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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 26, 2010

Legalidade: o pronunciamento na Câmara






Legalidade: o pronunciamento na Câmara
quarta-feira, 26 maio, 2010 às 17:14

Falei, há poucos minutos, na tribuna da Câmara e transcrevo, abaixo, as notas taquigráficas da minha fala. Daqui a pouco coloco o vídeo.

O SR. BRIZOLA NETO (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a base da democracia é o voto de cada brasileiro. A eleição tem que ser decidida nas urnas, não nos jornais, não na televisão e nem na Justiça. A eleição é a hora de o povo falar diretamente. Aquelas instituições não têm o direito de se substituírem ao povo, nessa decisão, como nós Deputados, não o temos.
Assistimos a um processo eleitoral que está sendo levado pela mídia e pela Oposição, não às ruas, mas aos tribunais. O Presidente Lula está quase que proibido de falar o nome de quem apoia.
As pesquisas dizem que metade dos brasileiros deseja votar no candidato do Presidente, mas a Oposição e a imprensa pressionam todo dia o Poder Judiciário para que o proíba de falar. Proíba, para ocultar ao povo que sua candidata éDilma, enquanto José Serra desfila como lulista.A farsa depende do silêncio.
Ora, senhoras e senhores, manifestar preferência não é pedir voto. Nós, aqui nesta casa, também somos agentes públicos. Não podemos usar nossos gabinetes, nossas cotas, os serviços pagos com dinheiro público para pedir votos.
Isso está correto, corretíssimo.

Mas imaginem se fôssemos impedidos até de falar o nome de quem apoiamos. Somos agentes públicos e agentes políticos, tanto que só podemos estar aqui, como também só pode estar lá o Presidente, se filiados a um partido político.
Quem está proibido de preferência partidária são os membros do Judiciário e os que atuam junto a ele, como a Procuradoria da República. Eles têm o dever da prudência e do equilíbrio, até para não tumultuarem as eleições. Ontem, uma Vice-Procuradora deu entrevista à Folha de S.Paulo em que,ao menos no que foi publicado, ameaça de cassação a candidatura Dilma.
Hoje, na mesma Folha de S.Paulo, o Sr. Roberto Jefferson anuncia o expediente, expressamente proibido em lei, de entregar ao candidato Serra o horário de TV do PTB, como fez e está fazendo ainda o DEM, sem que o Ministério Público tenha sequer reagido.
Há dois pesos e duas medidas? Mais rigor da lei para uns e nenhum para outros?

Nós vamos reagir com serenidade, pacifica e legalmente. Os democratas e patriotas deste País vão se unir a uma campanha pela legalidade como a que fez Brizola em 1961. Ninguém vai decidir em quem o povo pode ou não pode votar.
Não ao golpe eleitoral! Não ao tapetão judicial!
Eleição se ganha é no voto.
Obrigado, Sr. Presidente.

do Brizola Neto

o Zé erra sem parar







Uma coisa não se pode deixar de reconhecer em José Serra. Ele é muito produtivo. Produz uma asneira monumental por dia. Hoje, em entrevista à Rádio Globo, no Rio, acusou o governo boliviano de ser cúmplice do tráfico de cocaína para o Brasil. Fosse Serra presidente, as relações com o país vizinho estariam abaladas, desperdiçando todo um esforço de integração desenvolvido nos últimos anos. A Bolívia é um país democrático, cujo presidente – Evo Morales – foi eleito há poucos meses, em eleições livres, com nada menos de 64% dos votos. Merece, no mínimo, respeito de um candidato à presidẽncia brasileira que tenha um mínimo de seriedade.

Em tempos de protagonismo da diplomacia brasileira no mundo, que se destaca cada vez mais pela solidariedade e capacidade de mediar conflitos, seria interessante imaginar como seriam as relações exteriores de um governo José Serra, a julgar pelo que anda dizendo na sua campanha.

O tucano começou atacando o Mercosul, chamando o bloco que pela primeira vez conseguiu unir os países sul-americanos de farsa. Em atitude oposta a do Brasil atual, que leva em conta o seu peso no continente, Serra disse que não fazia sentido “ficar carregando” esse Mercosul, uma declaração que provocou reações negativas da chancelaria argentina.

Pouco depois, exibiu mais uma vez sua estreiteza política ao dizer que o ingresso da Venezuela no Mercosul era uma “insensatez”. Dá para imaginar que o Mercosul de Serra seria o bloco do eu sozinho, algo como a idéia de São Paulo sem o Brasil.

Não satisfeito, Serra passou a dirigir palavras pouco lisongeiras, para dizer o mínimo, a países com os quais o Brasil mantém estreita ligação. No encontro dos presidenciáveis, na CNI, disse que quando ministro da Saúde recebeu camisinhas da China que cheiravam a “pena de galinha fervida” e emendou com um comentário de mau gosto: “O chinês deve gostar no momento apropriado do cheiro de galinha.”

Durante o último governo tucano, nossa diplomacia foi caracterizada pela subserviência. No caso de Serra, a linha é a da arrogância e desprezo pelos parceiros. Deve ser por isso que se identifica tanto com os Estados Unidos.

do Tijolaço

SERRA ATACA A BOLÍVIA , IMAGINEM ESSE SUJEITO PRESIDENTE DO BRASIL.DEUS NOS LIVRE E GUARDE DESSE DITADOR






SERRA ATACA A BOLÍVIA , IMAGINEM ESSE SUJEITO PRESIDENTE DO BRASIL.DEUS NOS LIVRE E GUARDE DESSE DITADOR

Já atacou o mercosul, a Argentina, a Bolivia, a China e O Irã...
mas é bruto mesmo.

A supremacia da ignorância






A supremacia da ignorância

26/05/2010 10:39:26
Luiz Gonzaga Belluzzo

Os Estados Unidos invadiram o Iraque a pretexto de extinguir um arsenal de “armas de destruição em massa”. Nada assemelhado foi encontrado nos alegados esconderijos de Saddam Hussein. Agora, Tio Sam ameaça torpedear o acordo com o Irã patrocinado por Brasil e Turquia. Seja qual for o alcance do combinado, o Poder Americano insistirá na imposição de sanções.

Nada de novo sob o sol. Os ideólogos conservadores que inspiravam o governo republicano eram claros quanto aos propósitos da intervenção no Iraque. Eles falavam do que interessa: superioridade militar e controle de áreas sensíveis para a preservação do poder que se pretende absoluto.

Há tempos, o jornalista americano William Pfaff, do International Herald Tribune, afirmou que “o dinheiro desregrado não apenas dirige o resultado das eleições americanas, mas influencia as decisões do Congresso e as atitudes da Casa Branca, em matérias tão improváveis como a luta contra o tráfico de drogas na América Latina”. Pfaff, um ícone do jornalismo mundial e crítico duro das ações de seu país, antecipou com grande precisão como seria o desempenho dos republicanos no governo. Resta saber o que pensa o insigne jornalista dos democratas sob a presidência de Obama.

As transgressões aos direitos dos povos continuam a ser executadas com persistência, mas hoje edulcoradas com a preocupação de invocar – apenas invocar – a chamada comunidade internacional para justificar as tropelias. Agora, sob o acicate da crise, a razão imperial precisa, mais do que nunca, manter o demônio (qualquer demônio) vivo para impor as razões de sua divindade.

Para tanto, os processos de informação e de formação da consciência política e coletiva, ou seja, os espaços da autonomia individual estão permanentemente subjugados à lógica econômica e política de uma ordem imperial que deslocou a hegemonia do imediato pós-guerra para adotar o exercício puro e duro de seu poder. Na ordem americana, o nomos da terra significa a exigência de respeito à vontade imperial, à sua moral particularista, idiossincrática e assimétrica. O direito, dizia Hegel, enquanto existência da liberdade é uma determinação essencial na refrega contra a “boa intenção” moral. “Os protestos contra este desenvolvimento são... reminiscências do ‘estado bruto de natureza’ que revelam um apego doentio à própria particularidade, narcisisticamente desfrutada como moral”.

O narcisismo moral americano não precisa de adjetivos em sua espantosa objetividade. Está sempre preparado para qualificar os recalcitrantes e dessemelhantes como rogue States, o que significa deformar em proveito próprio o papel das instâncias integradoras no âmbito internacional. O avanço do narcisismo
intervencionista americano é constitutivo de sua natureza e demonstra porque, a despeito de Woody Allen, os americanos tomam o seu país como a “utopia realizada”.

A supremacia apoiada na superioridade das armas e no despotismo da economia desregulada dispensa mediações da ordem jurídica e não quer ou não precisa compreender nada. O mundo em que tentamos sobreviver é uma prova diária da degeneração da razão ocidental, transformada e objetivada na execução desabrida dos métodos de domínio.

Os Estados Unidos, diz um dos gurus da nova direita, estão tornando o país mais parecido com ele mesmo. Uma reconciliação do fenômeno com o conceito, provavelmente a apoteose do fim da história. No fundo da alma, a nova direita tem certeza de que os processos e as instituições de negociação democrática, fora dos Estados Unidos, como a ONU, por exemplo, são geringonças inúteis. São estorvos para a consecução das políticas “corretas” isto é, aquelas que se submetem aos seus interesses e de suas empresas. Por isso é preciso coartar e controlar as instâncias de discussão pública da informação. A liberdade de opinião não é boa coisa, sobretudo quando começam a naufragar os programas econômicos e sociais recomendados pelos Senhores do Mundo como roteiros infalíveis para o sucesso.

Na família dos vulgarizadores da opinião subalterna não faltará quem pretenda acusar de "antiamericanismo” os que hoje dão nome e apelido aos episódios de reafirmação do poder imperial americano. Tratar assim uma questão tão grave e decisiva para o futuro da vida decente neste planeta é uma forma tosca de “misturar estação” com o propósito de interditar o exame crítico de qualquer processo político. Isso desfigura o debate racional sobre os conflitos contemporâneos, transfigurado numa guerra de preconceitos travada nos esgotos da alma humana.

do Carta Capital

Nova descoberta de petróleo da Petrobrás










O Brasil vai ser uma Arábia Saudita

Nova descoberta da Petrobrás.

Saiu no Blog da Petrobrás: http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/


Nova descoberta de petróleo da Petrobrás

* Publicado em 26/05/2010 Compartilhe Envie Para um Amigo Share this on del.icio.us Digg this! Share this on Facebook Share this on LinkedIn Post this to MySpace Share on Google Reader Tweet This!
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O Brasil vai ser uma Arábia Saudita

Nova descoberta da Petrobrás.

Saiu no Blog da Petrobrás: http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/

Novas descobertas no pós e pré-sal da Bacia de Campos

A Petrobras comunica a descoberta de duas novas acumulações de petróleo leve (29o API) em reservatórios do pós e do pré-sal em águas profundas da Bacia de Campos, resultante da perfuração do poço 6-CRT-43-RJS, conhecido como Carimbé, localizado no Campo de Caratinga, a cerca de 106 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em local onde a profundidade d’água é de 1.027 metros.

A acumulação descoberta nos reservatórios do pós-sal está a 3.950 metros de profundidade no subsolo marinho. Estimativas preliminares indicam volumes recuperáveis de aproximadamente 105 milhões de barris de óleo equivalente.

A outra acumulação, confirmada pelo mesmo poço, encontra-se em reservatórios do pré-sal. Esses reservatórios, posicionados a 4.275 metros de profundidade, estão possivelmente relacionados à acumulação identificada anteriormente pelo poço 6-BR-63A-RJS (anunciada pela Companhia em 25/02/2010), na área do Campo de Barracuda. Naquela ocasião, os volumes de óleo recuperável apontavam para cerca de 40 milhões de barris de óleo equivalente. Caso a ligação entre essas duas acumulações se confirme, dados preliminares do novo poço indicam o volume conjunto recuperável potencial de 360 milhões de barris de óleo equivalente.



Navalha do Conversa Afiada

E no Congresso ainda há quem queira entregar o pré-sal às empresas estrangeiras.
A Petrobras comunica a descoberta de duas novas acumulações de petróleo leve (29o API) em reservatórios do pós e do pré-sal em águas profundas da Bacia de Campos, resultante da perfuração do poço 6-CRT-43-RJS, conhecido como Carimbé, localizado no Campo de Caratinga, a cerca de 106 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em local onde a profundidade d’água é de 1.027 metros.

A acumulação descoberta nos reservatórios do pós-sal está a 3.950 metros de profundidade no subsolo marinho. Estimativas preliminares indicam volumes recuperáveis de aproximadamente 105 milhões de barris de óleo equivalente.

A outra acumulação, confirmada pelo mesmo poço, encontra-se em reservatórios do pré-sal. Esses reservatórios, posicionados a 4.275 metros de profundidade, estão possivelmente relacionados à acumulação identificada anteriormente pelo poço 6-BR-63A-RJS (anunciada pela Companhia em 25/02/2010), na área do Campo de Barracuda. Naquela ocasião, os volumes de óleo recuperável apontavam para cerca de 40 milhões de barris de óleo equivalente. Caso a ligação entre essas duas acumulações se confirme, dados preliminares do novo poço indicam o volume conjunto recuperável potencial de 360 milhões de barris de óleo equivalente.



Navalha do Conversa Afiada

E no Congresso ainda há quem queira entregar o pré-sal às empresas estrangeiras.

O Sistema: breve história de um nome tabú






O Sistema: breve história de um nome tabú

Foi a sociologia de pé de escada norteamericana que inventou a expressão O Sistema. Há até um filme sobre a estrutura de aprisionamento nos EUA intitulado The System, com o ator Vic Morrow , o mesmo do seriado de televisão, Combate, dos anos 60. Sistema neste contexto significa as forças políticas e econômicas que oprimem e trituram as pessoas mais frágeis das classes pobres e das classes médias. Por exemplo: as grandes corporações empresariais ou as gigantescas instituições públicas - como o sistema carcerário e as outras grandes burocracias. O sistema tem como outra característica, a impessoalidade: ninguém conhece quem manda e desmanda na gente; e o sistema não dá a mínima para as pessoas, sendo todos números e letras aleatórias. Seria, falando academicamente, a sociedade administrada; a decantação do burocratismo irracional, e não aquele da organização eficiente da razão do sociólogo Max Weber. Tudo o que oprime, naquela sociologia de esquina, chamar-se-ia de SISTEMA.

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$$$$$$$$$$$$$$$$istema $$$$$$$$$$$$ $$$$$$$$Hoje em dia dia o Sistema é algo semelhante, mas dentro do contexto da telemática ( telefonia + informática) e com uma estrutura de delegação de poderes muito maior e muitíssimo mais difusa que aquele sistema dos anos 60.
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$istema


A burocracia remete tudo - principalmente o que não dá certo - para o Tal Sistema. Ele é o deus ex machina da nossa contemporaneidade desse capitalismo sangüinário que nos encontra diariamente em tudo, em todos os locais desterritorializados, e a todo minuto. Qualquer desculpa desse capitalismo, o mais cínico que se tem notícia, é em nome do Sistema. " O Sistema caiu, Senhor"; "o nosso Sistema não aprovou, Senhor", ou omitem o "nosso" porque é comprometedor. " O Sistema está fora do ar e não podemos ajudá-lo, Senhor"; como se o capitalismo existisse para "ajudar" alguém. Kafka ficaria mais maluco que nós com esse Sistema. Kafka que não teve a agudeza de ver naquela maluquice, o Capitalismo em ação, em combate contra nós. Ressinto-me na obra e Kafka desta sua falta de perspicácia. Onde estão as agências reguladoras aqui no Brasil e em todo mundo, que não "domam" esses Tais Sistemas ? Este Espectro que nos humilha, espizinha, nos enfarta, e que deveria ter nomes: as grandes e médias corporações, "personificadas" nos famigerados Call Centers, o pior círculo do Inferno dos empregos.

Roberto Martins

LULA CÁ ! Investimento público em relação ao PIB é o maior em 15 anos, diz Ipea






LULA CÁ !
Investimento público em relação ao PIB é o maior em 15 anos, diz Ipea


Em 2009, o investimento do setor público brasileiro em relação ao PIB bateu recorde dos últimos 15 anos, segundo levantamento apresentado nesta quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao governo federal.
No ano passado, o investimento público atingiu 4,38% do PIB (Produto Interno Bruto, o total das riquezas produzidas no país). Em dinheiro, isso representou R$ 137,4 bilhões.

Esses números incluem os investimentos feitos pelas empresas estatais. Normalmente, esses cálculos consideram somente o desembolso da União, mas o Ipea defende a soma de outros elementos.

"O mais correto seria levar em consideração também os investimentos das empresas estatais (sobretudo federais). Não menos importantes são as transferências de recursos da União para estados e municípios destinadas à realização de obras públicas", destaca o estudo distribuído pelo Ipea.

O levantamento do Ipea para o cálculo do investimento do setor público considerou o investimento empenhado e liquidado no exercício, adicionado dos restos a pagar liquidados no exercício.

Para o item investimentos da União, foram utilizados apenas os investimentos realizados diretamente pelas instituições federais, excluindo-se as transferências a Estados e municípios.

Foram classificados como investimentos dos Estados e municípios os realizados diretamente por esses entes da Federação, inclusive aqueles em que foram utilizados recursos originários da União (transferências da União).

O peso das estatais federais no volume total de investimentos do governo tem se acentuado desde 2004/2005, segundo o Ipea, chegando proximo de 2% do PIB. Em 2003 as estatais federais investiram R$ 18,7 bilhões, enquanto em 2009 foi alcançada a cifra de R$ 59,8 bilhões.

A participação de Estados e municípios assume uma importância expressiva também a partir de 2004/2005. Em 2003, Estados e municípios investiram R$ 22,9 bilhões, tendo evoluído para R$ 57,7 bilhões em 2009, incluindo-se nesse montante as transferências federais.