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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 18, 2010

EUA 'vão se dar mal' se optarem por sanção ao Irã






18 Maio 2010
Garcia: EUA 'vão se dar mal' se optarem por sanção ao Irã
Lúcia Müzell - Terra


O assessor especial da presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta terça-feira em Madri que os Estados Unidos sofrerão sanções morais se continuarem insistindo em aplicar sanções econômicas e comerciais ao Irã caso o país se recuse a cumprir o tratado internacional de não-proliferação nuclear.

"Se os Estados Unidos optarem pela sanção, eles vão se dar mal. Vão sofrer uma sanção moral e política", afirmou Garcia, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua viagem à Espanha. "Cabe aos Estados Unidos decidirem se querem ou não um 'new deal' com o Irã", disse o assessor direto de Lula.

Quando deu a declaração, Garcia ainda não tinha tomado conhecimento do anúncio da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de que Estados Unidos, China e Rússia entraram em um acordo sobre as sanções ao Irã a respeito do seu controverso programa nuclear, à revelia do acerto que o Brasil e a Turquia haviam conseguido no domingo com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Após ser informado do anúncio, Garcia se recusou a comentá-lo antes de saber dos detalhes. Conforme o anúncio da americana, os três países entrariam ainda hoje no Conselho de Segurança da ONU com um pedido de resolução prevendo as sanções.

Na segunda-feira, Hillary já havia demonstrado por telefone a sua desconfiança em relação ao Irã para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. De acordo com Garcia, os Estados Unidos gostariam de negociar com o Irã apenas depois de já terem aplicado as sanções, posição da qual o Brasil discorda.

Em relação ao anúncio, por parte do Irã, de que o país continuaria a enriquecer urânio internamente mesmo depois de se comprometer a entregar parte do material para enriquecimento no exterior - conforme prevê o acordo intermediado por Brasil e Turquia -, Garcia disse que "cada coisa tem o seu momento". O assessor avalia que Ahmadinejad teria se recusado a prosseguir as negociações se Lula e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, tivessem mencionado essa questão. "O enriquecimento de urânio não é proibido. O que nós procuramos foi criar confiança. Eu acho que a relação que o Irã estabeleceu com o Brasil e a Turquia foi uma relação de confiança", disse.

"Governo não é ONG"
Quando questionado sobre as constantes violações dos Direitos Humanos cometidas no Irã, e se o presidente Lula havia abordado de alguma forma este problema na reunião que teve com Ahmadinejad, Garcia revelou que o presidente brasileiro fez "outros pedidos" ao governo iraniano, mas se recusou a revelar quais são. "O governo não é uma ONG. As ONGs podem ficar dando declarações de direitos humanos. O presidente Lula encaminhou outros pedidos ao governo iraniano que nós esperamos que venham a ter sucesso", afirmou.

Ele confirmou a intenção do Brasil em ampliar o grupo de negociações sobre o tratado de não-proliferação nuclear, liderado por Rússia, China, Reino Unido, França, Estados Unidos e Alemanha. A intenção faz parte dos antigos planos brasileiros de obter uma cadeira de membro-permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Garcia ressaltou que o Brasil estava ciente dos riscos que a visita de Lula ao Irã implicava, tanto no plano internacional como também na política interna. "Ele sabia que era uma aposta grande, que poderia comprometer alguns planos do Brasil, como a entrada permanente no Conselho de Segurança", disse. "Nós estamos com eleições no Brasil, e obviamente isso seria explorado pela oposição como uma aventura ou um fracasso, ou ainda dizendo que somos aliados do Irã. Mas achamos que de qualquer maneira valeria a pena", disse.

Conforme o assessor do presidente, Lula e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, não falaram sobre a possível venda dos caças franceses Rafale para a Defesa brasileira, ao contrário do que especulava a imprensa francesa na manhã de hoje. Os dois líderes se encontraram para uma reunião bilateral para discutir o acordo intermediado por Lula no Irã.
Postado por Glória Leite às 20:00 0 comentários Links para esta postagem
Eles querem é guerra
A indústria bélica americana e o estado bélico judeu querem guerra a qualquer custo.

E a Alemanha, por estar permanentemente com o rabo preso com Israel, não nega o apoio a qualquer sanção ou invasão contra quem se opor aos interesses do estado bélico judeu.

Dá nojo.

Eu soube por fonte confiável, por exemplo, que a Alemanha prepara dois navios de guerra para presentear o Estado de Israel.

A máquina de matar não pode parar.

Eis um dos motivos para o eixo EUA-Israel sabotar o acordo com o Irã









Eis um dos motivos para o eixo EUA-Israel sabotar o acordo com o Irã

O presidente Barack Obama pediu ao Congresso dos EUA 205 milhões de dólares para ajudar Israel a acelerar a construção de um novo sistema de defesa de curto alcance anti-míssil, confirmaram assessores da Casa Branca.

O projeto é chamado "Iron Dome" e se destina a interceptar foguetes e obuses de artilharia na Faixa de Gaza e no Líbano.

O recurso financeiro viria para além da assistência estadunidense anual à Israel, seria portanto um recurso extra.

A informação é da rede de televisão árabe Al Jazeera.




Imagens de guerra e paz

O único país do mundo que fez uso da energia atômica para fins terroristas não quer que outros países o façam para fins pacíficos e humanitários.

Os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroxima em 6 de agosto de 1945 (foto p&b). Morreram cerca de 140 mil pessoas, quase todas civis, cozinhadas pela energia calorífica letal que emana de uma explosão nuclear. Dias depois, não satisfeitos, ainda sedentos de sangue, os estadunidenses lançam outro artefato da morte, desta vez sobre Nagasaki, mais 80 mil mortos, trucidados covardemente por um Estado terrorista, branco, cristão, ocidental e que se proclama amante da democracia e dos direitos humanos.

A mortandade foi inútil, gratuita, própria de mentes patologicamente criminosas. O Japão já estava vencido e se preparava para capitular. A Alemanha nazista já estava derrotada e rendida, há mais de três meses, desde o glorioso dia 8 de maio de 1945.

Os Estados Unidos procederam precisamente como os fascistas que acabaram de derrotar. Alguém já disse, acho que foi Chomsky, que os nazifascistas foram derrotados na Segunda Guerra, mas o nazifascismo sobreviveu e continua fazendo suas vítimas, com outra bandeira, outros líderes e outros uniformes de guerra, terror e ódio à humanidade.

Pois, os mesmos que praticaram o terror em Hiroxima e Nagasaki, agora não querem a paz duramente discutida e conquistada pelos entendimentos diplomáticos de Brasil, Irã e Turquia.

Até quando os Estados Unidos, não o seu povo, mas a sua elite governante, racista e intolerante, irão tutelar os destinos da humanidade?

SS erra






SS erra não consegue






USA , GIVE PEACE A CHANCE. YES , WE CAN






terça-feira, 18 de maio de 2010
USA , GIVE PEACE A CHANCE. YES , WE CAN


ENTREGAR TUDO QUE LULA FEZ E FAZ PARA UM TROLOLÓ,SERIA COMO JOGAR PÉROLAS PARA OS PORCOS

“O governo Lula tem as portas abertas para os movimentos sociais"






Zé Celso vota na Dilma trabalhista
segunda-feira, 17 maio, 2010 às 18:20

Acabo de receber de uma amiga uma saborosa entrevista de José Celso Martinez Corrêa ao Terra Magazine. Uma das figuras mais polêmicas da cena cultural brasileira, ele diz que vai votar na Dilma por sua origem trabalhista, e tacha o Serra de antipopular e centralizador.

Martinez vislumbra em Dilma possibilidades de vôos ainda maiores, lembrando meu avô. “Acho que Dilma poderia ir muito mais longe. Ela era do PDT, tem essa origem trabalhista, precisa resgatar esse lado. E eu adorava o Brizola!… Gostaria de ter esse encontro (com Dilma).

O fundador do Teatro Oficina é um entusiasta do governo Lula, e defendia até um plebiscito pelo terceiro mandato. “O governo Lula tem as portas abertas para os movimentos sociais. Tenho a impressão de que o Serra não. O pessoal do PSDB tem uma mentalidade antipopular, da tecnocracia”, avaliou

Brizola Neto

Malvinas: Kirchner quer diálogo, Cameron, não terça-feira, 18 maio, 2010






Nossa imprensa, claro, mal noticiou. Mas houve hoje, na conferência dos países da União Européia, em Madrid, a demonstração de que a arrogância das grandes potências não tem limites. A presidente argentina, Cristina Kirchner, fez um apelo para que se retomem as negociações pacíficas sobre o destino das Ilhas Malvinas, tal como recomenda a ONU. O primeiro-ministro britânico, o recém-empossado David Cameron, disse que “não pode haver negociação”, até que os habitantes da ilha o “desejem” e sublinhou que a Grã-Bretanha não tem “dúvidas” sobre a sua soberania sobre as ilhas do Atlântico Sul.

Kirchner, diante de cameron, lembrou que as resoluções das Nações Unidas apelando para as partes a negociar a soberania das ilhas” continuam por cumprir .”Em nome do meu país e da América Latina, o Reino Unido em particular, com o primeiro-ministro, por favor, retomar as negociações em relação à soberania”, disse, na abertura da conferência. A presidente afirmou que a Argentina é um país de paz, não pode ter lançado em sua conta o que aconteceu nas ditaduras militares, que fizeram também dos argentinos vítimas dos ditadores”. Num gesto bonito, Kirchner teve um encontro com o juiz Baltazar Garzón, recentemente afastado pela ousadia de condenar quem ordenou assassinatos e torturas políticas, como Augusto Pinochet.

Coloco aí em cima um trecho de seu discurso na solenidade de abertura e, assim que puder, o substituo por outro, legendado.

A velha Europa, berço do humanismo moderno, anda precisando realimentar os valores que a fizeram ser admirada como civilização. E não o colonialismo que permanece como uma vergonha histórica.

Para quem não sabe, as Malvinas foram colonizadas, primeiramente, pelos argentinos. Eles foram expulsos, militarmente, de lá e há cerca de três mil colonos de origem inglesa lá. Mas não é neles que se pensa: é no petróleo, que os ingleses há decadas saqbem que existe lá e que, há poucos dias, teve as primeiras extrações bem-sucedidas – e promissoras.

A transformação nas Malvinas num pólo petroleiro inglês levará, inevitavelmente, também à criação de um pólo militar daquele país no Atlântico Sul, como venho alertando aqui. Os países da América Latina precisam se unir e pressionar os Estados Unidos a forçar os ingleses a seguirem a recomendação da ONU e reabir o diálogo. A tal “Doutrina Monroe” – “A América para os americanos” – vale para nós, sul americanos ou é só para os norteamericanos?

Embora a teoria, na prática, tenha sido esta, é bom lembrar o que um dos “pais da pátria” estadunidense – Monroe largou a escola, aos 16 anos, para entrar na guerra pela independẽncia americana – escreveu, já presidente, numa mensagem ao Congresso:

Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […]

Estamos no século 21. É incompreensível que uma potẽncia colonial queira ter um enclave a pouca distância de um país soberano, num território que lhe foi tomado à força.

Brizola Neto

Entrevista de Dilma a Luis Nassif ontem











China rompe ceticismo internacional e diz ser favorável a acordo do Irã








O acordo com o Irã visto pela China.

China rompe ceticismo internacional e diz ser favorável a acordo do Irã



A China anunciou nesta terça-feira ser favorável ao acordo para a troca de combustível nuclear iraniano em território turco, assinado na segunda-feira por Irã, Brasil e Turquia. A reação da China, que se opõe a sanções, rompe com o ceticismo demonstrado na véspera pelos outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

“Apoiamos o acordo, consideramos importante”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu. “Esperamos que isto ajude a promover uma solução pacífica à questão nuclear iraniana”.

O acordo assinado ontem determina que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França –suficiente para a produção de isótopos médicos em seus reatores e muito abaixo dos 90% necessários para uma bomba. O urânio enriquecido seria devolvido ao Irã no prazo de um ano.

Nilson Fernandez