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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, outubro 26, 2013
Procurador falha e Suíça arquiva caso Alstom
Rodrigo de Grandis |
Procuradores suíços arquivaram o caso de três acusados de pagar
propina a funcionários públicos e políticos do PSDB em negócios que
envolvem a multinacional francesa no Brasil; motivo: falta de
colaboração do Ministério Público, que não atendeu a pedidos da Suíça
para investigar quatro suspeitos, entre eles o ex-diretor da CPTM João
Roberto Zaniboni, acusado de receber R$ 1,84 milhão da Alstom; a
justificativa do procurador da República Rodrigo de Grandis (foto),
responsável pela ação: pedido arquivado na pasta errada; que vexame.
Brasil 247
– Por falta de colaboração do Ministério Público brasileiro,
procuradores da Suíça responsáveis por investigar os negócios da empresa
Alstom arquivaram o caso de três suspeitos de ter feito pagamento de
propina a funcionários de órgãos públicos no País e a políticos do PSDB.
As autoridades suíças pediram para que os colegas brasileiros
interrogassem e investigassem a vida financeira de quatro pessoas, entre
eles o ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, acusado de ter
recebido US$ 836 mil, cerca de R$ 1,84 milhão, informa reportagem da
Folha de S.Paulo.
Os procuradores suíços pediram que outros três suspeitos de trabalhar
como intermediários no pagamento de propina, inclusive a Zaniboni,
fossem interrogados: Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto
Ramos. Mas nenhum pedido foi atendido pelos procuradores brasileiros.
Justificativa
A resposta do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável
pelo caso da multinacional francesa no Brasil, foi a de que houve uma
"falha administrativa" no gabinete da Procuradoria da República em São
Paulo. Simples: arquivaram o pedido da procuradoria suíça numa pasta
errada.
De acordo com informações do gabinete de Grandis, o pedido dos
procuradores suíços só foi encontrado na última quinta-feira. Sendo
guardado numa pasta de arquivo, o pedido ficou esquecido por dois anos e
oito meses. As autoridades brasileiras souberam das solicitações
esquecidas apenas nesta semana.
O PT é bom e faz bem ao Brasil.
Aos que
não reconhecem a grande conquista do Partido dos Trabalhadores em razão
da Copa do Mundo e da Olimpíada, peço, pensem em como estariam essas 12
cidades que irão sediar jogos?
Os
estádios brasileiros sempre foram tratados como superados e deficitários
e agora teremos 12 novos ou reformados e adequados ao que existe de
conceito de mais moderno.
Já pensou se haveriam obras de mobilidade urbana?
E o turismo? O incremento ao comércio e a indústria?
Deve ter percebido que embora as obras não sejam realizadas diretamente pelo Governo Federal, a fonte dos recursos foi viabilizada pelos governos de Lula e Dilma.
O que vai ficar depois da Copa?
Estádios, sistema de transporte, enfim, uma estrutura que pode facilitar ao desenvolvimento do esporte e do incremento ao turismo.
Lembram daqueles que diziam não vai dar tempo?
Daqueles que desejavam que a Copa fosse para outro país?
Tem aquela turma que fala sempre em corrupção, que pode existir, mas, para o controle, apreciação e aplicação de medidas de combate e punição existem na democracia instituições especializadas.
O que não pode é por incompetência ficar se agarrando a esse discurso e deixar de fazer aquilo que contribui para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.
Observem bem que é do governo da Presidenta Dilma a Lei de Informação (12.527/2011) e quem sanciona uma lei com essa amplitude, com certeza, não tem nada a esconder debaixo do tapete.
Os efeitos dessa Lei ainda serão produzidos, bem como das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, mas ninguém duvide que tudo isso irá melhorar a qualidade de vida da população brasileira.
Admitam.
O PT é bom e faz bem ao Brasil.
As velhas raposas ainda persistem no discurso de que as reformas são uma ameaça ao país.
Não querem e insuflam aos mais desavisados de que isso é um perigo.
A popularidade e aprovação de Lula e de Dilma apavora o sonho daqueles que desejam o retrocesso ao modelo neoliberal.
Imaginem.
Obras, Copa, Olimpíada e alto índice de aprovação?
Realmente é um perigo as pretensões das elites, por isso, todo dia lançam factóides na mídia com o objetivo de desconstruir as realizações dos governos do Partido dos Trabalhadores.
Hilda Suzana Veiga Settineri
Já pensou se haveriam obras de mobilidade urbana?
E o turismo? O incremento ao comércio e a indústria?
Deve ter percebido que embora as obras não sejam realizadas diretamente pelo Governo Federal, a fonte dos recursos foi viabilizada pelos governos de Lula e Dilma.
O que vai ficar depois da Copa?
Estádios, sistema de transporte, enfim, uma estrutura que pode facilitar ao desenvolvimento do esporte e do incremento ao turismo.
Lembram daqueles que diziam não vai dar tempo?
Daqueles que desejavam que a Copa fosse para outro país?
Tem aquela turma que fala sempre em corrupção, que pode existir, mas, para o controle, apreciação e aplicação de medidas de combate e punição existem na democracia instituições especializadas.
O que não pode é por incompetência ficar se agarrando a esse discurso e deixar de fazer aquilo que contribui para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.
Observem bem que é do governo da Presidenta Dilma a Lei de Informação (12.527/2011) e quem sanciona uma lei com essa amplitude, com certeza, não tem nada a esconder debaixo do tapete.
Os efeitos dessa Lei ainda serão produzidos, bem como das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, mas ninguém duvide que tudo isso irá melhorar a qualidade de vida da população brasileira.
Admitam.
O PT é bom e faz bem ao Brasil.
As velhas raposas ainda persistem no discurso de que as reformas são uma ameaça ao país.
Não querem e insuflam aos mais desavisados de que isso é um perigo.
A popularidade e aprovação de Lula e de Dilma apavora o sonho daqueles que desejam o retrocesso ao modelo neoliberal.
Imaginem.
Obras, Copa, Olimpíada e alto índice de aprovação?
Realmente é um perigo as pretensões das elites, por isso, todo dia lançam factóides na mídia com o objetivo de desconstruir as realizações dos governos do Partido dos Trabalhadores.
Hilda Suzana Veiga Settineri
Postado há Yesterday por SUZANA SETTINERI
*Ajusticeiradeesquerda
Quadrilhas de pastores ladrões
Quadrilhas de pastores ladrões, dívidas milionárias com as tevês, administração amadora e investimentos equivocados na construção de grandiosos templos. O que está por trás da crise financeira da Mundial, uma das mais poderosas igrejas evangélicas do País
Chorar durante a pregação é um dos traços mais marcantes da performance
de Valdemiro Santiago de Oliveira, o todo-poderoso da Igreja Mundial
do Poder de Deus (IMPD), no púlpito. Criticado por abusar dessa
prática, o autointitulado apóstolo tem motivos mais terrenos para
derramar suas lágrimas atualmente. O império neopentecostal construído
por esse mineiro de 49 anos, nascido em Cisneiros, distrito de Palma, a
400 quilômetros de Belo Horizonte, vive a maior crise da sua história. O
mais recente indício de que a IMPD está fragilizada foi a decisão do
Grupo Bandeirantes de encerrar, na semana passada, a parceria que
mantinha com Valdemiro, que alugava quase a totalidade da grade da
programação do Canal 21 e ocupava cerca de quatro horas diárias nas
madrugadas da Band. Motivo do fim do acordo: atrasos no pagamento.
PASTOR
Valdemiro Santiago criou um império religioso, viu seu rebanho se
expandir por cerca de cinco mil templos e, agora, tenta colocar a
casa em ordem ao ver sua igreja sangrar em milhões de reais
Valdemiro Santiago criou um império religioso, viu seu rebanho se
expandir por cerca de cinco mil templos e, agora, tenta colocar a
casa em ordem ao ver sua igreja sangrar em milhões de reais
Valdemiro até que tentou impedir o fato. De microfone em punho, o
comedor de angu que cuidava de marrecos na roça antes de se converter
evangélico usou toda a sua empatia com o povão. No início do mês, pôs o
rosto no vídeo, caprichou na voz chorosa e iniciou uma campanha
conclamando seus fiéis a ajudá-lo a arrecadar R$ 21 milhões para honrar
compromissos com o aluguel de horários na mídia. A Mundial já devia R$ 8
milhões ao Grupo Bandeirantes referentes a setembro. No fim deste mês,
outro boleto a vencer: R$ 13 milhões. A emissora paulista não confirma
oficialmente, mas a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo,
concorrente direta da Mundial, teria entrado na disputa por esses
horários e conseguido vencer a briga sobre a maior concorrente na
disputa por almas. “Pegaram a gente em um momento de fraqueza”, diz uma
liderança da IMPD. “Gastamos R$ 300 milhões com templos ultimamente e
vivemos um tempo de estruturação e amadurecimento.”
PODER
Diante da crise, Valdemiro nomeou Jorge Pinheiro (acima), marido da irmã
de sua esposa, para gerir o setor financeiro e administrativo da IMPD no
lugar do bispo Josivaldo (abaixo), transferido para Lisboa
Diante da crise, Valdemiro nomeou Jorge Pinheiro (acima), marido da irmã
de sua esposa, para gerir o setor financeiro e administrativo da IMPD no
lugar do bispo Josivaldo (abaixo), transferido para Lisboa
"Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados
por bispos e pastores. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo",
afirma um alto dirigente da IMPD do Rio de Janeiro
por bispos e pastores. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo",
afirma um alto dirigente da IMPD do Rio de Janeiro
Quisera Valdemiro Santiago, porém, que seus problemas fossem revezes
restritos apenas ao campo administrativo da sua igreja. Em São Paulo, o
líder evangélico é alvo de uma investigação do Ministério Público
estadual e da Polícia Civil. Desde janeiro de 2013, diligências feitas
pelo Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec) e pela Divisão de
Investigações sobre Crimes contra a Fazenda, da Polícia Civil, apuram um
suposto crime de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos ou
valores. O dono da Mundial virou alvo das autoridades quando elas
descobriram que a Fazenda Santo Antonio do Itiquira, localizada em Santo
Antônio do Leverger (MT), um conglomerado de 10.174 hectares de terras
ocupado por milhares de cabeças de gado, foi comprado por R$ 29
milhões à vista pela empresa W. S. Music, cujos representantes são o
apóstolo e sua mulher, a bispa Franciléia. O caso, que pode configurar
uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, corre em sigilo.
A Mundial, fundada em 1998 – antes dela, Valdemiro fora pastor na
Igreja Universal por 18 anos (leia quadro) –, viveu um avanço muito
grande em um curto espaço de tempo. De 500 templos em 2009, hoje a
denominação computa mais de cinco mil unidades, segundo seus membros.
Acontece que a vida de uma igreja não se resume ao púlpito ou aos
cultos. Administrativa e financeiramente falando, a IMPD não evoluiu.
“Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados. Por mês, R$ 30
milhões saem pelo ralo”, afirma um alto dirigente da denominação,
lotado no Rio de Janeiro. De acordo com ele, a devoção em torno dos
cultos, espécie de pronto-socorro espiritual, onde fiéis garantem ter
alcançado a cura divina para alguma enfermidade graças à intercessão de
Valdemiro, trouxe notoriedade à igreja e atraiu quadrilhas de pastores
que se infiltraram em seus templos para se apropriar das doações. “Há
dois anos e meio, por exemplo, o Valdemiro descobriu uma dessas
quadrilhas no ABC paulista liderada pelo bispo e por seus auxiliares e
os expulsou.”
PREGAÇÃO
Com fama de milagreiro, Valdemiro fez fama ao se aproximar
dos mais humildes. Abaixo, sua esposa, a bispa Franciléia
Com fama de milagreiro, Valdemiro fez fama ao se aproximar
dos mais humildes. Abaixo, sua esposa, a bispa Franciléia
Esse mesmo dirigente lembra do dia em que, ao manobrar seu carro na
saída de um culto, uma fiel bateu no vidro para alertar que pessoas
traíam a confiança do líder evangélico: “Pastor, está vendo esse carnê
da Mundial? A conta corrente aqui escrita não é a da igreja. Estão
distribuindo carnês falsos para o povo pagar! Avisa o apóstolo, por
favor!” Ou seja, o dinheiro estava sendo desviado num esquema paralelo
ao de Valdemiro. Professor da pós-graduação de Ciências da Religião da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ricardo Bitun se deparou com essa
prática ao ir a campo para a confecção de sua tese de doutorado.
Intitulado “Igreja Mundial do Poder de Deus: Continuidades e
Descontinuidades no Neopentecostalismo Brasileiro”, o estudo defende que
Valdemiro foi o único dissidente da Universal que conseguiu alcançar
sucesso. E assim o fez graças, principalmente, à remasterização da cura
divina, uma prática bastante difundida no Brasil nos anos 1970. “Um
bispo me contou que havia pastores infiltrados em igrejas e até mesmo
bispos cobrando propinas de pastores”, diz Bitun.
SUSPEITA
Uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, como a compra de uma
fazenda de R$ 29 milhões (à esq., o documento de compra em seu nome),
é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo
Uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, como a compra de uma
fazenda de R$ 29 milhões (à esq., o documento de compra em seu nome),
é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo
Valdemiro é um líder religioso onipresente no altar e nos programas
televisivos e demorou a perceber que estava sendo traído por pessoas
muito próximas a ele – e do alto escalão da igreja. Havia um grupo
próximo a Josivaldo Batista de Souza, que era considerado o número 2 da
Mundial, agindo como lobos em pele de cordeiro. “Ele se deu conta de
que o problema advinha da concentração de poder em torno dessa turma”,
diz um membro da hierarquia paulista da Mundial. “Era gente pedindo
avião para fazer não sei o quê, para ter programa na televisão não sei
onde, para abrir igreja em um grotão aí...” Segundo esse integrante da
IMPD, Valdemiro cometeu erros próprios de líderes que sobem muito e
rapidamente. “Ele se cercou de um estafe pequeno que blindava o acesso a
ele. E, assim, passou a ouvir pouco outras opiniões. Precisa
amadurecer.”
FLAGRA
Membros da Mundial chegaram a clonar carnês para desviar
o dinheiro que era arrecadado dos fiéis nos cultos
Membros da Mundial chegaram a clonar carnês para desviar
o dinheiro que era arrecadado dos fiéis nos cultos
Diante das dívidas, dos calotes e das traições, o líder da IMPD está
tentando conter a sangria da sua igreja do jeito que pode. Transferiu
para Lisboa o pastor Josivaldo, um ex-membro da Universal que o
acompanha desde o começo dos trabalhos da denominação em Pernambuco,
segundo Estado onde ele fincou sua bandeira. Para substituir Josivaldo,
que era responsável pela gestão administrativa e financeira e cuidava
do dia a dia da Mundial, além dos bispos e pastores, Valdemiro achou
por bem recorrer a um familiar. Empossou o bispo Jorge Pinheiro, marido
da irmã da sua esposa Franciléia. Para tentar se reequilibrar
financeiramente, conta um bispo paulista, ele decidiu se desfazer de
duas Cidades Mundiais, como são chamados os megatemplos da IMPD, em São
Paulo e no Paraná. Elas se encontram fechadas pelos órgãos públicos
locais, após pouco tempo de funcionamento, por não preencherem
requisitos para receber o público. Um claro erro de avaliação que onerou
a igreja. “A Cidade Mundial paulista está fechada desde fevereiro de
2012. Mas Valdemiro, todo mês, tem de pagar R$ 5 milhões das parcelas da
compra dela”, diz o bispo. Missionário da IMPD, o deputado estadual
Rodrigo Moraes (PSC-SP), que foi designado pela igreja para fazer “a
coisa caminhar” junto aos órgãos públicos, segue na sua empreitada. “Não
recebi o comando de parar o trabalho ainda. Mas a vontade do apóstolo é
que fala mais alto”, afirma. Templos pequenos e mal localizados, que
não condiziam com a orientação de Valdemiro, também deixaram de ser
usados. “Cerca de 15% deles tiveram de ser fechados ou reestruturados”,
diz uma liderança da igreja. Pode ser uma saída para que a fama de
caloteiro não suplante a de apóstolo milagreiro.
NA JUSTIÇA
Faz três meses que a Mundial não paga o aluguel do imóvel (acima),
localizado em Pirituba (SP): ação de despejo e cobrança de R$ 34 mil.
À esq., Cidade Mundial em São Paulo, que será fechada
Faz três meses que a Mundial não paga o aluguel do imóvel (acima),
localizado em Pirituba (SP): ação de despejo e cobrança de R$ 34 mil.
À esq., Cidade Mundial em São Paulo, que será fechada
Não são poucos os templos ocupados pela IMPD que têm problemas com
aluguel atrasado ou ações de despejo em curso na Justiça. Em Pirituba,
por exemplo, bairro da capital paulista, o proprietário impetrou na
justiça uma ação de despejo contra a igreja por não receber o aluguel de
seu imóvel desde julho. E cobra, ainda, o pagamento de R$ 34.538,64.
De acordo com um de seus representantes legais, essa é terceira vez que
a justiça é acionada desde 2010, quando o local passou a ser ocupado
pela Mundial. “Não entendo a falta de organização da igreja. Não
acredito que ela não tenha caixa para pagar o aluguel”, diz ele, que
prefere não se identificar. “Esses problemas diminuíram 70% nos últimos
tempos”, garante Dênis Munhoz, advogado da Mundial. À frente também
do cargo de vice-presidente da Mundial, Munhoz refuta a ideia de a
denominação viver uma crise, argumentando que a IMPD é a evangélica que
mais cresce no Brasil. Sobre as quadrilhas de pastores, afirma: “Se
existe esse problema, a igreja sempre tomou as providências
rapidamente.” Prefere, no entanto, não comentar a perda dos espaços no
Canal 21 e na Band. Quem falou sobre o assunto foi o presidente da
IMPD, o deputado federal José Olímpio (PP-SP). “Estamos pagando muitas
prestações, os valores de aluguéis aumentaram, temos muitas obras em
andamento e acabou atrasando alguma coisa. Aí, deixa de pagar um mês e
vira um problema para a mensalidade seguinte”, diz.
Para se ver livre de mais problemas, Valdemiro, que, procurado por
ISTOÉ, não se manifestou, entregou os horários que possuía na Rede TV! e
na CNT. Deixou também de alugar espaço em dezenas de retransmissoras
de diferentes estados e recuou no projeto de ocupar a programação de
tevês da Argentina, Colômbia e do México. “Muitas vezes, é melhor dar
um passo atrás para, depois, dar um maior à frente”, diz o alto
dirigente da Mundial do Rio. “Valdemiro me disse que estava, inclusive,
vendendo a sua fazenda no Mato Grosso.” Essa informação não foi
confirmada pelo presidente nem pelo vice-presidente da IMPD. Mas, na
atual situação, receber R$ 33 milhões, valor estimado da Fazenda Santo
Antonio do Itiquira, seria como um milagre para o líder evangélico.
Rodrigo Cardoso
No IstoÉ
DILMA ESPINAFRA FMI E FHC AO LADO DE ALCKMIN
Presidente
anunciou nesta sexta-feira 25 recursos do PAC 2 para mobilidade urbana
em São Paulo e, ao lado do governador Geraldo Alckmin, criticou os
governos federais que antecederam o PT, citando um "déficit histórico"
em investimento no setor; "Nos anos de 1980 e 1990 era considerado
inadequado fazer metrô, dado o custo elevado de investimento", afirmou;
"Investir em metrô é absolutamente essencial", defendeu Dilma; em seu
discurso, o tucano cobrou verba da União para a expansão da malha
metroferroviária do Estado; "Os grandes metrôs do mundo tiveram recursos
do governo federal".
247 – A presidente Dilma Rousseff apontou um "déficit histórico" no investimento em transporte público ao criticar, nesta sexta-feira 25, os governos federais que antecederam o PT. Ela participou de evento em São Paulo, onde anunciou R$ 5,4 bilhões para obras em mobilidade urbana, principalmente na ampliação de linhas de metrô e trens na capital. As críticas foram feitas ao lado do governador paulista, Geraldo Alckmin, do PSDB.
"Nos anos de 1980 e 1990 era considerado inadequado fazer metrô, dado o custo elevado de investimento. Essa inadequação estava ligada também ao fato de o Brasil passar por um momento muito difícil, que durou muito tempo", discursou a presidente. Em parte desse período, o País foi governado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
Ela ainda mencionou Alckmin ao falar do pagamento das dívidas pelo ex-presidente Lula ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o que, segundo ela, facilitou o investimento no setor. "A gente tinha de pedir autorização ao FMI [para investir]. Por isso foi tão bom, não é governador, a gente ter pagado a dívida com o FMI, que não supervisiona mais as nossas contas", acrescentou Dilma.
Transporte sobre trilhos
Junto com Alckmin, Dilma anunciou o pacote de R$ 5,4 bilhões para a expansão da Linha 2 do metrô (Vila Prudente -Vila Formosa), expansão da Linha 9 do trem urbano para a Zona Sul e a implantação de trem urbano Linha Zona Leste-Aeroporto de Guarulhos, além da modernização de 19 estações do trem metropolitano.
"Investir em metrô é absolutamente essencial, no mínimo, por dois motivos. Primeiro, porque garante um transporte sem interrupção do trânsito, com capacidade de escoamento diferenciada, rápida, eficiente e segura. Segundo, porque o metrô é o grande eixo de integração de modais em qualquer sistema de transporte do mundo, principalmente em áreas conurbadas, ou metropolitas adensadas, como é a de São Paulo", disse Dilma.
Antes, por meio de sua conta no Twitter, a presidente também lembrou que o governo federal está colocando R$ 21 bilhões de investimento em mobilidade urbana em São Paulo, que viabilizam um investimento total de R$ 33 bilhões. O financiamento tem prazo de 30 anos, com cinco anos de carência e juros subsidiados.
Em seu discurso, o governador Geraldo Alckmin defendeu mais investimentos da União para a expansão da malha metroferroviária do Estado. "Os grandes metrôs do mundo, todos eles tiveram recursos do governo federal".
247 – A presidente Dilma Rousseff apontou um "déficit histórico" no investimento em transporte público ao criticar, nesta sexta-feira 25, os governos federais que antecederam o PT. Ela participou de evento em São Paulo, onde anunciou R$ 5,4 bilhões para obras em mobilidade urbana, principalmente na ampliação de linhas de metrô e trens na capital. As críticas foram feitas ao lado do governador paulista, Geraldo Alckmin, do PSDB.
"Nos anos de 1980 e 1990 era considerado inadequado fazer metrô, dado o custo elevado de investimento. Essa inadequação estava ligada também ao fato de o Brasil passar por um momento muito difícil, que durou muito tempo", discursou a presidente. Em parte desse período, o País foi governado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
Ela ainda mencionou Alckmin ao falar do pagamento das dívidas pelo ex-presidente Lula ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o que, segundo ela, facilitou o investimento no setor. "A gente tinha de pedir autorização ao FMI [para investir]. Por isso foi tão bom, não é governador, a gente ter pagado a dívida com o FMI, que não supervisiona mais as nossas contas", acrescentou Dilma.
Transporte sobre trilhos
Junto com Alckmin, Dilma anunciou o pacote de R$ 5,4 bilhões para a expansão da Linha 2 do metrô (Vila Prudente -Vila Formosa), expansão da Linha 9 do trem urbano para a Zona Sul e a implantação de trem urbano Linha Zona Leste-Aeroporto de Guarulhos, além da modernização de 19 estações do trem metropolitano.
"Investir em metrô é absolutamente essencial, no mínimo, por dois motivos. Primeiro, porque garante um transporte sem interrupção do trânsito, com capacidade de escoamento diferenciada, rápida, eficiente e segura. Segundo, porque o metrô é o grande eixo de integração de modais em qualquer sistema de transporte do mundo, principalmente em áreas conurbadas, ou metropolitas adensadas, como é a de São Paulo", disse Dilma.
Antes, por meio de sua conta no Twitter, a presidente também lembrou que o governo federal está colocando R$ 21 bilhões de investimento em mobilidade urbana em São Paulo, que viabilizam um investimento total de R$ 33 bilhões. O financiamento tem prazo de 30 anos, com cinco anos de carência e juros subsidiados.
Em seu discurso, o governador Geraldo Alckmin defendeu mais investimentos da União para a expansão da malha metroferroviária do Estado. "Os grandes metrôs do mundo, todos eles tiveram recursos do governo federal".
Blog do Porter
*MilitânciaViva
E barbárie é coisa de passado, não de futuro.
A democracia não é uma “porcaria qualquer”, que bárbaros possam destruir
26 de outubro de 2013 | 16:26
Demorou a manifestação da Presidenta sobre o absurdo que, há meses, este país está vivendo.
Foi cassado o direito dos cidadãos se manifestarem livre e pacificamente.
Grupos facistóides, mesmo que alguns integrantes o neguem e nem percebam ao que estão servindo, inviabilizaram atos legítimos, pacíficos e, muitas vezes, necessários ao país.
O Brasil, hoje é e deve ser um país tolerante e não me conformo em ver serem deslocados batalhões para manifestações, legitimados em sua presença pela sucessão de depredações que se sucedem a concentrações e passeatas, promovidas por algumas dezenas de pessoas que ocultam seus rostos.
Gente que, muito mais que incendiar lixeiras, carros ou quebras caixas bancários, está depredando o patrimônio de liberdade que acumulamos à custa de décadas, de mortos, de presos, de chagas insuperáveis em muitas vidas.
Não estamos falando de revoltas populares, de violência revolucionária, mas de agressão gratuita, brutal e covarde.
Juntar-se um grupo para espancar um policial militar em nada difere de um grupo de policiais unir-se para espancar alguém.
Há um incompreensível prurido em condenar estes facistóides.
Não é o fato de a mídia, depois de insuflá-los o quanto quis, agora chama-los de vândalos, que deve nos fazer ter medo de sermos “patrulhados”.
Nenhum de nós deve tolerar quem destrói a liberdade e agride pessoas gratuitamente.
Tantas vezes condenamos e condenaremos que policiais façam isso que não podemos ser coniventes quando a situação se inverte.
Ninguém quer espancá-los, como fizeram ao policial-militar em São Paulo.
E se um policial militar espancar algum deles covardemente, como fizeram, deve ser impedido, processado e responder por seus atos.
Exatamente como se deve fazer com os que agrediram um ser humano, que não lhes apontava uma arma e se encontrava, como se vê na foto, em posição de defesa de sua integridade física.
Bater-lhe com uma chapa de metal na cabeça é coisa de gente que não se sairia mal no Doi-Codi.
O nome disso, bem escolheu a palavra Dilma, é barbárie.
E barbárie é coisa de passado, não de futuro.
Por: Fernando Brito
Foi cassado o direito dos cidadãos se manifestarem livre e pacificamente.
Grupos facistóides, mesmo que alguns integrantes o neguem e nem percebam ao que estão servindo, inviabilizaram atos legítimos, pacíficos e, muitas vezes, necessários ao país.
O Brasil, hoje é e deve ser um país tolerante e não me conformo em ver serem deslocados batalhões para manifestações, legitimados em sua presença pela sucessão de depredações que se sucedem a concentrações e passeatas, promovidas por algumas dezenas de pessoas que ocultam seus rostos.
Gente que, muito mais que incendiar lixeiras, carros ou quebras caixas bancários, está depredando o patrimônio de liberdade que acumulamos à custa de décadas, de mortos, de presos, de chagas insuperáveis em muitas vidas.
Não estamos falando de revoltas populares, de violência revolucionária, mas de agressão gratuita, brutal e covarde.
Juntar-se um grupo para espancar um policial militar em nada difere de um grupo de policiais unir-se para espancar alguém.
Há um incompreensível prurido em condenar estes facistóides.
Não é o fato de a mídia, depois de insuflá-los o quanto quis, agora chama-los de vândalos, que deve nos fazer ter medo de sermos “patrulhados”.
Nenhum de nós deve tolerar quem destrói a liberdade e agride pessoas gratuitamente.
Tantas vezes condenamos e condenaremos que policiais façam isso que não podemos ser coniventes quando a situação se inverte.
Ninguém quer espancá-los, como fizeram ao policial-militar em São Paulo.
E se um policial militar espancar algum deles covardemente, como fizeram, deve ser impedido, processado e responder por seus atos.
Exatamente como se deve fazer com os que agrediram um ser humano, que não lhes apontava uma arma e se encontrava, como se vê na foto, em posição de defesa de sua integridade física.
Bater-lhe com uma chapa de metal na cabeça é coisa de gente que não se sairia mal no Doi-Codi.
O nome disso, bem escolheu a palavra Dilma, é barbárie.
E barbárie é coisa de passado, não de futuro.
Por: Fernando Brito
*Tijolaço
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