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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 02, 2010
















TSE confirma direito de resposta do PT no site do PSDB


Confirmado: a irresponsabilidade do Da Costa afirmando que o PT tinha ligações com o narcotráfico vai mesmo gerar direito de resposta no site do PSDB. Por unanimidade os ministros do TSE recusarma o “golpe do joão-sem-braço” aplicado pela efesa tucana, que se fixou na eventual ligação política com integrantes das FARC e reconheceu, como não poderia deixar de ser, que o partido foi diretamente associado ao narcotráfico, como mostra o vídeo que mostramos aqui no Tijolaco.com.

Ainda não tenho notícias sobre a aplicação de multa aos tucanos pela divulgação das mentiras.

Como é que fica aquela afirmação da Dra. Cureu de que o PSDB era “mais zeoloso” com a lei eleitoral?

dotijolaço


TSE concede direito de resposta ao PT contra a revista 'Veja'

Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou procedente, nesta segunda-feira, o pedido de resposta do PT contra a revista Veja, por conta de reportagem sobre as declarações do candidato tucano à vice-presidência da República pela coligação liderada pelo PSDB, Indio da Costa (DEM-RJ). Em entrevista a um site do PSDB, o vice na chapa de José Serra associou o PT às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

De acordo com a decisão do TSE, a resposta deverá ser publicada em uma página da próxima edição da revista.

Os ministros divergiram em sua análise do caso, que levantou uma discussão sobre a liberdade de imprensa. O ministro Arnaldo Versiani votou a favor da concessão do direito de resposta dizendo que a publicação "antecipou um juízo de valor" ao afirmar que o candidato a vice estaria correto em suas afirmações.

Para ele, a liberdade de imprensa não seria afetada pela concessão do direito de resposta. "A liberdade de imprensa existe, tanto que a matéria foi divulgada. E também não se trata de censura, tanto que (a matéria) foi divulgada", disse. Para ele, "se acontecem essas ofensas, o direito existe exatamente para punir aqueles excessos que foram cometidos".

A ministra Cármen Lúcia, que votou contra a concessão do direito de resposta, argumentou "não haver clareza" sobre a ofensa. "O que pode aparentar ofender seria extraído de uma certa leitura feita de matéria jornalística", avaliou. "Não havendo clareza, o princípio que deve prevalecer, a meu ver, é o da liberdade de imprensa".

Além de Carmén Lúcia, também votaram contra o direito de resposta os ministros Marco Aurélio Mello e Aldir Passarinho. Eles foram vencidos pelos votos de Versiani, Hamilton Carvalhido, do relator, Henrique Neves, e do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski.
dosamigosdopresidentelula

O PERFIL DOS LEITORES DA REVISTA VEJA

REVISTA VEJA:
NÃO COMPRE, SE COMPRAR NÃO ABRA!
SE ABRIR, NÃO LEIA!
SE LER, NÃO ACREDITE!
E SE ACREDITAR: RELINCHE!







TSE assegura direito de reposta para PT na revista Veja

Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu nesta segunda-feira (2) direito de resposta na próxima edição da revista Veja para o Partido dos Trabalhadores (PT) e sua candidata a presidente da República, Dilma Rousseff.
A decisão foi tomada no julgamento de pedido de resposta feito pela coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" contra a matéria “Indio acertou o alvo”, publicada na edição nº 2175 da revista.
A reportagem repercutiu afirmações feitas pelo candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, o deputado federal Indio da Costa, sobre supostas relações entre o PT e narcoterroristas.
A maioria dos ministros seguiu voto do relator do processo, ministro Henrique Neves. Para ele, a reportagem extrapolou o limite da informação ao atribuir veracidade à fala de Índio do Costa que relacionou o PT a narcoterroristas.
Segundo o ministro, isso fica evidente no título da matéria e no seu subtítulo, que diz o seguinte: “O episódio foi uma afobação de iniciante, mas o vice de José Serra está correto em se espantar com a ligação dos membros do PT com a Farc e seus narcoterroristas”.
O ministro citou ainda a trechos da matéria que complementariam a afirmação de Indio. Ainda de acordo Henrique Neves, a revista Veja se sobrepôs à Justiça Eleitoral, que antes de a matéria ser publicada já havia considerado as declarações de Indio da Costa ofensivas.
Resposta
Ele determinou a retirada de alguns trechos do texto da reposta apresentada pela coligação e decidiu que ela deverá ser publicada em local e página com caracteres semelhantes aos utilizados na reportagem original.
Acompanharam o relator os ministros Arnaldo Versiani, Hamilton Carvalhido e Ricardo Lewandowski.
Divergência
Primeira a abrir divergência, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha afirmou que a ofensa alegada pela coligação não fica patente na matéria. “Não havendo clareza, o princípio que deve prevalecer é o da liberdade de imprensa”, concluiu.
O ministro Marco Aurélio acompanhou a divergência. Segundo ele, a revista informou o grande público a partir de dados concretos, ficando nos limites do direito da liberdade de expressão assegurado pela Constituição Federal.
O ministro Aldir Passarinho se posicionou no mesmo sentido. Ele afirmou que a reportagem é ampla e levanta dados dentro da liberdade de imprensa. “O direito de resposta tem de partir de uma ofensa claramente configurada”, disse.

docelsomelo

Não Se Esqueça, Com ssERRA

Promessa é Dúvida e Diploma é Rolo


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Não esta acima da Lei o papa







O papa não está acima da Lei

Christopher Hitchens,

Uma por uma, como eu previ, as patéticas desculpas dos defensores de Joseph Ratzinger evaporam diante de nossos olhos. Era dito até recentemente que quando o reverendo Peter Hullermann foi descoberto como um pederasta viciado em 1980, o homem que hoje é papa não teve envolvimento pessoal na sua subsequente transferência para sua própria diocese ou em sua futura e desempedida carreira como estuprador e molestador. Mas agora descobrimos que o psiquiatra que a igreja procurou para “terapia” foi inflexível em que Hullermann nunca mais deveria ser permitido se aproximar de crianças. Também descobrimos que Ratzinger foi um daqueles a quem o relatório sobre a transferência de Hullermann realmente se destinava. Todas as tentativas para colocar a culpa em um leal subordinado, o vigário-geral de Ratzinger, reverendo Gerhard Gruber, previsivelmente falharam. De acordo com uma recente reportagem, “a transferência do padre Hullermann de Essen não teria sido uma questão rotineira, dizem especialistas.” Ou isso – o que já é bastante condenatório – ou talvez teria sido uma questão rotineira, o que é ainda pior. Certamente o padrão – de encontrar uma outra paróquia com crianças frescas para o padre violentar – se tornou horrível “rotina” desde então, e se tornou prática padrão quando Ratzinger virou cardeal e ficou encarregado da resposta global da igreja à pederastia clerical.

Então agora uma nova defesa teve que ser apressadamente improvisada. É dito que, durante seu período como arcebispo de Munique e Freising, Alemanha, Ratzinger estava mais preocupado com questões doutrinais do que com meras questões disciplinares. Claro, claro: O futuro papa tinha seus olhos fixos em questões etéreas e divinas e não poderíamos esperar que se preocupasse com atrocidades de nível paroquial. Essa desculpa tosca na verdade compensa um pouquinho de exame. Quais exatamente eram essas questões doutrinais? Bem, fora punir um padre que celebrou uma missa num protesto anti-guerra – o que incidentalmente parece falar a favor de uma abordagem “prática” em relação a clérigos –, a principal preocupação de Ratzinger parece ter sido com primeira comunhão e primeira confissão. Na década anterior, havia se tornado habitual na Baviera submeter crianças à primeira comunhão com pouca idade, mas esperar um ano até que fizessem a primeira confissão. Era uma questão de se elas eram velhas o bastante para entender o processo. Basta desse liberalismo, disse Ratzinger, a primeira confissão deveria ocorrer no mesmo ano da primeira comunhão. Um padre, reverendo Wilfried Sussbauer, informa que escreveu a Ratzinger expressando receios acerca dessa medida e recebeu “uma carta extremamente cáustica” em resposta.

Então parece que 1)Ratzinger estava bastante disposto a acertar as contas com padres que lhe dessem qualquer problema e 2)ele era bastante firme a respeito de um ponto crucial da doutrina: Pegue as crianças ainda novas. Diga a elas durante a infância que elas é que são as pecadoras. Incuta nelas o sentimento de culpa necessário. Isso não é de todo irrelevante para o nojento escândalo no qual o papa agora irremediavelmente mergulhou a igreja que lidera. Quase todo episódio desse show de horror envolveu crianças pequenas sendo seduzidas e molestadas em confessionários. A se tomar os mais lacerantes casos que emergiram recentemente, a saber, o tormento de crianças surdas em escolas administradas pela igreja em Wisconsin e Verona, Itália, é impossível deixar passar a maneira calculada com que os predadores usaram a autoridade do confessionário para praticarem seus atos. E mais uma vez o padrão idêntico se repete: Compaixão deve ser mostrada apenas em relação aos criminosos. O próprio congênere de Raztiner em Wisconsin escreveu-lhe urgentemente – nessa época ele era cardeal em Roma, supervisionando o acobertamento global católico de estupro e tortura –, suplicando para que removesse o reverendo Lawrence C. Murphy, que havia arruinado as vidas de 200 crianças que não podiam comunicar sua situação exceto em linguagem de sinais. E nenhuma resposta estava a caminho, até que o padre Murphy apelou ao perdão de Ratzinger – que lhe foi concedido.

Para Ratzinger, o único teste para bom padre é esse: Ele é obediente, discreto e leal à ala tradicionalista da igreja? Testemunhamos isso em outras ações suas como papa, notavelmente na suspensão da excomunhão de quatro arcebispos que eram membros da auto-proclamada Fraternidade Sacerdotal de São Pio X, aquele grupo de cismáticos de extrema-direita fundado pelo padre Marcel Lefebvre, e que incluiu o negador do Holocausto Richard Williamson. Testemunhamos isso quando ele era cardeal, defendendo a idólatra e medonha Legião de Cristo, cujo líder fanático conseguiu se tornar pai de algumas crianças, bem como proteger a violação de muitas mais. E testemunhamos hoje, quando incontáveis estupradores e pederastas estão sendo desmascarados. Um dos acusados na escola de surdos em Verona é o arcebispo da cidade, Giuseppe Carraro. Na sequência, se nossas cortes encontrarem tempo, estará o reverendo Donald McGuire, um ofensor serial contra garotos que também foi confessor e “diretor espiritual” de Madre Teresa. (Ele, também, achou o confessionário um lugar agradável e privado, do qual fez grande uso.)

É isso o que torna o escândalo institucional, e não uma questão de delinquência aqui e acolá. A igreja precisa e quer o controle de crianças muito novas, e pede aos pais para confiarem seus filhos a certos “confessores”, que até recentemente gozavam de enorme prestígio e imunidade. Ela não pode se permitir a admissão de que muitos desses confessores, e seus superiores, são sádicos calcificados que mal podem acreditar na própria sorte. E nem pode se permitir a admissão de que regularmente abandonou as crianças e fez seu melhor para proteger e às vezes mesmo promover seus atormentadores. Então, ao invés, ela está chorosa e falsamente declarando que todas as acusações contra o papa – nenhuma delas vindo à tona a não ser de dentro da própria comunidade católica – são parte de um plano para embaraçá-lo.

Isso não foi verdade até aqui, mas é necessário que seja verdade de agora em diante. Esse terrível homenzinho não está acima ou fora da lei. Ele é o cabeça titular de um pequeno estado. Sabemos cada vez mais dos nomes das crianças que foram vítimas e dos pederastas que foram seus carrascos. Isso é um crime sob qualquer lei (bem como um pecado), e crimes não demandam doentias cerimônias privadas de “arrependimento” ou falsas compensações por meio de pagamentos financiados pela igreja, mas sim justiça e punição. As autoridades seculares têm sido fracas por muito tempo, mas agora alguns advogados e procuradores estão começando a se movimentar. Sei de alguns sérios homens da lei que estão discutindo o que fazer se Bento tentar levar a cabo sua intencionada viagem à Grã-Bretanha no outono. Basta! Um acerto de contas deve ser feito, e deve começar agora.

Tradução: Daniel Lopes. O artigo original, aqui.

doamalgama

SS erra fióte do bush






Serra parece um filhote do Bush

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, o candidato José Serra consolidou a sua guinada direitista ao tratar quase com exclusividade das relações externas do Brasil. Temeroso de atacar as políticas internas altamente populares do governo Lula, o demotucano concentrou seu ódio contra a ação soberana e altiva do Itamaraty. Em vários eventos e coletivas à imprensa, ele reforçou a imagem do “vira-lata”, criada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, mostrando total servilismo diante do império estadunidense.

As suas bravatas foram alvo de ironias. “Serra é candidato a Uribe”, fustigou o deputado Brizola Neto, lembrando que o presidente narcoterrorista da Colômbia deixará o governo nesta semana e que já tem substituto a capacho dos EUA. Já o blogueiro Luis Carlos Azenha afirmou que José Serra é “candidato a porta-voz de Washington”. Concordo com ambos, mas optei pela descrição corrosiva apresentada pelo Comitê Bolivariano de São Paulo: “Serra é um filhote de Bush”.

Platéia de 497 ricaços

Num almoço-debate ocorrido na semana passada, o ensandecido José Serra até parecia o próprio George W. Bush, o ex-presidente genocida dos EUA, rosnando colérico contra o “eixo do mal”. Para uma platéia de 497 ricaços – seduzidos pelo Grupo de Líderes Empresariais, o sinistro Lide, que encabeçou as manifestações fascistóides do falido movimento “Cansei” –, o demotucano se apresentou sem qualquer fantasia ou maquiagem dos marqueteiros e escancarou seu servilismo.

Ele criticou a atual política externa por priorizar as relações Sul-Sul e, de forma indireta, indicou que, se eleito, retomará a trágica orientação de FHC do “alinhamento automático” com os EUA. “Negócios são negócios”. Apesar dos estudos que indicam que o Brasil reduziu o impacto da crise capitalista ao diminuir a dependência com o império do norte e diversificar suas relações externas, Serra afirmou na maior caradura que o país “não tem política de comércio exterior”.

Seguindo o roteiro da CIA

Para o demotucano, que já disse que o Mercosul é inútil, o governo Lula faz “filantropia” com os países vizinhos. Para delírio dos empresários egoístas, ele questionou a remuneração cobrada ao governo do Paraguai pela energia da hidrelétrica de Itaipu. Também atacou a relações cordiais do presidente Lula com o governo cubano. “É amigo de Cuba? Então usa essa amizade para libertar os presos cubanos”, afirmou, sendo efusivamente aplaudido pelos ricaços anticomunistas.

Seguindo o roteiro da CIA, José Serra esbravejou contra a Venezuela no conflito provocado pela Colômbia. “É inegável que o Brasil tem simpatia maior pelo Chávez. E é inegável que o Chávez abriga as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]”. Nada disse sobre o presidente narcoterrorista Álvaro Uribe, que já invadiu o Equador e transformou a Colômbia num campo de extermínio, recordista mundial no assassinato de sindicalistas e território de esquadrões da morte.

“Fim melancólico da carreira política”

George Bush, o genocida que mentiu ao mundo para justificar a invasão do Iraque, deve admirar o “filhote” brasileiro. Nos bastidores de Washington, ele deve fazer seu lobby afirmando: “Esse é o cara”. Para Marco Aurélio Garcia, assessor do governo Lula, é constrangedor “ver uma pessoa que teve um passado de esquerda como José Serra ter corrido tanto em direção à direita, aquela direita mais raivosa, mais atrasada. Parece-me um final melancólico da sua carreira política”.

Vale o alerta do Comitê Bolivariano de São Paulo: “Derrotar Serra e o seu grupo passou a ser um ato de patriotismo e de defesa da democracia... É evitar que o Brasil se torne subalterno à política externa dos EUA... É derrotar o que existe de mais retrógrado no Brasil e na América do Sul, expressão das forças golpistas, de ontem e de hoje, que tantos danos têm causado. É derrotar os herdeiros de todas as ditaduras militares, dos filhinhos de Pinochet, de Carmona, chefe golpista da Venezuela, e de tantos genocidas que destruíram milhares de vidas na América Latina”.

Dilma, visitou o COB (Comitê Olímpico Brasileiro)






Dilma diz que olimpíadas no Brasil traz desenvolvimento e massifica o esporte para jovens

Dilma Rousseff (PT), visitou o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, onde foi recebida presidentes de confederações e atletas (na foto, com o medalhista veterano Joaquim Cruz).

Dilma disse que o Brasil tem que aproveitar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, para ajudar o país a tornar-se socialmente desenvolvido. Para a ex-ministra, é importante que o Brasil conquiste muitas medalhas nas Olimpíadas de 2016, para atrair crianças e jovens para o esporte.

Ela espera que, até 2016, o Brasil consiga acabar com a pobreza extrema e a miséria.

Dilma defendeu a massificação do esporte nas escolas, para que as crianças com aptidão se tornem atletas no futuro.

A candidata disse que, se eleita, pretende expandir os programas do Ministério dos Esportes, como o Segundo Tempo, que prevê atividades esportivas na escola, e aprimorar o Bolsa Atleta, com o aumento do valor pago pelo governo, e patrocínios aos atletas.
dosamigosdopresidentelula

usa querem + guerra






EUA anunciam que têm plano de ataque ao Irã

As tensões entre os Estados Unidos e o Irã voltaram a emergir ontem, depois que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, afirmou que seu país tem um plano pronto para atacar o Irã. "A opção militar tem estado sobre a mesa e segue sobre a mesa", afirmou Mullen, o militar de maior hierarquia no país, no programa "Meet the Press", da TV NBC. "É uma das opções que o presidente (Barack Obama) tem."

Ele ressaltou, no entanto, que uma ação militar seria provavelmente uma má ideia e que está extremamente preocupado com as consequências que uma ofensiva como essa pode ter. "De novo, espero que nós não cheguemos a esse ponto, mas é uma opção importante e que é muito bem entendida (pelo Irã)", declarou o oficial.

Os EUA dizem promover política de mão dupla em relação ao país persa - que defende a via diplomática - mas não prescinde das pressões, como no caso da aprovação de novas sanções contra Teerã, há dois meses, no Conselho de Segurança da ONU.

Mullen alertou, no entanto, que o eventual ataque ao Irã teria consequências imprevisíveis para a estabilidade de todo o Oriente Médio e poderia ter um efeito em cascata. Questionado sobre se o que o preocupa mais são as consequências de uma guerra ou a possibilidade de um Irã nuclear, o militar se disse "extremamente preocupado com as duas" possibilidades. Mullen não entrou em detalhe sobre o suposto plano.

As ameaças dos EUA ocorrem no momento em que o Exército norte-americano se prepara para ativar um escudo antimíssil no sul da Europa como parte dos esforços para impedir o programa nuclear iraniano. Embora o Irã, que é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, assegure que enriquece urânio apenas para fins pacíficos, os Estados Únicos - mesma potência responsável pelo ataque nuclear a Hiroshima e Nagasaki - afirma que o objetivo da nação é desenvolver armas.

Reação

As declarações do chefe das Forças Armadas americanas foram rebatidas ainda ontem por líderes iranianos, que prometeram "resposta esmagadora" a um ataque. O número dois da Guarda Revolucionária, Yadollah Javani, disse que a segurança do golfo Pérsico, de grande importância para o comércio de petróleo, estará ameaçada "no caso de os americanos cometerem o menor deslize".

"Segurança no Golfo Pérsico para todos ou para ninguém. O Golfo é uma região estratégica. Se a segurança nessa região ficar comprometida, eles sofrerão também, e nossa resposta será dura. O Irã dará uma resposta esmagadora aos inimigos", disse, de acordo com a agência semioficial iraniana Irna.

Os EUA e Israel já declararam no passado que a opção de atacar o Irã deve ser mantida sobre a mesa, mas evitavam dizer se havia um plano pronto para isso. Ontem, o embaixador iraniano na ONU alertou que Teerã atacaria Tel Aviv se Israel se atravesse a agredir o Irã. "Se o regime sionista cometer a menor das agressões contra o solo iraniano, vamos deixar Tel Aviv em chamas", ameaçou Mohammad Khazai.

Cara a cara com Obama

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta segunda-feira (2) que está disposto a manter um diálogo "cara a cara" com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para tratar de "questões mundiais". Em discurso transmitido pela televisão estatal iraniana, Ahmadinejad deu a entender que gostaria de encontrar Obama em Nova York, nos EUA, durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), prevista para setembro.

"Tenho que viajar em setembro a Nova York para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas. Estou disposto a sentar com Obama, cara a cara, de homem para homem, para falar livremente sobre questões mundiais, diante dos meios de comunicação, para encontrar uma melhor solução", colocou.

Brasil

Já o ministro brasileiro do Exterior, Celso Amorim, disse estar "muito otimista" sobre a possibilidade de o Irã e as potências nucleares reatarem negociações em breve. Em entrevista ao jornal argentino "Clarín", o chanceler afirmou que, "se houver negociações", o Irã pode suspender o enriquecimento de urânio a 20% -nível próprio apenas para fins medicinais.

Para manter a hegemonia, a força

A existência do plano para atacar o Irã é uma demonstração cabal de que o imperialismo estadunidense continua apostando na ação militar, desfazendo as ilusões quanto a uma suposta tendência pacifista e democrática da atual administração.

Os Estados Unidos não abrem mão da hegemonia mundial nem da primazia militar. Isto representa um foco permanente de tensões e conflitos na conjuntura mundial.

As reafirmações recentes de autoridades norte-americanas da política de “guerra ao terrorismo” formulada durante o governo Bush (2001-2008) e a escalada dos preparativos de um ataque contra o Irã trazem a discussão sobre o perigo de guerra na atual conjuntura do terreno das elucubrações para o da política concreta, exigindo resposta das forças progressistas e amantes da paz em todo o mundo.

Com agências
dovermelho

Uribe, o herói do PiG, quando será julgado?!?




Uribe, o herói do PiG, fez

a maior vala comum do mundo


Na foto, a maior – e mais funda - obra de Uribe

Só Hitler foi capaz de ir tão longe – e tão fundo.

Esse Uribe, queridinho do PiG (*), transformou as FARC no Iraque do Bush e deixou o Exército e os Exércitos Privados transacionarem com o trafico e massacrar os camponeses.

Clique aqui
para ler “PiG cansa do jenio e põe o Uribe no lugar”.

Clique aqui para ler no New York Times deste domingo, a “Nação da Cocaína”.

O Conversa Afiada publica texto enviado pela amiga navegante Marilia

Encontrada na Colômbia a maior vala comum da América Latina

Recentemente, na Colômbia, foi descoberta a maior vala comum da história contemporânea do continente latino-americano, horrenda descoberta que foi quase totalmente invisibilizada pelos meios de comunicação de massa na Colômbia e no mundo. A vala comum contém os restos de ao menos 2.000 pessoas e está em La Macarena, departamento de Meta. Desde 2005, o Exército, espalhado pela zona, enterrou ali milhares de pessoas, sepultadas sem nome.

A reportagem está publicada no sítio colombiano Cronicón, 29-07-2010. A tradução é do Cepat.

A população da região, alertada pelas infiltrações putrefatas dos cadáveres na água potável, e afetada pelos desaparecimentos, já havia denunciado a existência da vala em várias ocasiões ao longo de 2009: havia sido em vão, pois a fiscalia não realizava as investigações. Foi graças à perseverança dos familiares de desaparecidos e à visita de uma delegação de sindicalistas e parlamentares britânicos que investigava a situação dos direitos humanos na Colômbia, em dezembro de 2009, que se conseguiu trazer à luz este horrendo crime perpetrado pelos agentes militares de um Estado que lhes garantia a impunidade.

Trata-se da maior vala comum do continente. Dois mil corpos em uma vala comum, isso é um assunto grave para o Estado colombiano, mas sua mídia, e a mídia mundial, cúmplices do genocídio, se encarregaram de mantê-lo quase totalmente em silêncio, quando para encontrar uma atrocidade parecida é preciso remontar às valas nazistas. Este silêncio midiático está sem dúvida vinculado aos imensos recursos naturais da Colômbia e aos mega-negócios que ali se gestam em base aos massacres.

A Comissão Asturiana de Direitos Humanos, que visitou a Colômbia em janeiro de 2010 (menos de um mês depois da descoberta da vala), perguntou às autoridades sobre o caso. As respostas foram preocupantes: na fiscalia, na procuradoria, no Ministério do Interior, na ONU, todos tentam se esquivar do assunto. E enquanto isso, tratam de “operar” a vala para minimizá-la, mas a delegação britânica a constatou, e as próprias autoridades reconheceram ao menos 2.000 cadáveres. Em dezembro, “o prefeito, aliado do governo, o denunciou também junto ao sepulteiro”, mas depois, as pressões oficiais tendem a fazer “diminuir suas apreciações sobre o número de corpos”.

A Delegação Asturiana denunciou a ostensiva vontade de alterar a cena do crime: “ninguém está protegendo o lugar. Ninguém está impedindo que se possam alterar as provas. Que um trator possa entrar e voltar a misturar os cadáveres anônimos, a tirá-los e levá-los para outro lugar”. “Solicitamos às instituições responsáveis do Governo e do Estado colombiano que implementem as medidas cautelares necessárias para assegurar as informações já registradas nos documentos oficiais, que tomem as medidas cautelares necessárias com a finalidade de assegurar o perímetro para prevenir a modificação da cena, a exumação ilegal dos cadáveres e a destruição do material probatório que ali se encontra (…) É fundamental a criação de um Centro de Identificação Forense em La Macarena com a finalidade de conseguir a individualização e plena identificação dos cadáveres ali sepultados”.

A Delegação Asturiana transmitiu às autoridades outra denúncia. As autoridades aduziram desconhecimento, e alegaram incapacidade operativa: “há tantas valas comuns em nosso país que…”. Trata-se do município de Argelia em Cauca: “Um ‘matadouro’ de gente, onde as famílias não puderam ir buscar os corpos de seus desaparecidos, pois os paramilitares não as deixaram entrar novamente em suas comunidades: deslocaram os sobreviventes”. As vítimas sobreviventes relataram: “havia pessoas amarradas que soltavam aos cachorros esfomeados para que os assassinassem pouco a pouco”.

Na Colômbia, a Estratégia Paramilitar do Estado colombiano, combinada com a ação de policiais e militares, foi o instrumento de expansão de latifúndios. O Estado colombiano desapareceu com mais de 50.000 pessoas através de seus aparelhos assumidos (policiais, militares) e de seu aparelho encoberto: sua Estratégia Paramilitar. O Estado colombiano é o instrumento da oligarquia e das multinacionais para a sua guerra classista contra a população: é o garante do saque, a Estratégia Paramilitar se inscreve nessa lógica econômica.

A invisibilização de uma vala comum das dimensões da vala de La Macarena se inscreve no contexto de que os negócios de multinacionais e oligarquias se baseiam nesse horror, e em que esta vala seja produto de assassinatos diretamente perpetrados pelo Exército nacional da Colômbia, o que prova ainda mais o caráter genocida do Estado colombiano em seu conjunto (para além do seu presidente Uribe, cujos negócios e vínculos com o narcotráfico e o paramilitarismo estão mais do que comprovados).

A cumplicidade da grande imprensa é criminosa, tanto a nível nacional como internacional. Os povos devem romper o silêncio com que se pretende ocultar o genocídio. Urge solidariedade internacional: a Colômbia é, sem dúvida, um dos lugares do planeta no qual o horror do capitalismo se plasma da forma mais evidente, em seu paroxismo mais absoluto.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

doconversaafiada

Mercosul Brasil






Lula fortalece Mercosul que Serra despreza


Lula sempre entendeu o Mercosul como um bloco político, não apenas comercial

Ao desembarcar esta noite na província de San Juan, no oeste da Argentina, o presidente Lula será recebido pelos seus parceiros do Mercosul com distinção especial. Amanhã, o presidente brasileiro assume a presidência do bloco, função que vai exercer até o dia 31 de dezembro. A presidência brasileira se inicia no momento que o Mercado Comum do Sul completa 20 anos e tem como tema “Mercosul, os próximos 20 anos.”

Lula é um dos maiores defensores do bloco, ao contrário do candidato tucano à Presidência, que prefere comercializar com os EUA e deixar os vizinhos de lado. Entre as principais iniciativas da presidência brasileira estarão o esforço para aumentar a visibilidade do Mercosul, o fortalecimento institucional do bloco,o apoio à participação social, e o reforço da agenda social, como informa o portal Brasil .

Lula quer deixar sua marca pessoal e vai se esforçar para isso. Afinal, o momento em que passará o cargo para um novo parceiro, em dezembro, coincidirá com os últimos dias dele como presidente do Brasil. Lula nunca escondeu que houve momentos de dificuldades, de desavenças, mas também sempre deixou claro que o Mercosul é um sucesso no que se refere, principalmente, à aproximação dos quatro países que o compõem (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), além de expandir suas ideias e seus projetos a outros seis países.

A América do Sul se fortaleceu nesses últimos anos graças a decisões tomadas pelos integrantes do bloco. Lula sempre acreditou que mais que um projeto econômico e comercial, o Mercosul é um projeto político. Na véspera de assumir, Lula mandou um recado a José Serra para ver se o tucano entende o significado do bloco comercial, : “Aos que propalam o suposto fracasso do Mercosul, lembro que as quatro economias que mais cresceram na América são exatamente aquelas do nosso bloco.”

Para o presidente é uma questão de honra marcar sua passagem com uma agenda extensa e com ações inovadoras. Lula dirá amanhã, em San Juan, no discurso de posse, que o Brasil sente orgulho em defender e proteger os interesses da América do Sul e que se sente honrado em poder comandar nos próximos seis meses este processo contínuo de fortalecimento do bloco.

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