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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 17, 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010 PESQUISA CNT/SENSUS COLOCA DILMA À FRENTE DE TROLOLÓ






segunda-feira, 17 de maio de 2010
PESQUISA CNT/SENSUS COLOCA DILMA À FRENTE DE TROLOLÓ
1ºTURNO

DILMA - 35,7%
TROLOLÓ - 33,2%

2º E ÚLTIMO TURNO
DILMA - 41,8%
TROLOLÓ - 40,5% ADEUS , ATÉ NUNCA MAIS
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EM PESQUISA ESPONTÂNEA A DERROTA DE TROLOLÓ É DESASTROSA
Dilma Rousseff tem 19,8% da preferência.
José Serra (9,7%)
Lula (9,7%)
Marina Silva (2,7%)
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às 11:51 0 comentários Links para esta postagem
"OPOSIÇÃO SEM RUMO" E IMPRENSA CORRUPTA TENTAM DESQUALIFICAR O ACORDO DO IRÃ,É SÓ O QUE ELES SABEM FAZER.NÃO TÊM CAPACIDADE PARA CONSTRUIR,SÓ DESTRUIR

A Dilma botou a urubóloga no devido lugar.






A CBN, a rádio que troca a notícia, entrevistou Dilma Rousseff:

O PiG (*) omitirá o ponto mais interessante da entrevista:

A Dilma triturou a urubóloga Miriam Leitão.

“Deu dó”, como se diz em Minas (as duas são mineiras).

A Miriam chegou com aquela empáfia de quem sabe, de quem decorou os números, e foi para cima da Dilma.

Queria saber quando a Dilma deixou de ser uma perdulária, uma “vamos torrar a grana”, para se tornar uma austera administradora pública.

(O coração da urubóloga se inclina para o Ministro Malocci, um tucano infiltrado no PT – e no Globo – , como se sabe.)

Aí, a Miriam começou a desfiar os números que mostravam que a dívida bruta isso, a dívida líquida aquilo, que a Dilma estourou o Caixa do Governo.

A Dilma botou a urubóloga no devido lugar.

Primeiro, a dívida caiu consistentemente no Governo Lula.

A dívida só subiu, quando foi preciso evitar a crise de 2008 (aquela crise que a urubóloga disse que ia afogar o presidente Lula).

Ou seja, a dívida subiu para conter a crise.

Mas voltou a diminuir.

E deu certo: o Brasil tem hoje números que pode exibir com orgulho – um dos mais baixos déficits e relação dívida sobre o PIB.

A Dilma chamou a Miriam várias vezes de “equivocada”.

E foi para cima da Miriam, com números, de forma segura, indiscutível.

A Miriam caiu na armadilha dos tucanos: acreditou que Dilma é fraca, despreparada.

Que cai em armadilhas.

É o que o Serra deve achar.

Dilma concluiu esse capítulo da trituração da urubóloga com uma tese interessante: a grande vitória do Governo Lula foi cortar a ligação entre a variação do dólar e a dívida do Governo.

A Dilma não disse, mas poderia ter dito: os gênios tucanos (FHC/Serra), que a Miriam tanto apoiou, é que fizeram isso: a dívida brasileira flutuava com o dólar.

Ou seja, o dólar conduzia o Brasil.

Dilma não fugiu do rótulo: sim, ela faz parte da esquerda brasileira.

E o que é ser de esquerda no Brasil, hoje ?

É crescer e distribuir a renda.

No Governo do FHC/Serra – Dilma não deu o nome – o que valia era o trio maravilhoso tucano: a combinação estagnação, desemprego e desigualdade.

O Governo Lula, lembrou a Dilma, tirou 24 milhões de brasileiros da miséria.

E levou 31 milhões para a classe média.

Ser de esquerda no Brasil – segundo a Dilma – é erradicar a miséria nesta década.

Dilma também denunciou a diplomacia submissa do governo FHC/Serra: o Brasil de Lula não é pequenininho, submetido, incapaz de assumir a liderança como assumiu no Irã.

Dilma não viu que vantagem o povo levou com o fim da CPMF (uma batalha que o PiG (*), a FIE P (**) e o Arthur Virgilio Cardoso – o do cartão Visa em Paris – venceram).

E, por fim, a questão da segurança pública (o Serra quer criar o Ministério da Segurança – deve ser para motoboys negros).

Para Dilma, o que precisa ser feito em todo o Brasil é o que Sergio Cabral fez no Rio, com dinheiro do PAC: as UPPs.

Por que o Serra não constrói uma UPP no Guarujá ?

Em tempo: a Miriam deve estar no inferno astral. Levou um pito do Serra e fingiu que tinha sido “o calor da eleição”. Depois, levou um pito do embaixador americano (ela pensou que ia dar um drible no “inexperiente” embaixador americano). E agora, se deixa triturar pela Dilma. Onde está a velha chama ? (A Hippolito foi mais esperta. Pegou leve.) E, no fim, a suprema ironia. A Dilma pediu licença para mandar um caloroso abraço à Miriam e à Hippolito.

Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) FIE P – o Conversa Afiada achou por bem retirar o “$” de FIESP depois que a FIE P tirou o leite das crianças (ao derrubar a CPMF), para evitar que o Fisco descobrisse o “bahani”, que é como, em São Paulo se chama o Caixa Dois … Depois, se viu que o presidente da FIE P intermediava grana da Camargo Corrêa para os políticos.

Viva a paz! Viva o Brasil que acredita na paz!




Viva a paz! Viva o Brasil que acredita na paz!


Esta madrugada no Brasil, manhã em Teerã, pode ser um dia histórico. O Irã, o Brasil e a Turquia devem anunciar um acordo pelo qual os iranianos concordam em enviar urânio semiprocessado para o exterior e recebê-lo de volta enriquecido para o uso em suas centrais elétricas nucleares.

Desaparece, com isso, o argumento norteamericano de que o Irã está desenvolvendo enriquecimento de urânio para armas nucleares, usado pelos Estados Unidos como argumento para uma escalada de sanções contra aquele país que todos sabemos tem objetivos bélicos, como as tais armas de destruição em massa serviram de pretexto contra o Iraque, ainda que não existissem.

Viva o nosso país que, contra toda a sabujice de nossa mídia e de nossa direita, soube projetar seu papel de liderança emergente e pacífica. Honra ao presidente Lula e ao Itamaraty, que souberam suportar o desdém, o pouco caso e a histeria da direita persistiu e chegou a este momento histórico, agindo com firmeza, equilíbrio e reserva, ao ponto da confirmação do acordo ter sido divulgada pela Turquia, através da agência oficial de notícias, a Anatólia, e não por nós.

Uma sincera saudação aos líderes iranianos que, embora tenham todo o direito a desenvolver sua tecnologia sem pedir licença a ninguém, tiveram a sensibilidade de ceder, firmando um acordo que, em nome de nossa honra, temos o compromisso de sermos os fiadores.

Viva a paz no mundo, entre os homens de todas as nacionalidades, etnias, religiões e ideologias, para os quais a disputa não passa pela morte nem pela destruição.

Um viva ao país que podemos, finalmente ser, para nós e para o mundo!

Brizola Neto

New York Times: Irã oferece envio de urânio, complicando debate sobre sanções






New York Times: Irã oferece envio de urânio, complicando debate sobre sanções

Iran Offers to Ship Uranium, Complicating Sanctions Talks

By Michael Slackman

Published: May 17, 2010

CAIRO — O Irã anunciou na segunda-feira um acordo para enviar parte de seu combustível atômico para a Turquia, o que seria uma solução de curto prazo para o atual enfrentamento do país com o Ocidente, ou apenas uma tática com o objetivo de tirar dos trilhos as tentativas de impor novas sanções a Teerã.

O acordo, negociado com a Turquia e o Brasil, prevê que o Irã enviará 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido para a Turquia, onde o material ficaria estocado. Em troca, depois de um ano, o Irã teria o direito de receber cerca de 265 libras de material enriquecido da Rússia ou da França.

O acordo é espelho de outro que estava em negociação com o Ocidente em outubro passado mas que fracassou quando o Irã voltou atrás. Mas não está claro se o governo Obama vai concordar com ele agora — em parte porque o Irã continuou enriquecendo urânio, aumentando seu estoque.

Em outubro, os 1.200 quilos que o Irã supostamente enviaria para fora do país representavam cerca de dois terços de seu estoque de combustível nuclear — o suficiente para assegurar que o país não teria material nuclear suficiente para fazer uma bomba.

Mas agora, a mesma quantia de combustível representa uma proporção menor de seu estoque declarado.

De acordo com um diplomata ocidental que falou em troca de anonimato porque não tem autorização para falar com repórteres, a quantidade de urânio de baixo enriquecimento que o Irã está preparado para enviar à Turquia agora representa pouco mais da metade de seu estoque atual.

“A situação mudou”, o diplomata disse.

O acordo poderia muito bem enfraquecer as chances do governo Obama de obter aprovação internacional para novas medidas punitivas contra o Irã. A China e a Rússia, que tem se mostrado relutantes em impor sanções a um importante parceiro comercial, poderiam usar o anúncio para por fim às discussões sobre novas medidas, que representariam o quarto round de sanções.

Washington está buscando novas sanções porque o Irã se nega a suspender o enriquecimento de urânio ou a responder a perguntas de inspetores internacionais a respeito de provas sugerindo a existência de pesquisa sobre armas e experimentos similares. Os inspetores também foram bloqueados em suas tentativas de visitar vários lugares que pediram para examinar.

O sr. Obama agora está diante de escolhas difíceis. Se ele se afastar do acordo, vai parecer que está rejeitando um acordo similar ao que estava disposto a assinar oito meses atrás. Mas se ele aceitar, muitas das questões que ele tem dito precisam ser resolvidas com o Irã nos próximos meses — a maioria sobre o trabalho suspeito para a construção de armas — ficarão em suspenso por um ano ou mais. Muitas autoridades americanas acreditam que este é o objetivo maior do Irã.

Autoridades iranianas, no entanto, saudaram o acordo como um divisor de águas. Eles disseram na TV estatal iraniana que o próximo passo será negociar os termos com o chamado Grupo de Viena — como o Irã descreve o grupo informal formado por Estados Unidos, França, Rússia e a Agência Internacional de Energia Atômica, ente das Nações Unidas baseado em Viena.

Os iranianos disseram que enviarão uma carta confirmado o acordo à AIEA dentro de uma semana.

“Isso mostra que o Irã não está buscando armas nucleares mas o uso pacífico da tecnologia nuclear”, disse Ramin Mehmanparast, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, em uma entrevista coletiva televisionada na segunda-feira. “Essas interações devem substituir as tentativas de confronto”.

Diplomatas em Viena disseram que a AIEA não foi notificada oficialmente do acordo. Mas o fato de que Teerã agora concorda em fazer a troca de urânio fora de seu território é potencialmente significativo.

O anúncio, que parece voltado a satisfazer demandas internacionais, aconteceu quando o governo do Irã está diante de demandas políticas e econômicas em casa.

Embora o acordo tenha sido visto como um passo positivo por experts regionais, também há ceticismo sobre se é real ou apenas uma tentativa de transferir a culpa do conflito para o Ocidente, além de acabar com as discussões no Conselho de Segurança das Nações Unidas para impor novas sanções, o que parecia possível dentro de algumas semanas.

“O Irã tem uma história de fazer acordos e depois voltar atrás”, disse Emad Gad, um expert em relações internacionais do Centro Ahram de Estudos Políticos e Estratégicos do Cairo. “Deixa a situação ficar realmente tensa e então chega a um acordo. Isso é uma das características genuínas da natureza da política no Irã”.

Coincidindo com as pressões por novas sanções, no dia 12 de junho o Irã marcará o aniversário das controversas eleições presidenciais do ano passado, que levaram a meses de protestes e conflito. O Irã também enfrenta sérias pressões econômicas por causa da inflação, perda de investimento estrangeiro e a possibilidade de retirada de subsídios em commodities, que significariam o aumento de preços e, talvez, novas tensões sociais.

“Com acordos como este ou anúncios como este, você precisa ser cético, pelo menos inicialmente, porque muitas vezes no passado eles foram uma oportunidade mais virtual que substancial”, disse Michael Axworthy, o ex-diplomata britânico e expert no Irã que dá aulas na Universidade de Exeter.

Parece haver razões para ceticismo. Em Teerã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse a uma pessoa que participou da entrevista coletiva que o Irã não iria, por exemplo, suspender seu programa de enriquecimento de urânio a 20% — o que torna o combustível mais próximo do grau adequado para uso em armas.

O Irã diz que seu programa nuclear é pacífico, enquanto o Ocidente diz que visa construir armas. Essas acusações foram amplificadas depois que o Irã melhorou e testou seus mísseis de longo alcance.

Os termos do acordo de hoje parecem similares ao acordo geral negociado no ano passado em Genebra. O acordo fracassou quando o Irã parece ter voltado atrás em seu compromisso de enviar o combustível para um terceiro país.

O Irã havia insistido inicialmente que a troca fosse conduzida em seu território, uma demanda rejeitada pelo Ocidente. Mandar a maioria do combustível para fora do Irã permitiria pelo menos adiar por algum tempo a capacidade do Irã de construir sua bomba enquanto negociações de longo prazo poderiam acontecer.

O acordo de Genebra também previa a remessa de 2.640 libras de urânio enriquecido a 3,5% para a Rússia, onde seria enriquecido a 20%, e em seguida para Paris, onde o urânio seria preparado para uso no reator médico do Irã. Na época o acordo foi considerado aceitável por Washington porque representava o que se acreditava ser a maior parte do estoque de urânio do Irã.

O acordo de Genebra fracassou sob intensa pressão política no Irã, quando todas as facções políticas criticaram os termos como comprometedores do direito do Irã à energia nuclear. O time de negociadores do Irã então — e de novo na segunda-feira — argumenta que o acordo é do interesse do Irã porque de fato confirma o direito do país de enriquecer urânio.

“E com o apoio do Irã, hoje uma declaração foi divulgada, que reconhece que o Irã tem direito ao uso pacífico da energia nuclear, especialmente ao enriquecimento de urânio”, disse o chefe da Organização Nuclear iraniana, Ali-Akbar Salehi, na TV.

Os termos do acordo foram resultado de encontros envolvendo o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad; o ministro das Relações Exteriores Manouchehr Mottaki; Saeed Jalili, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional; o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva; e o primeiro-ministro da Turquia, Racep Tayyip Erdogan, de acordo com a agência oficial iraniana IRNA.

Se bem sucedido o acordo confirmaria a contínua ascensão da Turquia e do Brasil como forças globais. A Turquia, em particular, tem em meses recentes se reengajado no Oriente Médio, buscando ocupar um vácuo de liderança na região.

Ferai Tinc, um analista político que escreve para o jornal turco Milliyet, disse que “Ancara nunca apoiou totalmente o Irã, nem advogou violência ou sanções contra o Irã, mas defendeu fortemente a promoção de uma solução diplomática”.

Eles vão ter que me engolir !







Nunca dantes: Lula e Turquia convencem o Irã. Obama está numa saia justa


Eles vão ter que me engolir !


Jogue o PiG (*) fora.

Jogue todo chanceler da GloboNews no lixo.

Pegue os editoriais do Estadão e enrole o peixe com ele.

Vá direto à fonte, ao New York Times:

Iran to Ship Its Uranium to Turkey in Nuclear Deal

By ALAN COWELL and ALEXEI BARRIONUEVO

LONDON — Iranian state media said on Monday that Brazil and Turkey had brokered a compromise with Tehran in the international standoff over Iran’s nuclear program, a development that could undermine efforts in the United Nations to impose new sanctions on the Iranians.

Press TV, the state-funded satellite broadcaster, quoted an Iranian Foreign Ministry spokesman, Ramin Mehmanparast, as saying that Iran had agreed to send some 1,200 kilograms of its lightly enriched uranium to Turkey in exchange for a total of 120 kilogram enriched to a higher level — 20 percent.

A televisão estatal do Irã citou um porta voz do Ministério das Relações Exteriores que disse que o Governo do Irã concordou em mandar para a Turquia 1.200 quilos de seu urânio com baixo enriquecimento, em troca de 120 quilos de urânio mais enriquecido (em 20%).

Navalha

A questão central era o Irã permitir que o urânio fosse enriquecido FORA de seu território.

Ao aceitar a proposta que Lula e a Turquia re-apresentaram, esse ponto – nevrálgico, para a Agência Internacional de Energia Atômica – estaria resolvido.

Faltaria, agora, Obama desistir de aplicar sanções ao Irã, a que, segundo Lula, se seguiria um ataque militar, como no Iraque.

Ou seja, Lula deu olé (para usar a gíria do futebol, que tanto irrita as deidades do PiG (*)).

Lula colocou o Brasil na pequena área de uma das questões centrais para a segurança do Oriente Médio – e, portanto, do mundo.

(A outra é o Estado palestino.)

O Brasil de Lula (e Celso Amorim) passou a jogar na Liga Principal.

E já, já terá lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O Brasil se tornou o que os americanos chamam de “honest broker” – um negociador confiável.

O ariano Paulo Bornhausen vai dizer que o Lula é um criminoso, porque foi fazer campanha eleitoral antecipada em Teerã.

A oposição brasileira terá o destino que pretendeu dar ao Lula.

Vai levar aquela surra que o Arthur Virgilio Cardoso (o do cartão Visa em Paris) disse que ia dar no Lula.

Em tempo: o Conversa Afiada não tem assento na Agência Internacional de Energia Atômica. Portanto, sem nenhum risco de sofrer sanções, mantém que o Irã e o Brasil têm direito a tantas bombas atômicas quanto Israel tem. O Brasil, entre outras preciosidades, precisa garantir a exploração do pré-sal, antes que algum aventureiro queira dele se apossar. Só o Brasil, a Rússia e os Estados Unidos têm urânio e sabem como enriquecê-lo.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, maio 16, 2010

Premiê Português Também Quer Lula à Frente da ONU.






Premiê Português Também Quer Lula à Frente da ONU.

A França, a Índia e a Palestina já disseram que também apoiarão uma eventual candidatura do líder brasileiro. Essa candidatura só poderá ocorrer com o apoio do governo, ou seja, somente se Dilma ganhar.

Seguem alguns trechos da entrevista do Premiê Português, José Sócrates:

"A afirmação do Brasil no mundo nos últimos anos é de enorme importância para Portugal. Se há uma questão estratégica que mudou para Portugal nos últimos anos, é a ascensão do Brasil. E cada vez que o Brasil sobe de posição no concerto das nações, no quadro internacional, Portugal vai atrás".

E

"Estaria na primeira fila desse apoio [eventual candidatura de Lula a secretário-geral da ONU]. Temos apoiado, em primeiro lugar, o Brasil no Conselho de Segurança, como membro permanente. Isso é muito importante para o Brasil, mas é muito importante para a ONU.

A ONU tem de passar por uma fase de reforma que permita que suas instituições representem o mundo que existe e não o de 50, 60 anos atrás.

O presidente Lula é uma grande figura da política mundial. Não sou apenas seu admirador e seu amigo, como tenho certeza de que ele é jovem demais para se retirar da política. Tenho certeza de que ele desempenharia muito bem qualquer cargo internacional.

Acho que é [realista a candidatura à Secretaria-Geral]. Lula tem um capital político tão importante que seria grande desperdício não o aproveitar. Não deixarei de insistir com ele para que não se retire da política ativa ao nível mundial.

Estarei no Brasil, no final do mês, com Jorge Sampaio [ex-presidente de Portugal], com o presidente de governo Zapatero e também com o premiê Papandreou. Combinamos de conversar sobre isso com Lula.

A esquerda europeia tem grande admiração pelo presidente Lula, e nós gostaríamos que se mantivesse na política".

SERRA É PRODUTO PIRATA QUE A IMPRENSA CORRUPTA ESTÁ VENDENDO





Quem é contra o acordo com Irã






Quem é contra o acordo com Irã

O mundo inteiro acompanha as gestões do Presidente Lula para conseguir um acordo com o Irã que evite o agravamento das tensões envolvendo os Estados Unidos e o regime dos aitolás em função da questão nuclear. Depois de passar pela Rússia e Catar, o presidente brasileiro demonstrou otimismo em relação à possibilidade de um acordo que evitaria a adoção de sanções da ONU contra o Irã. Quer queiram ou não os setores conservadores dos diversos quadrantes, o Presidente brasileiro, para orgulho da América Latina e dos demais países do Terceiro Mundo, está desempenhando um papel da mais alta relevância na tentativa de evitar as sanções que poderia resultar posteriormente até num confronto bélico não desejado por ninguém, com exceção do complexo industrial militar estadunidense.

Nesse sentido, seja qual for o resultado das gestões fica visível como os falcões de Washington e pelo mundo afora tentam de todas as formas evitar que a missão de Lula seja bem sucedida. Madame Hillary Clinton demonstrou total ceticismo, de uma forma tão flagrante como se sentisse incomodada com a possibilidade de um acordo. O Washington Post e o The New York Times desancaram em cima de Lula. E, além do mais, quanto mais se isolar o Irã, mais o país ficará refém de aiatolás linha-dura. É o que querem os falcões do Ocidente e o lobie sionista.

Na verdade, a missão de Lula no Irã, além de incomodar a direita brasileira, por motivos óbvios, deixou furioso setores do establishment estadunidense, que estão fazendo o possível e o impossível para evitar um acordo para a troca de combustível nuclear que poderia ocorrer na Turquia e com a supervisão do Brasil. O fato do regime iraniano num primeiro momento não ter aceitado o que então representou na prática uma imposição dos Estados Unidos de obrigar a troca de combustível em um outro país, não significa necessariamente que a nova proposta apresentada pelo Brasil e Turquia esteja sendo considerada por Ahmadineyad apenas para ganhar tempo, como alegam agora os falcões.

Resta aguardar o desfecho da mediação de Lula*. É possível que os setores vinculados ao complexo industrial militar evitem de todas as formas que o acordo aconteça. Em havendo o sinal verde de Teerã, resta aguardar a reação dos Estados Unidos e do aliado Israel, cujo lobby tenta também apresentar como fato consumado a suposta vocação iraniana pela bomba atômica.

Independente de qualquer coisa, um país, seja ele qual for, deve ter o direito de desenvolver a energia nuclear, hoje absolutamente necessária para determinados tratamentos médicos. Estados Unidos, Israel e demais potências nucleares não podem querer ser donos do mundo impondo sanções só pelo fato de um determinado país desenvolver a tecnologia necessária para melhorar a qualidade de vida do povo. Bomba atômica propriamente dita têm os países que se empenham até a medula no sentido de impor sanções econômicas contra Teerã. E os Estados Unidos foram o único país que até agora utilizou tal tipo de armamento em Hiroxima e Nagasaki e isso num momento em que o Japão já estava derrotado.

Vamos ver o desdobramento de tudo isso. A sociedade mundial, independente dos governos, não aceita um desfecho como o do Iraque com as inexistentes armas de destruição em massa e que o complexo industrial militar imponha a força para resolver problemas. É mais do que óbvio o desejo do setor em escoar os armamentos e consequentemente conseguir maiores lucros, para não falar do interesse nas riquezas petrolíferas iranianas.

E na Europa, governos que de socialistas só têm o nome, como os da Grécia e Espanha, decidiram tentar salvar o mundo financeiro, exigindo que os trabalhadores paguem a conta. É a velha fórmula do Fundo Monetário Internacional que tanto mal provocou na América Latina, que se recupera da razia de governos do gênero Fernando Henrique Cardoso, Carlos Menem, Álvaro Uribe, entre outros.

Nestor Kirchner, atualmente exercendo a função de secretário da Unasur (União das Nações Sul-americanas), já advertiu ao governo espanhol de José Luiz Zapatero sobre o caráter pernicioso para a maioria do povo a velha fórmula fundo monetarista de favorecimento do capital financeiro. Kirchner pode falar de cadeira porque teve de enfrentar uma situação dramática de terra arrasada que atravessava o seu país depois de Carlos Menem e Fernado de La Rua.

Agora, a classe trabalhadora espanhola, grega e de outros países europeus, sente o buraco a que foi conduzida com as medidas adotadas por seus governos para salvar os bancos. Num primeiro momento prevalece uma situação de impacto, para em seguida advirem mobilizações que resultarão no fim a letargia a que os europeus estão mergulhados já há algum tempo. O esquema fundo monetarista, em suma, poderá resultar numa nova etapa do velho continente. Quem viver verá!

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação.

Parceria com o Irã