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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 15, 2010

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O que vai tornar mais competitivo e democrático o mercado da Banda Larga é a reativação da empresa pública, Telecomunicações Brasileiras (Telebrás)






O governo Federal pretende democratizar o acesso a internet com o Plano Nacional da Banda Larga. O programa foi lançado neste mês e tem como principal objetivo universalizar o acesso à internet no país. A meta é saltar dos atuais 12 milhões de domicílios conectados à rede para 39 milhões, até 2014.

O Plano Nacional de Banda Larga surgiu em setembro de 2009, quando o presidente Lula solicitou a elaboração de um plano que levasse a todo o país acesso à internet.

O que vai tornar mais competitivo e democrático o mercado da Banda Larga é a reativação da empresa pública, Telecomunicações Brasileiras (Telebrás). Com isso, o governo direciona o preço cobrado pelas empresas privadas e garante a banda larga a preços acessíveis ao consumidor.

De acordo com o Coordenador de Inclusão Digital da Presidência da Republica, Cezar Alvarez, a Telebrás vai disponibilizar 20 mil Km de fibras ópticas para implantar a banda larga e 34 mil km até 2014. “Na nossa visão a Telebrás tem o papel regulador do mercado da fibra, no sentido de democratizar o acesso do pequeno e médio provedor."

Alvarez também acredita que a Telebrás vai desempenhar este papel muito bem. “É uma empresa pública enxuta, gestora e estratégica. Será uma nova Telebrás, não tem comparação com o tempo do monopólio estatal. Ela será capaz de desempenhar o papel exigido pelo plano”.

O preço da tarifa deve ser de R$ 15, com velocidade de até 512 kbps (quilobits por segundo) e R$ 35 para o plano comum, com velocidade entre 512 e 784 kbps. Atualmente o brasileiro paga cerca de R$ 50 a R$ 90 pela banda larga.

“A ideia é quase quadriplicar o número de residências com acesso a banda larga de qualidade, capitalizada e com preço baixo em todo o Brasil”, ressalta Alvarez.

Ainda em 2010, o Plano pretende instalar a rede – para disponibilizar a banda larga - em 15 capitais, Distrito Federal e também em 100 municípios do interior. “Isso é para experimentar as várias possibilidades de serviços da internet que é por excelência a proposta do Presidente Lula e do Plano Nacional de Banda Larga”, afirma Alvarez.

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Trabalhar por ideal





Todo blogueiro é um jornalista

Um estudo realizado nos Estados Unidos e Canadá sobre mídia e blogs concluiu que 52% dos blogueiros entrevistados se consideram jornalistas.

Este é um acréscimo significativo em comparação com a pesquisa de 2009 das empresas PR Week e PR Newswire, quando cerca de 33% tinham essa opinião.

No entanto, apesar da auto-imagem profissional, a pesquisa também apontou que “somente” 20% deles obtêm a maior parte de sua renda pelo trabalho blogueiro. É um aumento de 4% desde 2009.

Blog como ferramenta

O uso de blogs e redes sociais para pesquisa é discrepante de acordo com o usuário, mostrou a pesquisa: 91% dos blogueiros e 68% de repórteres on-line afirmam que “sempre” ou “algumas vezes” usam blogs para pesquisa, enquanto 35% dos jornalistas de jornais impressos e 38% dos de revistas afirmam fazer o mesmo.

A divergência também aparece quando se fala em redes sociais: 33% dos que responderam as usam, mas 48% dos blogueiros o fazem, 31% dos representantes de jornais impressos e 27% dos de revistas.

Quanto ao uso de Twitter, 64% dos blogueiros afirmaram utilizá-lo para suas pesquisas, enquanto o mesmo ocorre com 36% dos jornalistas on-line, 19% dos de jornais impressos e 17% dos de revistas.

Foram entrevistados mais de 1.500 membros da mídia “tradicional” e “não-tradicional”. Veja mais sobre a pesquisa no site da PR Newswire.

Depois da queda do diploma de jornalismo, no Brasil só é jornalista quem trabalha pra um jornal ou empresa de comunicação. O jornalismo independente que a internet poderia alavancar periga ficar na reprodução automática das agências de informação e em domínios virtuais ligados aos grupos poderosos. A margem de 20% de blogueiros rentáveis dificilmente se aplicaria por aqui.

By: Nassif

Lula disse que a negociação entre Brasil e Irã é entre dois países amigos.




Estados Unidos e Israel não descartaram uma ação militar se a diplomacia não resolver o impasse
Irã diz que condições estão preparadas para acordo com Lula

Lula dá uma camiseta da Seleção Brasileira ao Emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al Thani Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação

Lula dá uma camiseta da Seleção Brasileira ao Emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al Thani
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação

O Irã aumentou neste sábado as chances de um acordo para a troca de combustível nuclear um dia depois de a Rússia, que é membro do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ter dito que a probabilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguir um acordo era de 30%, no máximo.

Durante uma visita a Teerã neste fim de semana, Lula quer pressionar os líderes iranianos a retomar a proposta apoiada pela ONU, na qual o Irã enviaria urânio pouco enriquecido para o exterior e receberia o urânio de melhor qualidade em retorno.

O acordo tem o objetivo de acalmar as tensões do Ocidente quanto às ambições nucleares de Teerã.

"Sobre as negociações, acredito que as condições tendem para levar a um acordo sério sobre a troca", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, à agência de notícias oficial IRNA.

O acordo rachou em outubro, após o Irã ter insistido em realizar a troca apenas em seu território.

A Turquia e o Brasil, membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ofereceram-se para mediar e persuadir o Irã a avaliar novamente a oferta. As potências mundiais negociam uma quarta rodada de sanções da ONU ao Irã. Os Estados Unidos acusaram a nação islâmica de tentar ganhar tempo com o Brasil.

Lula deve chegar ao Irã neste domingo, mas o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, cancelou sua visita, programada para o mesmo dia. Mehmanparast disse que não há data estipulada para ele ir ao país.

"Seria melhor para Erdogan se ele pudesse estar fisicamente em Teerã, mas na era das comunicações, há outras maneiras de estar conectado", afirmou Mehmanparast à agência de notícias semi-oficial ILNA.

Autoridades do Ocidente e da Rússia disseram que a viagem de Lula era provavelmente a última chance de encontrar uma solução para o impasse.

Os EUA e seus aliados europeus dizem que o programa nuclear iraniano tem o objetivo de desenvolver armas nucleares. O Irã afirma que o trabalho tem fins pacíficos, de geração de energia.

Estados Unidos e Israel não descartaram uma ação militar se a diplomacia não resolver o impasse. O Irã afirma que retaliará contra qualquer ataque.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às 17:29 0 comentários
LULA DÁ AULA DE DIPLOMACIA
Lula diz que não entende 'base' do ceticismo de Hillary

* Presidente Lula (esq.) participa de cerimônia oficial no palácio Amiri Diwan, ao chegar em Doha

Presidente Lula (esq.) participa de cerimônia oficial no palácio Amiri Diwan, ao chegar em Doha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado em Doha, no Qatar, que não entende o ceticismo da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, sobre a possibilidade de o Irã mudar sua postura em relação ao seu programa nuclear através do diálogo.
Lula viaja ao Irã no sábado para apresentar ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, uma nova proposta conjunta do Brasil e da Turquia para um possível acordo com Teerã sobre seu programa nuclear.

Na sexta-feira, Hillary Clinton reafirmou o ceticismo dos Estados Unidos quanto às chances de sucesso no diálogo com o o Irã.

Perguntando sobre a declaração de Hillary durante uma entrevista coletiva em Doha, o presidente brasileiro respondeu sem citar o nome da secretária de Estado americana.

"Eu não sei com base no que as pessoas falam [isso]", disse Lula.

"Não é porque o meu time não ganhou o jogo de ontem que ele não pode ganhar o jogo de amanhã", afirmou o presidente na entrevista concedida após o encontro com o emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al Thani.

Proposta

A base da proposta turca e brasileira continuaria sendo o plano da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), do final do ano passado, que prevê o enriquecimento do urânio iraniano em outro país em níveis que possibilitariam sua utilização para uso civil, não militar.
Lula ainda respondeu sobre as declarações de Estados Unidos e Rússia de que a proposta de Brasil e Turquia seria a "última chance" para o Irã de evitar sanções mais duras.

"Não sei, não quero ser fatalista. A política existe exatamente para você exercitá-la na sua plenitude, para tentar conversar, convencer", disse.

Sobre as expectativas em torno de resultados de sua viagem ao Irã, Lula declarou que era uma missão tranquila.

"As pessoas criam uma expectativa exagerada sobre um assunto em que o Brasil está muito à vontade. O Brasil é um país que não tem armas nucleares, não é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil pode é contribuir."
Amigos

Lula ainda disse que a negociação entre Brasil e Irã é entre dois países amigos.

"É um país amigo que quer ajudar um outro país amigo a evitar que aconteça alguma coisa pior, que é o que pode acontecer se não houver uma decisão do Irã de firmar um acordo com a agência nuclear." Ele afirmou que a conversa que terá com o presidente Ahmadinejad será de muita franqueza e lamentou que outros presidentes não tenham conversado com o presidente iraniano.

"Se é uma coisa importante, que está no Conselho de Segurança da ONU, todos os presidentes de países que são membros permanentes deveriam ter a preocupação e o cuidado de fazer todas as conversas possíveis. Nessa hora não existe limite de tempo de conversa. Você tem de conversar para ver se consegue evitar um mal maior".

No final, Lula também disse que queria ver o Irã com uma postura pacífica parecida com a brasileira em relação às armas nucleares.

"O que eu quero é que o Irã faça o mesmo que o Brasil faz", finalizou.

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O Brasil vai ser uma Arábia Saudita de petróleo. Já imaginou se fosse a Petrobrax do FHC e do Serra?






O Brasil vai ser uma Arábia Saudita de petróleo. Já imaginou se fosse a
Petrobrax do FHC e do Serra?


Se fosse a Petrobrax (do FHC e do Serra), a grana toda dos contratos de “concessão” (do verbo “conceder”) iria para o bolso dos clientes do Davizinho.

Ou para contas na Suíça.

Veja o que diz o Estadão de hoje, amigo navegante, na pág. B17:

“Lucro da Petrobrás tem alta de 23%.”

O crescimento do valor de mercado da empresa foi de 17%, em 12 meses.

Que horror !, diria o Farol de Alexandria (onde o Serra o escondeu nesses últimos dias ?) !

Que horror !

Agora, horror mesmo é a noticia que vem logo abaixo, na página:

“Novo poço pode superar 4,5 bilhões de barris”

(As reservas brasileiras são de 14 bilhões, mais as 20 bi do pré-sal).

“Reserva de Libra rivaliza com o poço Franco pelo ‘titulo’ de segunda descoberta de petróleo do país”.

A Petrobrás deu para descobrir uma “arábia saudita” por semana.

Um horror !

Diz a diretora da Agencia Nacional de Petróleo, Magda Chambriard:

“Além do grande volume de petróleo, da descoberta de Franco abriu uma nova fronteia exploratória no Brasil …porque o poço tem óleo em uma rocha chamada ‘coquina’, ainda pouco explorada na região … Franco abriu um novo paradigma.”

O interessante é que o pré-sal, Franco, Libra, Tupi, tudo isso foi descoberto e será explorado com tecnologia de brasileiros, desenvolvida no âmbito da Petrobrás.

E quem diz que o Brasil não produz tecnologia ?

Quanto a Chevron e a BP dariam para ter essa tecnologia – e esse litoral – que a Petrobrás tem ?

E o PiG (*) menospreza.

O Brasil vai precisar de muito submarino nuclear (e, quem sabe ? umas duas centenas de bombas, como Israel) para garantir o petróleo das águas territoriais brasileiras.



Paulo Henrique Amorim