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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, maio 13, 2010
ssERRA
José Serra da extrema direita volta dizer que é de esquerda
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, definiu-se como um político de esquerda por posicionar-se contra o patamar da taxa de juros.
Em entrevista a uma rádio do Recife, ele ressaltou que a definição de direita esquerda no Brasil, hoje, é difícil.
"A definição de esquerda e direita, no mundo de hoje, é mais difícil de enquadrar. Do ponto de vista convencional eu sou um homem de esquerda, eu acho que isso diz tudo. Você dá ênfase na indústria, no emprego, na agricultura, de repente você é considerado de esquerda", disse Serra.
"Se você acha a taxa de juros muito alta, você é considerado de esquerda. E tem gente que rapidamente passa a defender juro alto e se diz de esquerda", afirmou.
Serra vem batendo na taxa de juros e chegou a dizer esta semana que o Banco Central, responsável pela definição da taxa, não é a Santa Sé, questionando a autonomia informal da instituição.
Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é considerado de esquerda por setores da sociedade, afirmou que o juro pode voltar a subir, se necessário, mesmo durante o período eleitoral.
O tucano, entretanto, manteve a postura de evitar críticas ao presidente Lula. Serra disse que a máquina pública está sendo loteada de forma "exacerbada", mas apressou-se em eximir o presidente de responsabilidade.
"O Lula às vezes tem a posição correta, mas não consegue acionar a solução, não é culpa dele, é o sistema que está aí".
O tucano pediu que os jornalistas presentes à entrevista evitassem comparações entre ele e o presidente. "O Lula está acima do bem e do mal. Não me compare a ele", disparou.(Agência Reuters)
Cuidado! José Serra está mentindo para ganhar seu voto.
José Serra é o político hoje mais diabólico
1. Traiu o seu "companheiro de partido", apunhalando pelas costas ao apoiar o Kassab que é do DEM.
2. Continua com a política de desmonte da educação pública e acaba de se posicionar contra o piso do professor.
3. Seu partido é um dos mais corruptos na história do país, perdendo apenas para o DEM antigo PFL.
4. Seu partido quebrou o país pelo menos três vezes no governo FHC, um dos piores da curta história do país.
5. José Serra não tem palavra, disse que não sairia da prefeitura para concorrer ao governo do estado. Hoje ele é governo do estado e deixou na prefeitura Kassab, que já apoiou Maluf e foi secretário de Pitta
6. Seu partido não permite que CPIs sejam abertas para investigar
corrupção no governo do estado de São Paulo. Sou favorável a máxima, quem não deve não teme.
7. Sua prática de compra de parlamentares está institucionalizada na câmara de São Paulo.
Corja de cassados é maioria esmagadora nos DEMOTUCANOS
Desde 2000, 623 políticos foram cassados. DEM partido de apoio a José Serra lidera ranking
O balanço foi divulgado nesta quinta-feira pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)
Desde 2000, 623 políticos foram cassados. DEM lidera ranking
De 2000 até agora, 623 políticos tiveram o mandato cassado por denúncias de corrupção. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e não inclui políticos que perderam cargos em virtude de condenações criminais.
Dos 623 que foram cassados, quatro eram governadores e vices: Flamarion Portela, de Roraima, e Cássio Cunha Lima, da Paraíba, mantido no cargo por força de liminar do TSE. Os demais são senadores e suplentes (seis), deputados federais (oito), deputados distritais (13), prefeitos e vices (508) e vereadores (84).
De acordo com a pesquisa, o DEM é o partido que lidera o ranking (69), reunindo 20,4% dos políticos cassados. O PMDB (66) aparece logo depois, seguido por PSDB (58), PP (26), PTB (24), PDT (23), PR (17), PPS (14) e PT (10). Na última posição está o PV (1), empatado com PHS, Prona, PRP e PSB.
No ranking dos estados, Minas é que concentra o maior número de cassações (71), o equivalente a 11% do total. Em seguida, vem Rio Grande do Norte (60), São Paulo (55) e Bahia (54). O Rio de Janeiro está na 12ª posição, com 18 cassações neste período.
A pesquisa ressalta que o número de cassações pode aumentar. De acordo com o movimento, outros 1,1 mil processos relativos às eleições de 2006 ainda estão em tramitação e podem levar à perda de mandatos.
De Os amigos do Presidente LULA
Serra baba ÔVO sai fora piolho
Para Serra, Lula não é “o cara”, é o Papa
quinta-feira, 13 maio, 2010 às 14:32
José Serra perdeu a noção do rídiculo na sua estratégia de não confrontar a popularidade de Lula. Está indo além dos piores puxa-sacos do presidente, tantos os rapapés que faz diariamente. Três dias depois de dizer que o Banco Central não é a “Santa Sé”, afirmou que “Lula está acima do bem e do mal”. Quer dizer: no mínimo colocou Lula como Papa. A fumaça branca que anuncia a escolha do pontífice foi vista saindo da boca do tucano hoje em Pernambuco, terra do presidente.
Sua Santidade não teceu comentários até agora.
Quem chegasse hoje de Marte, imaginaria que Serra é o candidato de Lula, tamanhos os elogios que o tucano dirige dia sim, outro também ao presidente. Na quarta-feira, ele já tinha dito na televisão que Lula era uma “pessoa simpática” e agora o elevou aos céus.
As cenas de lulismo explícito estreladas por Serra parecem não ter fim.
Ontem o presidente o ironizou dizendo que “Serra agora está sabendo tudo o que ele não sabia quando estava no governo”.
Lula estava errado. Serra não é economista. É ator.
Brizola Neto
Combate ao crime do colarinho branco marca discur so de juiz homenageado
Emocionado, o juiz começou o seu discurso dizendo ser paradoxal estar recebendo uma homenagem “tão pessoal” quando suas atitudes têm sido motivadas “por questões impessoais”. “Quero deixar bem claro a todos que o que está sendo realizado na 6ª Vara Federal de São Paulo não é em meu nome próprio, mas em nome da Justiça. Temos realizado um eficiente trabalho de equipe, onde o espírito público tem nos livrado das algemas do ego”, pontuou. De Sanctis também aproveitou para ressaltar a diferença entre poder e autoridade. “O poder é quando você força alguém a fazer algo sem a própria vontade daquela pessoa, ou seja, é uma coisa que não precisa de cérebro. Mas a autoridade é a faculdade de influenciar alguém a fazer algo pelo seu respeito, humildade e por sua influência apenas”, afirmou.
Relações externas: Presidente brasileiro chega hoje a Moscou para consolidar parceria
Raymundo Costa, de Moscou – VALOR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca no fim da tarde de hoje em Moscou sob a expectativa dos russos em relação à etapa seguinte de sua viagem, o Irã. O Kremlin considera que Lula tem capacidade de interlocução e credibilidade para arrancar um compromisso dos iranianos no sentido da retomada do diálogo sobre seu programa nuclear. O Irã transformou-se num tema central de uma viagem mais de consolidação de uma parceria estratégica que por novos acordos. Uma boa notícia: a partir de junho acaba a exigência da concessão de vistos de curto prazo (90 dias) para viajantes russos e brasileiros.
Coincidência ou não, o presidente russo Dimitriy Medvedev encontra-se com Lula depois de viagem que fez ontem à Turquia, país que o Irã considera “confiável”, assim como o Brasil, e que também defende a retomada das negociações com os iranianos. Segundo o embaixador brasileiro em Moscou, Carlos Antonio da Rocha Paranhos, muito embora algumas autoridades tenham dito que a Rússia pode vir a apoiar a ampliação das sanções, o governo “sempre assinalou que não estão esgotadas todas as possibilidades de diálogo com o Irã”. Os russos dizem que sanções não são eficazes.
Foto Destaque
“Ele estão estudando o quadro, avaliando a evolução da posição iraniana e têm insistido muito nessa questão de que não estão esgotadas todas as possibilidades de algum tipo de entendimento com a parte iraniana”, disse o embaixador Paranhos.
A visita de Lula a Moscou ocorre um mês depois da segunda conferência de líderes dos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), realizada em Brasília. O desembarque de Lula em Moscou é precedido de recados elogiosos do presidente Medvedev. De acordo com o Kremlin, a Rússia vê atualmente o Brasil como um interlocutor privilegiado da Rússia em todas as questões de política internacional, regionais e naquelas mais “candentes da realidade internacional”, como é o caso do Irã. Em mensagem enviada ao Itamaraty, Medvedev mandou dizer que quer ouvir Lula, a quem considera mais que um líder regional, mas “líder internacional, de grande carisma”, com o qual tem uma “boa química pessoal”.
“Eles (os russos) têm muita expectativa em relação a essa viagem que o presidente Lula vai fazer a Teerã porque consideram que ele tem capacidade de interlocução, tem credibilidade para tentar alcançar algum compromisso, da parte do lado iraniano, que permita uma retomada de um diálogo em torno do programa nuclear”, disse o embaixador Paranhos em conversa com jornalistas, ontem, na sede da representação brasileira em Moscou.
Depois do encontro com Medvedev, Lula terá uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro Vladimir Putin. Além do Plano de Ação da Parceria Estratégica e dos acordos para dinamizar as relações comerciais a aliança tecnológica, os dois países devem “debater as possibilidades de adoção de mecanismo de pagamento em moedas locais para o comércio bilateral”.
A meta de Brasil e Rússia para 2010 era chegar a um fluxo de comércio de US$ 10 bilhões, mas a crise financeira internacional interrompeu o crescente comércio que caiu de US$ 8 bilhões para US$ 4,28 bilhões de 2008 para 2009. Ainda assim, a diplomacia brasileira vê razões para otimismo: no primeiro trimestre de 2010 o comércio Brasil-Rússia já bateu a casa do US$ 1,2 bilhão. Talvez não repita 2008, mas pode chegar perto.
Lula participará do Fórum Comercial Brasil-Rússia, a ser realizado amanhã. Para o Itamaraty o mais importante da incursão brasileira no antigo coração do comunismo é a qualidade, em vez da quantidade. A Rússia é de longe o maior e mais importante mercado para o segmento da carne brasileira, mas também já recebe investimentos brasileiros. A 50 quilômetros da capital, o grupo JBS toca um investimento, em associação com um grupo italiano, de fabricação de hambúrgueres e derivados de carne para toda a rede McDonald’s, um dos símbolos do capitalismo que invadiram a Rússia.
A Sadia teve um investimento de industrialização de frangos em Moscou, mas vendeu sua parte ao sócio russo. Mas permaneceu com a Perdigão sob a marca Brazil Foods. A Perdigão, aliás, beneficiou-se do sucesso que a novela “Escrava Isaura” fez na Rússia, nos anos 70, para lançar produtos com o nome de “Fazenda”, palavra que popularizou-se no país como a atriz Lucélia Santos, protagonista da história. Os russos ricos também passaram a chamar suas dachas de “fazenda”. A Ambev e a Marcopolo, que fabrica carrocerias, são duas outras logomarcas brasileiras no cenário de Moscou. “A Rússia, num certo sentido, descobriu o Brasil”, diz Paranhos.
A Gazprom quer montar um escritório no Rio e está interessada na camada pré-sal, expert que é na liquefação de gás em alto mar e no transporte para o continente. Mas a “química” da petrolífera russa com a Petrobras não é boa, segundo apurou o Valor. Há conversas no campo da energia nuclear – a Rússia quer vender usinas de pequeno porte. E na área espacial: Moscou desenvolveu um novo sistema de navegação global por satélite que pode ser tocado em parceria com o Brasil – a fabricação dos monitores de vídeo, por exemplo.
Os russos gostariam de fazer uma parceria para a fabricação de caças de quinta geração, mas esses planos foram comprometidos com a exclusão do Sukhoi da “short list” do caça que será escolhido pelo governo brasileiro parar a FAB. Mas estão previstos acordos na área da defesa. E a inevitável discussão sobre a reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança, no qual Lula aspira um assento permanente.
Postado por Luis Favre
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