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sábado, junho 04, 2011
sexta-feira, junho 03, 2011
Quem confia na Globo morre em suas garras
A se confirmar que o Ministro Antonio Palocci vai falar, com exclusividade, para o Jornal Nacional, terá errado antes de começar a falar.
À esquerda e aos que conhecem o que representa a Globo no sistema de comunicações brasileiro, não evitará – ainda que não o seja – a impressão de que é uma “entrevista” combinada com alguém que é “amigo da casa”.
Para os formadores de opinião,qualquer explicação que o ministro dê será pouca. Porque ficará a impressão de que foi “combinado”.
Os apresentadores do Jornal Nacional foram mais espertos que Palocci. Perceberam isso e vão deixar a entrevista para um repórter em Brasília, como se noticia.
Ao mesmo tempo, por temperamento, por natureza, por posições políticas e, para culminar, pelo veículo escolhido, Palocci não poderá usar aquela antiquíssima máxima de que a melhor defesa é o ataque.
Não é apenas um erro político esta decisão. É um erro estratégico.
A Globo não tem amigos, tem interesses.
Se Palocci foi um interlocutor forte para ela no Governo Lula e, potencialmente, poderia vir a ser no Governo Dilma.
Mas, politicamente fraco, Palocci não é interlocutor para nada.
E a Globo será a primeira a usa-lo – sem piedade – em favor dos seus interesses: enfraquecer o Governo Dilma e criar intrigas entre ela e Lula.
Quem não entende isso está fadado a ser devorado pela Globo de quem um dia pensou ser amigo.
*tijolaço
Lula na Venezuela
Em sua turnê política pela América Latina, Lula chegou à Venezuela, na quinta-feira, após passagem por Cuba. Foi recebido pelo presidente Hugo Chavez, no Palácio Miraflores.
Momentos antes da chegada de Lula, Chavez concedeu entrevista coletiva. Elogiou muito a liderança mundial de Lula, e sua importância para a América Latina.
Foi saudosista ao lembrar que ele, Chavez, acabara de sofrer uma tentativa de golpe de estado em 2002, quando Lula chegou ao governo no Brasil, e deu grande apoio à restauração da ordem democrática contra o golpe.
Chavez disse que a conversa giraria sobre política latino-americana, mundial e temas humanitários, e que o encontro não tem relação com a viagem oficial que o venezuelano fará ao Brasil na semana que vem, pois a viagem ao Brasil estava marcada para data anterior, e foi adiada por motivo médico, quando Chavez sofreu um problema no joelho.
*osamigosdopresidentelula
Relatório mostra fracasso de políticas antidrogas e recomenda legalização da maconha
2/6/2011 13:18, Por Redação, com agências internacionais - de Londres
Uma comissão internacional de alto nível afirmou, nesta quinta-feira, que a “guerra às drogas” global fracassou, e exortou os países a estudarem medidas como a legalização da maconha para ajudar a enfraquecer o poder do crime organizado. A Comissão Global sobre Política de Drogas exortou os líderes internacionais a adotar uma nova abordagem para as drogas, substituindo a estratégia atual de criminalização rígida das drogas e prisão dos usuários, ao mesmo tempo combatendo os cartéis criminosos que controlam o tráfico.
“A guerra global contra as drogas fracassou, com consequências devastadoras para indivíduos e sociedades pelo mundo afora”, disse o relatório divulgado pela comissão.
O painel de 19 membros inclui o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, o atual primeiro-ministro grego, George Papandreou, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, o empresário britânico Richard Branson e o ex-secretário de Estado norte-americano George Schultz. A comissão disse que são necessárias com urgência reformas fundamentais nas políticas nacionais e globais de controle de drogas.
Entre as recomendações da comissão estão:
• Substituir a criminalização e punição de pessoas que são usuárias de drogas mas não prejudicam outras pessoas por uma oferta de serviços de saúde e tratamento aos necessitados.
• Incentivar os governos a considerar a legalização da maconha e possivelmente outras drogas ilícitas, “para enfraquecer o poder do crime organizado e proteger a saúde e segurança de seus cidadãos”. A comissão disse que iniciativas de descriminalização não resultam em aumentos importantes no consumo de drogas.
• Os países que continuam a investir principalmente em uma abordagem policial devem focar o crime organizado violento e os traficantes de drogas.
Gastos fracassados
Outros membros da comissão incluem o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo, a ex-presidente suíça Ruth Dreifuss, o ex-presidente colombiano Cesar Gaviria, e o ex-presidente do Federal Reserve dos EUA Paul Volcker.
“Gastos imensos com medidas de criminalização e repressão dirigidas contra produtores, traficantes e consumidores de drogas ilegais claramente fracassaram em reduzir efetivamente a oferta ou o consumo”, acrescenta o relatório.
“Vitórias aparentes na eliminação de uma fonte ou organização do tráfico são invalidadas quase imediatamente pelo surgimento de outras fontes e traficantes. Os esforços de repressão voltados contra os consumidores dificultam a tomada de medidas de saúde pública para reduzir o HIV/Aids, as mortes por overdose e outras consequências nocivas do consumo de drogas,” afirma o relatório.
O relatório da comissão acrescentou que o dinheiro gasto por governos em esforços vãos para reduzir a oferta de drogas e encarcerar pessoas por delitos relacionados às drogas poderia ser gasto com mais utilidade com maneiras diferentes de reduzir a demanda de drogas e os malefícios causados pelo abuso delas.
O relatório pode ser visto na Internet no endereço aqui.
*Correiodobrasil