Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Relatório da ONU (Pnud), divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia e África do Sul.
Aqui temos uma das piores distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54). O percentual sobe para 10,6% em relação a índios e negros.
Na América Latina, há menos desigualdade na Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. A ONU aponta como principais causas da disparidade social a falta de acesso à educação, a política fiscal injusta, os baixos salários e a dificuldade de dispor de serviços básicos, como saúde, saneamento e transporte.
É verdade que nos últimos dez anos o governo brasileiro investiu na redução da miséria. Nem por isso se conseguiu evitar que a desigualdade se propague entre as futuras gerações. Segundo a ONU, 58% da população brasileira mantém o mesmo perfil social de pobreza entre duas gerações. No Canadá e países escandinavos, este índice é de 19%.
O que permite a redução da desigualdade é, em especial, o acesso à educação de qualidade. No Brasil, em cada grupo de 100 habitantes, apenas 9 possuem diploma universitário. Basta dizer que, a cada ano, 130 mil jovens, em todo o Brasil, ingressam nos cursos de engenharia. Sobram 50 mil vagas… E apenas 30 mil chegam a se formar. Os demais desistem por falta de capacidade para prosseguir os estudos, de recursos para pagar a mensalidade ou necessidade de abandonar o curso para garantir um lugar no mercado de trabalho.
Nas eleições deste ano votarão 135 milhões de brasileiros. Dos quais, 53% não terminaram o ensino fundamental. Que futuro terá este país se a sangria da desescolaridade não for estancada?
Há, sim, melhoras em nosso país. Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres cresceu seis vezes mais rapidamente que a dos 10% mais ricos. A dos ricos cresceu 11,2%; a dos pobres, 72%. No entanto, há 25 anos, de acordo com dados do IPEA, este índice não muda: metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do país. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.
Para operar uma drástica redução na desigualdade imperante em nosso país é urgente promover a reforma agrária e multiplicar os mecanismos de transferência de renda, como a Previdência Social. Hoje, 81,2 milhões de brasileiros são beneficiados pelo sistema previdenciário, que promove de fato distribuição de renda.
Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras. Nossa estrutura fundiária é a mesma desde o Brasil império! E quem dá emprego no campo não é o latifúndio nem o agronegócio, é a agricultura familiar, que ocupa apenas 24% das terras, mas emprega 75% dos trabalhadores rurais.
Hoje, os programas de transferência de renda do governo – incluindo assistência social, Bolsa Família e aposentadorias – representam 20% do total da renda das famílias brasileiras. Em 2008, 18,7 milhões de pessoas viviam com menos de π do salário mínimo. Se não fossem as políticas de transferência, seriam 40,5 milhões. Isso significa que, nesses últimos anos, o governo Lula tirou da miséria 21,8 milhões de pessoas. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%.
É uma falácia dizer que, ao promover transferência de renda, o governo está “sustentando vagabundos”. O governo sustenta vagabundos quando não pune os corruptos, o nepotismo, as licitações fajutas, a malversação de dinheiro público. Transferir renda aos mais pobres é dever, em especial num país em que o governo irriga o mercado financeiro engordando a fortuna dos especuladores que nada produzem. A questão reside em ensinar a pescar, em vez de dar o peixe. Entenda-se: encontrar a porta de saída do Bolsa Família.
Todas as pesquisas comprovam que os mais pobres, ao obterem um pouco mais de renda, investem em qualidade de vida, como saúde, educação e moradia.
Documentario sobre a Guerra do Iraque e outros conflitos no Medio Oriente. A privatizacao da Guerra, ou seja, grande parte da gestão e manutenção da guerra é feita por empresas privadas, desde transportes de mantimentos, lavagem de roupas, refeitórios, etc.Até mesmo os interrogatórios são realizados por empresas privadas, não são os militares. A relação entre as empresas privadas e o Governo dos EUA, as manipulações dos concursos, etc.As empresas faturam bilhões de dólares às custa da vida dos civis, dos soldados e do dinheiro dos contribuintes americanos.
DADOS DO ARQUIVO Diretor: Robert Greenwald Áudio: Inglês Legendas: Português Duração: 75 min. Qualidade: DVDRip Tamanho: 280 MB Servidor: Rapidshare (3 partes)
Pena que eu gastei a foto no post anterior. Porque ela ilustraria perfeitamente o tom da entrevista de José Serra a William Bonner, hoje, no Jornal Nacional.
Começou com uma “levantada de bola” para o personagem “Serrinha Paz e Amor” dizer que “a discussão não é o Lula”. Não, não é o Lula: é o governo Lula e a reversão dos rumos que o governo FHC-Serra deu ao país durante oito anos.
Daí em diante foi uma partida de vôlei, num clima de convescote. “O senhor me permita”, dizia Bonner, ao interromper o candidato tucano, ao contrário das interrupções grosseiras que fez com Dilma. E Serra teve todo o espaço para falar da saúde, da saúde, da saúde, sem sequer ter sido confrontado com os números de sua gestão no ministério.
A escalada para questionar – até porque é uma pessoa mais educada que Bonner – foi Fátima Bernardes, que foi infinitamente mais civilizada que o marido na entrevista de Dilma. Ela o desempenhou moderadamente, é verdade, mas não partilhou dos esparramos carinhoso de Bonner para com Serra.
Ao questionar o apoio de Roberto Jefferson, o problema com ele era estar no “mensalão petista”. Os pedágios viraram escada para falar das estradas federais e da CIDE, “esquecendo” que o tal superávit primário vem da gênese tucana do pagamento de juros dos quais nos faltam forças políticas para fugir.
No final, quando Serra estourou o tempo, William Bonner era um outro homem, totalmente diferente do truculento de segunda-feira. O diálogo, que reproduzo acima, retrata o clima de compadrio com que transcorreu a entrevista:
Bonner: – “Me perdoe, me perdoe”…
Serra: “Eu compreendo”…
Nós também compreendemos, faz tempo.
dotijolaço
O Pit bonner tava mansinho feito uma moça, disse que o serra tinha 4 anos no governo do estado mentira , teve 2 anose saiu e na prefeitura o mesmo 2 anos e saiu nunca terminou nada. quando foi ministreco do fhc o farol de alexandria dos demotucanos, tinha o apoio do corrupto tony blair e do influente a época clinton que como sempre mandaram dar uma menção ao plano da aids, mas o cara é hipocondríaco mesmo, já esta perdida a eleição pra ele e agora a sua amestrada marina do pv partido berruga do sserra, fica alardeando que dempsdb devem governar juntos com pt só rindo., pra não chorar , tanta desfasatez.
doChebola
Serra no jn mente sobre AIDS e genéricos. E defende pedágios de SP
Na foto, Lula e Dilma, segundo Serra
A visita do jenio ao jn foi o de sempre: ele não tem nada a declarar.
Nada de novo, nada de original.
Ele apresentou, porém, duas novidades interessantes.
Trocou a camisa azul pela branca.
E deu ao dedo anelar direito um movimento autônomo, inusitado.
É como se o dedo tivesse vida própria.
Sobre o conteúdo da entrevista.
Ele disse que fez os genéricos e o combate à AIDS.
É do conhecimento do mundo mineral – diria o Mino – que isso é uma mentira.
É uma apropriação do trabalho alheio.
O combate à AIDS é do Adib Jatene.
E os genéricos do Jamil Haddad.
Tomara que o Adib Jatene não tenha visto o jn.
Por que a Fatima e o Bonner não disseram que ele mentia ?
Por que se calaram ?
A mentira só reforça a certeza de que Serra, numa eleição, é baixaria, com certeza.
Especialmente diante da audiência do jn.
(Isso não comporta uma ação na Justiça Eleitoral ? Mentir ?)
O jenio não defendeu Fernando Henrique e tentou tirá-lo do pescoço.
Também não falou mal do presidente Lula.
Embora o tenha chamado de cavalo, ou jegue.
Porque deu a entender que a Dilma está na garupa do Lula.
O que é um lapso ou grosseria, mesmo.
Embora ele tenha dito isso duas vezes.
Defendeu os pedágios de São Paulo.
Jogou o aliado Thomas Jefferson às feras.
E se beneficiou do fato de a Fátima lembrar que o Índio tirou o leite da merenda das crianças do Rio, segundo vereadora do PSDB, Andrea Gouvêa Vieira.
No mais, comprovou-se que Serra não tem o que dizer.
Ele é o fim do paulistismo na política brasileira.
O jn jogou fora doze minutos – e ele ultrapassou o tempo combinado.
Tentou ensaiar um choro,
Não deu tempo de falar da Mooca e do pai feirante.
Antes, o jn espinafrou o ENEM.
Como o PiG (*), o jn tem pavor do ENEM.
(A Folha (**) gosta de imprimir e deixar vazar as provas. Mas espinafra o ENEM.)
Por que ?
Porque o ENEM permite que o pobre e o negro entrem na universidade pública.
Que horror !
Clique aqui para ler: “USP realiza o sonho da elite paulista: e não tem pobre”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Já que o PiG (*) gosta de dossiê aí vai uma contribuição
A revista CartaCapital colocou no ar – clique aqui para ler – o dossiê com todas as reportagens que publicou sobre o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.
É uma contribuição, diz a Carta, ao “jornalismo investigativo”.
São as reportagens que a Carta publicou (95) até 2008.
A filha do Zé Serra está lá dentro.
O PSDB também.
O Fernando Henrique idem, com batatas.
Já que o PiG (*), especialmente a Folha (**), gosta tanto de dossiê, a CartaCapital dá desinteressada contribuição.
Clique aqui para ler: “Falam mal do BNDES, mas não falam mal da BrOi”
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
O viés dado pelas entrevistas feitas pela Rede Globo com os candidatos à presidência da república mostra mais uma vez que o Brasil precisa de legislação para a distribuição de verbas publicitárias.
As entrevistas de William Bonner mostram um viés muito partidarizado para uma rede de televisão que recebe cerca de 50% da verba publicitária do governo.
A Rede Globo chegou a receber 70% das verbas publicitárias no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Essa concentração de verbas públicas (governo e estatais) em poucas empresas é o que existe de mais autoritário e nefasto dentro da comunicação e da democracia brasileira.
Não é possível a sociedade aceitar esse privilégio na transferência de recursos públicos. Os grupos sociais que buscam a democratização da mídia no Brasil deveriam esquecer qualquer ideia de controle da mídia, seja grande ou pequena.
As empresas de comunicação devem ser livres editorialmente. Mas não podem ser livres para abocanhar quase todo o dinheiro do povo brasileiro que vai para a publicidade governamental.
Os grupos sociais deveriam focar esforços em uma legislação que limite em no máximo 10% a quantidade que cada empresa (veículo) deve receber de verba governamental.
Isso em um primeiro momento, mas esse limite deveria ser reduzido nas próximas décadas para 5%.
Assim, uma emissora de televisão só poderia receber 10% do valor gasto com publicidade em TV. Da mesma um jornal, revista ou emissoras de rádio. Isso democratizaria a mídia e deixaria a comunicação no Brasil com mais representatividade.
Ao mesmo tempo, retiraria a dependência das empresas de comunicação das verbas governamentais. Essa deve ser a luta da democracia brasileira e não a tentativa de controle editorial das empresas de comunicação.
É preciso desmamar as grandes empresas de comunicação da verba governamental, seja no âmbito federal, estadual ou municipal.
A seleção é patrimônio do povo e não de emissoras de TV
“Futuro do Brasil supera o presente dos Estados Unidos” . Não, a manchete do The New York Times não trata ainda do que será o Brasil com Dilma na presidência, em franco processo de crescimento e redução das desigualdades, em comparação com as dificuldades atuais que os EUA enfrentam para sair da crise econômica. Mas bem que poderia.
O título contundente do jornalão americano se refere à nova seleção brasileira, que encantou o mundo com a volta do futebol-arte, que sempre marcou o nosso escrete. O retorno da alegria no campo acompanha a esperança dos brasileiros de que o país continue no rumo certo, apontado por Lula, principalmente nos últimos quatro anos de seu mandato. Vai ver que foi por isso que a TV Globo não transmitiu o jogo da seleção. Deve ter achado que seria propaganda antecipada para Dilma.
Por falar nisso, foi um absurdo o povo brasileiro ter sido privado de assistir sua seleção por um canal aberto de televisão. Não me recordo de uma situação semelhante antes, mas mesmo que não seja inédita, não deixa de ser revoltante. A seleção brasileira é um patrimônio do povo e não propriedade da confederação de futebol e seus acordos com emissoras de televisão.
A seleção, mesmo com os desvios que a mercantilização excessiva do futebol causou na cabeça de alguns de nossos jogadores, é o país de chuteiras, como dizia Nelson Rodrigues, e acompanhar suas partidas pela televisão é um direito da população.
O Estadão vai promover um debate inesquecível: o dos vices.
Do lado de Dilma, Michel Temer, advogado, tribuno, um dos políticos mais experientes do país, em que pese o estilo polêmico. Do lado de Marina, o Guilherme Leal, da Natura, empresário que revolucionou a gestão e as práticas corporativas no Brasil. Do lado do Serra, o Índio da Costa, a vingança maligna do César Maia.
Não se surpreenda se Índio sair distribuindo santinhos seus aos demais candidatos ou fizer marketing de seus livros de auto-ajuda. Ou - na pior das hipóteses -
Lula aplicou golpe preciso em Hillary, antes que ela metesse os pés pelas mãos Vamos combinar o seguinte – interessa muitíssimo aos Estados Unidos fincar os pés definitivamente na região amazônica, e a Colômbia, ultimamente, tem sido o melhor caminho. Com a justificativa do combate ao narcotráfico, os Estados Unidos transformaram a Colômbia no terceiro maior destino de suas verbas entre todos os países do mundo. Com a presença longa e em grande extensão dos homens das FARC, encontraram outra boa desculpa para impor suas bases militares próximas às fronteiras com o Brasil. O estilo verborrágico de Chávez também serviu de desculpa e Uribe foi um aliado de mão-cheia. Quando tudo indicava que a Colômbia poderia se transformar em uma espécie 51º estado americano (exageros à parte...), a diplomacia brasileira entrou em campo, através de Lula, para defender nossos interesses geopolíticos. A capacidade política de Lula permitiu fazer os países vizinhos compreenderem que era importante abandonarem o papel de meros pretextos para se transformarem em atores soberanos de uma nova América Latina. Como assinala o editorial do jornal mexicano La Jornada, Lula “indicó que cuanto más pronto se establezca la armonía entre Caracas y Bogotá, ‘más van a ganar los pueblos’ de ambas naciones, y convocó a un acercamiento entre el mandatario venezolano Hugo Chávez y el presidente electo de Colombia, Juan Manuel Santos, a quien pidió ‘ejercer su mandato y negociar para alcanzar la paz’". Segundo a agência EFE, “O embaixador colombiano em Buenos Aires, Álvaro García Jiménez, disse neste domingo que a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ‘foi fundamental’ em busca de uma solução ao conflito entre a Colômbia e a Venezuela”. O editorial do La Jornada ainda conclui que “ante las posturas expresadas por Lula, es claro que Brasil desempeña, hoy día, un papel lúcido y constructivo en la solución de tensiones en el ámbito diplomático. La condición de interlocutor central y creíble que ha adquirido el gobernante brasileño coloca a su país en la posición de incidir positivamente en conflictos diversos que se desarrollan dentro y fuera del continente, y cabe esperar que lo consiga”. Lula e a diplomacia do novo Brasil deram grande passo para uma nova América Latina, unida, pacifista, disposta a resolver seus problemas sociais para avançar com altivez no cenário mundial. O estilo Hillary perdeu esse round e, se continuarmos com o pé firme nesse caminho, perderá de vez essa batalha geopolítica. docomtextolivre
PAZ ENTRE COLOMBIA E VENEZUELA: DERROTA PARA O URIBISMO TUCANO
Álvaro Uribe despediu-se do poder regurgitando provocações contra Chávez, que o ignorou. A tentativa algo desesperada de impedir que o belicismo desagregador personificado por ele virasse passado na política regional não deu certo. Nem bem a cadeira presidencial esfriou, seu sucessor, Juan Santos, recebeu o venezuelano para restabelecer a paz nas relações bilaterais. A atitude madura reforçada pela intermediação cuidadosa da Unasul, através de Nestor Kirchner, adiciona um caminhão de más notícias à candidatura do presidenciável brasileiro, José Serra. Esganado pela mão dupla de uma economia que bate recordes sucessivos na geração de empregos e tem um Presidente com 80% de aprovação, interessaria ao tucano vocalizar o uribismo no ambiente eleitoral brasileiro. Seu parceiro de chapa e idéias, Índio da Costa, e o back-vocal obsequioso da mídia demotucana, foram insuficientes, porém, para emplacar o delirante enredo que insinuava a existência de um ‘eixo do mal’ latinoamericano, formado por guerrilheiros das Farcs, tráfico, o PT e, claro, a candidatura apoiada por Lula. Era o título pronto de um filme à moda Stallone: ‘Uribe e Serra contra o Mal’: --Eles cortam cabeças de pessoas’, disse o ex-governador de São Paulo na pré-estréia. O reatamento das relações entre Venezuela e Colômbia indica que o trem da paz pode incorporar uma solução política para o futuro das Farcs. O rápido avanço das negociações no ambiente pós-Uribe avulta a desconcertante inadequação e o esférico despreparo da dupla Serra & Índio para liderar o mais influente guarda-chuva econômico e político de uma convergencia regional assentada na paz e na cooperação: a chefia do Estado brasileiro.
O fim da atual crise de civilização é imprevisível. Inevitável, conduzirá ao desmoronar do capitalismo ou a uma era de barbárie.
Prever datas para o desfecho seria, porém, um exercício de futurologia.
Mas uma certeza se esboça já no horizonte: a derrota espera o imperialismo nas guerras criminosas que os EUA desencadearam para manter e ampliar o sistema de dominação mundial do capital.
Os EUA estão atolados em guerras perdidas no Afeganistão e no Iraque e a sua aliança com o Estado neofascista de Israel é um fator de tensão permanente no Médio Oriente. As estratégias agressivas que desenvolvem na América Latina, na África e na Ásia Oriental são também incompatíveis com as aspirações dos povos ameaçados, contribuindo para o subir da maré anti-americana.
Nesta fase, iniciada com as agressões no Médio Oriente e Ásia Central, o imperialismo estadounidense encontrou situações históricas muito diferentes da que precedeu o seu envolvimento no Vietname e a humilhante derrota que ali sofreu. Nos EUA somente uma minoria percebeu que a guerra estava perdida quando Giap desfechou a ofensiva do Tet. A resposta de Johnson e Kissinger, cedendo aos generais do Pentágono, foi a ampliação da escalada. A agressão alastrou para o Laos e Washington enviou mais tropas para a fornalha vietnamita, semeando a morte e a devastação no Sudeste Asiático.
Transcorreram anos até à retirada dos EUA. Os povos foram lentos a compreender que o desfecho da trágica agressão ao Vietname era o prólogo de uma crise que significou a perda da hegemonia que Washington exercia sobre a economia do Ocidente desde o final da II Guerra. Nada foi igual desde então.
Mas o establishment norte-americano não extraiu as lições implícitas no fracasso das guerras da Coreia e do Vietnan. A estratégia foi reformulada, mas a ambição imperial permaneceu, assumindo novas formas.
O cenário das agressões adquiriu proporções planetárias a partir do desaparecimento da União Soviética.
A primeira guerra do Golfo foi decidida no final da presidência de George Bush pai perante a passividade da URSS, prestes a desintegrar-se. Washington proclamou então que a humanidade havia entrado numa era de paz permanente, sob a égide dos EUA, garantes da Nova Ordem Mundial. Um obscuro epígono do capitalismo, Francis Fukuyama, saudou a morte do comunismo e anunciou o "Fim da História", apontando o neoliberalismo como a ideologia para a eternidade.
O desmentido aos profetas imperiais não tardou.
Quando as torres do Word Trade Center desabaram, o mundo entrou numa fase de turbulências anunciatorias de uma profunda crise de civilização. Após o 11 de Setembro de 2001, Bush filho, alegando necessidade de uma "cruzada contra o terrorismo", e afirmando que Deus estava com os EUA, invadiu o Afeganistão, semeando a morte a destruição naquele remoto país da Ásia Central.
Depois chegou a segunda guerra iraquiana, iniciada à revelia do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A terra milenária da Mesopotâmia foi ocupada, os seus museus saqueados, o seu petróleo e gás entregues às petrolíferas dos EUA, dezenas de milhares de iraquianos chacinados.
Autoproclamando-se nação predestinada, com vocação para redimir a humanidade dos seus pecados, os EUA, sob a batuta da extrema-direita republicana, passaram a actuar como um Estado terrorista, disseminando o terrorismo pelo planeta.
Essa trágica situação somente foi possível pela cumplicidade da União Européia, do Japão e do Canadá, estados ditos civilizados. Com o seu aval ao establishment bushiano abriram as portas à barbárie.
A eleição de um negro para a Presidência dos EUA gerou a ilusão de que o pesadelo iria findar. Mas Barack Obama, que chegou à Casa Branca com o apoio entusiástico do grande capital, mudou o discurso, mas manteve a politica imperialista. Pior, agravou-a.
O PÂNTANO AFEGÃO
Admiradores do Presidente norte-americano afirmam que ele é um humanista, vítima de uma engrenagem que o instrumentaliza. Mas a defesa que dele fazem não convence.
O Premio Nobel da Paz tomou decisões que contribuíram para aprofundar a crise mundial. No plano interno a sua política tem sido, no fundamental, de capitulação perante as exigências do grande capital. Significativamente, o seu secretário do Tesouro, Geithner é um político que goza da confiança total de Wall Street.
No terreno internacional, o Presidente aumentou muito o orçamento do Pentágono, pediu ao Congresso verbas colossais para as guerras asiáticas, enviou mais 30.000 militares para o Afeganistão, e faz da vitória nessa guerra uma prioridade da sua política exterior.
Entretanto, acumula derrotas no teatro afegão. A ofensiva no Helmand foi um fracasso; a de Kandahar foi sucessivamente adiada.
A divulgação dos documentos secretos oferecidos pela WikiLeaks ao NY Times, ao Guardian e ao Der Spiegel instalou o pânico na Casa Branca, e o inquérito do Pentágono sobre a fuga de informações classificadas abalou fortemente a confiança dos americanos no sistema de segurança do Departamento de Defesa.
Em declarações recentes, Julian Assange, o australiano que criou o WikiLeaks, revelou que crimes cometidos pelo exército dos EUA excedem em horror os massacres do Vietnan. A chamada Força Tarefa Conjunta 373 tem por missão abater secretamente chefes talibãs e elementos suspeitos de pertencer à Al Qaeda.
Grupos de matadores especiais intitulados Kia são responsáveis pelo assassínio de centenas de civis em ataques cujas vítimas são designadas nos relatórios como "mortos em ações".
O rol dos crimes das tropas de ocupação da NATO também ocuparia muitas páginas. A chacina de Kunduz, da responsabilidade do contingente alemão, abalou o governo da chanceler Merkel, mas foi apenas uma das muitas matanças de civis cometidas pelas tropas de ocupação.
Julian Assange cita como exemplo das atrocidades dos aliados o bombardeamento de uma aldeia por uma força polaca. Dezenas de pessoas ali reunidas para festejar um casamento morreram num ato de retaliação concebido com crueldade.
Rotineiramente, o alto comando norte-americano promove inquéritos nesses casos para "apurar responsabilidades". Mas ninguém é punido.
Hamid Karzai, o presidente fantoche, protesta e pede providências, mas a indignação é simulada.
Milhares de civis nas aldeias da fronteira paquistanesa foram mortos pelos bombardeamentos realizados pelos drones – os aviões sem piloto. O atual comandante Supremo, o general Petraeus, define essas "missões" assassinas como indispensáveis ao êxito da nova estratégia de luta "contra o terrorismo"
FARSA DRAMÁTICA
Hillary Clinton, o vice-presidente Joe Binden e James Baker, o secretário da Defesa, têm visitado frequentemente o Afeganistão.
A encenação pouco varia. Deslocam-se para levantar o moral das tropas, dizer lhes que estão a lutar pela pátria, pela liberdade e a democracia contra o terrorismo, que a luta exige grandes sacrifícios, mas que a vitória na guerra afegã é uma certeza.
Todos aproveitam para pedir ao Presidente Karzai que "governe democraticamente", afaste colaboradores que não merecem a confiança dos EUA, e ponha termo à corrupção implantada no país.
Karzai faz promessas, reúne assembleias tribais que lhe aprovam a política e repete que é fundamental negociar com os "talibãs recuperáveis". É ele, chefe da máfia, o primeiro responsável pelo sumiço de milhares de milhões de dólares doados em conferências internacionais para o desenvolvimento e reconstrução do país, destruído pela invasão americana. A realidade não alterou o método. Em Kabul, a última dessas conferências acaba de aprovar mais uns milhares de milhões para "ajudar" o Afeganistão.
Entretanto, a produção de ópio, insignificante à data da invasão, aumentou 90% na última década.
É do domínio público que familiares do presidente mantêm íntimas ligações com o negócio da droga.
Nas suas periódicas visitas ao Paquistão, Hillary Clinton admoesta o presidente Asif Zardari pela insuficiência do esforço de guerra nas áreas tribais do Waziristão na fronteira do Afeganistão. Joe Binden repete-lhe o discurso. Ambos insinuam cumplicidade do Exército com as chefias talibãs.
O Primeiro-ministro britânico Cameron ao visitar o país foi tão longe nas suas críticas que o governo de Islamabad cancelou uma visita a Londres do chefe dos serviços de inteligência paquistaneses convidado pelo Intelligence Service.
Crónicas de correspondente europeus em Kabul e declarações de soldados dos EUA regressados da guerra afegã esclarecem que a moral das tropas de combate caiu para um nível muito baixo.
A demissão do general Stanley McChrystal, que criticara numa entrevista o presidente Obama, contribuiu para acentuar o mal-estar no Alto Comando. O general tem um currículo de criminoso, mas as suas opiniões sobre a condução da guerra são partilhadas por muitos oficiais.
Assim vão as coisas na guerra podre do Afeganistão.
No Iraque, a "pacificação" é um mito como demonstra o aumento de mortos em atentados bombistas em Bagdad e na região Norte, controlada pelos kurdos. O discurso de Obama aos veteranos deficientes, no dia 1 de Agosto, sobre a retirada das tropas foi um exercício de hipocrisia, semeado de mentiras e estatísticas falsas.
Na Palestina, Israel continua a bloquear Gaza, bombardeada com frequência, e amplia a construção de casas na Jerusalém árabe e em colonatos na Cisjordânia.
O Irão é atingido por novas sanções, aprovadas pelo Conselho de Segurança, e a CIA promove atentados terroristas no Kuzistão, fronteiro do Iraque, e na província baluche, vizinha do Paquistão.
Na América Latina, Uribe, nas vésperas de ceder a presidência a Juan Manuel Santos, seu filhote político, criou uma crise com a Venezuela bolivariana ao forjar acusações sobre a presença das FARC em território daquele país. Os EUA, que vão instalar sete novas bases militares na Colômbia, aprovaram imediatamente a provocação.
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Neste contexto de escalada militar em múltiplas frentes, a crise interna prossegue. O magro crescimento do PIB esconde a realidade.
O número de casas vendidas é o mais baixo dos últimos anos. Milhares de empresas fecham todos os meses. Em cidades outrora famosas pela riqueza, como Detroit e Pittsburg, bairros inteiros estão hoje desabitados. O desemprego alastra. Nas universidades aumenta o ensino elitista. A tão elogiada reforma dos "cuidados de saúde" dificultou mais o acesso de milhões de imigrantes ilegais aos hospitais (v.Fred Goldstein, odiario.info, 22/04/2010).
A Finança, essa prospera. Os gestores dos grandes bancos continuam a receber reformas e prémios fabulosos. Um desses gigantes, o Wells Fargo, acumulou lucros de milhares de milhões de dólares com a lavagem do dinheiro da droga (v. Cadima, Avante! , 29/07/2010).
O controlo hegemónico do sistema mediático pelo grande capital impede, porém, a humanidade de tomar consciência da profundidade da crise. Nos EUA, pólo do sistema, o discurso do Presidente transmite um panorama optimista da situação, anunciando melhores tempos e vitórias imaginárias.
Somente uma minoria de cidadãos, nos EUA, na Europa, e nos demais continentes estão em condições de descodificar o discurso da mentira irradiado pelo grande capital.
Para as forças progressistas ajudar os povos a compreender a complexidade e a extrema gravidade da crise do sistema é, por isso mesmo, uma tarefa revolucionária. Porque essa compreensão é fundamental para o incremento e dinamização da luta dos trabalhadores em cada país contra o projeto de dominação imposto pelo sistema que ameaça mergulhar a humanidade na barbárie.
Adital - A mídia brasileira é pródiga em falar do conflito armado na Colômbia, sempre na perspectiva do governo, até estes dias, de Álvaro Uribe. Este, geralmente foi mostrado como o grande democrata que estava fazendo todo o possível para acabar com uma guerra civil que perdura por décadas. Jamais se ouviu ou se leu na mídia comercial brasileira sobre a famosa "black list", um documento produzido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que mostra Uribe como um narcotraficante. O documento é explícito: Álvaro Uribe é um senador (isso em 1991) que colabora ativamente com o cartel de Medellín, recebe dinheiro por isso e é amigo pessoal de Pablo Escobar. Talvez por isso mesmo os EUA tenham apoiado o então senador quando este quis ser presidente da Colômbia e o foi por dois mandatos. Não é sem razão que Uribe permitiu a instalação de nove bases militares estadunidenses no território colombiano.
Durante estes anos em que esteve à frente do governo colombiano, Uribe certamente não deixou de ser um fiel servidor do narcotráfico e não é à toa que agora inicia um processo de guerra contra a Venezuela, alegando mentiras sobre a ligação do governo de Chávez com os "terroristas" das FARCs. Segue o mesmo exemplo de seu chefe, George Bush, quando quis fazer a guerra contra o Iraque, a partir de mentiras como a que o Iraque teria armas químicas.
Primeiro, as FARCs não são formadas por terroristas. São exércitos regulares que lutam, armados, contra o exército da Colômbia e tem um plano de libertação para o país. Segundo, Uribe tem todo o interesse em se manter fora da cadeia, já que é um narcotraficante reconhecido inclusive pelos EUA, então precisa criar sobre si uma cortina de fumaça. E terceiro, durante seus mandatos promoveu tantos crimes e atrocidades que igualmente deve ser julgado por crime de lesa humanidade.
Na última semana, uma fossa encontrada no pequeno povoado de La Macarena, a uns 200 quilômetros de Bogotá, região que é conhecida como uma das mais "quentes" no processo do conflito colombiano, revelou parte de toda essa atrocidade que o terrorismo de estado tem praticado ao longo dos anos. Mais de dois mil cadáveres foram encontrados, amontoados uns sobre os outros, alguns ainda com as mãos e pés amarrados. Este se trata de um dos maiores enterros coletivos de vítimas que se tem notícia na América Latina. Segundo as informações dos jornais colombianos, a fossa teria corpos desde o ano de 2005, sempre renovados.
O exército colombiano se apressou em dizer que os corpos eram de guerrilheiros que haviam morrido em combate. Mas, o povo da região não confirma isso. Pelo contrário, o que os moradores dizem é que aqueles corpos são de líderes sociais, camponeses e militantes populares que desapareceram sem deixar qualquer rastro.
A cova foi descoberta por conta da denúncia realizada por gente que esteve por anos atuando junto aos paramilitares e que se entregou sob a proteção de uma controvertida lei chamada de Lei de Justiça e Paz. Esta lei garante aos informantes uma pena simbólica se eles confessarem seus crimes. Durante estas sessões de "confissão", um dos chefes de um grupo paramilitar chamado John Jairo Rentería revelou que ele e seu grupo chegaram a enterrar mais de 800 pessoas em uma fazenda na cidade de Puerto Asís. Também confessou que os seus comandados usavam estas pessoas (sindicalistas, militantes sociais, estudantes) para aprender como esquartejar uma pessoa e revelou que alguns procedimentos eram feitos com as pessoas ainda vivas.
A audiência e a localização dos corpos da cova de La Macarena aconteceram no mesmo dia em que o governo de Santos, atual presidente colombiano, pediu uma reunião urgente na OEA para denunciar a Venezuela como um estado que estava acolhendo membro das FARCs. Nada mais do que outra cortina de fumaça para tentar encobrir o horror da descoberta e das outras tantas atrocidades produzidas pelo governo de seu amigo e antecessor Álvaro Uribe.
O povo organizado da Colômbia quer que tudo seja esclarecido e exige ainda a punição de Uribe por estes crimes, imprescritíveis, de lesa humanidade.
Veja fotos da cova descoberta em La Macarena.
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