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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, maio 01, 2010
Viva o Trabalhador Brasileiro
"O que fazemos durante as horas de trabalho determina o que temos; o que fazemos nas horas de lazer determina o que somos."
Charles Schulz
"Nunca é perdido o tempo dedicado ao trabalho."
Ralph Waldo Emerson
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensação de vitória "Jack Kemp
"Todo homem trabalhador tem sempre uma oportunidade."
H. Hubbert
"Considero feliz aquele que quando se fala de êxito busca a resposta em seu trabalho."
Ralph Waldo Emerson
"O trabalho agradável é o remédio da canseira."
William Shakespeare
"O trabalho é a fonte de toda riqueza e cultura."
Lassale
"Ninguém que se entusiasme com seu trabalho tem algo a temer na vida."
Samuel Goldwyn
"O único lugar no mundo onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."
Vidal Sasson
A polícia de Serra tortura, a corregedoria do Serra dificulta a identificação dos fascistas, enquanto o partido de Serra brada contra a punição dos torturadores do Regime Militar - aquele mesmo do qual Serra fugiu no primeiro avião...
Clique aqui para ver que a Anistia Internacional considerou a decisão do STF uma afronta a memória do povo brasileiro.
Enquanto o PSDB defende a proteção aos torturadores, os homicídios crescem 23% no Estado Tucano. Clique aqui e veja. Evite que o vampiro faça o mesmo com o Brasil. São Paulo: Um Estado Cada Vez Pior.
Segue texto de Maria Rita Kehl sobre a tortura.
Tortura, por que não?
O motoboy Eduardo Pinheiro dos Santos nasceu um ano depois da promulgação da lei da Anistia no Brasil, de 1979. Aos 30 anos, talvez sem conhecer o fato de que aqui, a redemocratização custou à sociedade o preço do perdão aos agentes do Estado que torturaram, assassinaram e fizeram desaparecer os corpos de opositores da ditadura, Pinheiro foi espancado seguidas vezes, até a morte, por um grupo de 12 policiais militares com os quais teve o azar de se desentender a respeito do singelo furto de uma bicicleta. Treze dias depois do crime, a mãe do rapaz recebeu um pedido de desculpas assinado pelo comandante-geral da PM. Disse então aos jornais que perdoa os assassinos de seu filho. Perdoa antes do julgamento. Perdoa porque tem bom coração. O assassinato de Pinheiro é mais uma prova trágica de que os crimes silenciados ao longo da história de um país tendem a se repetir. Em infeliz conluio com a passividade, perdão, bondade, geral.
Encararemos os fatos: a sociedade brasileira não está nem aí para a tortura cometida no País, tanto faz se no passado ou no presente. Pouca gente se manifestou a favor da iniciativa das famílias Teles e Merlino, que tentam condenar o coronel Ustra, reconhecido torturador de seus familiares e de outros opositores do regime militar. Em 2008, quando o ministro da Justiça Tarso Genro e o secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi propuseram que se reabrisse no Brasil o debate a respeito da (não) punição aos agentes da repressão que torturaram prisioneiros durante a ditadura, as cartas de leitores nos principais jornais do País foram, na maioria, assustadoras: os que queriam apurar os crimes foram acusados de ressentidos, vingativos, passadistas. A culpa pela ferocidade da repressão recaiu sobre as vítimas. A retórica autoritária ressurgiu com a força do retorno do recalcado: quem não deve não teme; quem tomou, mereceu, etc. A depender de alguns compatriotas, estaria instaurada a punição preventiva no País. Julgamento sumário e pena de morte para quem, no futuro, faria do Brasil um país comunista. Faltou completar a apologia dos crimes de Estado dizendo que os torturadores eram bravos agentes da Lei em defesa da - democracia. Replico os argumentos de civis, leitores de jornais. A reação militar, é claro, foi ainda pior. "Que medo vocês (eles) têm de nós."
No dia em que escrevo, o ministro Eros Graus votou contra a proposta da OAB, de revisão da Lei da Anistia no que toca à impunidade dos torturadores. Para o relator do STF, a lei não deve ser revista. Os torturadores não serão julgados. O argumento de que a nossa anistia foi "bilateral" omite a grotesca desproporção entre as forças que lutavam contra a ditadura (inclusive os que escolheram a via da luta armada) e o aparato repressivo dos governos militares. Os prisioneiros torturados não foram mortos em combate. O ministro, assim como a Advocacia Geral da União e os principais candidatos à Presidência da República sabem que a tortura é crime contra a humanidade, não anistiável pela nossa lei de 1979. Mas somos um povo tão bom. Não levamos as coisas a ferro e fogo como nossos vizinhos argentinos, chilenos, uruguaios. Fomos o único país, entre as ferozes ditaduras latino-americanas dos anos 60 e 70, que não julgou seus generais nem seus torturadores. Aqui morrem todos de pijamas em apartamentos de frente para o mar, com a consciência do dever cumprido. A pesquisadora norte-americana Kathrin Sikking revelou que no Brasil, à diferença de outros países da América latina, a polícia mata mais hoje, em plena democracia, do que no período militar. Mata porque pode matar. Mata porque nós continuamos a dizer tudo bem.
Pouca gente se dá conta de que a tortura consentida, por baixo do pano, durante a ditadura militar é a mesma a que assistimos hoje, passivos e horrorizados. Doença grave, doença crônica contra a qual a democracia só conseguiu imunizar os filhos da classe média e alta, nunca os filhos dos pobres. Um traço muito persistente de nossa cultura, dizem os conformados. Preço a pagar pelas vantagens da cordialidade brasileira. "Sabe, no fundo eu sou um sentimental (...). Mesmo quando minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar/ Meu coração fecha os olhos e sinceramente, chora." (Chico Buarque e Ruy Guerra).
Pouca gente parece perceber que a violência policial prosseguiu e cresceu no País porque nós consentimos - desde que só vitime os sem-cidadania, digo: os pobres. O Brasil é passadista, sim. Não por culpa dos poucos que ainda lutam para terminar de vez com as mazelas herdadas de 21 anos de ditadura militar. É passadista porque teme romper com seu passado. A complacência e o descaso com a política nos impedem de seguir frente. Em frente. Livres das irregularidades, dos abusos e da conivência silenciosa com a parcela ilegal e criminosa que ainda toleramos, dentro do nosso Estado frouxamente democratizado.
Postado por Vendedor de Bananas às 08:29 0 comentários
Marcadores: Dilma
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Índia quer Lula como Secretário Geral da ONU.
Na última eleição para o cargo, em 2007, Shashi Tharoor, o candidato da Índia, ficou em segundo lugar. A próxima eleição é no ano que vem, e representantes da diplomacia indiana já falaram que Lula contará com o apoio de todo o sudeste asiático caso se candidate. O motivo: "Lula representa a personificação dos países emergentes e a capacidade de mediação entre ricos e pobres". [FHC: se mate!].
Segundo a Reuters, a Ásia terá a prerrogativa de indicar o próximo secretário geral. A França também já havia dito que apoiaria Lula.
Só mais uma coisa: se você quer que Lula - filho legítimo do Brasil, defensor do nosso povo e da igualdade e da justiça - ocupe o cargo executivo mais alto da ONU, você precisa votar na Dilma! Pois se o Nosferatu for eleito ele irá apoiar o W. Bush para o cargo.
Assumiram que TV Cultura émaquina da sua propaganda politica
Meleca, Serra
Tucanos e Serra destruíram a TV Cultura de SP
Do Conversa Afiada
Na página dois, no espaço do Clovis Rossi, e na coluna que o Otavinho cedeu à Monica Bergamo se lê hoje na Folha que o Serra defenestrou o Paulo Markum da TV Cultura.
Para o lugar vai um economista que entende tanto de televisão quanto a Andrea Michael.
Abreu Sodré, governador de São Paulo, instalou a OBAN.
Mas, criou a Fundação Padre Anchieta, que, por um bom período, assegurou um padrão de qualidade à TV Cultura.
Os governos Maluf, Quércia e Fleury, mal ou bem, respeitaram a autonomia da Fundação e permitiram que a Cultura continuasse a ser uma referência em matéria de TV pública.
Os tucanos é que destruíram a Cultura.
Covas não deu dinheiro.
Ele não gostava do Jorge Cunha Lima, que tinha sido indicado por D. Ruth.
Covas, porém, jamais interferiu na linha editorial da Cultura.
Trabalhei lá dois anos e posso dar meu testemunho.
Alckmin nunca se interessou pela Cultura.
Não gostava e não tirava o Jorginho.
E o Jorge, solitariamente, segurou enquanto pôde a peteca da qualidade na Cultura.
E o Serra não precisa da Cultura, porque tem a Globo a seus pés.
Outra obra dos tucanos: destruir a Cultura.
Breve, enterrarão a OSESP.
Quando ouço falar em cultura saco o revólver – quem disse isso ?
Goebbels ou Goehring ?
Dúvida cruel.
Paulo Henrique Amorim
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