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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, maio 10, 2010
O povo o pobre e o rico Dilma Presidenta
sexta-feira, 5 de março de 2010
Empresário Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, elogia Dilma e desmoraliza imprensa golpista do Brasil
Por Júnior Miranda
Após um patético encontro dos barões da mídia num luxuoso hotel em São Paulo no início desta semana, com a finalidade de traçar estratégias antiquadas, ultrapassadas e golpistas para atingir a imagem da nossa futura presidenta Dilma Rousseff, esses mesmos coronéis da mídia foram apunhalados pela declaração de um dos mais ricos e bem sucedidos empresários brasileiros, o Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar.
O empresário Abílio Diniz rasgou-se em elogios a ministra Dilma dizendo que o povo brasileiro precisa conhecê-la melhor, pois ela é uma mulher que ouve as pessoas, bem informada e competente.
“Você já viu algum político que ouve? A Dilma ouve muito mais do que vocês podem imaginar. [Dilma] é bem informada e conhece profundamente as áreas de infraestrutura e de empresas e tem condições de utilizar esse conhecimento para perpetuar o governo do presidente Lula. Sou um cara equilibrado e de bom senso. Eu gosto da Dilma porque eu a conheço", declarou o empresário brasileiro dono da maior rede varejista do país.
Vale ressaltar que os mesmos barões da mídia são amicíssimos do Abílio Diniz, e por isso a declaração do empresário vem, como já destaquei, como uma punhalada para esses senhores da mídia e seus servos, a exemplo dos “pobres servos” Arnaldo Jabor, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, e toda uma turma que destila diariamente seu ódio preconceituoso e medíocre contra Dilma.
Não poderia esquecer-me, porém, do episódio envolvendo Abílio Diniz em 1989, quando o empresário foi sequestrado por chilenos e um brasileiro, e essa mesma mídia golpista, junto com a polícia paulista, tentou ligar o fato ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, numa armação grosseira e criminosa, vestindo os sequestradores com camisas do PT, dando a entender que seriam ligados ao partido, com a intenção de prejudicar a candidatura de Lula. E com o patrocínio “publicitário” de quem? Da Globo através do Jornal Nacional, como sempre.
Por isso repito, a fala de Abílio Diniz elogiando Dilma é uma punhalada nos barões da mídia e seus contratados. Eles devem estar “bufando” de raiva, mas como o Pão de Açúcar é um dos seus grandes anunciadores, e a mídia precisa dos empresários, acredito que Arnaldo Jabor e sua “turminha de servos” não declararão publicamente ódio contra o Abílio Diniz. “Servos” são para obedecer, não é Jaborzinho?
do Blog do Júnior Miranda
domingo, maio 09, 2010
“Todos os filhos do FHC ex presidente”.
Fernando Lugo Cardoso
Ex-empregada afirma ter um filho com FHC: Leonardo, 20 anos
Uma ex-empregada afirma ter um filho com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. O rapaz, hoje com vinte anos de idade, é Leonardo dos Santos Pereira, que trabalha como carregador (auxiliar de serviços gerais) em um órgão público, na Esplanada dos Ministérios. Ele nasceu da relação do então senador FHC com sua empregada Maria Helena Pereira, uma negra que o impressionava pela formosura. Leonardo é considerado muito parecido com o pai.
Indenização
Demitida com o filho nos braços, Maria Helena só recebeu R$ 130 mil dos R$ 250 mil prometidos. E uma pequena casa em Santa Maria (DF).
Segredo guardado
Quem administrava o segredo e os pagamentos a Maria Helena, diz ela, era o ex-senador Ney Suassuna (PB), que depois virou ministro.
Foi por pouco
FHC tremeu após ser informado que Maria Helena considerava pedir teste de DNA no “Programa do Ratinho”, sucesso do SBT, na época.
Sem retorno
Esta coluna tentou contato com o ex-presidente FHC, através de seu instituto, em São Paulo. Ele não retornou as ligações.
By: CláudioHumberto
Salieri, Farol de Alexandria, e Míriam Dutra
Em 16 de junho reproduzi neste blog a íntegra da matéria da revista Caros Amigos, edição de abril de 2000, a partir de uma reportagem de Palmério Dória, com o título: Presidente, Assuma!
Pelo jeito, com a maior cara de pau, 18 anos depois, o Farol de Alexandria ou Salieri, resolveu tomar vergonha na cara e assumir.
Cara de pau que também teve Josias de Souza: leia o texto de Azenha.
A cara de pau de Josias de Souza (e o filho de FHC)
O texto de Josias de Souza sobre a decisão de FHC de reconhecer o filho com a jornalista da TV Globo omite todas as questões essenciais:
1. Por que a mídia poupou FHC durante 18 anos, se o nascimento do filho era um segredo de Polichinelo?
2. Por que soubemos do filho de Renan Calheiros com uma jornalista quando a criança era bebê, mas do filho de FHC só soubemos "oficialmente" depois de 18 anos?
3. Por que soubemos da suspeita de que uma empreiteira ajudava a sustentar o filho bebê de Renan Calheiros mas nada soubemos sobre quem pagou as contas do filho de FHC durante 18 anos?
4. Quem pagou para manter o filho e a mãe do filho de FHC exilados na Europa durante 18 anos?
5. FHC comprou o silêncio da mídia?
6. A Globo recebeu vantagens para exilar mãe e filho na Europa?
7. O senador FHC exilou mãe e filho para poder concorrer à Presidência?
O texto de Josias de Souza a respeito é um exemplo acabado de jornalismo vagabundo. Ele apresenta um elenco de casos históricos, a maioria dos quais não tem qualquer similitude com o de FHC.
Ele não diz que a "aventura" de Lula foi de um homem então viúvo e que o Jornal Nacional, em 1989, colocou no ar uma reportagem com Miriam, a mãe de Lurian, acusando Lula de ter pedido que ela abortasse a filha, denúncia depois incluída também na propaganda eleitoral de Fernando Collor de Melo. Na ocasião, o jornal O Globo chegou a escrever um editorial pregando que o eleitor tinha O Direito de Saber.
Ninguém, de fato, está livre de seus "impulsos biológicos". Porém, pessoas distintas reagem de formas distintas. Alguns dão nome aos filhos, outros permitem que a criança seja registrada como de pai desconhecido (FHC), exilam mãe e filho na Europa (FHC) e contam com o acobertamento da mídia durante 18 anos (FHC).
Por que?
Segue o texto:
FHC vai reconhecer filho que teve fora do casamento
Fernando Henrique Cardoso decidiu reconhecer formalmente o filho que teve com a jornalista Mirian Dutra, da TV Globo. Deve-se a informação à repórter Mônica Bergamo. A notícia encontra-se nas páginas da Folha, edição deste domingo (15). Tomas Dutra Schmidt tem, hoje, 18 anos.
Depois de consultar advogados, FHC voou, na semana passada, para Madri. É na capital espanhola que reside Miriam Dutra. Ouvido, FHC negou que tenha viajado para cuidar do papelório do filho.Apresentou como motivo da viagem uma reunião do Clube de Madri.
Procurada, Miriam resguardou-se: "Quem deve falar sobre este assunto é ele e a família dele. Não sou uma pessoa pública".
A repórter e o ex-presidente tiveram um caso amoroso na década de 90. Ele era senador. Ela trabalhava na sucursal brasiliense da TV Globo. Do relacionamento resultou um filho. Nasceu em 1991.
FHC e Mirian acordaram guardar segredo do episódio, mantendo-o na seara privada.FHC era casado com Ruth Cardoso, com quem tivera outros três filhos: Luciana, Paulo Henrique e Beatriz..
Em 1992, Miriam deixou o Brasil. Virou “correspondente” da Globo em Lisboa. Antes de assentar-se em Madri, passara por Barcelona e Londres.
Em 1993, convertido em ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC viu o sigilo sobre o filho extraconjugal converter-se num segredo de polichinelo. O nome de Thomas já corria de boca em boca nos subterrâneos da política.
A despeito disso, Miriam sempre guardou zeloso silêncio.FHC não se furtou a contribuir financeiramente para o sustento de Tomas.
No curso dos dois mandatos como presidente, encontrou Tomás uma vez por ano.Fora do Planalto, FHC passou a encontrar-se com o filho mais amiúde. No ano passado, participou da formatura de Tomas no Imperial College, em Londres.
Hoje, Tomas mora nos EUA. Estuda Relações Internacionais na George Washington University. Informações de alcova sempre se imiscuíram no cotidiano da política.
Nos EUA, Clinton viu-se imerso numa crise nascida de um caso com uma ex-estagiária da Casa Branca. Antes, houve Kennedy, que se dividira entre Jacqueline e Marilyn. Houve também Roosevelt, que oscilara entre Eleanor e uma secretária.
Na França, só à beira da morte Mitterrand trouxera à luz a amante Anne Pingeot, reconhecendo-lhe a filha.
Entre nós, histórias de lençol são injetadas na biografia de homens públicos desde o Império.Dom Pedro 1º impôs à imperatriz Leopoldina a marquesa de Santos, sua amante. Livro de João Pinheiro Neto menciona o amor secreto de Juscelino por Maria Lúcia Pedroso. Os diários de Getúlio Vargas falam de uma "bem-amada."
Em 89, Collor trouxe para o centro da arena eleitoral Lurian, filha de uma aventura de Lula. Os petistas reclamaram da "baixaria". E logo se descobriria que Collor recusava-se, ele próprio, a emprestar o nome a um filho gerado fora do casamento.
No início de agosto de 1998, o PDT, então incorporado à coligação que dava suporte à candidatura presidencial de Lula recorrera ao mesmo expediente sujo. O partido de Brizola, vice na chapa do PT, lançara em sua página na internet artigo sobre o filho de FHC com a jornalista.
Diferentemente do que ocorre nos EUA, no Brasil a conduta sexual não costuma ser levada em conta na hora da escolha de um presidente. Melhor assim, diga-se.
O político, como o advogado, o jornalista, o operário ou qualquer outro, não está livre de seus impulsos biológicos.
É tolice associar a pulsão sexual ao desempenho funcional. Busca-se um presidente, não um santo. Apesar disso, os políticos brasileiros sempre hesitam em reconhecer a paternidade de filhos gerados fora do casamento.
No caso de FHC, a hesitação durou quase duas décadas.
“Príncipe da sociologia brasileira”, FHC disse uma vez que tinha “um pé na cozinha”. Maria Helena Pereira, a negra que o impressionou pela formosura e lhe deu outro filho fora do casamento, continua com o pé na copa. A mãe de Leonardo, o filho mulato de FHC, ainda é a copeira do gabinete 22, do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), na Ala Teotônio Vilela do Senado. Trabalha todo dia lá, no período da tarde.
Trabalhador
Leonardo, 20, o filho de FHC que esta coluna revelou ontem, também trabalha no Senado, como a mãe. É um modesto carregador.
Desconfiança
Ruth Cardoso demitiu Maria Helena da casa de FHC, após conhecer Leonardo. Achou o menino muito parecido com seu marido.
Ajuda investida
Com ajuda de FHC, a ex-empregada Maria Helena, mãe do filho dele, comprou duas quitinetes e uma loja em Riacho Fundo (DF), que aluga.
FHC na tela
Apos a estréia de “Lula, o filho do Brasil”, FHC ganhou direito a produzir seu próprio filme: “Todos os filhos do FHC ex presidente”.
Ex-empregada afirma ter um filho com FHC: Leonardo, 20 anos
Uma ex-empregada afirma ter um filho com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. O rapaz, hoje com vinte anos de idade, é Leonardo dos Santos Pereira, que trabalha como carregador (auxiliar de serviços gerais) em um órgão público, na Esplanada dos Ministérios. Ele nasceu da relação do então senador FHC com sua empregada Maria Helena Pereira, uma negra que o impressionava pela formosura. Leonardo é considerado muito parecido com o pai.
Indenização
Demitida com o filho nos braços, Maria Helena só recebeu R$ 130 mil dos R$ 250 mil prometidos. E uma pequena casa em Santa Maria (DF).
Segredo guardado
Quem administrava o segredo e os pagamentos a Maria Helena, diz ela, era o ex-senador Ney Suassuna (PB), que depois virou ministro.
Foi por pouco
FHC tremeu após ser informado que Maria Helena considerava pedir teste de DNA no “Programa do Ratinho”, sucesso do SBT, na época.
Sem retorno
Esta coluna tentou contato com o ex-presidente FHC, através de seu instituto, em São Paulo. Ele não retornou as ligações.
By: CláudioHumberto
Salieri, Farol de Alexandria, e Míriam Dutra
Em 16 de junho reproduzi neste blog a íntegra da matéria da revista Caros Amigos, edição de abril de 2000, a partir de uma reportagem de Palmério Dória, com o título: Presidente, Assuma!
Pelo jeito, com a maior cara de pau, 18 anos depois, o Farol de Alexandria ou Salieri, resolveu tomar vergonha na cara e assumir.
Cara de pau que também teve Josias de Souza: leia o texto de Azenha.
A cara de pau de Josias de Souza (e o filho de FHC)
O texto de Josias de Souza sobre a decisão de FHC de reconhecer o filho com a jornalista da TV Globo omite todas as questões essenciais:
1. Por que a mídia poupou FHC durante 18 anos, se o nascimento do filho era um segredo de Polichinelo?
2. Por que soubemos do filho de Renan Calheiros com uma jornalista quando a criança era bebê, mas do filho de FHC só soubemos "oficialmente" depois de 18 anos?
3. Por que soubemos da suspeita de que uma empreiteira ajudava a sustentar o filho bebê de Renan Calheiros mas nada soubemos sobre quem pagou as contas do filho de FHC durante 18 anos?
4. Quem pagou para manter o filho e a mãe do filho de FHC exilados na Europa durante 18 anos?
5. FHC comprou o silêncio da mídia?
6. A Globo recebeu vantagens para exilar mãe e filho na Europa?
7. O senador FHC exilou mãe e filho para poder concorrer à Presidência?
O texto de Josias de Souza a respeito é um exemplo acabado de jornalismo vagabundo. Ele apresenta um elenco de casos históricos, a maioria dos quais não tem qualquer similitude com o de FHC.
Ele não diz que a "aventura" de Lula foi de um homem então viúvo e que o Jornal Nacional, em 1989, colocou no ar uma reportagem com Miriam, a mãe de Lurian, acusando Lula de ter pedido que ela abortasse a filha, denúncia depois incluída também na propaganda eleitoral de Fernando Collor de Melo. Na ocasião, o jornal O Globo chegou a escrever um editorial pregando que o eleitor tinha O Direito de Saber.
Ninguém, de fato, está livre de seus "impulsos biológicos". Porém, pessoas distintas reagem de formas distintas. Alguns dão nome aos filhos, outros permitem que a criança seja registrada como de pai desconhecido (FHC), exilam mãe e filho na Europa (FHC) e contam com o acobertamento da mídia durante 18 anos (FHC).
Por que?
Segue o texto:
FHC vai reconhecer filho que teve fora do casamento
Fernando Henrique Cardoso decidiu reconhecer formalmente o filho que teve com a jornalista Mirian Dutra, da TV Globo. Deve-se a informação à repórter Mônica Bergamo. A notícia encontra-se nas páginas da Folha, edição deste domingo (15). Tomas Dutra Schmidt tem, hoje, 18 anos.
Depois de consultar advogados, FHC voou, na semana passada, para Madri. É na capital espanhola que reside Miriam Dutra. Ouvido, FHC negou que tenha viajado para cuidar do papelório do filho.Apresentou como motivo da viagem uma reunião do Clube de Madri.
Procurada, Miriam resguardou-se: "Quem deve falar sobre este assunto é ele e a família dele. Não sou uma pessoa pública".
A repórter e o ex-presidente tiveram um caso amoroso na década de 90. Ele era senador. Ela trabalhava na sucursal brasiliense da TV Globo. Do relacionamento resultou um filho. Nasceu em 1991.
FHC e Mirian acordaram guardar segredo do episódio, mantendo-o na seara privada.FHC era casado com Ruth Cardoso, com quem tivera outros três filhos: Luciana, Paulo Henrique e Beatriz..
Em 1992, Miriam deixou o Brasil. Virou “correspondente” da Globo em Lisboa. Antes de assentar-se em Madri, passara por Barcelona e Londres.
Em 1993, convertido em ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC viu o sigilo sobre o filho extraconjugal converter-se num segredo de polichinelo. O nome de Thomas já corria de boca em boca nos subterrâneos da política.
A despeito disso, Miriam sempre guardou zeloso silêncio.FHC não se furtou a contribuir financeiramente para o sustento de Tomas.
No curso dos dois mandatos como presidente, encontrou Tomás uma vez por ano.Fora do Planalto, FHC passou a encontrar-se com o filho mais amiúde. No ano passado, participou da formatura de Tomas no Imperial College, em Londres.
Hoje, Tomas mora nos EUA. Estuda Relações Internacionais na George Washington University. Informações de alcova sempre se imiscuíram no cotidiano da política.
Nos EUA, Clinton viu-se imerso numa crise nascida de um caso com uma ex-estagiária da Casa Branca. Antes, houve Kennedy, que se dividira entre Jacqueline e Marilyn. Houve também Roosevelt, que oscilara entre Eleanor e uma secretária.
Na França, só à beira da morte Mitterrand trouxera à luz a amante Anne Pingeot, reconhecendo-lhe a filha.
Entre nós, histórias de lençol são injetadas na biografia de homens públicos desde o Império.Dom Pedro 1º impôs à imperatriz Leopoldina a marquesa de Santos, sua amante. Livro de João Pinheiro Neto menciona o amor secreto de Juscelino por Maria Lúcia Pedroso. Os diários de Getúlio Vargas falam de uma "bem-amada."
Em 89, Collor trouxe para o centro da arena eleitoral Lurian, filha de uma aventura de Lula. Os petistas reclamaram da "baixaria". E logo se descobriria que Collor recusava-se, ele próprio, a emprestar o nome a um filho gerado fora do casamento.
No início de agosto de 1998, o PDT, então incorporado à coligação que dava suporte à candidatura presidencial de Lula recorrera ao mesmo expediente sujo. O partido de Brizola, vice na chapa do PT, lançara em sua página na internet artigo sobre o filho de FHC com a jornalista.
Diferentemente do que ocorre nos EUA, no Brasil a conduta sexual não costuma ser levada em conta na hora da escolha de um presidente. Melhor assim, diga-se.
O político, como o advogado, o jornalista, o operário ou qualquer outro, não está livre de seus impulsos biológicos.
É tolice associar a pulsão sexual ao desempenho funcional. Busca-se um presidente, não um santo. Apesar disso, os políticos brasileiros sempre hesitam em reconhecer a paternidade de filhos gerados fora do casamento.
No caso de FHC, a hesitação durou quase duas décadas.
“Príncipe da sociologia brasileira”, FHC disse uma vez que tinha “um pé na cozinha”. Maria Helena Pereira, a negra que o impressionou pela formosura e lhe deu outro filho fora do casamento, continua com o pé na copa. A mãe de Leonardo, o filho mulato de FHC, ainda é a copeira do gabinete 22, do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), na Ala Teotônio Vilela do Senado. Trabalha todo dia lá, no período da tarde.
Trabalhador
Leonardo, 20, o filho de FHC que esta coluna revelou ontem, também trabalha no Senado, como a mãe. É um modesto carregador.
Desconfiança
Ruth Cardoso demitiu Maria Helena da casa de FHC, após conhecer Leonardo. Achou o menino muito parecido com seu marido.
Ajuda investida
Com ajuda de FHC, a ex-empregada Maria Helena, mãe do filho dele, comprou duas quitinetes e uma loja em Riacho Fundo (DF), que aluga.
FHC na tela
Apos a estréia de “Lula, o filho do Brasil”, FHC ganhou direito a produzir seu próprio filme: “Todos os filhos do FHC ex presidente”.
O Bolsa Familia é coisa pro povo do Norte dizem os desinformados
Uma das reações da chamada elite branca paulista é desdenhar os altos índices de popularidade do presidente Lula, que gira em torno de 80%. E uma das justificativas estapafúrdia encontrada é dizer que é por causa do bolsa família dos nordestinos, a elite da massa cheirosa é composta na maioria por leitores de Caras e Veja.
Como muitos só leem as revista Caras que mais parece álbum de figurinha e não tem informação nenhuma a não ser fatos e fotos de pessoas que alcançaram destaque social muitas vezes por não enxergarem além do umbigo, e talvez "veja" tudo pelo lado da massa cheirosa. E nem saibam o que é distribuição de renda.
E também a revista semanal Veja que também não traz em seu conteúdo jornalístico matérias de interesse social e de programas bem sucedidos do governo federal e os artigos são escritos por gente que não tem vergonha na "cara" por ser integrante da imprensa golpista.
Tenho quase certeza que não viram o mapa acima, em Caras ou na Veja, com dados do ano passado sobre a quantidade de famílias beneficiadas nos estados do país pelo programa do governo federal bolsa família.
Como podemos ver só a região sudeste, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, chegam a três milhões de famílias, ou seja, 30% do total, que hoje ultrapassa os 12 milhões de famílias atendidas, três vezes mais que um milhão de famílias dos cinco estados do norte juntos.
O três estados do sul do país, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, têm também um milhão de famílias incluídas no programa bolsa família, números quase idênticos aos cinco estados do norte.
O número de famílias contempladas é um pouco maior no nordeste por ser formado por nove estados, precisamos explicar bem o que é norte e nordeste por que a elite branca costuma fazer confusões com mapas geográficos, vide os mapas do governo Serra distribuídos nas escolas que tinha dois mapas do Paraguai e não constava o do Uruguai.
Enfim, a justificativa que a popularidade de Lula é por causa do povo de cima, ou que bolsa família é pro povo do norte, não serve mais de argumento da elite branca e cheirosa, que prefere ler nas revistas de sua preferência Caras e Veja, se o Chiquinho Scarpa apanhou ou bateu na mulher no dia do casamento, ou se a filha do Geraldo Alckmin é ainda gerente da Daslu a mega loja trambiqueira, conhecida também como a galeria Pagé de luxo.
Escrito por CELSO JARDIM.
Brasileiro, jornalista, biomédico. Ass.de Imprensa e Comunicação. O Blog prioriza temas e assuntos de Política, Cultura e Cotidiano Escritor, autor do livro 'A Torre'. Coluna do Blog todas as 2ª feiras. Fatos e fotos do cotidiano vejam em "Conversando no Jardim". Celso Jardim escreve artigos e crônicas em jornais desde 1994. Colunas em sites de notícias, em "house organ" e também na mídia impressa. Editor, criou as colunas em 1995, "Pinga Fogo" e em 2000 "Conversando no Jardim". Editor do jornal AQUI SP.
do Blog daDilma
Não adianta o FHC ficar insistindo em aparecer ao lado do Ze Alagão
Não adianta o FHC ficar insistindo em aparecer ao lado do Ze Alagão porque aí só azeda o pirão. Pela cara do Zé Pedágio ele não está nadinha animado com a sombra do Farol de Alexandria, porque ele sabe que todo mundo sabe, que a Herança Maldita que o PSDB deixou é uma maldição e isso pode mofar a sua campanha. Quanto trololó...
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