Bala de Prata... O Golpe Final?
O hashtag da manchete da Folha
*Nassif
Um Estado em luta contra a alienação
Jornalista
Um exemplo é a sonegação de um dado essencial para que se possa compreender todo o desenvolvimento histórico brasileiro: o escamoteamento do caráter capitalista da exploração colonial do país, desde seu início e, depois, sob o jugo imperialista. Nesse caso, como forma de justificar o "progressismo" desenvolvimentista do sistema de espoliação que iria ser adotado como norma no País, optam por alegar que teria existido a continuidade de estruturas de produção de natureza semifeudal ou pré-capitalistas. Um fato incontestavelmente falso.
Assim, enquanto o restante da Europa, menos aquinhoada de colônias ultramarinas desenvolvia formas superiores de atividades capitalistas, seja criando as bases do moderno sistema financeiro, seja com a alteração laboral e associativa das corporações ofício, Portugal, por exemplo, prisioneiro da prodigalidade da Coroa Portuguesa, endividado com os bancos ingleses, via toda a sua riqueza ser drenada. Era o clássico caso do multibilionário pobre. O resultado é que milhares de aventureiros ibéricos e europeus "fizeram a América", ora para fugir da miséria e das doenças que assolavam o Velho Continente, ora para reerguer fortunas perdidas com a mineração, o comércio ou com a exploração agrícola ou pastoril, a partir do trabalho escravo.
É, assim, de fotograma em fotograma que a História nos é apresentada. No Brasil, como não poderia deixar de ser, a Colônia vai ser rica em mitos e heróis, alguns bem perto da lenda, outros, mais simples. O processo histórico de formação econômica do país é objeto de análises políticas que de análises políticas isentas não têm nada, já que negam o movimento - que é a essência de todo processo histórico - e nos apresentam a História como sendo apenas uma sucessão de feitos heróicos, com o cuidado de sempre negar o fator trabalho como a base desse processo.
Foram negros de São Vicente que introduziram a siderurgia em Minas Gerais, pelo primitivo processo dos cadinhos, o que aliás já era uma técnica africana muito antiga. Ferraduras para animais, aros de roda, instrumentos agrícolas e de mineração eram por eles fabricados. Embora tanto a metalurgia, quanto a siderurgia coloniais brasileiras tenham sofrido forte repressão por parte do capital industrial europeu não-lusitano, foi possível a sua sobrevivência principalmente nas Gerais e zonas periféricas à mineração ou centros de transporte.
Entretanto, como era uma atividade massiva e incapaz de forjar grandes heróis, a não ser nos casos de sonegação e furto fiscal, como acontecia em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, há um forte silêncio sobre tais fatos, ao contrário do falso retrato de heroísmo das predadoras entradas e bandeiras, cujo escopo básico era o lucro imediato com o apresamento de índios e saques a alguns centros de mineração. Ora, como esses fotogramas das entradas e bandeiras foram transformados em mitos heróicos, passaram a simbolizar algo que nunca significaram realmente. Mas, como o sistema necessita criar mitos de permanência, toda uma província e depois um Estado é seduzido pela miragem do que não foi. Um fenômeno que vai sendo cada vez mais forte e trabalhado, não para honrar ou louvar esses tais "heróis", mas para justificar os novos predadores e os processos espoliativos capitalistas.
O resultado é a seqüência de governos "providenciais" e "carismáticos" (sic), como a mídia costuma dizer. Ou seja, em São Paulo, o trabalho político é desenvolvido como uma forma de preservação oligárquica e para que isso tenha sucesso é necessário que a população se oriente na crença da força de "heróis" nos moldes de um Adhemar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf, Franco Montoro, Orestes Quércia, Luiz Antonio Fleury, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
A atual batalha política de São Paulo é cada vez mais estratégica para o país. Justo fazer dessa batalha um dos mais sérios embates contra o neoliberalismo. É um bravo esforço, pois, ao se desvendar a falácia que era e é o poder do tucanato no Estado, foi possível compreender que uma vitória tucana seria o mesmo que consolidar um estado de exceção como algo inevitável e natural. Aliás, esse é o ardil que nos é vendido pela mídia, desde os idos de 1975, quando as teses de Friedman e Hayek sobre o (neo)liberalismo já faziam parte dos currículos universitários e dos governos.
Em São Paulo, a partir de 1979, independentemente dos governantes, há extrema coerência nessa atividade. Uma ação que vai ter o seu ápice com Mário Covas, quando as bases de sustentação do Estado paulista são doadas às empresas privadas, sob o pífio e hipócrita argumento de modernização e reengenharia administrativa - nomes fantasias para o mais deslavado entreguismo do patrimônio público. Alckmin, como um fiel discípulo e seguidor da linha de Mário Covas, o grande líder político (neo)liberal de São Paulo e do país, representa a continuidade dessa política antinacionalista e desumana.
Desse modo, para o Estado de São Paulo e para os paulistas comuns - aqueles que não fazem parte do sistema em termos de poder e servidão - é chegada a hora de construir sua desalienação política. Fazer com que todos esses isolados fotogramas de sua História passem a ter movimento e, com isso, surja o nexo que irá lhes garantir a libertação desse secular jugo capitalista.
Hoje, o povo paulista, analisando a verdadeira História de seu Estado e compreendendo o que está em jogo nas próximas eleições, pode perceber que estão presentes as reais condições para a sua liberdade.
Venceremos!
Na americana Califórnia, nesta sexta, 3, foi apresentada a primeira publicidade televisiva para promover o uso terapêutico da maconha, informa o jurista Wálter Maierovitch. Lá, está em debate a aprovação de um projeto de lei que libera drogas e permite ao Estado faturar com impostos.
1. Ontem, na Califórnia, foi apresentado o primeiro spot televisivo para promover o uso terapêutico da maconha.
O anúncio foi transmitido pela rede de televisão KTXL, uma afiliada da Fox.
No vídeo de 30 segundos aparecem brancos e afro-americanos a falar a respeito dos benefícios do consumo de maconha para fim médico-terapêutico.
Além da fala, aparece nas tela escrito com explicações a respeito da utilidade da maconha no tratamento daqueles que sofrem de diabetes, hipertensão, hepatite etc.
A inserção não agradou os que são contrários à lei californiana que permite às pessoas, mediante receita médica, adquirirem maconha para uso terapêutico.
PANO RÁPIDO.
Prossegue na Califórnia o debate para aprovação do projeto de lei que libera drogas, com o Estado a faturar os tributos.
Enquanto isso, reuniu-se a autodenominada Comissão Global para as Políticas das Drogas.
Essa comissão é guiada por Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria (que presidiu a Colômbia ao tempo dos grandes cartéis de Escobar, Orejuela etc) e Ernesto Zedillo (presidiu e quebrou economicamente o México, num período que apenas a economia dos cartéis foi próspera).
A comissão entendeu, como primeira proposta aprovada, declarar que a política de guerra às drogas faliu.
Grande descoberta. Certamente, ficará marcada na história da humanidade essa contribuição de FHC, Gaviria e Zedillo. Uma conclusão inédita que só os três (que criminalizaram o consumo de drogas nos seus governos) e a torcida do Flamengo sabiam.
Os ataques de Serra contra Dilma são os ataques da oposição, oposicionistas contra o governo mais popular da História do Brasil que é o governo Lula e em time que está ganhando não se mexe e o governo Lula o Brasil e o povo está ganhando e não se mexe. O Brasil melhorou no governo Lula e o povo sente essa melhora na vida do povo com os programas sociais: Bolsa-Família, ProJovem, ProUni, cotas sociais nas universidades, ENEM, Luz Para Todos, PAC(Programa de Aceleração do Crescimento). Dilma presidente para o Brasil seguir mudando com Justiça Social, transformação social com desenvolvimento econômico, crescimento econômico de 5% a 7% do PIB ao ano para o Brasil ser a 5ª maior economia do mundo já que o Brasil é a 8ª maior economia do mundo atrás apenas dos EUA, China, Japão, Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Brasil. Lula é Dilma e Dilma é Lula!!!
Domingo, 05 Setembro, 2010
Serra está desesperado, é o desespero da derrota anunciada!!! Serra tentou até um Golpe contra Dilma e contra a Democracia brasileira em pleno ano 2010 fora do contexto mundial que não aceita mais Golpe contra a Democracia. Os ataques de Serra contra Dilma é a certeza da vitória de Dilma que se aproxima. O Brasil quer Dilma e Lula, Lula e Dilma o governo mais popular da História do Brasil e quiçá do mundo!!! Serra faz ataques desesperados, de derrotado, fracassado, perdedor,… Não se chuta cachorro morto, NÃO SE CHUTA CACHORRO MORTO!!! Os ataques desesperados da oposição contra Dilma e contra o governo mais popular da História do Brasil que é o governo Lula só fazem o povo saber que a posição querem destruir o presidente Lula, o governo Lula. A oposição quer destruir o presidente Lula e o povo não vai deixar que isso aconteça, porque Lula é povo, o povo é Lula e Lula é do povo, popular, carismático, Estadista, Líder mundial, o político mais popular do mundo como disse Barack Obama presidente dos EUA. LULA É O POLÍTICO MAIS POPULAR DO MUNDO!!!!
Domingo, 05 Setembro, 2010
O Brasil não pode voltar para as mãos dos escravocratas de FHC(Fernando Henrique Cardoso) do PSDB. Dizem que no Brasil ainda tem trabalho escravo ou semi-escravo em grandes fazendas, propriedades rurais, latifúndios.
Domingo, 05 Setembro, 2010
12/03/2004 – 10:10
Crédito continua livre para escravocratas
Proposta contra financiamentos a pessoas e empresas que entrem na “lista suja” do trabalho escravo emperra por falta de mecanismos que deveriam ser criados pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central
Por Leonardo Sakamoto
Um ano depois do lançamento do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo pelo próprio presidente Lula, o Ministério da Fazenda e o Banco Central ainda não colocaram em prática a proposta de levantar restrições ao crédito às pessoas e empresas que utilizam mão-de-obra escrava.
http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=232
Domingo, 05 Setembro, 2010
Serra precisa ouvir a pop star Lady Gaga a musa do povo. Lady Gaga sim é popular, do povo. Só um vídeo de Lady Gaga foi exibido mais de 250 milhões de vezes no YouTube. Justa Dance pra Serra!!!
Se Dilma for popular como Lady Gaga que é popular e Lula é popular e todos os líderes mundiais são populares e o popular é que faz sucesso em todo o mundo!!! Toca Lady Gaga Just Dance pra Serra kkkkkkkkkkkk!!!
http://www.youtube.com/watch?v=sSHnZpfRZ2I
Domingo, 05 Setembro, 2010
Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo seus feixes. Sl.126:6
Hoje no culto o Rev citou êste Salmo e imediatamente me lembrei da Dilma.
Que Deus a abençoe sempre ela é predestinada.
Domingo, 05 Setembro, 2010
É DE CAUSAR NOJO ESSES " MA LL AS " DA DIREITA E SUAS FILHINHAS " METRA LL HAS " ( DASLU-ALKIMIN /SERRA-VERÔNICA-DANTAS) ... >>
GUILHOTINA NE LL ES !!! >>
>>
Domingo, 05 Setembro, 2010
É DE CAUSAR NOJO ESSES " MA LL AS " DA DIREITA E SUAS FILHINHAS " METRA LL HAS " ( DASLU-ALKIMIN /SERRA-VERÔNICA-DANTAS) ... >>
GUILHOTINA NE LL ES !!! >>
>>
Domingo, 05 Setembro, 2010
Bom dia, Helena!
Esse post, para mim, é uma oração. Situações como essa, reforça a certeza que temos que continuar o trabalho pelas políticas públicas, possibilitadas no Governo Lula.
Domingo, 05 Setembro, 2010
E como Dona Neusa existe muitos cidadãos no governo Lula.
Domingo, 05 Setembro, 2010
Milagre!! O PIG já admite publicar uma reportagem dessas? Já tá virando a casaca? Contra fatos não há argumentos. Não é possível que 80% da população brasileira esteja enganada em reconhecer o governo LULA.
A propósito, a folha acaba de noticiar que TUCANOS "originais" querem refundar o PSDB.(depois de ter afundado o país) Rapaz, é uma choradeira geral! Pelo menos há um surto de "falsa humildade" na reportagem. Vejam:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/794204-para-tucanos-originais-psdb-deve-ser-refundado.shtml
Não sei se é apra rir ou prá chorar! Mas a Folha tucana publicou.
Paulo Gondim
Domingo, 05 Setembro, 2010
O inconcebível Lula
FHC, o farol, sociólogo, entende de sociologia tanto quanto o governador de São Paulo pelo PSDB, José Serra, entende de economia.
*Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres a condição de consumidores.
*Lula, que não entende de economia, pagou as contas do entreguista FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda dá algum aos ricos…
*Lula, que não entende de educação, pois a oposição e a mídia o classificam como analfabeto e burro, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos e ainda criou o PRÓ-UNI onde filho de pobre vai à universidade…
*Lula, que não entende de finanças, nem de contas públicas elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares e não quebrou a previdência como dizia FHC…
*Lula que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo… mas o PIG (Partido da Imprensa Golpista) entende de tudo acha que não…
*Lula que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, Lula não entende de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país a liderança mundial de combustíveis renováveis…
*Lula que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8
*Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou as favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul e especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista, tem transito livre com Chaves, Fidel, Obama, Evo etc... bobo que é cedeu a tudo e a todos
*Lula que não entende de mulher, nem de preto, colocou o primeiro negro no supremo (desmoralizado por brancos), colocou uma mulher no cargo de primeira ministra e vai fazê-la sua sucessora.
*Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
*Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora do Estado investir e hoje (o PAC) é um amortecedor da crise…
*Lula que não entende de crise, mandou abaixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre…
*Lula que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado como uma das pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual…
Lula não entende nada de nada e mesmo assim é melhor que todos os outros…
* Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha uma empatia e uma relação direta com Bush, notada até pela imprensa americana. E agora já tem a empatia do Obama.
* Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador lá, nos states.
*Lula, que não entende de geografia, pois nunca viu um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas.
*Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
*Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado dentro e fora do Brasil.
*Lula que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo já é cotado pelos Palestinos para dialogar com Israel.
Domingo, 05 Setembro, 2010
Depois dessa campanha do Serra, eu quero que o PSDB desapareça da face desse país. Antes eu pretendia votar para Senadores do psdb e, para governador, no Anastasia, assim como meus familiares tambêmn,mas agora depois de vermos com que cartas essa gente joga,e a falta total de ética, nós jamais votaremos em alguem desse partido e aliados.
Desapareça corja maldita!
Ainda bem que logo na minha primeira eleição (tenho 17 anos) já identifiquei onde não depositar o meu voto.
Domingo, 05 Setembro, 2010
Se for tirar as pessoas que usam mensalão no PSDB não ninguém e nem o candidato e enm o vice que adora merenda de crianças. Agora só quem fez mensalão foi collor e sarnei e Dirceu. Por que não falar em Eduardo Aazeredo, Arruda, Yeda Cruz e companhia, e o finado Malhães de Minas. e milhares de Serrista e demonianos. tudo isso eles esquecem, mais os eleitores Serra não esquecem não.
Domingo, 05 Setembro, 2010
Dilma nós estamos com você!
Melhore mais a educação para que as pessoas possam se desenvolver plenamente. Eu gosto quando chego na minha universidade pública e vejo gente de toda cor e classe!
Mesmo que as pessoas não reconheçam depois, vale a pena você fazer o certo e saber que no fundo fez o bem, e deu chance das pessoas terem uma vida de ser humano digno.
Convença o Lula a se candidatar de novo depois que você for reeleita presidente!
Domingo, 05 Setembro, 2010
E obrigado pelo que você fez por nós, combatendo a ditadura. Outros fugiram com o rabo entre as pernas e agora ficam querendo posar de bons!
Se o Lula mandou uma carta a este blog, é certo que vocês devem ler essas linhas.
obrigado
Saiu no blog Os Amigos do Presidente Lula:
Em tempo: o Instituto Barão de Itararé e o CloacaNews também processarão Serra para saber quem são os “blogs sujos” que vivem á custa da grana do Lula.
Por uma série de boas razões que não vale a pena declinar agora estou a colecionar aleivosias variadas perpetradas contra CartaCapital. Calúnias, para ser preciso. Em um texto de quatro anos atrás, um colega (colega?) jornalista chegou a afirmar em papel impresso que apoiamos a candidatura de Lula à reeleição para, em troca, contar com a presença do presidente da República na cerimônia anualmente realizada para premiar as empresas mais admiradas no Brasil. Tratou-se, segundo o autor, de uma verdadeira operação comercial, na linha do do ut des, ou facio ut facias.
Há quem some periodicamente os anúncios publicados em CartaCapital para registrar quantos são do governo e quantos da iniciativa privada. Há quem sustente que o próprio presidente da República nos encomenda reportagens convenientes à sua política, por exemplo, algumas de anos atrás a respeito de Hugo Chávez. Mas que fazer? Mino Carta não tem “capacidade” de atestar sua honradez.
Outro é o tom da carta de um jovem estudante de jornalismo (não cito o nome para não constrangê-lo). Ele fica “ávido em receber CartaCapital toda semana” porque a considera “a vanguarda da imprensa brasileira”. Mesmo assim, confessa ter dúvidas a respeito da nossa posição a favor de Lula e de Dilma Rousseff. Será que exageramos? Neste mesmo espaço, inúmeras vezes, e em outros da revista, fomos severos críticos do governo e não pretendo agora voltar a este assunto.
Temos, porém, a convicção de que Lula é um divisor de águas na história do País. Em primeiro lugar, porque um ex-metalúrgico chegou ao poder em lugar dos costumeiros engravatados e a maioria dos brasileiros achou-se muito bem representada. Tal seria, de alguma forma, um mérito involuntário, embora determinante de uma identificação que garante de saída a popularidade. -Há -outros, contudo, e são do seu governo.
Dois, sobretudo, na visão de CartaCapital. Nestes últimos oito anos, a preocupação social inspirou diversas ações governistas, de maneira muito mais clara e firme do que em governos anteriores. Além disso, deu-se com Lula uma alteração profunda na política exterior, altamente benéfica a nosso ver. Colham as provas na satisfação reinante nas classes menos favorecidas e no prestígio de que gozam mundo afora o País e seu presidente.
Muito há por fazer em termos de política econômica. A industrialização clama por políticas destinadas a apressar a transformação de um país exportador de commodities e sair dos impasses criados por uma taxa de juros recordista mundial. CartaCapital acredita que Dilma Rousseff não significa somente a continuidade, mas também condições de avançar em relação aos efeitos positivos da atuação de quem a precedeu.
O que mais tenho procurado, e aqui falo na primeira pessoa, é defender a minha honra, meu único capital. O estudante acredita que eu já tenha praticado o jornalismo dos donos do poder por ter sido o primeiro diretor de redação de Veja. Permito-me um passeio pelo passado. Desde quando saí da Veja, tenho de inventar meus empregos, porque não há lugar para mim na chamada grande (grande?) imprensa. Os interesses deles não coincidem com os meus. Só um dos patrões do pretenso quarto poder me ofereceu espaço no seu jornal, Otavio Frias de Oliveira e, a despeito das diferenças entre nós, não o esquecerei até o fim da minha vida.
Ah, sim, me demiti da direção da Veja para não ser despedido, ao contrário do que afirma em seu Notícias do Planalto Mario Sergio Conti. Não me surpreendeu que depois de me entrevistar longamente, ele tenha preferido publicar a versão do patrão Civita. Passo a expor a verdade factual, e desafio até quem me difama obsessivamente a provar o contrário.
Veja sofria censura feroz, enquanto a Editora Abril pretendia um empréstimo de 50 milhões de dólares (estamos em meados dos anos 70) para consolidar no Brasil dívidas contraídas no exterior. O próprio ditador Geisel, pela boca de Armando Falcão, ministro da Justiça (Justiça?), decretou seu niet, a não ser que se livrassem do acima assinado. Quem tiver dúvidas a respeito, leia o livro Fragmentos de Memória, de Karlos Rischbieter (Travessa dos Editores, 2007), que presidia então a Caixa Econômica Federal, à qual a Editora Abril recorrera.
Tirei o meu modesto time de campo antes da expulsão. Pela elementar razão de que me recusava a negociar minha saída. Quem sabe levasse um bom dinheiro, espécie de comissão sobre o empréstimo da Caixa a ser concedido juntamente com o fim da censura. Ocorre que não queria um único, escasso centavo saído dos bolsos de Victor e Roberto Civita. Vici e Arci: assim hão de ser pronunciadas suas iniciais.
É enredo miúdo, em comparação de tantos outros de vítimas da ditadura. De todo modo, o que me surpreende é um certo desconhecimento dos fatos por parte de um estudante de jornalismo. Está bem se ignora o meu passado, que não conheça a verdadeira história da censura é desolador. Tanto mais por não ser culpa dele. As responsabilidades são óbvias. O pouco caso com a memória antes de mais nada, traço característico da sociedade nativa. E logo após a escola incompetente, talvez inútil.
Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redação@cartacapital.com.br
Brasil De Fato – [Dafne Melo] pelo Diário da Liberdade:
O país, que era visto como um aliado do imperialismo europeu e estadunidense na região, apoiando inclusive Israel, tem repensando sua política externa nos últimos anos
Numa posição geográfica estratégica, entre a Europa e o Oriente Médio, a Turquia, país muçulmano, tem, nos últimos anos, voltado a fazer parte da comunidade árabe. “Em parte, essa aproximação se dá porque ela não tem visto muito futuro em suas relações com a Europa”, explica Paulo Hilu, professor do Departamento de Antropologia da UFF.
O país, que era visto como um aliado do imperialismo europeu e estadunidense na região, apoiando inclusive Israel, tem repensando sua política externa nos últimos anos. O apoio, ao lado do Brasil, ao desenvolvimento de tecnologia nuclear por parte do Irã, o envio da Flotilha da Liberdade à Faixa de Gaza no fim de maio e a posterior condenação ao ataque de Israel são exemplos. O país também condenou a operação Chumbo Grosso, como ficou conhecido o massacre à população palestina em Gaza no fim de 2008 e início de 2009.
“A Turquia tem se distanciado de Israel, pôs fim aos treinamentos militares conjuntos, por exemplo. No Fórum de Davos, ano passado, o premiê turco [Recep Tayyip Erdogan] saiu de uma mesa após uma discussão com o presidente israelense, Shimon Peres, sobre o ataque a Gaza”. Na ocasião, Erdogan disse a Peres “você está matando gente”, e foi cortado por um moderador.
Para Arlene Clemesha, da USP, a Turquia, que possui o segundo maior exército da Otan, ainda é uma aliada e não irá se alinhar totalmente ao Irã, mas pode ser um fator de desequilíbrio dependendo de sua posição. “A Turquia tem tido uma postura crítica sobre algo que de fato é totalmente criticável. Antes podia até discordar, mas não tinha força para se colocar. Agora tem”, conclui.
*estadoanarquista
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