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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 07, 2010

Notícias » Notícias Lula receberá prêmio da ONU por combate à fome





Lula durante lançamento de navio petroleiro em Recife
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio Campeão Mundial na Luta contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, segundo informou a entidade nesta sexta-feira.

A premiação acontecerá em Brasília na segunda-feira e será entregue pela diretora executiva da agência da Organização das Nações Unidas, Josette Sheeran.

A diretora da iniciará visita de dois dias ao Brasil no domingo e deve visitar projetos do programa Fome Zero em cidades próximas à Brasília para avaliar o impacto da iniciativa.

Segundo a PMA, "o prêmio destaca a importância da parceria com o Brasil em momentos como o terremoto no Haiti... e o reconhecimento dos esforços do governo do País no cumprimento das Metas do Milênio".

Na semana passada, a revista norte-americana Time elegeu Lula como um dos 25 líderes mais influentes do mundo.

+ de 1000 palavras



Calar era preciso, porém nem todos ficaram em silêncio. Foi possível, então, escutar-se os gritos desesperados de sua dor física, ideológica e emocional. Morte dos sonhos de justiça e liberdade. Pai, vinho tinto e sangue. Respectivamente, Estado, Igreja e resistência. As instituições contra o povo, em nome de Deus, da ganância e do poder totalitário! Refém! Ops! Amém!

Palavras e Imagens

Os assassinatos de reputações



Os assassinatos de reputações nas guerras comerciais
Luis Nassif Online

Confira a impressionante lista de coincidências pré e pós-Satiagraha.

Primeiro, clique aqui para entender como a estratégia de assassinatos de reputação se insere nas disputas comerciais.

Depois, confira a sucessão de tentativas de assassinato:

1. Clique aqui para os ataques que sofri da Veja logo que comecei a apontar as relações de Daniel Dantas com o chamado “mensalão”.

2. A juíza Márcia Cunha concedeu aos fundos de pensão liminar para destituir Dantas do controle da Brasil Telecom. Em seguida, foi alvo de uma tentativa de assassinato de reputação perpetrada pela Folha (clique aqui). Apenas agora, muitos anos depois, teve seu nome reabilitado pelo Tribunal de Justiça do Rio.

3. O Ministro Edson Vidigal confirma a sentença da Juíza. É alvo de tentativa de assassinato de reputação cometido pela Veja (clique aqui).

4. O delegado Paulo Lacerda reforças as investigações sobre Dantas. De herói passa a vilão, na Veja (clique aqui).

5. O juiz De Sanctis profere sentenças contra Dantas. É massacrado por meses a fio pela mídia e por Gilmar Mendes.

6. O delegado Romeu Tuma Junior consegue o bloqueio das contas do Opportunity nos Estados Unidos e sugere a utilização dos recursos no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública). É alvo de um ataque, agora do Estadão, em cima de vazamento seletivo de grampos, apesar de nem o Ministério Público ter encontrado elementos para indiciá-lo. Ou seja, um grampo, que não se sabe de onde surgiu, atribuído à Polícia Federal, sem que esta confirme, é transformado em peça de acusação. E se fosse com Dantas, como o Estadão se comportaria? Ou melhor: como se comportou?

Enquanto o Poder Judiciário não entender que qualquer juiz, autoridade ou jornalista está sujeito a levar balas nesse tiroteio, não se acabará nunca com esse jogo que comprometeu a cobertura da velha mídia até a medula.

Ainda não caiu a ficha do Judiciário que a próxima vítima será o juiz que desagradar integrantes do jogo

do esquerdopata

Perguntado sobre o mensalão tucano do governo Eduardo Azeredo (PSDB/MG), José Serra saiu em defesa do pai do mensalão


5 de Maio de 2010:

José Serra (PSDB/FHC) concedeu entrevista no Painel da RBS, de Porto Alegre.

Perguntado sobre o mensalão tucano do governo Eduardo Azeredo (PSDB/MG), José Serra saiu em defesa do pai do mensalão.

O demo-tucano paulista, disse que o caso foi em 1998, como se o passado não condenasse, e já querendo abafar e varrer para baixo do tapete.

Mesmo sabendo que a denúncia contra Azeredo apresenta provas contundentes de desvio de dinheiro público de estatais mineiras na época em que ele era governador, a ponto dele ser réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato, ainda assim, Serra defendeu toda essa corrupção demo-tucana.

6 de Maio de 2010:

Serra visita Belo Horizonte (MG), e tira fotos todo sorridente ao lado de Eduardo Azeredo.

Serra demonstra, com isso, o tipo de atitude no trato com a corrupção: o velho abafamento, de varrer para baixo do tapete, praticado no governo FHC e em seu governo paulista.

dos amigos do presidente LULA

OEA quer definição do Brasil sobre a Lei de Anistia




OEA quer definição do Brasil sobre a Lei de Anistia

Governo não teria cumprido recomendação de investigar e punir responsáveis por crimes durante o regime militar

A Organização dos Estados Americanos (OEA) quer uma definição sobre a Lei de Anistia no Brasil para o início do segundo semestre, antes das eleições presidenciais no País. O governo brasileiro passará por uma audiência no próximo dia 20 e 21 na Corte Interamericana de Direitos Humanos por não ter cumprido uma recomendação da entidade de investigar e punir responsáveis por torturas e outros crimes durante o regime militar. O caso foi aberto pela OEA contra o estado brasileiro há um ano e a entidade não esconde que espera uma condenação, o que obrigaria o Brasil na prática a rever sua lei de anistia.

Em junho, uma missão da Comissão de Direitos Humanos da OEA ainda visitará o Brasil para tratar do assunto e a entidade promete intensificar a pressão sobre o País diante da recusa do Supremo Tribunal Federal em permitir o julgamento de casos de tortura cometidos durante o regime militar.

Na quinta-feira passada, o Supremo decidiu, por 7 votos a 2, rejeitar uma ação impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil que pedia uma revisão da lei de 1979. No dia seguinte, a cúpula da ONU atacou a decisão e pediu o fim da impunidade no Brasil.

do conversa afiada

Maria Amélia Buarque de Holanda (1910-2010)


Maria Amélia Buarque de Holanda (1910-2010)
quinta-feira, 6 maio, 2010 às 15:02

Uma grande brasileira nos deu adeus hoje. Foi Maria Amélia Buarque de Holanda, que em janeiro deste ano tinha completado 100 anos de vida e lucidez. Mulher do historiador Sergio Buarque de Holanda e mãe de Chico Buarque, ela não foi coadjuvante na vida. Com forte personalidade política, sempre teve suas opiniões e esteve no lado certo no combate à ditadura e ao neoliberalismo.

No seu último aniversário, organizado pela neta Bebel Gilberto, Lula esteve presente para retribuir o apoio que sempre recebeu de Maria Amélia. Sobre ele, ela disse: “Eu conheço o Lula desde que ele era metalúrgico e sempre fiz muita fé nele. É um homem tão rico no modo de ser.”

Aos 100 anos, Maria Amélia, como Barbosa Lima Sobrinho, tinha em si, como o título do livro mais conhecido de seu marido Sérgio, as raízes do Brasil.

do Tijolaço