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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, outubro 30, 2013
terça-feira, outubro 29, 2013
Homer Simpsons é atacado por corvos e acaba sendo prescrito a usar maconha
Para descontrair e quebrar a tensão do começo de semana! Os Simpsons – Fim de semana em burnsie
Acesse e confira o episódio 16, da décima terceira temporada de Simpsons, onde Homer é atacado por corvos e acaba sendo prescrito a usar maconha medicinal ficando doidão e relembrando os anos 70!
Dublado ou Legendado, a escolha é sua
http://smkbd.com/
Dorothy Counts e a coragem contra os White Blocs americanos
DOROTHY COUNTS E OS QUATRO DIAS QUE ABALARAM O RACISMO AMERICANO
Dorothy Counts foi a primeira estudante negra admitida em uma escola pública americana (de brancos). A fotografia retrata seu primeiro dia de aula na Universidade de Harry Harding, na Carolina do Norte (EUA), em 1957. Ela desafiou o ódio e a violência com a sede de conhecimento. A figura de Dorothy foi uma das mais ovacionadas pelas redes sociais.
Fotos Douglas Martin
Neonazista que enforcou mendigo recebe liberdade
Justiça permite liberdade a neonazista preso após enforcar morador de rua. Juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima concedeu alvará de soltura para Donato Di Mauro
Morador de rua foi agredido por neonazista Donato Di Mauro (Arqui
Do Blog Pragmatismo Político
Os advogados de Antônio Donato Baudson Peret, conhecido como Donato Di Mauro,
de 25 anos, devem acompanhar os procedimentos que irão possibilitar a
saída do neonazista detido na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson
Hungria, em Contagem. A juíza da 9ª Vara Criminal da Justiça Federal de
Belo Horizonte, Raquel Vasconcelos Alves de Lima, concedeu o alvará de
soltura para o jovem nesta quarta-feira (23).
Em abril deste ano, a Polícia Civil prendeu o auxiliar de ourives no interior de São Paulo.
Ele saiu da Capital mineira após a repercussão de uma postagem feita em
seu perfil no Facebook que chamou a atenção das autoridades. Donato
divulgou uma foto na qual aparecia enforcando um morador de rua negro na
Savassi. Na legenda da imagem, o rapaz justificava dizendo que o homem
agredido era usuário de drogas.
Marcus Vinícius Garcia Cunha, de 26 anos, e João Matheus Vetter de Moura, de 20, acabaram
sendo detidos em Belo Horizonte na mesma operação, suspeitos de
integrarem o grupo do qual Donato fazia parte. Nos perfis mantidos pelos
três em redes sociais foram identificadas diversas mensagens de ódio
com conteúdo racista e nazista. Eles ainda são acusados de participação
em agressões e ameaças contra hippies, homossexuais, moradores de rua e
negros em Belo Horizonte.
Em outubro, João Matheus foi solto após cumprir um mandato de prisão
temporária de dez dias. Já Marcus Cunha conseguiu sair da Penitenciária
de Segurança Máxima Nelson Hungria na semana passada, quando a Justiça
concedeu um habeas corpus ao acusado.
Eles respondem a processos por formação de quadrilha, racismo e divulgação do nazismo.
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