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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, maio 12, 2010
Dunga levanta uma suspeita: por trás das pressões e lobbies (termo que Dunga mesmo usou na entrevista coletiva de ontem) para se convocar esse ou aque
O relato que segue foi publicado de forma discreta, pelo UOL. São declarações de Dunga durante o anúncio dos convocados para a Copa. Não vi em outro veículos. Vejam...
"Dunga deixou transparecer irritação em duas ocasiões. Primeiro, quando Cícero Melo, da ESPN, disse que, se estivesse no lugar de Feola, Dunga não teria levado Pelé para a Copa de 58. “Ele está falando de Pelé. Se você encontrar um Pelé por aí, me traz. Pelé a gente não pode comparar com ninguém”.Quando Milton Neves, da Band, o criticou pelo mesmo motivo, dizendo que Dunga entrará para a história como Cesar Menotti, o técnico da Argentina que não levou Maradona para a Copa de 78. “Os caras são bons, mas não vamos enganar ninguém, né Milton? Tem muita coisa encomendada”, disse, sugerindo a existência de interesses comerciais por trás da pressão pela convocação dos jogadores."
Dunga levanta uma suspeita: por trás das pressões e lobbies (termo que Dunga mesmo usou na entrevista coletiva de ontem) para se convocar esse ou aquele atleta, existiria "muita coisa encomendada".
Ficamos a pensar: encomendada por quem? A que atletas Dunga se referiu? Ninguém perguntou isso a ele na coletiva? Jornalistas (ou empresas de comunicação) participam dessas "encomendas"?
Eu não recebi grana de ninguém.
Mas como todo brasileiro, estranhei algumas escolhas de Dunga:
- no meio-de-campo, Josué (baixinho brigador, esforçado, mas sem brilho) e Kleberson (experiente, mas reserva no Flamengo) no lugar de Ganso (jogador com potencial para virar um daqueles maestros de meio-campo)?
- no ataque, Grafite no lugar de Nilmar?
- no gol (como terceiro nome), Doni no lugar de Victor do Grêmio?
- na lateral-esquerda, Michel Bastos no lugar de Kleber (do Inter) ou até do velho Roberto Carlos?
Quanto a Ronaldinho Gaúcho e Adriano (preteridos por Dunga), acho que o técnico foi coerente. Os dois parecem enjoados, cansados de jogar futebol.
Cresce exigência para Serra explicar seus ataques ao BC
Cresce exigência para Serra explicar seus ataques ao BC
Para além de sua arrogância e agressividade para com Miriam Leitão, as declarações de Serra, após aquelas de Sérgio Guerra anunciando mudanças rápidas na política econômica, “nos juros, no câmbio e nas metas de inflação”, estão provocando questionamentos nos jornais. Todos exigem compromissos claros do candidato tucano e alguns chegam a sugerir uma carta de compromissos com engajamentos precisos.
Vale relembrar que o país foi um dos menos afetados pela crise internacional, que suas finanças estão sólidas, que seu crescimento só gera dúvidas sobre se será de 6 ou de mais de 7% do PIB. A inflação esta sob controle e as pressões sobre os preços que levam o BC a agir – sem interferências – garantindo o poder de compra da população não inibem o círculo virtuoso em que se encontra nossa economia, saudado no país e no mundo (nada mais simbólico que a quase simultânea premiação, de Lula como “campeão da luta contra a fome” pela ONU e de Henrique Meirelles como personalidade do ano pela Câmara de comércio EUA-Brasil). A taxa de juros, certo elevadas, são as mais baixas desde que FHC as levou às alturas estratosféricas e as reservas são um colchão que afasta contagio indesejável, das crises que afetam os principiais centros do capitalismo. Mais claro, enquanto o fantasma da crise assola o mundo, o Brasil gera emprego, renda, ascensão social e oportunidades para empresários, agricultores, trabalhadores e jovens. e isto é o resultado da política do governo Lula e do Banco Central. Como disse bem Dilma, “em time que está ganhando não se mexe…”
A Folha SP, preocupada com o “escorregão” de Serra, dedica seu editorial ao assunto. No jornal O Globo analistas manifestam suas inquietações e o mesmo aparece no Estado de São Paulo, do qual reproduzo a seguir a coluna de Celso Ming.
Serra tenta evitar os questionamentos e seus conselheiros assediam as redações para fornecer explicações, mas elas mesmas são contraditórias, porque o PSDB está dividido em relação ao assunto e o próprio candidato oscila quando questionado, por isso sua irritação. E não adianta tentar se escapulir no trololó tucano do ajuste fiscal e corte de gastos, que resolverão a questão da inflação sem ficar atrelados ao instrumento da taxa Selic. Vão ter que indicar onde vão cortar e de quanto será o ajuste, para que alguém possa levar a sério o argumento. Por enquanto, o que resta, é a clara impressão de intervencionismo e autoritarismo que caracterizam o jeito Serra de governar. Claramente explicitado quando sugere que o BC não teria a mesma autonomia que teve para agir durante a crise e que preservou o Brasil da catástrofe que ele invoca para atacar a condução econômica do governo Lula e do BC.
Luis Favre
***
ANALISTAErro nos juros
Celso Ming – O Estado de S.Paulo
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, não é claro e fica especialmente desconfortável quando a pergunta dos jornalistas toma o rumo do que pensa sobre autonomia do Banco Central e sobre política monetária. Foi o que se viu na entrevista que deu segunda-feira à rádio CBN, em resposta a questões da colunista Míriam Leitão.
Todos sabemos que Serra tem sido crítico contumaz não só da política monetária, mas, também, da política cambial. E isso não é coisa recente. Vem dos tempos em que foi ministro do Planejamento do governo Fernando Henrique.
Afora isso, em janeiro, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, avisou na revista Veja que, com Serra na Presidência, haveria mudanças no câmbio e nos juros. Até agora ninguém ficou sabendo o que seriam essas mudanças nem o que significariam. Parece, portanto, natural que o eleitor queira conhecer melhor o pensamento do pré-candidato José Serra em matéria de tamanha importância para a definição da política econômica do próximo governo.
Não basta ele dizer que “não vai virar a mesa” e que vai respeitar o atual tripé: responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e sistema de metas de inflação. É preciso saber até mesmo o que é essa mesa a que se refere e o que, no seu entendimento, seria virá-la. Serra argumenta que tem todo o direito de criticar o Banco Central “quando comete erros calamitosos”.
Ninguém discorda, em princípio, de uma afirmação desse tipo. Não há como negar que, durante a administração Lula, o Banco Central cometeu erros. Foram especialmente erros de dosagem e de timing. Mas daí a dizer que foram erros capazes de produzir calamidades vai uma distância enorme. O simples diagnóstico de que tenham sido erros graves sugere que o pré-candidato esclareça o que pensa sobre política monetária, sistema de metas de inflação e os atuais modelos de avaliação do Banco Central.
Não basta que repita que “o Banco Central não é a Santa Sé”. É preciso saber, também, o que deve ser considerado erro calamitoso a ponto de merecer não apenas críticas, mas até mesmo uma intervenção na condução de sua política.
Em suas manifestações anteriores, o economista José Serra não escondeu seu ponto de vista de que a mãe de todos os males da economia brasileira esteja na condução equivocada da política fiscal. Quase sempre é o desequilíbrio das contas públicas que gera inflação. Sua natureza é, portanto, fiscal e, assim, requer tratamento também fiscal. No entanto, a falta de determinação deste governo na administração das contas públicas acaba deixando para o Banco Central a tarefa ingrata de atacar a inflação com o único instrumento de que dispõe, que é a política de juros. Essa parece ser, também, a razão pela qual o Brasil convive com o que se convencionou chamar de “os juros mais altos do mundo”.
Por isso, é de se esperar também que, uma vez à frente do governo federal, José Serra se empenhe para que a política fiscal não deixe encrencas a serem atacadas pela política monetária. Se for assim, os juros cairão mais ou menos naturalmente, sem que o Banco Central seja obrigado a forçar a mão.
E , se é verdade que Serra entende que a administração pública deve fluir assim, e não à força de intervenções, convém também saber o que pensa a respeito dos limites da autonomia do Banco Central.
DILMA LEMBRA A BRASILEIROS DE QUE SÓ DEVEM ACREDITAR EM PROMESSAS FUTURAS DE QUEM JÁ FEZ NO PRESENTE
Você tem certeza que conhece FHC e Serra? Sabe o que eles faziam em 1986? Ao passar o vídeo, tire as crianças da sala. Cenas de politicagem explícita
E agora Jungmann? Serra vai mexer na poupança?
José Serra (PSDB/SP) criticou o BC por, segundo o demo-tucano, não ter baixado mais os juros durante a crise internacional.
Um dos gargalos na baixa de juros, foi que a caderneta de poupança estava ficando com rentabilidade melhor do que a taxa selic, então grandes investidores estavam migrando para a caderneta de poupança, provocando uma distorção em todo o sistema financeiro.
O governo cogitou de taxar a poupança de grandes investidores quando a taxa selic caísse abaixo de determinado percentual. Os pequenos poupadores continuariam intocáveis. Isso provocou intensa exploração politiqueira na oposição. O deputado demo-tucano do PPS, Raul Jungmann, chegou a fazer uma propaganda "terrorista" e mentirosa na TV, dizendo que o governo Lula estaria fazendo o mesmo que o plano Collor fez com o confisco da poupança.
Agora, José Serra diz que baixaria os juros mais do que o BC baixou. Mas grandes investidores não são bobos. Se a poupança render mais, eles migram para a poupança. O que fará Serra? Vai mexer na poupança?
E o que Raul Jungmann tem a dizer?
É uma pergunta para a Miriam Leitão entrar na CBN comentando, e telefonar as 8:00hs da manhã para perguntar a José Serra.
dos amigos do Lula
terça-feira, maio 11, 2010
Se não nos indignarmos pelas crianças tudo está perdido então..
Canção de Boas Vindas ao Papa Bento XVI na sua visita a Portugal em Maio de 2010.
Come o papa,
meninos come o papa
Come o papa,
meninos come o papa,
meninos come o papa
Um, dois, três,
um menino de cada vez
Quatro, cinco, seis,
presidentes e reis
Vão ao beija-mão do papa
REFRÃO
Sete, oito, nove,
ainda nada se resolve
Dez, onze, doze,
à espera que a mosca pouse
nesta água benta podre
REFRÃO
Treze, catorze e meia,
a coisa está mesmo feia
Dezasseis, dezassete,
cuidado com o cacetete
quando aí vier o papa
REFRÃO
Afinal
não eram os comunistas
Que comiam
criancinhas ao almoço
quem comia era o papa
REFRÃO
pelos vistos
também temos os bispos
e às grades
não confessam os padres
nem uma palavra do papa
REFRÃO
vou pra rua
chamar a Joana
come o papa
Joana come o papa
há mais vida sem o papa
(Letra do Miguel Castro Caldas e interpretação do Rui Rebelo)
Se não nos indignarmos pelas crianças tudo está perdido então..
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