A imprensa faz de conta que não viu
A Globo, Folha, estadão e veja vão falar do caso quando?
Leia aqui e saiba o que aconteceu
dosamigosdopresidentelula
O Conversa Afiada reproduz comentário de Stanley Burburinho, o implacável caçador de corruptos.
Quem é Stanley Burburinho?
Clique aqui para ler o desabafo do petroleiro que enfrentou FHC.
Stanley Burburinho:
Fui atrás de mais informações e encontrei um site da empresa Ambiente Brasil que registra os principais acidentes da indústria petrolífera no Brasil e no mundo e lá encontrei as seguintes informações sobre o Brasil:
1 – Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil:
No Brasil entre 1994 e 2004, ocorreram 46 acidentes com petróleo e derivados. Só nos anos de 2000 e 2001 ocorreram 25 acidentes.
- O último acidente com petróleo e derivados ocorreu em 15 de novembro de 2004.
Faz mais de cinco anos que não temos acidentes com petróleo e derivados. Qual a explicação?
2 – Acidentes em Plataformas de Exploração no Brasil:
- No Brasil entre 1995 e 2001, ocorreram seis acidentes com plataformas de exploração. Desses seis acidentes, cinco foram na Bacia de Campos que iniciou com o afundamento da P-36 e todos esses acidentes ocorreram em 2001.
- O último acidente em plataforma de exploração foi em 19 de setembro de 2001.
Faz mais de 8 anos que não temos acidentes em plataformas no Brasil. Qual a explicação?
O Conversa Afiada publica comentário do amigo navegante Antonio:
Antonio Deiró
Trabalhei na Petrobrás de julho de 1969 a março de 2001, com muito orgulho e dedicação. Estou aposentado e tenho plena consciência de ter ajudado a transformá-la na grande empresa que é hoje.
Atravessei todo o péríodo de FHC, peitando os gerentes subservientes que aderiram ao projeto de entregar a nossa empresa. A LUTA FOI ÁRDUA, MAS VALEU A PENA. Aqui na Bahia, como em todo o Brasil, a ordem era reduzir custos reduzindo pessoal, para poder privatizá-la. Terceirizaram tudo, até a perfuração de petróleo. Cortaram os custos de manutenção dos dutos e começou a pipocar vazamentos Brasil afora.
Tudo para denegrir a imagem da empresa e nos humilhar, para que parássemos de lutar.Tenho orgulho de dizer que a única unidade da Bahia onde não houve redução de pessoal foi na que eu trabalhava (Unidade de Processamento de Gás Natural, em Pojuca, Bahia, a primeira a processar gás no Brasil, inaugurada em 1962 ).
Sem falsa modéstia, graças ao meu empenho pessoal e o apoio de todo o grupo sob minha liderança. Eram apenas 25 colegas de turno (cinco para cada turma), mas se em todas as unidades houvesse a resistência que houve na nossa, ninguém seria demitido, transferido, ou afastado. Argumentei, expus em reuniões e através de e-mail os riscos em reduzir pessoal, enfim, peitei os gerentes incompetentes e eles recuaram. Mostrei que poderíamos reduzir custos aumentando a produtividade e assim fizemos.
Foram momentos difíceis, mas conseguimos dobrar os lacaios. Hoje, esses gerentes são uns párias e a Petrobrás é orgulho de todo brasileiro.
doconversaafiada
GilsonSampaio
Janus é um deus romano de duas faces, representava a dualidade. Era o guardador das portas do passado e do futuro.
Serra bem pode ser representado por um Janus falsificado, um mitômano que só permite a passagem para o passado e tranca a passagem para o futuro.
Por mais que a midiazinha sem-vergoinha se esforce para mostrar uma face boa, que não existe, o mitômano não resiste à compulsão da mentira e revela seu caráter por inteiro.
Serra não é só o pior candidato. É torpe.
Sanguessugado do Tijolaço
Já mais de uma vez afirmei aqui que o José Serra é um cínico, um homem sem condições morais de governar o país da importância do Brasil.
Chama-lo de cínico não é exagero ou figura de retórica. Não é, porque cínico é aquele que afirma com desfaçatez aquilo que sabe que não é verdade.
E, ainda, aquele diz alguma coisa e pratica exatamente o inverso.
O candidato Serra promete uma campanha de “alto-nível”.
O site oficial do candidato Serra, porém, mal-inaugurado, já parte para uma linha de agressões, de mentiras e de baixarias contra a candidata Dilma Rouseff.
Publica um “contador” que indicaria o número de vezes que Dilma fugiu dos debates. É tão torpe que publica números que crescem, mas não diz o que são, se são dias, debates ou o quê.
E não diz o que, porque não há o que dizer.
Dilma não fugiu de nenhum debate. Desmarcou e pediu nova data, em razão de viagem ao exterior onde se encontraria com chefe de estado estrangeiro, uma pretensiosa “sabatina” do jornal A Folha de S. Paulo.
Ninguém é obrigado a comparecer a “interrogatórios” daquele jornal serrista e mesmo assim o que a candidata fez foi, simplesmente, pedir uma nova data.
Arrogantemente, não foi atendida.
Serra, com argumento, usa uma edição feita com extremo mau-caráter por outro dos jornais que está a seu serviço, O Globo.
O jornal dos Marinho envia um questionário e marca data para ser respondido. Se não chega a tempo, acha-se no direito de, não podendo atacar a candidata, pelo o que diz, desmerecê-la publicando um espaço em branco com uma interrogação.
Pretensão. Arrogância. Ação combinada com um candidato que não tem o que dizer, senão isso, que nem pode dizer pessoalmente.
Dilma Rousseff dá entrevistas praticamente todos os dias.
Semana passada submeteu-se a duas delas que, de forma alguma, se poderiam chamar de “amestradas”: a primeira, no programa “É Notícia”, na Rede TV!, onde foi inquirida pelo jornalista da Folha de S. Paulo Kennedy Alencar, um profissional independente que a entrevistou da mesma forma com que, antes, havia entrevistado José Serra. Na segunda-feira, compareceu ao programa “Roda-Viva”, onde uma banca de entrevistadores reunia jornalistas como Heródoto Barbeiro, da CBN (grupo Globo), Luiz Fernando Vila (do Estado de S. Paulo), Vera Brandimarte (do Valor Econômico, dos grupos Folha e Globo) e Germano Oliveira, chefe da sucursal do próprio jornal O Globo em São Paulo.
Saiu-se muito bem e espero que o José Serra não considere que tenha sido assim por ter deles o conceito de que seriam “jornalistas amestrados”. Não pode haver “sabatina” mais dura que esta e, se a intenção fosse a de fugir, fugir-se-ia desta, que é transmitida pela TV.
O site oficial da campanha de Serra, como o site oficial de Dilma, representa a postura autorizada pelo candidato. Não é um blog de um simpatizante, sobre o qual o candidato não tenha responsabilidade pessoal.
É oficial.
José Serra é um covarde.
Manda fazer o jogo sujo que ele próprio não tem coragem de assumir.
Ocupa, sabendo que é ilegal, o tempo dos partidos que integram sua aliança, nas barbas da Justiça Eleitoral, contando com a procrastinação do exame e da punição por esse atropelo à lei, enquanto, com o caradurismo que lhe é peculiar, vai reclamar de propaganda subjetiva de alguém que não se adonou de tempos que não pertencessem se não ao seu próprio partido.
Há, de tempo para cá, objeções em relação ao senhor Serra que transcendem em muito as críticas que se lhe possam fazer em relação aos aspectos ideológicos, de propostas, de natureza política, econômica ou social.
Todas elas são pequenas em relação a maior das objeções que se levanta sobre sua conduta.
A objeção moral torna o senhor Serra impalatável para qualquer um que, mesmo tendo uma posição política conservadora, não despreza o compromisso que todo homem de bem deve ter com a sinceridade, a honradez, a coerência entre palavras e atos.
A candidatura Serra não afunda, apenas, na disputa eleitoral.
Ela chafurda na lama ética, no pântano onde se assentam os princípios da “ética de conveniência” que pratica e é tragada, a cada dia, pela lama formada por sua própria incoerência.
Finalmente uma voz se levanta pelo direito de o presidente da República, como qualquer cidadão, se manifestar no processo eleitoral, e de a população saber o que o seu principal dirigente pensa. Defendo essa posição aqui desde o primeiro momento em que as multas passaram a tentar tolher o presidente, processo que se estendeu, de forma perigosa para a democracia, aos blogs e até ao parlamento.
Em entrevista , o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams não só afirma que o presidente da República não pode sofrer mais limitações do que os demais políticos, como acha que a Lei Eleitoral deve ser revista para eliminar esta anomalia de punir a opinião, o que representa um ataque à essência da democracia.
O advogado-geral fala de forma direta que o presidente não pode ficar limitado na sua condição de cidadão e refuta a hipocrisia dos que defendem um comportamento de magistrado do principal mandatário da nação durante o processo eleitoral. “Eu pergunto o seguinte: é relevante ou não para o eleitor saber quais são os apoios que existem em relação às candidaturas ? E mais: é relevante ou não saber qual é a posição do presidente? O que nós estamos tratando aqui é de direito de opinião.”
Adams ressalta que nas campanhas existem limitações objetivas que devem ser seguidas por todos os agentes públicos. E diz que se um ministro pode ir a um ato público de um candidato num fim de semana, o presidente também pode.
O advogado-geral da União tocou ainda em outra questão essencial que é a paralisação da máquina pública durante o processo eleitoral, o que prejudica o funcionamento do país. Durante 90 dias, muitas coisas deixam de ser feitas em nome de uma suposta isenção, que não reduz em nada os desequilíbrios naturais do processo político.
Parabéns ao Dr. Luís Inácio Adams, pela sinceridade e pela coragem de vir a público externar suas opiniões sem temor de patrulhamento. Acho que muito do que ele diz agora terá de ser considerado numa futura reforma – e reforma democrática – do sistema eleitoral brasileiro. Os agentes políticos podem e devem ser rigidamente controlados quanto ao uso da máquina, mas exatamente pela função referencial que têm, tanto para a oposição quanto para a situação, não podem ser confinados no silêncio.
dotijolaço
21:51
07/07/2010
Mercadante defende mudança na forma de cobrança dos pedágios nas estradas paulistas
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Ao participar de um evento na tarde de hoje (07) na favela de Heliópolis, em São Paulo, o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, disse que a redução dos preços e a modificação na forma de cobrança dos pedágios nas estradas paulistas estão entre suas propostas de governo.
Segundo ele, a questão dos pedágios passa pela revisão do modelo de concessão estabelecido em contrato com as concessionárias das estradas paulistas. Os contratos mais antigos de concessão variam conforme o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) e os novos, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Mercadante disse ainda que também vai estudar a implantação de um novo sistema de cobrança, que já existe nos países desenvolvidos e onde o usuário só pagaria pelo quilômetro efetivamente rodado. A ideia é acabar com as praças de pedágio, com o sistema passando a funcionar por meio de um chip no caro e a cobrança sendo feita por meio de uma conta do usuário.
“Se pagarmos pelo quilômetro efetivamente rodado, vamos conseguir gerar uma coisa mais equilibrada para a população. Mas as tarifas, de qualquer forma, estão muito abusivas. São as mais altas do mundo”, disse.
O candidato petista ao governo paulista também falou de suas propostas para a área de segurança pública. Entre elas, ade se separar os presos por grau de periculosidade, em quatro níveis: primário, reincidentes não perigosos, perigosos e chefes do crime organizado. Os presos dos dois primeiros níveis seriam estimulados a trabalhar e a se educarem para obterem redução de pena, “para que se tenha uma perspectiva de que o egresso volte para a sociedade sem reincidir no crime”, afirmou.
Ainda sobre a questão do sistema penitenciário, Mercadante também propõe que sejam utilizadas as penas alternativas, com os condenados cumprindo trabalho para a sociedade. “Por exemplo, põe para construir creches, cortar grama. Na Inglaterra, 70% das penas são alternativas. E há estatística mostrando que aqueles que pagam com penas alternativas [a reincidência] é muito menor do que [aqueles] que vão para os presídios e que são aliciados pelos crimes organizados”, disse.
Edição: Aécio Amado
PS do Viomundo: Eu acrescento que os pedágios, da forma que estão implantados hoje em São Paulo, funcionam para transferir renda dos mais pobres para os mais ricos. Todos sabemos que quem paga pedágio para transportar mercadoria repassa o preço para os produtos. Ou seja, no fim das contas quem não tem automóvel e não roda nem um centimetro em uma rodovia pedagiada acaba ajudando a pagar a conta dos que tem automóvel e rodam nas rodovias.
doviomundo
Não riam, porque não é piada.
No "programa de governo" (*) de José Serra (PSDB/SP), entregue ao TSE, está escrito lá na página 5:
"Um exemplo simples: hoje, custa mais caro transportar uma tonelada de soja do Mato Grosso ao porto de Paranaguá do que levar a mesma soja do porto brasileiro até a China. Um absurdo."
Eu tento parar de falar do Serra, mas não dá.
Agora ele quer privatizar os aeroportos. Mas diz que não é privatização, que é concessão.
Ora, a privatização das rodovias, ou dos trens, ou do Metrô, ou de qualquer serviço ou meio de transporte se dá, sempre, por concessão.
A empresa que recebe a administração assume o compromisso de manter e investir e, em troca, fica com a receita gerada pelo serviço.
É assim como o pedágio.
No caso dos aeroportos, são as tarifas aeroportuárias, o aluguel dos espaços comerciais e publicitários e a locação de instalações e serviços para as empresas aéreas.
Ou o que seria privatizar os aeroportos, senão entregá-los como concessão?
E as condições de segurança, adequação e modernização da operação? Ficam por conta de interesses privados?
Não há nenhum mal em parcerias com a iniciativa privada para obter recursos para modernizar os aeroportos, melhorar a sua gestão e fazer as ampliações necessárias, mas o poder decisório tem de permanecer nas mãos do Estado, porque é um serviço de transporte essencial para as pessoas e para o desenvolvimento econômico. E, por isso, deve do estado responder diretamente por ele.
Senão, daqui a pouco, além da taxa de embarque, vamos ter pedágio na cabeceira da pista.
dotijolaço