Após meses de atrito, as relações entre a atual direção do PV e o grupo de Marina Silva caminham para o impasse. Já se fala na possibilidade de Marina deixar o partido. Sairia acompanhada por militantes históricos, como o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ) e o jornalista e ex-deputado Fernando Gabeira (RJ).
O impasse foi explicitado na reunião da executiva nacional do partido, realizada ontem em Brasília. Ignorando os apelos do grupo de Marina e dos históricos para que se promovam eleições neste ano para a renovação dos quadros de direção, a executiva decidiu adiar para 2012 a convenção já programada para meados deste ano. Isso garante ao atual presidente, José Luiz Penna, que detém o controle quase absoluto da máquina partidária, a permanência no cargo por mais um ano. Será o 13.º à frente do PV.
“Tudo indica que estamos caminhando para uma presidência vitalícia, num partido que é parlamentarista”, desabafou ontem Sirkis. “É desalentador, porque 2012 é ano eleitoral e difícilmente a executiva convocará uma convenção.”
Sirkis disse que o grupo de Marina e os históricos ainda irão tentar mobilizar as bases do partido e os grupos que apoiaram a a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente. Sua intenção é pressionar a executiva para que a convenção se realize neste ano, como estava previsto desde que Marina se filiou ao PV, no ano passado. “Vamos convocar reuniões realizar seminários onde for possível”, afirmou o deputado. “Não está descartada a hipótese, porém, de Marina e os verdes históricos saírem para criar um novo partido.”
O deputado ficou surpreso com resultado da reunião. Ele acreditava que o partido iria aproveitar o resultado da campanha eleitoral de 2010, quando Marina obteve cerca de 20 milhões de votos e mobilizou setores expressivos do eleitorado mais jovem, para promover a renovação e o arejamento nos seus quadros.
A história tomou outro rumo quando o deputado Zequinha Sarney (MA), apresentou uma proposta para se prorrogar por mais um ano o mandato da atual diretoria, presidida por Penna. Submetida a votação, ela foi aprovado por 29 votos a 16.
Segundo comentário feito ontem por Sirkis em seu blog na internet, a decisão teria sido motivada por “acordos com as clientelas internas que dominam muitos Estados mantendo o partido na sua condição de vergonhosa estagnação, garantias de cargos e também o medo que existe em relação a qualquer mudança mais profunda no pequeno partido que somos”.
Sobre o estado de ânimo de Marina, comentou: “Marina ficou perplexa ainda que não propriamente surpresa. A animosidade da burocracia no partido contra ela era algo que ela vinha reparando há tempos e eu constantemente lhe garantindo que exagerava. Naquela hora percebi que não. Digamos que, na melhor das hipóteses, criaram por ela uma relação amor-ódio. Amor pelo que de prestígio indireto pode lhes aportar. Ódio quando sua visão de transição democrática é vista como ameaça a seus poderzinhos…”
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, março 19, 2011
sexta-feira, março 18, 2011
Sou Parva
Deolinda - Parva que sou
Música e letra: Pedro da Silva Martins
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
*GilsonSampaio
Música e letra: Pedro da Silva Martins
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
*GilsonSampaio
Cubanos residentes no Brasil pedem a Obama fim do bloqueio
Representantes da ANCREB-JM (Associação Nacional Cubana de Residentes no Brasil – José Martí) prepararam uma mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em função de sua visita ao Brasil, no próximo sábado (19). No texto, os cubanos destacam o simbolismo da eleição de Obama em 2008, bem como a esperança por mudanças naquela ocasião. No entanto, depois de pouco mais de dois anos, o sentimento atual se traduz apenas em desilusão.
Diante desse quadro, os representantes da ANCREB-JM aproveitam a visita de Obama ao Brasil para exigir a libertação dos Cinco Patriotas (presos nos EUA acusados de terrorismo) e o fim imediato do bloqueio econômico norte-americano sobre Cuba.
Leia abaixo a mensagem:
Por favor, senhor presidente Obama preste atenção a estas palavras
Somos cubanos residentes no Brasil. Durante sua campanha presidencial, estivemos esperançosos de que o senhor realmente produziria as mudanças que insistentemente prometia, em particular, aquelas relacionadas com nosso país. Porém, estamos cada vez mais e mais desiludidos, pois não se observa nenhuma mudança na política americana relacionada a Cuba, contra as expectativas da comunidade internacional e a opinião pública norte-americana.
Por uma esmagadora maioria, no ano 2010 - uma vez mais e por 19 vezes consecutivas -, na Assembleia Geral das Nações Unidas, a comunidade internacional recusou o criminal bloqueio que o governo americano tem imposto ao nosso país por mais de meio século e pediu o encerramento dessa política genocida.
O bloqueio econômico, comercial e financeiro fecha mais e mais as suas garras e o senhor não tem usado suas amplas prerrogativas constitucionais, que lhe permitiriam introduzir importantes mudanças passíveis de aliviar enormes necessidades que nosso povo vem sofrendo há muitos largos anos.
O governo dos Estados Unidos - o seu governo, Senhor Presidente Obama – continua dificultando as vendas de alimentos a Cuba por parte de empresas norte-americanas e não permite que essas vendas sejam realizadas conforme as normas e práticas regulares do comércio internacional.
O bloqueio imposto ao nosso país não é um assunto bilateral; ele tem um marcante caráter extraterritorial que viola as leis internacionais e as regulamentações internacionais do comércio, é ofensiva à soberania de terceiros Estados e a os legítimos interesses de entidades e pessoas sob a sua jurisdição.
Por outra parte, o senhor ignora os crescentes chamados desde cada canto do mundo para que cesse a enorme injustiça perpetrada para encarcerar e submeter a desumanos maus tratos nossos Cinco Heróis Cubanos, depois de 12 anos de prisão devido a absurdas sentenças por crimes que não cometeram. A tarefa que eles realizavam era monitorar terroristas cubanos assentados em Miami, os quais representam um grande perigo não só para nosso país, mas também para os Estados Unidos. Estamos seguros de que isso é do seu conhecimento, Senhor Presidente.
Portanto, com toda firmeza lhe demandamos:
• A eliminação do criminal bloqueio imposto ao nosso país;
• A imediata liberação dos nossos Cinco Heróis Cubanos;
O senhor tem as possibilidades constitucionais para atender a este reclamo. Prove que o senhor, realmente, Pode mudar!
Associação Nacional Cubana de Residentes no Brasil – José Martí
15 de março de 2011
*gilsonsampaio
JORNALISMO CHAPADO DA FOLHA, PODE CRER, MALUCO!
Olha só, que louco, meu! Os caras da Folha publicaram uma parada esquisitona, tá ligado? Está aqui, no caderno Cotidiano, da edição online, edição de ontem, 16/3. Saca o título: “Cookies de maconha viram febre em balada de Buenos Aires”. Até aí, beleza. Estava rolando um clima maneiro nas primeiras linhas: “Brownies e cookies de maconha viraram febre em uma das baladas mais agitadas de Buenos Aires. As "galletitas mágicas" (biscoitinhos mágicos) são atração nas noites de segunda num centro cultural em Balvanera (região central). O local é bastante frequentado por turistas, principalmente brasileiros”.
Mas, aí, brô, pintou um lance estranho, ó: “Na Argentina, é crime o porte e consumo de drogas, não importando a quantidade e a forma de uso”. Pô, mano, qualé??? Tá me tirando pra comédia? Quer me zoar? Tirar uma da minha cara? A mesma Folha de S.Paulo publicou o seguinte título no dia 25/8/2009: “Justiça argentina descriminaliza porte de maconha para consumo pessoal”. Dizia o texto dos carinhas: "A Corte Suprema de Justiça da Argentina declarou nesta terça-feira inconstitucional punir adultos em posse de pequenas quantidades de maconha, cujo consumo "não coloque em risco outras pessoas". Que bagulho de jornal é esse?
Shakira: é uma benção ter uma presidenta no Brasil
“É uma bênção que o Brasil tenha uma mulher encarregada [pela Presidência da República]. Ninguém como uma mulher para entender a necessidade das crianças”, afirmou.
A cantora pop desenvolve projetos humanitários, como o Alas, que luta pelo combate à desnutrição infantil na América Latina e no Caribe. Ela também criou, nos Estados Unidos, a Barefoot Foundation, organização que visa promover o acesso de crianças e jovens à educação de qualidade. A criação da Fundação, que tem parceria com a entidade colombiana Pies Descalzos, lhe rendeu o prêmio de Artista do Ano 2011, entregue pela Fundação da Universidade de Harvard (EUA) em fevereiro deste ano.
Fonte: Blog do Planalto.
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