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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 01, 2010








O terror de Israel extrapola suas fronteiras

Reproduzo artigo da jornalista Elaine Tavares:

Quando na segunda guerra mundial apareceram os rumores do que acontecia na Alemanha, o mundo calou. Levou tempo demais até que os governos de outros cantos se levantassem contra o que se passava de horror sob o domínio nazista. E, mesmo, assim, a intervenção só aconteceu quando o que estava em jogo era o domínio de outros países da Europa. Não foi, verdadeiramente, o massacre dos judeus e dos ciganos que levou ao repúdio do governo de Hitler. Foi sua audácia de dominação sobre os demais países da Europa. Penso eu, cá com meus botões, que se Hitler tivesse se mantido nas fronteiras da Alemanha, não haveria tanto repúdio às suas práticas de terror.

Hoje, assistimos ao estado de Israel repetir o circo dos horrores contra o povo palestino. Já se vão mais de 60 anos de violência, de opressão, de ataques assassinos. Desde 1948 o processo de dizimação do povo palestino acontece sob os olhos das câmeras, aparece sistematicamente na hora do jantar, nos jornais noturnos. E, no mais das vezes, a maioria das gentes olha, boceja, e o máximo que tem de reação é dizer: “essa guerra não termina!” E ponto final. Lá, naquele cantão esquecido do mundo, a porta de entrada do rico médio-oriente, seguem os palestinos resistindo com pedras e gritos de dor.

Hoje, segregados em campos de concentração, tal e qual ocorria com os judeus e ciganos nos campos nazistas, eles são humilhados, subjugados, tratados como não-seres. Chamados de terroristas quando se levantam em rebelião. E tudo o que querem é o direito de viverem em paz no seu próprio território. O mundo sabe muito bem que quando os Estados Unidos criou o estado de Israel, aquela não era uma terra sem povo. Milhares de famílias foram desalojadas, expulsas de suas casas, para dar lugar às colônias israelenses. E, depois, ao longo dos anos, sob o fogo dos canhões, Israel foi comendo o território até confinar as gentes palestinas em campos fechados por muros gigantes, que deveriam ser repudiados como uma vergonha mundial, tal qual foi o muro de Berlim durante tanto tempo. A pergunta que fica é: por que o chamado “mundo livre” não brada contra o muro da vergonha de Israel?

Pois, não satisfeitos em dizimar o povo palestino, Israel chegou ontem ao auge da violência e da perfídia. Foi capaz de atacar militarmente navios que seguiam para Gaza, levando ajuda humanitária. Soldados armados atacaram civis que poucos minutos antes haviam levantado uma bandeira branca. Mesmo nas guerras mais cruéis, todos os generais sabem o que isso significa. Mas, ao que parece, não Israel. Morreram pessoas comuns, tombadas pelas balas assassinas dos soldados israelense. Gente que se importava com o que se passa por detrás dos muros de Israel, que apenas se preocupava em levar comida, remédio e conforto a um povo acossado pela violência e pelo terror. Pois foram atacados de forma absurda, em águas internacionais, violando toda a sorte de tratados e acordos internacionais.

E aí? Cadê as sanções a Israel? O seu parceiro de atrocidades, os Estados Unidos, lamentou o ocorrido, mas não condenou. Vários países estão declarando condenação, mas o que isso de fato significa? Palavras ao vento! Quais as medidas reais a serem tomadas contra esse estado assassino que extrapola suas fronteiras, atacando civis?

Os argumentos que as redes de televisão oferecem são os mais absurdos possíveis. Um general israelense dizendo que só revidaram um ataque dos que estavam no navio. Mas, como isso? As pessoas, em alto mar, cercadas de água, fizeram o quê? Tinham mísseis? Arcabuzes? Facas voadoras? Que ataque poderiam fazer essas pessoas dentro de um navio a aviões de guerra? Vejam que é o mesmo argumento que usam para matar palestinos. Meninos de 12 anos, com pedras na mão, são “violentos terroristas” e ameaçam a vida dos soldados israelenses dentro dos tanques de ferro. É o paroxismo do terror.

Por todo o planeta gritam as gentes, como gritaram contra a invasão do Iraque, contra a invasão do Panamá, do Afeganistão. Gritam os que não tem poder. E lançam declarações os que tem poder. Cuba vive sob um bloqueio criminoso por parte dos Estados Unidos, porque decidiu ser livre e auto-determinada. Isso é crime?

O que aconteceu no mar alto nesta segunda-feira não pode ficar só no plano da condenação pela palavra. É preciso parar Israel. Este é um dos países mais fortemente armados do globo terrestre. Seu poder militar é fabuloso. Tem ainda o serviço secreto mais sanguinário do mundo. É um cântaro de destruição. A fonte de sua violência segue vertendo, como já dizia o grande Mahmud Darwish.

Há 60 anos Israel mata palestinos como se fossem moscas. Ontem matou nove cidadãos da paz. O mundo, enfim, se levanta. Agora, há que parar Israel. Ou isso, ou a barbárie vai se espalhar, saindo das fronteiras do terror. A história é boa mestra. Assim começaram as grandes guerras. Quando um governo, arvorado de dono do mundo, começa a sair de seus limites, abocanhando a vidas dos demais. Se o mundo, na sua maioria, pouco ligou para os palestinos que padecem desde há décadas, que, agora, com estes noves civis, gente da paz, de bandeira branca hasteada, possa se levantar e estancar a fonte do crime.

do Altamiro Borges

Sinto na pele

O país está crescendo, o mercado de trabalho está dinâmico, essa é a hora de as empresas abrirem suas portas, sem preconceitos. Hoje, já se sabe que a diversidade é elemento essencial para a formação de uma boa equipe. O Brasil está reclamando de apagão de mão de obra com oito milhões de desempregados.

Empresas reclamam de apagão de mão de obra. Brasileiros qualificados procuram emprego. São barrados por não terem experiência, ou por serem mais velhos, ou por não passarem nos burocráticos padrões de recrutamento. As empresas perdem chance por discriminar. Falamos com desempregados e empresas para entender as contradições do mercado de trabalho.

do nosso futuro comum

Fala Oliver Stone

As pessoas de Paz a favor da Civilização da Humanidade se manifestam, enquanto os maus sabem que sempre perderão.
















terça-feira, 1 de junho de 2010

Carta de Sílvio Tendler ao governo israelense

“Srs. que me envergonham:

Judeu identificado com as melhores tradições humanistas de nossa cultura, sinto-me profundamente envergonhado com o que sucessivos governos israelenses vêm fazendo com a paz no Oriente Médio.

As iniciativas contra a paz tomadas pelo governo de Israel vêm tornando cotidianamente a sobrevivência em Israel e na Palestina, cada vez mais insuportável.

Já faz tempo que sinto vergonha das ocupações indecentes praticadas por colonos judeus em território palestino. Que dizer agora do bombardeio do navio com bandeira Turca que leva alimentos para nossos irmãos.

Vergonha, três vezes vergonha!

Proponho que Simon Peres devolva seu prêmio Nobel da Paz, e peça desculpas por tê-lo aceito mesmo depois de ter armado a África do Sul do Apartheid.

Considero o atual governo de Israel e todos seus membros, sem exceção, merecedores por consenso universal do Prêmio Jim Jones por estarem conduzindo todo um país para o suicídio coletivo.

A continuar com essa política genocida nem os bons sobreviverão; e Israel perecerá sob o desprezo de todo o mundo..

O Sr. Lieberman, que trouxe da sua Moldávia natal vasta experiência com pogroms, está firmemente empenhado em aplicá-la contra nossos irmãos palestinos. Este merece só para ele um tribunal de Nuremberg.

Digo tudo isso porque um judeu humanista não pode assistir calado e indiferente ao que está acontecendo no Oriente Médio. Precisamos de força e coragem para, unidos aos bons, lutar pela convivência fraterna entre dois povos irmãos.

Abaixo o fascismo!

Paz já!

Silvio Tendler
Cineasta

do esquerdopata




O Remix das gafes do Serra!



do terror do Nordeste

Filha do SS erra ta enrolada



















terça-feira, 1 de junho de 2010

O "dossiê" da filha de José Serra: Donos de Cervejaria pagaram bolsa de estudos em Harvard

Desde o tempo em que foi Ministro da Saúde de FHC, ninguém entende direito porque José Serra (PSDB/SP) faz campanhas apenas contra cigarro e não faz sequer campanhas educativas contra abusos em comerciais de cervejas e pelo consumo responsável, como fez o atual ministro Temporão.

Serra sempre foi leniente com a indústria de bebidas alcoólicas, incoerente com sua postura diante da indústria do fumo.

A explicação é simples: Serra é umbilicalmente ligado à maior cervejaria do mundo, e sucumbe docilmente ao lobby.

Donos de Cervejaria pagaram bolsa de estudos para filha de Serra em Harvard

Verônica Serra, filha de José Serra, era advogada recem-formada e, entre 1995 e 1997, ganhou uma bolsa de estudos nos EUA para o caríssimo curso de MBA (Mestre em Administração de Negócios) na renomada Universidade de Harvard.

Quem bancou essa bolsa foi a Fundação Educar, criada 3 anos antes por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Trata-se dos donos do Grupo Garantia, que participaram ativamente das privatizações tucanas, já nesta época, em que pagava essas cortesias à família de José Serra.

Donos da cervejaria Brahma desde 1989, compraram a Antarctica formando a AmBev, depois uniram-se à uma cervejaria belga, constituindo a InBev, hoje a maior cervejaria do mundo.

Presidente da SABESP autorizou fusão da Brahma com Antarctica

O atual presidente da SABESP, Gesner de Oliveira, é um homem-chave no esquema dos bastidores da campanha eleitoral de José Serra (PSDB/SP). Sempre fez o elo de ligação entre os tucanos e o poder econômico.

Gesner de Oliveira estava à frente do CADE no governo demo-tucano de FHC/Serra, e, segundo o jornalista Luis Nassif, a forma como a Ambev foi beneficiada pelo CADE nesta época foi escandalosa:

"O parecer que autorizou a compra da Antárctica – estabelecendo o maior monopólio da história do país, na área de bebidas e alimentos – é uma página vergonhosa na história do direito econômico brasileiro."

Relações com o tucanato

A cervejaria e o Grupo Garantia tem vasto relacionamento com o tucanato. Vários diretores transitaram entre cargos no governo FHC e a diretoria do grupo. Sempre foi grande financiadora oficial de campanha, doando a quase todos os partidos, mas em volume significativamente maior para tucanos. E é grande financiadora do iFHC (Instituto FHC).

A afinidade é tamanha que muitas das agências de publicidade e marqueteiros que fizeram campanhas para a cervejaria, também fizeram campanhas políticas para os tucanos.

Esse "dossiê", não tem nada de dossiê secreto. São fatos e notícias que a imprensa oculta, mas que o povo tem o direito de saber, porque José Serra é um homem público, e suas relações com empresas e corporações devem ser transparentes, inclusive quando mistura o público com o privado. Já publicamos aqui no blog há muito tempo.

dos amigos do Presidente

PADRE EUNUCO OU FIM DO CELIBATO











01/06/2010 - 18:50h Amantes de padres católicos pedem fim de celibato em carta aberta

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BBC

Representantes de um grupo de mulheres que dizem ter relações sentimentais com sacerdotes católicos divulgaram uma carta aberta que enviaram ao Vaticano para pedir o fim do celibato para os padres.

O grupo é formado por cerca de 40 mulheres de várias cidades da Itália, que tiveram ou ainda têm um relacionamento com padres católicos. Elas se conheceram e se comunicam através da internet.

Elas dividem experiências e pedem orientações. A maioria prefere manter a própria identidade sob sigilo.

Recentemente, 10 mulheres deste grupo escreveram uma carta aberta ao papa, pedindo que o celibato seja eliminado ou se torne opcional.

“Estamos acostumadas a viver de forma anônima os poucos momentos que os padres nos concedem e vivemos diariamente o medo e as inseguranças dos nossos homens, suprindo suas carências afetivas e sofrendo as consequências da obrigação do celibato”, diz o texto da carta, que foi enviada a 150 órgãos de imprensa italianos.

A carta foi assinada apenas por três mulheres: Antonella Carisio, Maria Grazia Filipucci e Stefania Salomone. As outras preferiram permanecer no anonimato.

“Todos têm medo porque estamos perto do Vaticano. As mulheres, os padres e as pessoas que sabem dos casos preferem não falar. Por causa disso é difícil que na Itália exista uma verdadeira associação, como existe na França, na Suíça ou na Espanha”, disse Stefania Salomone a BBC Brasil

Embora exista desde 2007, o grupo só ficou conhecido recentemente, devido ao escândalo dos abusos sexuais cometidos por padres católicos.

O celibato foi apontado como uma das possíveis causas dos abusos e a ala progressista da Igreja Católica defende sua abolição. O papa Bento 16, no entanto, reafirmou que o celibato é obrigatório e que seu valor é “sagrado”.

“Quando ouvimos mais uma vez o papa declarar que o celibato é sagrado, decidimos escrever pedindo que ele seja eliminado ou que se torne opcional”, disse Stefania, 42 anos, de Roma.

Ela disse que teve um relacionamento de 5 anos com um sacerdote.

Casos como o seu são comuns, segundo ela, embora não sejam divulgados.

“A coisa fundamental é que não se saiba. O superior do religioso não tem interesse de impedir que o padre se encontre com uma mulher ou mesmo com um homem. O problema surge quando isto se torna público, ou quando desta relação nasce um filho. No grupo temos mulheres com filhos de padres.”
Transferência

Quando os casos são descobertos, segundo ela, os clérigos são transferidos para outras dioceses, como ocorreu com um padre brasileiro que teria se envolvido com outra mulher do grupo.

Antonella Carisio, de 42 anos, divorciada, com um filho de 15 anos, diz que teve uma relação de quase dois anos com o sacerdote brasileiro.

O religioso foi transferido para o Brasil, depois que o caso foi descoberto.

“Tenho certeza que ele quis voltar ao Brasil para colocar um fim no nosso relacionamento, que foi muito intenso.”, declarou Antonella à BBC Brasil.

“Todos na minha família o conheciam, até minha avó, e eram cordiais com ele. Chegamos a sair diversas vezes com meu filho, que eu não teria envolvido se não fosse um relacionamento sério”, afirmou Antonella.

A família do sacerdote no Brasil contudo, não sabia de nada. “Seria um choque para sua mãe, familiares e amigos” , diz a italiana.

“Eu estava disposta a ficar a seu lado do mesmo jeito, nunca impus que deixasse o sacerdócio. Seria difícil para ele, que entrou no seminário aos 12 anos de idade e viveu 30 anos nesta condição. Eu teria aceito ficar na sombra”.

Na avaliação de Antonella, os sacerdotes não têm o apoio necessário para enfrentar os problemas ligados à sexualidade e aos sentimentos.

“Nos seminários ensinam apenas a excluir os sentimentos da própria vida e a criar uma parede entre si e os outros. Como podem entender certas situações que nunca viveram?”

De acordo com Stefania Salomone, dificilmente um padre envolvido com uma mulher deixa o sacerdócio.

“A maior parte não abandona o sacerdócio por uma mulher. Preferem ter as duas coisas pois não suportam deixar de ser ministros sagrados para entrar na rotina de um casamento”.

O grupo tem o apoio de outros movimentos católicos que defendem o fim do celibato, como a associação de padres casados e o movimento internacional “Nós somos Igreja” .

Um estudo publicado pela revista Civiltà Cattolica, da Ordem dos Jesuitas, aponta que em 40 anos, de 1964 a 2004, 69 mil padres deixaram o sacerdócio no mundo. A maior parte dos pedidos de dispensa, segundo o estudo, deve-se a situações de instabilidade afetiva.

do Luis Favre