Por
Herivelto Quaresma, 01.06.2010
“A política genocida do estado judeu com relação aos palestinos é equivalente à que foi praticada contra os judeus durante o regime nazista. Não aprenderam nada, a não ser a repetição das crueldades a que foram submetidos. E a ‘ordem internacional’, dominada pelo grande capital, deixa acontecer.” .IAR Notícias (*) – em
Controvérsia
Num contexto de crescente pressão para que Israel declare seu arsenal nuclear, analistas de defesa da agência britânicaJane estimam que o Estado judeu tem entre 100 e 300 ogivas nucleares, colocando-os entre os estados mais avançados em termos de armamento nuclear, junto com o Reino Unido.
Segundo a agência, o poder estratégico de Israel concentra-se no míssil Jericó 2, que tem um alcance de até 4.500 km, ou Jericó 3, que atinge até 7800 km. Também se acredita ser capaz de implantar o armamento por via aérea, utilizando caças F-16, e até mesmo por mar, através da sua frota de submarinos, fornecendo uma oportunidade para um segundo ataque, se os seus sistemas de terra forem atacados.
“Alguns analistas acreditam que Israel tem provavelmente a maioria, se não todo o seu arsenal nuclear desmontado”, segundo a última conferência da agência de defesa britânica, acrescentando que “em questão de dias pode ter armas em pleno funcionamento”.
A londrina International Institute for Strategic Studies (IISS) estima que Israel tem “até 200 ogivas”, entre mísseis de curto alcance em terra (Jericó 1) e mísseis de médio alcance (Jericó 2). A Nuclear Threat Initiative, um grupo de defesa norte-americano co-criado por Ted Turner, fundador da CNN, estima que o total é de 100 a 200 ogivas.
Os países vizinhos, como Egito e Turquia, também exigiram que Israel seja colocado sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O governo Netanyahu teme que a demanda reapareça e que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apoie a iniciativa de alguma forma.
Em uma atitude de desafio e de impunidade, a primeira potência militar do Oriente Médio se recusa a participar da cúpula convocada pelos Estados Unidos em Washington. Assim, o estado sionista evita revelar seu poderoso arsenal nuclear não declarado ou sujeitá-lo a qualquer controle internacional.
Em vez do chefe do Governo, participará da cúpula israelense em Washington o Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Serviços de Inteligência, Dan Meridor, e o diretor israelense da Agência para a Energia Atômica, Shaul Horev, além do conselheiro de Segurança Nacional de Netanyahu, Uzi Arad.
“Nos últimos dias tivemos informações de que alguns estão interessados em usar a cúpula para atacar Israel e por isso o primeiro-ministro decidiu não aderir”, disse uma fonte do governo israelense citado pela imprensa judaica.
A decisão foi tomada sexta-feira por Netanyahu, após parecer de sua equipe em uma reunião de última hora. Verificou-se que vários países árabes e muçulmanos são igualmente convidados a Washington. Eles pretendem exigir a inclusão de Israel no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
(*) Agencia Matriz del Sur via Portal Rebelion. Tradução: Gustavo Barreto.
Fonte: Fazendo Média