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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, maio 16, 2010
Lula no Irã: EUA e PSDB morrem de medo de acordo
Lula no Irã: EUA e PSDB morrem de medo de acordo
Lula chega ao Irã. Mundo torce por um acordo. Mídia brasileira, contra
Só falta uma coisa para o final de semana se tornar infernal para os fundamentalistas de mercado do PSDB: é Lula conseguir fechar, hoje, em Teerã, um acordo com Ahmadinejad para resolver o impasse nuclear com o Irã. E os sinais são de que isso acontecerá. O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast disse no sábado que “são propícias” as condições para um acordo pelo qual o país aceite que o processo final de enriquecimento do urânio usado como combustível de usinas nucleares seja parcialmente realizado no exterior.
Lula não faria a declaração de que eram de 9,9 em dez as possibilidades de acordo se não houvesse um entendimento prévio. Desembarcou em Teerã para dizer o que é óbvio: o Brasil será fiador, perante o mundo, de um acordo que atenda à preocupação com o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã mas, ao mesmo tempo, preserve o desenvolvimento tecnológico do país no setor.
Está evidente que a diplomacia brasileira trabalha um acordo que dê aos países europeus um motivo para tirarem o problema Irã de sua pauta de preocupações, já “lotada” por uma crise econômica que pode abalar até o projeto do Euro como moeda.
E que coloque os setores belicistas dos EUA numa posição de isolamento, se pretenderem seguir com o projeto de uma nova guerra da “coalizão” ocidental no Oriente. Governantes de tempos prósperos como Blair, Aznar e outros se afundaram com isso, em tempos prósperos. Os atuais, já sufocados pelos seus próprios problemas, estão loucos por uma saída.
Inshaa’Allaah, queria Deus, como dizem os árabes.
Lula chega ao Irã. Mundo torce por um acordo. Mídia brasileira, contra
Só falta uma coisa para o final de semana se tornar infernal para os fundamentalistas de mercado do PSDB: é Lula conseguir fechar, hoje, em Teerã, um acordo com Ahmadinejad para resolver o impasse nuclear com o Irã. E os sinais são de que isso acontecerá. O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast disse no sábado que “são propícias” as condições para um acordo pelo qual o país aceite que o processo final de enriquecimento do urânio usado como combustível de usinas nucleares seja parcialmente realizado no exterior.
Lula não faria a declaração de que eram de 9,9 em dez as possibilidades de acordo se não houvesse um entendimento prévio. Desembarcou em Teerã para dizer o que é óbvio: o Brasil será fiador, perante o mundo, de um acordo que atenda à preocupação com o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã mas, ao mesmo tempo, preserve o desenvolvimento tecnológico do país no setor.
Está evidente que a diplomacia brasileira trabalha um acordo que dê aos países europeus um motivo para tirarem o problema Irã de sua pauta de preocupações, já “lotada” por uma crise econômica que pode abalar até o projeto do Euro como moeda.
E que coloque os setores belicistas dos EUA numa posição de isolamento, se pretenderem seguir com o projeto de uma nova guerra da “coalizão” ocidental no Oriente. Governantes de tempos prósperos como Blair, Aznar e outros se afundaram com isso, em tempos prósperos. Os atuais, já sufocados pelos seus próprios problemas, estão loucos por uma saída.
Inshaa’Allaah, queria Deus, como dizem os árabes.
Brizola Neto
Chancelaria iraniana fala em chances de acordo nuclear mediado por Lula domingo, 16 de maio de 2010
Chancelaria iraniana fala em chances de acordo nuclear mediado por Lula
domingo, 16 de maio de 2010
Chancelaria iraniana fala em chances de acordo nuclear mediado por Lula
Colaboração para a Folha
A chancelaria iraniana falou neste sábado em favor das chances de um acordo sobre a troca de combustível nuclear. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste sábado ao Irã para uma visita crucial para o país do Oriente Médio. A expectativa é grande já que Lula, extremamente otimista, acredita na possibilidade de convencer o Irã a aceitar o acordo proposto por potências do Ocidente sobre seu programa nuclear.
Proposta
Lula planeja pressionar os líderes iranianos a rever uma proposta sob a qual o Irã enviaria urânio baixamente enriquecido a outro país e, em retorno, receberia urânio altamente enriquecido -- um plano que fracassou em outubro do ano passado.
"Sobre as negociações, creio que as condições conduzem para o alcance de um acordo sério sobre a troca", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, à agência de notícias iraniana Irna.
Ele também afirmou que "o tempo para trocar o combustível nuclear do reator de Teerã é iminente", e que um acordo sério estava prestes a ser alcançado sobre "quando e em que quantidade" a troca seria feita, informa a TV iraniana Alalam, em seu site.
O acordo foi interrompido em outubro, quando o Irã insistiu em realizar a troca em seu próprio território. O Brasil e a Turquia, ambos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ofereceram-se para mediar as negociações e tentar convencer o Irã a rever a oferta.
O Brasil já apresentou uma proposta segundo a qual o Irã trocaria urânio pouco enriquecido por combustível nuclear na Turquia, país que tem estreitos laços tanto com Ocidente como com o Oriente Médio. O Irã enviaria urânio ao exterior e o receberia de volta enriquecido a 20%, nível suficiente para fins pacíficos.
Segundo a imprensa iraniana, Ahmadinejad disse que aceitou "em princípio" a proposta de Lula durante uma conversa telefônica com o líder venezuelano, Hugo Chávez.
Agenda
Lula chegou liderando uma delegação de 300 membros para uma visita de dois dias, e foi recebido no aeroporto de Mehrabad, em Teerã, pelo chefe da diplomacia iraniana, Manuchehr Mottaki.
Agenda oficial de Lula no Irã prevê encontros com o Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei (à esq.) e o presidente Mahmoud Ahmadinejad
É a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro ao Irã, em retribuição à visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil em novembro de 2009.
A cerimônia de boas vindas no Palácio Presidencial iraniano está prevista para as 9h locais do domingo (1h30 em Brasília), e na sequência Lula deve ter um encontro a portas fechadas com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, por cerca de uma hora. A reunião depois será aberto a membros das delegações brasileira e iraniana.
O premiê turco não deve estar presente durante o encontro de Lula com Ahmadinejad. "Seria melhor se [Recep Tayyip] Erdogan estivesse fisicamente em Teerã, mas na era das comunicações, há outros meios de manter contato", disse Mehmanparast.
Ao meio-dia (4h30 em Brasília), Lula deve se reunir com o presidente da república e o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei. À tarde, Lula se encontra com o Presidente da Assembleia Consultiva Islâmica, Ali Larijani.
Na noite de sábado, Lula participa de um jantar oferecido pelo presidente do Irã. No domingo, Lula participa da Cúpula do G15 e às 12h40 parte para Madri.
Irã país com gente como a gente
Por que o Irã não pode ter a bomba atômica?
O Ocidente, que jamais criticou o arsenal nuclear de Israel e jamais criticou os países que possuem tais arsenais, responde: “Porque o Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas”.
Mas o que o Irã pode fazer que o Ocidente já não fez?
A Inquisição?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar, saquear e transformar o continente africano em colônia?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar, saquear e colonizar o continente asiático?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Provocar a Primeira Guerra Mundial?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Provocar a Segunda Guerra Mundial?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Lançar bombas atômicas sobre Hiroshima?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Jogar a bomba atômica sobre Nagasaki?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Invadir o Iraque, saquear suas riquezas e destruir mais de 35 mil sítios arqueológicos?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Invadir o Afeganistão e não deixar pedra sobre pedra?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar e transformar a belíssima Guantánamo cubana num centro de tortura?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Saquear as riquezas das Américas do Sul e Central?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Construir um muro em Israel para segregar os semitas palestinos?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Financiar os principais cartéis de drogas de todo o mundo para dar uma sobrevida a Wall Street?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Realmente, o Ocidente tem razão. O Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas...
By: Gilson Sampaio
sábado, maio 15, 2010
O que vai tornar mais competitivo e democrático o mercado da Banda Larga é a reativação da empresa pública, Telecomunicações Brasileiras (Telebrás)
O governo Federal pretende democratizar o acesso a internet com o Plano Nacional da Banda Larga. O programa foi lançado neste mês e tem como principal objetivo universalizar o acesso à internet no país. A meta é saltar dos atuais 12 milhões de domicílios conectados à rede para 39 milhões, até 2014.
O Plano Nacional de Banda Larga surgiu em setembro de 2009, quando o presidente Lula solicitou a elaboração de um plano que levasse a todo o país acesso à internet.
O que vai tornar mais competitivo e democrático o mercado da Banda Larga é a reativação da empresa pública, Telecomunicações Brasileiras (Telebrás). Com isso, o governo direciona o preço cobrado pelas empresas privadas e garante a banda larga a preços acessíveis ao consumidor.
De acordo com o Coordenador de Inclusão Digital da Presidência da Republica, Cezar Alvarez, a Telebrás vai disponibilizar 20 mil Km de fibras ópticas para implantar a banda larga e 34 mil km até 2014. “Na nossa visão a Telebrás tem o papel regulador do mercado da fibra, no sentido de democratizar o acesso do pequeno e médio provedor."
Alvarez também acredita que a Telebrás vai desempenhar este papel muito bem. “É uma empresa pública enxuta, gestora e estratégica. Será uma nova Telebrás, não tem comparação com o tempo do monopólio estatal. Ela será capaz de desempenhar o papel exigido pelo plano”.
O preço da tarifa deve ser de R$ 15, com velocidade de até 512 kbps (quilobits por segundo) e R$ 35 para o plano comum, com velocidade entre 512 e 784 kbps. Atualmente o brasileiro paga cerca de R$ 50 a R$ 90 pela banda larga.
“A ideia é quase quadriplicar o número de residências com acesso a banda larga de qualidade, capitalizada e com preço baixo em todo o Brasil”, ressalta Alvarez.
Ainda em 2010, o Plano pretende instalar a rede – para disponibilizar a banda larga - em 15 capitais, Distrito Federal e também em 100 municípios do interior. “Isso é para experimentar as várias possibilidades de serviços da internet que é por excelência a proposta do Presidente Lula e do Plano Nacional de Banda Larga”, afirma Alvarez.
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