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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 20, 2010

Partido da Imprensa Golpísta
























QUEM A REDE GLOBO PENSA QUE ENGANA? ATÉ UMA CRIANÇA DE SETE ANOS PERCEBE QUE HÁ ALGO ERRADO NO JORNAL NACIONAL


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- Pai, você viu aquele casal?

- Que casal amor?

- Aquele da televisão?

- Televisão?

- É aquele que entrevistou a Dilma? Você viu?

- Ah, sei. Vi sim, filha.

- Eles não deixavam ela falar, estavam bravos.

- É verdade, aconteceu isso mesmo.

- E com o Serra, você viu?

- Não, não vi. E você? viu?

- Eu vi. Eles deixaram ele falar à vontade e com a Dilma não.

Você pode pensar que isso é uma ficção, um microconto, mas é a pura realidade. Quem a Globo de Ali Kamel pensa que engana?

Melhores trechos da fala de Dilma no debate via internet







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Dilma centra esforços em SP para vencer no 1º turno

Amparada pelo presidente Lula, candidata petista vai comandar uma série de eventos no maior colégio eleitoral do País

Ricardo Galhardo, iG São Paulo
Amparada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, prepara uma ofensiva em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, com o objetivo de liquidar a disputa presidencial ainda no primeiro turno.

Foto: AE
Plano agora é centrar esforços no maior colégio eleitoral do País

A campanha da petista preparou uma série de eventos no Estado para os próximos dias, sempre com a participação do presidente.
A turnê paulista começa com um comício em Osasco, nesta sexta-feira à noite. A expectativa do comando da campanha é reunir mais de 10 mil pessoas na cidade governada pelo petista Emidio de Souza.
Na manhã de sábado, o presidente e a candidata participam de outro comício, desta vez em Mauá, cidade que também é governada pelo PT.
Na madrugada de segunda-feira, Dilma e Lula vão para o ABC paulista, berço político do presidente, para fazer panfletagem na porta das fábricas acompanhados de sindicalistas.
"Se ganharmos em São Paulo a eleição termina no primeiro turno", avaliou um dirigente do PT. A estratégia de priorizar o Estado governado pelos tucanos há 16 anos ganhou força com o resultado de pesquisas recentes que apontam a redução da vantagem do candidato do PSDB, José Serra, em São Paulo.
doamoralneto

Serra, sabe o que é sujo e sujeira?


Sujo é o Rio Tietê que seu governo deixou de limpar por três anos
E levou sujeira para a toda suja cidade de São Paulo
Deve ser suja, a sociedade da sua filha com a filha do Daniel Dantas
Suja foi a compra superfaturada de ambulâncias no seu governo
Sujeira foi vender a Vale do Rio Doce por preço de banana
Suja ficou a roupa dos professores que você mandou agredir
Fazer contrato com a revista mais suja do país e depois distribuir de graça
A falta de anestésicos nas maternidades é uma grande sujeira
Sujeira é fechar comportas do rio para não alagar bairros nobres
E provocar inundações e um mar de sujeira na periferia
Dizer que são os nordestinos que sujam os rios
Sujeira é deixar a Globo usar de graça um terreno público do estado
Só da sua mente suja é capaz de tirar que inventou os genéricos
É arrumar um vice que só fala coisa suja e ainda do partido mais sujo do país
Sujeira é achar que filho de pobre pode estudar sem o ProUni
Maior sujeira é o que você fez com a classe trabalhadora em 1988
Sujo é ser ex-presidente da UNE e mandar jogar bombas nos estudantes da USP
Ser sujo é quem ignora pessoas mais humildes
Sujo é o DEM seu aliado da sua coligação

Serra mente na TV, a realidade que ele deixou é outra

Durante o governo Serra aumentou o número de usuários de crack em São Paulo.
O candidato tucano prometeu criar uma Rede Nacional de Tratamento para Dependentes de Drogas. Ele citou a criação de uma clínica de recuperação de dependentes químicos no Estado de São Paulo, quando foi governador e mostrou o depoimento da ex-usuária de crack Maria Eugênia, que confessou ter se libertado do vício, depois de ter sido internada no local.
Crack
Assim como na propaganda de estreia na TV, o restante da peça tucana foi todo dedicado ao tema da saúde. Em tom alarmista, a questão das drogas foi o destaque.
"O crack é assim: quanto mais você tem, mais você quer", afirmou um usuário entrevistado pela campanha. "O crack mata mais do que o cancêr", disse o psiquiatra Ronaldo Laranjeira. Serra prometeu criar, se eleito, uma rede nacional de clínicas para o tratamento contra as drogas.
Serra deixou o governo de São Paulo há pouco mais de três meses, ele governou durante três anos e quatro meses e fez um monte dessas lambanças, como mostra o vídeo para tentar cuidar dos dependentes de carck em São Paulo, e como diz o pessoal da Cracolândia,
"Só vota no Serra quem fumou, Seu Nóia"


quinta-feira, agosto 19, 2010

Eu acompanharei pela Internet




Por que o Encontro Nacional de Blogueiros é mais importante do que uma assembleia conjunta de ABERT, ANER e ANJ

O título acima não é uma provocação arrogante ou uma declaração pretensiosa. É óbvio, público e notório, como diria meu amigo Damasceno, que o poder econômico e político dos grandes meios de comunicação do país é infinitamente superior ao dos blogs não alinhados ao pensamento do PIG*.
– Mas, afinal, tudo não se resume a esse binômio, dinheiro e influência? – alguém poderia argumentar.
Sim e não.
É verdade que o capitalismo — que nos domina e possui suas marcas próprias em todos os campos sociais, da arte à religião, da economia à política, passando pela ciência e outras áreas — consegue sintetizar ou reduzir quase toda a vivência coletiva às esferas da política e da economia.
Entretanto, é igualmente verdadeiro que a complexidade da sociedade contemporânea abriga, sobretudo em curtos e médios intervalos de tempo, muitos pequenos movimentos contra-hegemônicos em relação às tendências gerais do modo de vida dominante.
No cenário da comunicação no Brasil, os últimos dez ou quinze anos vêm demonstrando um nítido esgotamento do modelo de negócios (e, também, do modelo de serviços) que rege a chamada “velha mídia”. Definitivamente, não é tão simples faturar na Internet e nos ambientes oferecidos pelas novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) quanto na mídia tradicional.
Simultaneamente, tem ocorrido uma forte corrosão da capacidade de influência dos principais veículos deste segmento, justamente aqueles mais diretamente vinculados aos setores mais conservadores da nossa sociedade.
Dito de outra forma, a televisão, o rádio e a imprensa têm perdido espaço para a Internet e as TICs a ela associadas, assim como Globo, Folha, Estadão, Veja, Band, SBT et caterva não possuem mais o enorme poder de influenciar “mentes e corações” que outrora (recentemente) possuíam.
Os movimentos deste campo – representado pela trinca ABERT/ANJ/ANER e outras entidades menores – na arena política são previsíveis e cada vez menos sutis. E são bastante consideráveis as limitações para quaisquer jogadas que lhe permitam manter o controle do mercado daquilo que é chamado de “infotenimento” (informação e entretenimento). Ou seja, deles não se deve esperar algo muito distinto do que já fazem, cada vez com menos impacto na sociedade, em relação ao que ocorre com a Internet e as TICs.
As poderosas empresas de telefonia já operando no Brasil e alguns grupos estrangeiros bem mais pujantes estão em plena ofensiva para atropelar as nossas oligarquias midiáticas tradicionais.
Navegando em outra perspectiva, milhares de pequenos atores da sociedade civil – nesse conceito incluo também veículos comerciais não associados organicamente ao oligopólio tradicional – têm construído perspectivas muito mais alinhadas ao ambientes criativos e interativos surgidos com a Internet e as TICs.
Blogueiros, ciberativistas, criadores/divulgadores de conteúdos independentes, militantes (d)e organizações que atuam na lógica de rede, comunicadores populares e comunitários, artistas que negam ou transformam o conceito de direito autoral e propriedade intelectual, veículos abertos e afinados à interação com seus usuários (leitores, ouvintes, telespectadores etc.), profissionais e coletivos autônomos envolvidos com um ou vários temas de interesse público, enfim, todos aqueles atores que trabalham baseados em três princípios fundamentais: horizontalidade, participação e diálogo (ou interatividade).
Este tripé de princípios, vale dizer, se adequa perfeitamente à perspectiva dos direitos humanos, em geral, e ao conceito do direito à comunicação, em particular. Mais do que alimentar os anseios por democratizar a comunicação — a rigor, a comunicação hoje é muito mais democrática do que há vinte anos —, é necessário lhes dar formas concretas e reivindicá-los na forma de direitos (e não meramente serviços, ainda que “de interesse público”), o que pressupõe inúmeras obrigações do Estado em relação a isso, traduzidas em políticas públicas.
O I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas está precisamente inserido neste contexto, assim como a Teia Cultural, o movimento em prol do software livre, entre outros possíveis exemplos.
É de espaços como este — assim como de alguns setores engajados na Confecom, embora esta tenha acabado contaminada pelo espírito do mercado, ao contrário de outras conferências setoriais** — que se pode esperar rupturas libertárias, experimentações e visões/formas inovadoras para/de se comunicar, seja para fazer política, seja para criar arte, seja simplesmente para se vivenciar a intensa experiência da vida em sociedade.
Ninguém tem dúvida de que a Internet e o mundo ao seu redor ainda são oceanos incógnitos e que ainda estamos escrevendo a sua pré-história.
E é importante lembrar que, em vários aspectos, as potencialidades da grande rede e das novas tecnologias de comunicação ainda são muito subaproveitadas no Brasil. Juntemos a isso as péssimas condições estruturais das nossas infovias e temos um quadro amplamente favorável aos avanços positivos, a depender das decisões a serem tomadas no âmbito do Estado — que, por sua vez, resultarão do saldo das disputas de projetos na sociedade.
O clichê é bem gasto, mas ainda útil: blogueiros dispostos a conquistarem o seu, o meu, o nosso direito à comunicação, uni-vos!
Deixemos os veículos do PIG desferirem seus golpes cotidianos — nocivos ao jornalismo e, sobretudo, à sua própria credibilidade — e atentarem justamente contra aquilo que eles juram defender, mas, na realidade, consideram seu monopólio: a liberdade de expressão.
*PIG é o Partido da Imprensa Golpista, termo criado pelo deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), em discurso na Câmara dos Deputados, quando sugeriu que Arnaldo Jabor fosse o presidente desse partido não oficializado junto ao TSE. Aliás, eu acho que o Ferro deveria ser convidado de honra do Encontro.
**Historicamente, as conferências setoriais, desde a I Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1941, são espaços para canalizar discussões e propostas da sociedade brasileira e levá-las às esferas do Estado. Em qualquer área, o empresariado possui acesso direto e privilegiado aos agentes dos poder público e não precisa se submeter a processos participativos e horizontais como as conferências. Esse caráter popular foi desvirtuado na Confecom, com a participação – de forma superdimensionada, aliás – das grandes empresas de comunicação. Vale lembrar que uma parcela destas emrpesas, liderada pela Abert, tentou de tudo para evitar a realização da Confecom, mas não conseguiu, o que resultou no seu abandono. E a parcela que permaneceu no processo só aceitou participar depois de impor condições que foram, na prática, chantagens para que a conferência não fosse “implodida”. Mas esta é apenas a minha opinião.
Rogério Tomaz Jr.

Encontro de Blogueiros está incomodando a velha mídia: Serra vira garoto de recado

O candidato José Serra é produto da mídia ou a mídia é produto de José Serra? Eis a questão. Se Serra coloca dinheiro em empresas como Folha, Abril e Globo, estaria produzindo essa grande mídia, que retribui defendendo o candidato. Isso é normal, faz parte da democracia.
Mas a questão está muito pior. Hoje, José Serra atacou os blogueiros. (Folha)
Ele fez isso a serviço da grande mídia e às vésperas dos Encontro dos Blogueiros Progressistas, que acontece este final de semana em São Paulo. Os papéis se inverteram: não é o Serra que usa a mídia, mas a mídia que usa o Serra.
O Encontro dos Blogueiros Progressistas está incomodando a grande mídia, que não fala sobre o assunto. Serra gosta da ditadura da mídia, das oligarquias midiáticas.
By: Educação Política

Cloaca News interpelará José Serra judicialmente

Ao discursar nesta quinta-feira, 19, no 8º Congresso Brasileiro de Jornais, o candidato do PSDB à presidência da república, Zé Chirico, afirmou que o governo federal financia “blogs sujos”, recusando-se, no entanto, a declinar os nomes dos beneficiários (leia a notícia clicando aqui).

Para que a verdade prevaleça sobre a detração e a maledicência, este humilde cafofo cibernético – que é “sujo”, porém limpinho – representará na Justiça contra o indigitado político tucano para que este nomine as sujidades, revele o valor dos estipêndios e apresente os recibos dos pagamentos feitos pelo Tesouro público.

Nossa douta banca de jurisconsultos já está a postos.
By: Cloaca News

Serra ataca blogosfera em encontro do partido da Dona Judith Brito

José Serra (PSDB/SP) está atordoado com o ritmo alucinado de queda nas pesquisas.

Acostumado a espalhar dossiês e boatos na imprensa paulista e na TV Globo nas eleições passadas, sem contestação, está encontrando uma barreira intransponível na internet, e não consegue praticar o jogo sujo eleitoral a que sempre esteve acostumado.

Globo, Folha, Estadão e Veja, bem que tentam e fazem o que podem para ajudar o demo-tucano, mas não conseguem mais mentir sem ser desmentidos on-line, na internet.

Por isso Serra, vendo que não consegue controlar o fluxo de informação, e que seus blogueiros não conseguem "formar opinião", resolveu atacar a blogosfera.

Serra acusa os outros de fazer o que ele tem fama

Serra fez as críticas em discurso, hoje, na ANJ - Associação Nacional [dos donos] de Jornais). Trata-se do Partido da Imprensa Golpista, como a própria presidente da entidade, Judith Brito, admitiu. Ela defendeu publicamente que a imprensa atue como partido de oposição, "já que a oposição estava muito fragilizada".

Hoje, Serra acusou, de forma leviana, sem sequer dar nomes, o governo Lula de financiar "blogs sujos" que "dão norte do patrulhamento" a jornalistas.

Mas foi o demo-tucano, quando governador, quem comprou assinaturas em massa de jornais e revistas sem licitação, e gastou fortunas do dinheiro público com anúncios nestas publicações.

Em troca de adoçar o bolso dos donos da imprensa, sempre gozou da "simpatia" dos donos dos jornais, revistas e TVs, a ponto de manterem blogs que fazem claramente campanha permanente para Serra, como Reinaldo Azevedo, Ricardo José Delgado, Augusto Nunes, Lucia Hipólito, Josias, etc. Além dos colunistas e comentaristas.

Serra afirmou, sem citar nomes, que o governo faz "patrulhamentos e perseguições sistemáticas" a jornalistas. Mas quem tem fama de fazer isso, é o próprio Serra. Já escreveram a esse respeito diversos jornalistas, como Kennedy Alencar, Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim, e vários outros.

A cabeça do jornalista Heródoto Barbeiro rolou da TV Cultura do governo de São Paulo, após a pergunta incômoda sobre pedágios a Serra.

O demo-tucano não deu nomes para escapar de processos, mas acusou a TV Brasil:

"Boa parte desta estratégia não deixa de ser alimentada por recursos públicos, como por exemplo da TV Brasil, que não foi feita para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido."

Após sua palestra, Serra se recusou a responder três perguntas de jornalistas sobre a suposta falta de oposição no Brasil e sobre quais são os blogs sujos a que se referia.

Serra quer controlar a imprensa, e D. Judith Brito não reclama

Serra defendeu que haja regulamentação do direito de resposta depois que o STF julgou a lei de imprensa como inconstitucional. "É uma questão que não deve ficar em aberto porque pode gerar coisa ruim em termos de censura e liberdade de imprensa."

Ora, é justamente direito de resposta, um dos tópicos que o governo Lula, o PT, mais reclama, e que o partido da D. Judith sempre disse que as críticas são de quem quer controlar a imprensa.

Quando o Serra diz a mesma coisa, D. Judith se cala?

Em seu discurso, Serra, após defender o direito de resposta, foi cínico: fez críticas diretas à candidata do PT, Dilma Rousseff, e ao PT por defenderem o "controle da mídia", que segundo ele, nada mais é do que censura e restrição à liberdade de expressão.

Serra é cínico também porque a agenda do PT, PCdoB e outros partidos, é de democratização das comunicações. Quanto menos monopólio e oligopólio, quanto mais canais de Tv e rádios, mais liberdade de expressão.

O que é inaceitável são concessões de TVs, como eram feitas no passado, serem dádivas para amigos e famílias de políticos demo-tucanos.
By: Os Amigos do Presidente Lula

Franklin chama Serra às falas.
Cadê as provas ?


Jenio, onde está a manipulação no jornal nacional ?

Depois do jenio acusar o Governo de usar o dinheiro público para manipular a imprensa, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República respondeu.

Confira a íntegra da nota, publicada no Blog do Planalto:

O candidato do PSDB a presidente da República, José Serra, acusou hoje (19/8) o governo federal de cercear, constranger e censurar a imprensa. Trata-se de uma acusação grave e descabida, sem qualquer apoio nos fatos.

A imprensa no Brasil é livre. Ela apura – e deixa de apurar – o que quer. Publica – e deixa de publicar – o que deseja. Opina – e deixa de opinar – sobre o que bem entende. Todos os brasileiros sabem disso. Diariamente lêem jornais, ouvem noticiários de rádio e assistem a telejornais que divulgam críticas, procedentes ou não, ao governo. Jornalistas e veículos de imprensa jamais foram incomodados por qualquer tipo de pressão ou represália.

Para nós, a liberdade de imprensa é sagrada. O Estado Democrático só existe, consolida-se e se fortalece com uma imprensa livre. E, ao garantir a liberdade de imprensa no país, o governo federal sabe que está
em perfeita sintonia com toda a sociedade. Ela é uma conquista do povo brasileiro.

Compreendemos que as paixões da campanha eleitoral podem, em determinadas circunstâncias, toldar julgamentos serenos, mesmo naqueles que dizem ter nervos de aço. Mas seria prudente que certos excessos
fossem evitados. Ao dizer que o governo federal censura e persegue a imprensa, o candidato Serra não apenas falta com a verdade. Contribui também para arranhar a imagem internacional do Brasil, dando a entender que nossas instituições são frágeis e os valores democráticos, pouco consolidados.

Franklin Martins
Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Em tempo: no jornal nacional de hoje, Serra afirmou: “Vou respeitar até o fundo da alma a liberdade de expressão”. O Heródoto que o diga !

doconversaafiada


Serra acusa “blogs sujos” de receber grana
do Lula. O Mainardi começou assim


Dá o nome, quem é sujo?

Saiu no G1

Serra diz que PT usa dinheiro público para manipular imprensa


Candidato do PSDB participou de congresso de jornais no Rio. Governo não comenta. Dirigente do PT diz que Serra não tem credibilidade.

Carolina Lauriano
Do G1 RJ

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, fez críticas ao governo e ao PT nesta quinta (19) ao participar do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Convidado para falar sobre liberdade de imprensa, ele afirmou que o atual governo utiliza dinheiro publico para manipular a imprensa e a sociedade.

Consultada, a assessoria da Presidência da República informou que não irá se manifestar. O secretário de Comunicação do PT, André Vargas, afirmou que Serra “não tem credibilidade” para fazer essas declarações porque, segundo ele, o governo de São Paulo tem “uma TV chapa branca” . A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, é aguardada nesta tarde no Congresso Brasileiro de Jornais.

Em seu discurso, Serra disse que o PT se utiliza da criação de conferências pagas com dinheiro de contribuintes para controlar a imprensa e criar projetos de lei. Serra citou as conferências de Comunicação, de Direitos Humanos e de Cultura, todas realizadas no governo Lula.

“Quantas pessoas podem ter participado dessas conferências? Quinze mil, 20 mil? Isso não representa o povo brasileiro. Representa muito mais o partido”, declarou Serra. “São de frações de partidos, basicamente do PT, que é voltado a isso e elas produzem projetos de lei. Produziram cerca de 600 projetos de lei mais ou menos, que foram enviados para o Congresso e lá permanecem como ameaças”, criticou ele.

(…)

… e na Folha online:

Serra acusa governo de financiar ‘blogs sujos’ e perseguir jornalistas


PLÍNIO FRAGA
DO RIO

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou nesta quinta-feira o governo federal de financiar “blogs sujos” que “dão norte do patrulhamento” a jornalistas.

Durante discurso no 8º Congresso Brasileiro de Jornais, Serra afirmou que o governo faz “patrulhamentos e perseguições sistemáticas” a jornalistas.

“Boa parte desta estratégia não deixa de ser alimentada por recursos públicos, como por exemplo da TV Brasil, que não foi feita para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido.”

Serra defendeu que haja regulamentação do direito de resposta depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou a lei de imprensa como inconstitucional. “É uma questão que não deve ficar em aberto porque pode gerar coisa ruim em termos de censura e liberdade de imprensa.”

(…)

Clique aqui para ver o vídeo: “Lula agradece à blogosfera”


Alô, alô Serra, Dantas e Gilmar.
I Encontro de Blogueiros esgota lotação


O próximo encontro do Barão será no Beira-Rio

Acabo de conversar com o presidente do Instituto Barão de Itararé e responsável número 1 pelo sucesso do I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, Miro Borges.

O número de inscritos completou o espaço disponível no Sindicato dos Engenheiros: 380 lugares.

Ontem à noite, o Miro tinha outros 180 e-mails que não puderam ser atendidos.

O consolo é que o encontro será transmitido ao vivo online.

Inclusive pelo Conversa Afiada.

Por sugestão do Barão de Itararé, o II Encontro se realizará no estádio Beira-Rio, em homenagem ao Inter.

Estarão presentes neste sábado, entre outros blogueiros notáveis e combativos, Brizola Neto e Emir Sader.

Outro gaúcho de nobre estirpe, Luis Fernando Veríssimo, entrou para o conselho consultivo desta vitoriosa instituição.

Os trabalhos sábado se abrirão com a formalização de uma proposta de uma ADIN por Omissão no Supremo Tribunal Federal, contra o Congresso, que não regulamenta os artigos da Constituição, com artigos que tratam da comunicação.

O emérito professor Fábio Comparato é o responsável por esta iniciativa do Instituto Barão de Itararé.

Como se percebe, trata-se de um evento que pelo jeito ultrapassou os limites de uma Kombi de propriedade do ex-Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Dantas (*).

Clique aqui para ver o vídeo: “Globo leva tiro no peito. Internet aceita tudo”.

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista (**) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (**) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.





O Brasil governado por quem ama


É impressionante como uma parcela significativa da elite letrada brasileira não consegue engolir a presença de Lula na presidência. Mais do que uma oposição fundamentada em razões consistentes para criticar o governo, boa parte da oposição a Lula me parece fruto de preconceito deslavado - menos contra a figura de Lula do que contra a carga simbólica que sua trajetória representa.

Somos um país históricamente marcado pela valorização demasiada da cultura bacharelesca e, ao mesmo tempo, por quatro séculos de escravidão que acabaram por desqualificar completamente o trabalho manual. A primeira constituição brasileira - a carta do Império de 1824 - estabelecia o voto censitário e preservava o escravismo, com o argumento de que libertar escravos atentaria contra o direito à propriedade privada. A primeira constituição da República - a de 1891 - proibia o voto do analfabeto e, ao mesmo tempo, não atribuia ao estado brasileiro o dever de alfabetizar a população. O Brasil, em resumo, foi pensado por sua elite política e econômica a partir da perspectiva da exclusão das massas populares do exercício da cidadania e do acesso ao saber formal

Lula, nesse sentido, foi o presidente que mostrou a essas elites que o Brasil pode, para elas, dar errado. Sim, porque até agora, na perspectiva dos donos do poder, o Brasil vinha dando certo. É simples: a exclusão social brasileira não foi resultado de políticas fracassadas. Ela foi pensada e praticada como um projeto de Estado-Nação. A chegada de Lula ao poder e a aprovação popular ao seu governo tem uma dimensão simbolica única na trajetória brasileira - é o tapa na cara da elite bacharelesca que se sente detentora do saber-poder desde sempre e não admite o sucesso do sujeito sem educação formal que, como homem comum [daí a sua grandeza] que é [somos], ocupa o cargo outrora destinado aos fidalgos do bacharelismo.

O horror de muitos adeptos da cultura bacharelesca - a tal da cultura formal - ao presidente do Brasil é o pânico diante da ameaça ao monopólio do saber instituído que essas elites sempre prezaram e exerceram. O recado que a trajetória de Lula manda aos doutores é a expressão viva da bela meditação de Vinicius de Moraes em seu Canto de Oxalufã:

Você que sabe demais
Meu pai mandou lhe dizer
Que o tempo tudo desfaz
A morte nunca estudou
E a vida não sabe ler

O beabá
Não dá pra ninguém saber
Por que é que há
Quem lê e não sabe amar
Quem ama e não sabe ler?

Você que sabe demais
Mas que não sabe viver
Responda se for capaz:
Da vida, quem sabe lá?
Da morte, quem quer saber?

Oxalufã, o Senhor do pano branco, avisa aos sabichões que o mistério do homem se instaura no tempo que a todos iguala no caminho da Noite Grande - a morte, afinal, nunca estudou e a vida não sabe ler. O conhecimento formal nunca foi sinônimo de conhecimento vital, sabedoria de vida, revela o poeta em sua prece ao grande orixá.

As elites sofisticadas brasileiras, os sabichões intelectuais, as viuvas do príncipe da sociologia FHC, os intelectuais orgânicos da plutocracia paulista, os donos dos bancos acadêmicos que vêem seus tronos doutorais ameaçados pela adoção do sistema de cotas sociais e raciais no Brasil, os conhecedores de verbos certos e letras mortas, não compreendem o sucesso de Lula por um simples motivo: É a eles que o poeta - ridicularizado por membros dessa mesma elite quando se aproxima da Umbanda e do Candomblé - se dirige quando indaga:

Por que é que há
Quem lê e não sabe amar
Quem ama e não sabe ler?

A resposta, senhores, ao mistério da popularidade de Lula está na pergunta que o poeta faz ao orixá que nos acolhe debaixo de seu alá funfun e guarda os segredos do mundo na ponta do Opaxorô, o cajado sagrado. Durante quinhentos anos o Brasil foi governado pelos letrados.

Começou a ser, com Lula, governado por quem ama.

Ruptura já






Ambientalistas



O termo ambientalista ganhou uma conotação quase messiânica, frenética. É geralmente associado com pessoas do bem, honestas, interessadas no bem comum, na coletividade. Reza a lenda que a imortalização da alma não é garantia para todos e que no planeta da única chance, muitos não terão esse benefício. Mas, claro, existe uma regra maior que a do karma para transformar uma alma errante no universo (os cientistas vão negar tudo isso) em um ser imortal. A imortalidade não garantida tornaria seres já tão hostis ao bem comum piores ainda. Talvez por isso pouco se fala. Mais do que a lei de causa e efeito do karma, pouco compreendida, o caminho para a imortalização vem da capacidade (genuína, natural) de se preocupar com o outro.

Os ricos do planeta Terra não têm claramente essa preocupação, quando para atingir seu objetivo incansável de enriquecimento desnecessário, passam por cima do bem estar de bilhões de pessoas que seriam mais felizes do que cada um deles com a bilionésima parte das suas fortunas. Isso é o transcorrer do tempo – imanente, imaterial, inesquecível – que resolverá, dentro da aura da última chance. Mas a vinculação dos ambientalistas com uma aparente bondade esmaece por completo quando vemos sua perseguição de comunidades sem diálogo algum para simplesmente instalar obras faraônicas como hotéis, parques, lojas de conveniência, e ignorar por completo a vida das pessoas que ali estão. Quando os ambientalistas mentem dizendo que lutam pelo bem dos demais criando estruturas como parques nacionais que não respeitam a individualidade, o direito individual nem o meio ambiente, ficamos chocados, mas é isso exatamente o que fazem. Quando nos escritórios das empresas, nos departamentos de sustentabilidade, vemos pessoas ansiosas para ter uma SUV, ao invés de ir e vir de bicicletas pelas ruas, felizes por não gerar gás carbônico e rindo dos veículos parados, o mais novo oximoro da nossa modernidade repleta de oximoros: sistema educacional ignorante, sitema de transporte paralisador com veículos parados, sistema de comunicação sem conteúdo, sistema de saúde para doentes, sistema de alimentação desnutritiva...

Oximoros, mas o maior deles é dos oportunistas entitulados ambientalistas. Está mais do que na hora desse termo falso, errado, mal aplicado ser abandonado. Dizer que alguém é ambientalista é o mesmo que dizer que alguém tem dois olhos, uma boca, uma cabeça, etc. Todos somosambientalistas. Separar os ambientalistas, ditos bons e muitos não são, dos não ambientalistas, é fazer uso de mitos e mitos e mitos que abundam o consciente coletivo. Todos somos ambientalistas, não dá para tirar isso da regra de vida de todos, assim como não dá para tirar as leis do sol e da lua que regem nossos ciclos, amplamente ignorados pelo vulgo. Ir para seminários de sustentabilidade de helicóptero ou sonhar com uma SUV 4 x 4 e trabalhar num departamento de desenvolvimento sustentável é um oximoro surreal. Eles existem aos borbotões. Sem entendimento algum da situação real do planeta, o fato de sermos todos um e, finalmente, de idéias estapafúrdias convergirem sempre para o mesmo modus operandi que jogou a humanidade na direção de um precipício. Como se isso não importasse para a classe dirigente, mas até eles estão nesse bonde e fazem parte da nossa espécie animal ameaçada de extinção, vai ser engraçado ver o bonde cair e essas pessoas, que poderiam ter escolhido outro rumo para a nossa vida coletiva, descobrirem que estamos todos no mesmo bonde, com o mesmo destino, inseparável, da nossa vida coletiva. A classe dirigente também está ameaçada. Incrível, a hecatombe ambiental global será extremamente democrática.

A classe dirigente além de tudo é corrupta em vários sentidos, porque trabalha para fazer uso do poder em seu benefício, mas, o poder foi feito para servir e não para se servir dele, como escreveu um filósofo da Antiga Grécia (ah os filósofos esquecidos em um erro de milhares de anos, onde nas escolas assuntos como filosofia, ecologia, educação sexual são tabus para um sistema que quer nos prender a todos, pelo sexo que é endeusado, junto com o consumo que assume nossa espécie animal se comportando como vírus num hospedeiro que não pode ser aniquilado).

Então, caros amigos ambientalistas benevolentes, ao invés de manterem atitudes tão discrepantes, parem de se autoentitular ambientalistas e passem a andar de bicicletas nas ruas, de consumir menos, de pregar uma vida simples e comunitária, de fortalecer os eixos democráticos para decisões que sejam cada vez mais em prol de todos e não de alguns interesses particulares que não são nem maiores nem mais importantes que o da nossa coletividade. Abandonem imediatamente a arrogância de não entender o outro lado, ou sequer ouvi-lo, de impor regras sem diálogo onde a única conversa é concordar com o que se pensa sobre determinado assunto. Os tais ambientalistas não podem ser tão oportunistas quanto os saqueadores do nosso planeta e do nosso futuro animal, nem tão cegos a ponto de achar que a simples criação de parques nacionais e de negociação de carbono com os mitos de economia de baixo carbono ou energia limpa serão suficientes para reformular nossa existência sócio-econômica e impedir o pior que cada vez mais se avizinha contra todos nós.

É isso, o recado é esse. Eu sou ambientalista, como todos os terráqueos e animais. É realmente necessário eu avisar isso? Quem precisa falar isso, porque será? A vida das pessoas não deveria estar pautapa pelas ações e não pelas palavras?


Hugo Penteado