Trabalho. Durante o reinado de FHC, por exemplo, vários casos de desvio dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foram apontados pelo próprio movimento sindical, sem que a mídia demotucana tenha feito qualquer escarcéu. Nada foi apurado, para a alegria dos demotucanos!
Chega de chorar o leite derramado!
O triste nesta história toda é que a Veja está ganhando! Ela denuncia, mesmo sem apresentar provas concretas, o governo cede e a esquerda política e social chora o leite derramado. A cada queda de ministro – e Carlos Lupi parece ser a próxima vítima – fica a sensação de que o governo Dilma é o mais corrupto da história do Brasil e de que a revista Veja é o baluarte de ética no país.
A esquerda social/política não consegue se unir para dar uma resposta contundente ao “tribunal de exceção”, fascista, da famiglia Civita. Ela manda e desmanda - “investiga”, julga e fuzila -, a exemplo do mafioso Rupert Murdoch. A cada semana, ela promove o linchamento de um partido ou movimento social. Fragmentado, atordoado e acovardado, ninguém dá resposta. Até quando?
O desafio está lançado
Diante da ofensiva fascistóide da Veja, é urgente dar uma resposta unitária e incisiva. Que tal um “tribunal” para julgar os crimes da revista? Seria interessante analisar as origens alienígenas do Grupo Abril, os subsídios milionários do regime militar à famiglia Civita, os empréstimos do BNDES que duram até hoje, os anúncios publicitários sem licitação dos governos demotucanos, os seus vínculos com grupos racistas da África do Sul e com as corporações financeiras do EUA.
Todos os que sofreram o linchamento midiático da Veja poderiam se pronunciar. Os sem-terra do MST que são demonizados em suas lutas; os sindicalistas que são estigmatizados em suas greves e protestos; os jornalistas que conhecem as manipulações e as negociatas do Grupo Abril; os partidos de esquerda que são alvos de suas calúnias e difamações. O "tribunal" poderia até resultar num protesto de rua diante do bunker da famiglia Civita, em São Paulo, que já serviu de quartel-general de candidatos tucanos.
*Gilsonsampaio
Chega de ouvir passivamente os ataques desta mafiosa famiglia, fascista e golpistas! A proposta está lançada. Quem topa?

segunda-feira, novembro 07, 2011

Para onde eles vão?

O PSDB, sem projeto alternativo para fazer frente ao do atual governo, sem discurso plausível, sem ética,-- já que em São Paulo está mergulhado no escândalo da venda de emendas na ALESP--, sem foco com discursos norteados em factóides de recortes de jornais e, com uma inesquecível historia de privataria na era FHC , se reúnem no Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, hoje no Rio de Janeiro, para o seminário "Para onde vai o Brasil" “Que Estado pretendemos, que futuro vislumbramos?".Não faz muito tempo, Fernando Henrique Cardoso escreveu um artigo para a imprensa, com o título, "Para onde vamos?". Agora,o ex presidente e sua trupe, não sabe para onde vai o Brasil. Se o tucanato não souber dizer para onde se deve ir, o PT ganhará a eleição do ano que vem e em 2014

Depois de escrever em seu Twitter que estava em viagem ao exterior e só voltaria na terça-feira, 8, ao Brasil, o ex-governador José Serra também participa do seminário. “Serra gosta de fazer suspense ate o fim”, disse um partidário antes da chegada do tucano.
*osamigosdopresidentelula

Brasil 2020: uma Potência Solidária

O cálculo é da revista The Economist: em 2020 a China deixará os Estados Unidos para trás e se tornará a maior economia do planeta. Não por outro motivo os teóricos estadunidenses já fazem projeções para os próximos anos, considerando cenários que oscilam entre a cooperação e a competição entre os dois países. As gradações variam de acordo com os analistas e os ângulos considerados.
Nesse sentido, destaca-se um recente comentário de Kurt Campbell, conselheiro da Secretaria de Estado para o Leste Asiático e o Pacífico dos Estados Unidos. “Um dos desafios mais importantes para a política externa dos Estados Unidos é efetivar a transição do foco imediato do Oriente Médio para o longo prazo da Ásia”.
Considerando essa mudança de posicionamento dos Estados Unidos e o conturbado cenário europeu, em que o desemprego e a crise econômica se aprofundam, o melhor que temos a fazer nesse momento é estreitar os laços com os países latino-americanos e ampliar as relações com os africanos.
O Brasil deve, mais do que nunca, aproveitar algumas vantagens conquistadas pelo continente sul-americano, manifestadas com maior clareza nos últimos seis anos: o expressivo crescimento econômico regional, o significativo aumento da inclusão social, as amplas reservas financeiras acumuladas e o portentoso mercado interno que conquistamos. Isso tudo nos garante um razoável respaldo diante das turbulências externas. Em vez de ficar a reboque dos que estão em crise, devemos montar nossa própria agenda positiva nesta década. Esse é o melhor caminho para nos fortalecermos e, num futuro próximo, reunirmos melhores condições para enfrentar os grandes desafios que se avizinham de igual para igual com as potências mundiais.
Para tanto, é fundamental impulsionar as atividades da Unasul – União das Nações Sul-Americanas. Criada com grandes ambições geopolíticas e econômicas, a Unasul se destacou, entre outras ações, quando investigou o massacre em Pando, na Bolívia. A missão, liderada pelo Brasil em 2008, conseguiu reunir provas que tiveram grande importância na condenação e prisão do então governador Leopoldo Fernandéz, que agia em consonância com os interesses da direita separatista e da diplomacia estadunidense.
Ações como essa precisam ser retomadas, já que reforçam o pólo de poder regional e ampliam nossa governabilidade sobre a segurança de Nuestra América. Vale lembrar que são ações cujos contenciosos são resolvidos pela ação diplomática com base nas doutrinas sul-americanas do direito internacional, o respeito à soberania e à não-intervenção em assuntos internos dos Estados. Desse modo, ao passo que valorizamos a institucionalidade regional, afastamos a interferência de potências estrangeiras.
Dando continuidade às iniciativas da política externa e em complementação a ela, o ministro da Defesa, Celso Amorim, vai esta semana ao Peru, quinto país da região que visita desde que assumiu a pasta, em agosto. “Estamos tratando de garantir que haja um ‘cinturão de paz e boa vontade’ em nossa região. Isso requer muita compreensão dos problemas dos nossos vizinhos, sem arrogância ou falsos complexos de superioridade”, disse à Carta Maior.
África
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva priorizou o fortalecimento das relações comerciais do Brasil com o continente, visitando pelo menos 25 países e duplicando o número de embaixadas em seus dois mandatos.
Graças ao trabalho do então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, temos hoje 31 representações diplomáticas na África, à frente da Grã-Bretanha, com 26, que por contenção de custos está tendo de fechar embaixadas onde antes era senhora. Estados Unidos (46), Rússia (45) e China (42) seguem à frente do Brasil. Em termos de movimentação financeira, só estamos à frente da Rússia, que anualmente negocia US$ 3,5 bilhões com a região. O Brasil movimenta US$ 20 bilhões, ainda atrás da Índia (US$ 32 bilhões) e muito aquém da líder China (US$ 107 bilhões).
Em termos de cooperação, entretanto, a diferença vai muito além das cifras; enquanto esses países se dedicam ao tema com matizes imperialistas, buscando extrair o máximo do continente, e tratando o impacto sobre sociedades locais como pauta menor, a cooperação brasileira parte de um paradigma de solidariedade e imbui-se do espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que enfatiza em seu preâmbulo o conceito de família humana.
Essa diferença conceitual se verifica na prática absolutamente distinta entre o Brasil e as potências tradicionais quando cooperando com a África. Ao passo que as segundas inundam o continente com dinheiro repleto de condicionantes, a cooperação brasileira, ao centrar suas ações no desenvolvimento humano, contribui para a autodeterminação e emancipação das sociedades locais, especialmente através do intercâmbio de boas práticas em políticas públicas. Um bom exemplo é a cooperação iniciada pelo presidente Lula, e mantida pela presidenta Dilma, com Guiné-Bissau para a Promoção do Registro Civil de Nascimento.
“Para cada problema africano existe uma solução brasileira”, afirma o pesquisador africano, hoje em Harvard, Calestous Juma. E os africanos reconhecem isso, como registrou Celso Amorim em artigo publicado na revista CartaCapital, com o significativo título “A África tem sede de Brasil”. No entanto, reforça ele, para transformar essa realidade virtual em ato concreto será preciso muita persistência e visão de futuro. “Estou certo [que essas virtudes] continuarão a inspirar o governo Dilma, como inspiraram o de Lula”.
Esse tipo de cooperação fortalece os laços entre o Brasil e os países africanos, produzindo efeitos mais duradouros ao reconstituir e estabelecer vínculos e similaridades não apenas no plano institucional, mas também entre os nossos povos, que um dia foram um só, e ainda hoje permanecem conectados pela influência cultural que exercem mutuamente uns sobre os outros.
O Brasil está no caminho certo, mas precisa aproveitar a atual conjuntura histórica para aprofundar o que vem se convertendo em uma nova hegemonia latinoamericana, baseada nos princípios da cooperação e no respeito à autodeterminação dos povos. Assim passaremos de país emergente a uma grande potência mundial – não uma potência imperialista, como tantas outras, mas de um novo tipo, que apenas o povo brasileiro, em seu singular sincretismo étnico-cultural, na acepção de Darcy Ribeiro, seria capaz de criar: uma Potência Solidária.
Marcelo Salles é jornalista. Fábio Balestro é advogado e especialista no Estudo das Instituições Ocidentais (Universidade de Notre Dame). 
*Escrevinhador 

Aprenda com Waack como tornar-se informante de governo estrangeiro



O caso da recente divulgação pelo site de documentos sigilosos Wikileaks de que  o jornalista Wiliam Waack atuava como uma espécie de consultor informal do Departamento de Estado norte-americano coloca  de imediato a seguinte indagação: como um jornalista chega ao ponto de colocar-se em contato com autoridades internacionais ou círculos de poder que estariam muito aquém da possibilidade de um profissional comum?
A princípio, para os mais desavisados, o acesso a grupos socialmente influentes por parte de jornalistas poderia ser interpretado como refletindo a competência profissional ou talento de quem o alcança. Algo como o caso do ex-presidente do Bradesco, Amador Aguiar, que havendo ingressado num banco como office boy chegou à presidência da Instituição.
Mas o profissional de imprensa não mexe com dinheiro nem com saberes de algum modo especializado que lhe permita diferenciar-se dos seus pares a ponto de chegar ao pináculo do mercado de trabalho em que atua apenas por mérito próprio.
 Lidam com informação, algo que nem eu nem você fazemos leitor, no esforço cotidiano de ganharmos o pão.  Porque ocupamo-nos com atividades produtivas, não nos é dado chegar antes que qualquer outro mortal à gênese de acontecimentos que influenciarão o destino de milhares senão milhões de pessoas.
Mas o jornalista tem essa oportunidade. E a cria à partir do contato, num primeiro momento, e a associação, logo em seguida, com um outro tipo de agente que tanto quanto ele tem na informação o recurso fundamental para a ascensão social e o enriquecimento rápido. Esse agente é o político, parceiro e verdadeiro sócio de negócios informais no tráfico da informação.
Eis o primeiro fator que faz um jornalista ascender dentro da emissora em que atua: o bom trânsito com políticos. E todos que chegam à posição que Waack chegou, começaram suas prestigiosas carreiras atuando como assessores de imprensa de algum político ou figurão do meio, para depois projetarem-se escada acima nas posições de maior visibilidade da empresa responsável pela telinha.
Lembre-se à propósito que Waack ele mesmo foi assessor de figuras influenciais do PSDB antes que chegasse, na voragem do governo FHC, à bancada de comentaristas da Rede Globo.
O segundo passo para se dar bem, uma vez articulado com políticos, é vender os frutos dos bons contatos que se tem no mundo da política dentro da emissora. Não apenas para alimentar o noticiário, como poderia pensar algum ingênuo, mas para conduzir dentro dela a ação de lobbies econômicos que cedo permita traduzir em polpudas contas publicitárias as amizades seladas em gabinetes e corredores do legislativo.
Imagine então que você leitor tenha contato com dado figurão da cena política e encontre-se na chamada zona do agrião (beirada do perímetro donde jogadores fazem cestas) de uma emissora de televisão.Naturalmente lá colocado talvez pelas mãos pouco desinteressadas desse mesmo político, pelas quais também passaram muitos temas de interesse do grupo de comunicação que o contratou.

Não devemos nos esquecer de que o objeto de exploração comercial desse tipo de negócio, a comunicação, é uma concessão pública e, portanto, altamente dependente de regulações controladas por políticos.
Pois bem, como o mesmo político negocia de modo contumaz com grandes empresas que estão sempre interessadas em descobrir formas de interferir em decisões de governo que as favoreça ou que no mínimo não as prejudique, fica fácil para ele político encaminhar os dirigentes dessas empresas para o departamento comercial da emissora, com o propósito de acertar uma boa campanha publicitária.

O diretor comercial da emissora, por sua vez, grato pelo faturamento, haverá de recomendar você ao diretor de jornalismo que se esforçará por gratificá-lo por cada anunciante carreado  à área comercial. Sim, uma espiral ascensional de felicidade com a qual, por infelicidade, você apenas poderá sonhar.
Nesse toma lá dá cá, chegamos ao último elo da cadeia de tráfico de influência de que se alimenta o inicialmente humilde jornalista, agora já bem sucedido apresentador, até que veja sua influência na emissora de TV  crescer na exata proporção da remuneração e dos espaços que consegue abrir à fortiori (e por causa disso) em instituições governamentais nacionais e internacionais.

 Afinal, não se deve deixar escapar que quando no estágio mais avançado da carreira é ele apresentador que decide quem irá participar dos programas televisivos, quais temas serão enfocados e como serão abordados.
 É desse modo que não há como deixar de concluir que se valem de práticas excusas aqueles que gritam contra a corrupção todos os dias nas bancadas de telejornais noturnos. Vendem por preço módico aquilo que informam a você ao mesmo tempo em que intermedeiam os interesses do político em busca de ganho fácil, do empresário sequioso por lucro e da direção da emissora pronta a faturar com novos anúncios.
Somos nós os bobalhões desse noticiário de mau gosto. Ou acha que os Waack, Sardemberg, Leitão, Merval e “tutti quanti “vivem de salários como vivemos eu e você? 
*Brasilquevai