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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, maio 13, 2010
Mídia defende as multis, mas não no seu terreiro
Mídia defende as multis, mas não no seu terreiro
quarta-feira, 12 maio, 2010 às 23:16
O PDT foi contra a abertura do setor de comunicação ao capital estrangeiro, aprovada no final do Governo FHC. E eu sou, também. Os grandes órgãos de imprensa a apoiaram, de olho em sociedades em novos investimentos. A proibição de dinheiro estrangeiro nos meios de comunicação, que vinha da Constituição de 46, foi a responsável pelo “drible” dado na montagem da Globo, através do “Acordo Time-Life”, que o então senador João Calmon, representando o grupo de Assis Chateaubriand – os Diários Associados.
Por isso, foi muito curioso ler, no jornal O Globo de hoje, as poderosas Associação Nacional de jornais e a de Rádio e Televisão irem bater ás postas da Procuradoria-Geral da República pedindo investigação sobre grupos estrangeiros que estariam se adonando de jornais e portais de internet nacionais.
Curioso é que invoquem argumentos que renegam para outros setores da economia, também essenciais, dizendo que não é justa a concorrência entre empresas brasileiras e estrangeiras muito mais poderosas.
Aplaudiram, energicamente, um professor de Direito – Luís Roberto Barroso, da Uerj – dizer que nenhum país deseja que “sua agenda política ou social seja controlada por estrangeiros”. Estou totalmente de acordo, mas acrescentaria que também não as quer geridas por algumas famílias que, brasileiras ou “abrasileiradas”.
Mais curioso ainda é que insistam em apontar que, no Brasil e na América Latina, o Estado como a ameaça à liberdade (empresarial) de imprensa e como se insurgem contra o que já está na Constituição Brasileira: que as concessões de rádio e de televisão têm um papel social e educativo a desempenhar e não podem, por isso, deixar de ter mecanismos de controle social.
Se são eempresas que, por seu papel estretégico na vida nacional, devem ser preservadas do apetite estrangeiro, devem, também, ter compromissos com o progresso nacional.
Sobre isso, recomendo a leitura do artigo publicado, há poucos dias, pelo professor Venício Lima, no site da Agência Carta Maior.
quarta-feira, maio 12, 2010
Se depender de Serra, será mais um ciclo econômico onde quem enriquecerá serão o capital transnacional e potências estrangeiras
Novo poço de Petróleo no pré-sal indica 4,5 bilhões de barris
O poço Franco, no pré-sal da Bacia de Santos, perfurado em conjunto pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Petrobras, tem volume de óleo recuperável estimado em 4,5 bilhões de barris, segundo a agência reguladora.
De acordo com as projeções, é o segundo maior poço da Petrobras.
O maior é apenas o de Tupi (estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo). Em Iara, esse volume é estimado entre 3 a 4 bilhões de barris, segundo a estatal, portanto menor do que o de Franco.
Com isso, a ANP obteve com apenas uma perfuração quase o volume total previsto para a operação de cessão onerosa (venda) de reservas da União para a Petrobras, que é de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável.
O poço foi perfurado numa área com cerca de 400 quilômetros quadrados e detectou uma coluna com 272 metros de espessura com petróleo. A perfuração está sendo feita a 195 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, sob 2.189 metros de água e comprovou a descoberta de óleo leve com cerca 30 graus API.
Se depender de Dilma esse petróleo é nosso, e é garantia de recursos para educação da melhor qualidade, e da inclusão do Brasil no rol do países desenvolvidos.
Segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, Franco "parece se tratar de um dos poços de maior potencial já perfurado no país".
Se depender de Serra, será mais um ciclo econômico onde quem enriquecerá serão o capital transnacional e potências estrangeiras, como foi o ciclo do açúcar, do ouro, do café e da borracha, no passado
O Presidente Lula embarca nesta quarta-feira, 12, para a Rússia
Presidente Lula embarca para Moscou
O Presidente Lula embarca nesta quarta-feira, 12, para a Rússia, onde visitará na quinta e na sexta o presidente Dmitri Medvedev em Moscou. Segundo o Kremlin, os encontros entres os presidentes começam na quinta-feira, mas a agenda não foi divulgada, segundo a agência AFP.
Depois da visita à Rússia, Lula viajará ao Irã, onde será recebido pelo aiatolá Ali Khamenei e, posteriormente, pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. Marcelo Baumbach, porta voz da presidência, disse que Lula deve chegar à capital iraniana no sábado à noite e que no domingo conversará com os líderes iranianos sobre diversos aspectos bilaterais, mas também sobre o conflito que novas sanções econômicas contra o Irã podem causar.
Lula "não levará nenhuma proposta nova", já que o Brasil acredita que as bases para superar o conflito existem desde outubro e passam pela possibilidade de que o Irã envie urânio enriquecido a 3,5% e o recupere depois, já a 20%, declarou o porta-voz em entrevista coletiva.
Além dos negócios, a viagem de Lula ao Irã é uma oportunidade para o Brasil exercitar seu compromisso com a paz e demonstrar sua confiança no diálogo como sendo caminho adequado para a solução de problemas. No Palácio do Planalto afirma-se que Lula, como um ex-sindicalista, acredita na conversa "olho no olho". Teerã elegeu o governo brasileiro como um parceiro confiável.
O Brasil é um dos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU que pede mais diálogo com o Irã e rejeita sanções. Recentemente, Lula tem encontrado líderes mundiais para apresentar propostas alternativas à aprovação das resoluções restritivas.
juiz de Sanctis “tem a estatura de um grande brasileiro e de uma pessoa nobre”.
Não adiantou tentar desconstruir de Sanctis: ele nega quando a regra é vender
O Conversa Afiada reproduz texto da Assembléia Legislativa do Rio:
COMBATE A CRIME DO COLARINHO BRANCO MARCA DISCURSO DE JUIZ HOMENAGEADO
Envolvido na apuração de um dos casos de lavagem de dinheiro mais importantes do País, e que gerou a prisão do banqueiro Daniel Dantas, o juiz federal Fausto de Sanctis, responsável por deflagrar a Operação Satiagraha da Polícia Federal (PF), recebeu, nesta terça-feira (11/05), a mais importante comenda do Legislativo fluminense, a Medalha Tiradentes. Entregue pelas mãos dos deputados Paulo Ramos (PDT) e Luiz Paulo (PSDB), a honraria foi concedida ao “homem que tem lidado com crimes de colarinho branco, crimes intrincados, casos nos quais são comuns operações financeiras complexas, montadas para encobrir rastros do crime e seus reais mentores”. “Cumpro apenas o meu dever com coragem e crença no povo e na Constituição. De nada adianta fazermos navios e barcos maravilhosos se eles não forem fortes o suficiente para não sucumbir a marés e tempestades”, agradeceu de Sanctis.
Para o deputado Luiz Paulo, um dos responsáveis pela homenagem, o País precisa de ícones e o juiz de Sanctis “tem a estatura de um grande brasileiro e de uma pessoa nobre”. “Essa medalha é uma homenagem do povo do nosso estado ao homem e à sua luta para colocar na cadeia alguns dos maiores criminosos do nosso País: os que cometem os chamados crimes do colarinho branco”, discursou o parlamentar. Ao dividir a autoria da homenagem com o tucano, o pedetista Paulo Ramos fez questão de comparar o juiz a um dos mais famosos personagens da literatura mundial, Dom Quixote de la Mancha, um “herói do povo”. “Há uma expressão que Miguel de Cervantes colocou no Dom Quixote, e que Chico Buarque reproduziu em uma música, que é a síntese da altivez de Fausto de Sanctis: ‘Negar quando a regra é vender’”, citou Ramos.
Emocionado, o juiz começou o seu discurso dizendo ser paradoxal estar recebendo uma homenagem “tão pessoal” quando suas atitudes têm sido motivadas “por questões impessoais”. “Quero deixar bem claro a todos que o que está sendo realizado na 6ª Vara Federal de São Paulo não é em meu nome próprio, mas em nome da Justiça. Temos realizado um eficiente trabalho de equipe, onde o espírito público tem nos livrado das algemas do ego”, pontuou. De Sanctis também aproveitou para ressaltar a diferença entre poder e autoridade. “O poder é quando você força alguém a fazer algo sem a própria vontade daquela pessoa, ou seja, é uma coisa que não precisa de cérebro. Mas a autoridade é a faculdade de influenciar alguém a fazer algo pelo seu respeito, humildade e por sua influência apenas”, afirmou.
Responsável pelos processos que envolveram o Banco Santos, o traficante Juan Carlos Abadía, o doleiro Toninho da Barcelona e as prisões de Daniel Dantas, do mega-investidor Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pitta, o juiz federal Fausto Martin de Sanctis nasceu no bairro paulistano da Mooca, em 1965. Atualmente respondendo pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, de Sanctis também é autor dos livros “Punibilidade no sistema financeiro nacional – tipos penais que tutelam o sistema financeiro nacional” (2003), “Direito Penal Tributário: aspectos relevantes” (2006) “Lavagem de dinheiro – comentários à lei pelos juízes das varas especializadas” (2007), dentre outros títulos. Também compuseram a mesa de cerimônia o publicitário Jonas Suassuna, o juiz de Trabalho Múcio Borges, o deputado federal Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), o advogado Arthur Lavigne e o cônsul-geral da Venezuela no Rio, Edgar Gonzalez.
Wall Street Journal recomendou hoje, aos seus leitores, que invistam na compra de reais.
Wall Street Journal recomendou hoje, aos seus leitores, que invistam na compra de reais. Considerando que o pacote de ajuda à Grécia demorou para sair e ainda não é garantia de nada, o jornal considera que o Brasil e o real garantem a segurança que a Europa não pode garantir no momento. É o tipo de notícia que faz os tucanos se arderem de inveja
do Blog do Saraiva
TV Brasil lança Web TV com programação exclusiva
TV Brasil lança Web TV com programação exclusiva
Nova forma de assistir à TV pública, 24 horas por dia, em todo o mundo
A TV Brasil estreou, na quarta-feira (5), sua Web TV com uma programação própria. De qualquer lugar do Brasil e do mundo, é possível acompanhar as atrações da emissora pública. São 24 horas diárias de programas musicais, jornalísticos e infantis para todas as idades.
Esta é mais uma alternativa para assistir à TV Brasil, que já está disponível na TV aberta analógica e digital, na televisão por assinatura, na recepção por antena parabólica, além da retransmissão via rede de emissoras parceiras em todo o país.
Interatividade com o telespectador
A página da Web TV permite ainda comentários dos usuários e a interação com outros telespectadores. O serviço também está ligado à rede social Twitter.
http://www.tvbrasil.org.br/webtv/
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