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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, maio 07, 2010
Perguntado sobre o mensalão tucano do governo Eduardo Azeredo (PSDB/MG), José Serra saiu em defesa do pai do mensalão
5 de Maio de 2010:
José Serra (PSDB/FHC) concedeu entrevista no Painel da RBS, de Porto Alegre.
Perguntado sobre o mensalão tucano do governo Eduardo Azeredo (PSDB/MG), José Serra saiu em defesa do pai do mensalão.
O demo-tucano paulista, disse que o caso foi em 1998, como se o passado não condenasse, e já querendo abafar e varrer para baixo do tapete.
Mesmo sabendo que a denúncia contra Azeredo apresenta provas contundentes de desvio de dinheiro público de estatais mineiras na época em que ele era governador, a ponto dele ser réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato, ainda assim, Serra defendeu toda essa corrupção demo-tucana.
6 de Maio de 2010:
Serra visita Belo Horizonte (MG), e tira fotos todo sorridente ao lado de Eduardo Azeredo.
Serra demonstra, com isso, o tipo de atitude no trato com a corrupção: o velho abafamento, de varrer para baixo do tapete, praticado no governo FHC e em seu governo paulista.
dos amigos do presidente LULA
OEA quer definição do Brasil sobre a Lei de Anistia
OEA quer definição do Brasil sobre a Lei de Anistia
Governo não teria cumprido recomendação de investigar e punir responsáveis por crimes durante o regime militar
A Organização dos Estados Americanos (OEA) quer uma definição sobre a Lei de Anistia no Brasil para o início do segundo semestre, antes das eleições presidenciais no País. O governo brasileiro passará por uma audiência no próximo dia 20 e 21 na Corte Interamericana de Direitos Humanos por não ter cumprido uma recomendação da entidade de investigar e punir responsáveis por torturas e outros crimes durante o regime militar. O caso foi aberto pela OEA contra o estado brasileiro há um ano e a entidade não esconde que espera uma condenação, o que obrigaria o Brasil na prática a rever sua lei de anistia.
Em junho, uma missão da Comissão de Direitos Humanos da OEA ainda visitará o Brasil para tratar do assunto e a entidade promete intensificar a pressão sobre o País diante da recusa do Supremo Tribunal Federal em permitir o julgamento de casos de tortura cometidos durante o regime militar.
Na quinta-feira passada, o Supremo decidiu, por 7 votos a 2, rejeitar uma ação impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil que pedia uma revisão da lei de 1979. No dia seguinte, a cúpula da ONU atacou a decisão e pediu o fim da impunidade no Brasil.
do conversa afiada
Maria Amélia Buarque de Holanda (1910-2010)
Maria Amélia Buarque de Holanda (1910-2010)
quinta-feira, 6 maio, 2010 às 15:02
Uma grande brasileira nos deu adeus hoje. Foi Maria Amélia Buarque de Holanda, que em janeiro deste ano tinha completado 100 anos de vida e lucidez. Mulher do historiador Sergio Buarque de Holanda e mãe de Chico Buarque, ela não foi coadjuvante na vida. Com forte personalidade política, sempre teve suas opiniões e esteve no lado certo no combate à ditadura e ao neoliberalismo.
No seu último aniversário, organizado pela neta Bebel Gilberto, Lula esteve presente para retribuir o apoio que sempre recebeu de Maria Amélia. Sobre ele, ela disse: “Eu conheço o Lula desde que ele era metalúrgico e sempre fiz muita fé nele. É um homem tão rico no modo de ser.”
Aos 100 anos, Maria Amélia, como Barbosa Lima Sobrinho, tinha em si, como o título do livro mais conhecido de seu marido Sérgio, as raízes do Brasil.
do Tijolaço
Ele pensa que esconde que saiu do ovo do FHC
Saiu no Blog do Emir Sader:
Serra ficou furioso. Sua equipe econômica deu entrevista à agência Reuters e abriu o jogo, revelando o plano econômico real que, caso ganhasse o tucano, colocaria em prática, confirmando os principais neoliberais de Serra – os mesmos que orientaram seu governo em São Paulo. Serra esbravejou, esperneou, distribuiu broncas, ordenou que ninguém repercutisse nos partidos da imprensa. Mas já era tarde.
A primeira medida econômica de Serra seria um duro ajuste fiscal – como é típico dos governos neoliberais. Segundo revelado por dois membros da equipe econômica tucana, se promoveria a renegociação de contratos e o corte de despesas públicas – conforme o modelo do FMI. Esse seria o começo do “choque de gestão”, típico das gestões tucanas.
“Ele vai entrar com medidas fiscais e até renegociação de alguns contratos”, disse a fonte tucana.”As despesas da máquina pública estão sob um controle muito frouxo…”
Critica-se o aumento das despesas públicas, uma suposta queda na arrecadação e as desonerações feitas para resistir aos efeitos da crise mundial. Anuncia que estão vigilantes sobre a cotação do real frente ao dólar. O papel dos bancos públicos seria “relativizado”, de forma coerente com a privatização do Banespa, vendido ao banco espanhol Santander, assim como a colocação à venda da Nossa Caixa que, felizmente, foi resgatada pelo Banco do Brasil. Assim, São Paulo, o estado mais rico do país, não tem mais nenhum banco público, o candidato tucano preferiu liquidar o patrimônio para fazer estradas, que aparecem muito mais do que financiamentos subsidiados para casa própria, por exemplo, como faz o governo federal. “Relativizado” significa baixo perfil, Estado mínimo, conforme o receituário neoliberal, para que os bancos privados possam ser absolutizados, possam ocupar mais espaço ainda.
Diz o tucano, na entrevista a Reuters, que o fortalecimento dos bancos públicos contribuiria para “aumentar a pressão inflacionária, ao aquecer em demasia a atividade” (sic), preocupação prioritária dos neoliberais, que não aprendem com o governo Lula que se pode – e se deve – aumentar os salários e diminuir as taxas de juros que, em um marco de crescimento com distribuição de renda, não apresentam riscos inflacionários. “Não acho que os bancos públicos precisam ter uma política tão protagonista (sic) neste pós-crise”, afirma a fonte, de forma coerente.
“Uma atuação menos arrojada, inclusive, poderia ser um dos caminhos para evitar a alta das taxas de juros a fim de controlar a inflação e as expectativas de preços”, comenta Reuters, a partir da conversa com membros da equipe econômica tucana.
A equipe serrista considera exagerados os estímulos fiscais dados pelo governo Lula durante a crise. “Não precisava dar para toda a linha branca e depois para móveis…” Parece que seguem acreditando que o próprio mercado tem mecanismos próprios de reativação econômica.
Apostam pouco na concretização de reformas como a tributária, em que o interesse seria apenas o de desonerar investimentos e folha de pagamento, sem nada que apontasse para uma estrutura tributária em que “quem ganha mais, paga mais”, como seria socialmente justo.
Então, a surpresa que Serra esconde é similar à de Carlos Menem e à de Carlos Andrés Perez: um grande pacote de ajuste, escondido sob o disfarce de um “choque de gestão”, tão a gosto do neoliberalismo tucano.
Dr Corrêa, dr Corrêa, um dia trocam a orquídea
Dr Corrêa, dr Corrêa, um dia trocam a orquídea
As informações contra Romeu Tuma Jr. (*) saíram de dentro da Polícia Federal do Dr Luiz Fernando Corrêa.
Esse processo contra Tuma Jr é um caso encerrado em outubro de 2009.
Concluído.
Fechado.
A Polícia Federal, num ato abusivo (como são os 15 processos que move com contra Protógenes Queiroz ), investigou Tuma Jr.
E O MINISTÉRIO PÚBLICO MANDOU ARQUIVAR, PORQUE NÃO VIU NADA QUE DESABONASSE TUMA JR.
Se Tuma Jr é um cúmplice tão poderoso do criminoso, porque não impediu que criminoso fosse para a cadeia ?
Por que o vazamento ?
Será que é por que o Tuma Jr BLOQUEOU TODOS OS BENS DO DANIEL DANTAS ?
E POR QUE LOGO AGORA?
Por que Tuma Jr decidiu ir para cima das empresas de pirataria e não apenas de camelôs ?
Por que a Polícia Federal vaza um processo de outubro ano passado agora ?
Por que a Polícia Federal vaza para Folha – clique aqui para ler – investigação sobre a Petrobrás que a própria Petrobrás desconhece ?
A quem serve a Polícia Federal do dr Corrêa ?
Por que ele quer constranger o Delegado Tuma ?
Por que ele quer prender o Protógenes ?
É tudo para preservar o Daniel ?
Ou essa é uma pergunta imprópria, Dr Corrêa ?
Não cabe distraí-lo, já que o senhor deve estar dedicado a achar o áudio do grampo, não é isso ?
Ou o senhor ainda não percebeu que a sua instituição tem mais vazamento que penico de asilo ?
E por que o senhor só se preocupa com os vazamentos da Satiagraha ?
É um questão de predileção ?
Paulo Henrique Amorim
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