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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 11, 2010

11 de setembro 1973 Chile / e em NY usa 2001






A Batalha do Chile

Confesso que não pensei publicar esses vídeos por serem, de certa forma, de longa duração. Entretanto, quando os vi publicados por Cristóvão Feil e por Idelber Avelar e ainda, revendo-os mais uma vez, senti que teria que compartilhar essa verdadeira aula de História com meus amigos.
Portanto, deixo com voces o imperdível documentário (completo) "La Batalla de Chile". Embora narrado em espanhol, é de fácil compreensão.
Assim, fiquem com a história do golpe de Estado ao governo legítimo de Salvador Allende. Bom proveito!



11 de setembro de 1973, Santiago do Chile





A estratégia do golpe e o advento do neoliberalismo

Neste documentário, chamado A Batalha do Chile, o diretor Patricio Guzmán conta com grande realidade e crueza o golpe civil-militar de 11 de setembro de 1973 que derrubou o governo constitucional de Salvador Allende, no Chile. Sempre, claro, com a inestimável ajuda dos Estados Unidos.

O Chile acabou servindo de laboratório do neoliberalismo para as suas políticas de submissão às economias centrais e ao sistema financeiro mundial.

Quando Pinochet dá o golpe em 11 de setembro, já o faz em nome de um plano econômico chamado El ladrillo, formulado por economistas chilenos e estadunidenses egressos da Universidade de Chicago, os chamados Chicago-boys, devotos da conhecida escola econômica austríaca, que visa glorificar a moeda e promover a hegemonia completa do capital financeiro, em detrimento da produção, do trabalho e da promoção de políticas sociais que diminuam a desigualdade.

Assim, o ciclo ultraliberal, a hegemonia avassaladora do capital financeiro e a ideologia do pensamento único, iniciado em 11 de setembro de 1973, no Chile, contamina o mundo inteiro através do fenômeno da globalização (aliado à aplicação intensiva das novíssimas tecnologias da informação) e se fecha simbolicamente em 15 de setembro de 2008 com a liquidação do banco Lehman Brothers e o abalo estrutural do sistema capitalista que se estende até os nossos dias, num arco temporal de quase quatro décadas.

O vídeo tem 1h25min. A rigor, esta é a segunda parte de um documentário de mais de quatro horas. A primeira parte deste filme (Insurreição da burguesia) pode ser visto aqui. Vale a pena. Ainda tem uma terceira parte denominada El poder popular. Você pode baixar todos os três vídeos aqui.



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnHqH9aWMe1xV5cWZqLyPHZtrArTQ6YaK0RLWKtJZmrNwjEWNKDMbTd99y9yOY37Y_CMzXtuDfoOW0bLwbozYmbT6mZMGrD8S7rLij4e6dsyJe7XlQoUG6xrT-ZAdhwVFVu3B6W95cys_7/s1600/Orlando_Lagos.jpg

Para matar o Homem da Paz




Poema "Allende" de Mario Benedetti. Homenagem a Salvador Allende en Amberes/Bélgica no ano em que se festejou o centenário de seu nascimento. Interpretação de Roberto Olmedo Ulloa, música de Felix Crocco


Para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla,
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que congregar todos los odios
y además los aviones y los tanques,
para batir al hombre de la paz
tuvieron que bombardearlo, hacerlo llama,
porque el hombre de la paz era una fortaleza

Para matar al hombre de la paz
tuvieron que desatar la guerra turbia,
para vencer al hombre de la paz
y acallar su voz modesta y taladrante
tuvieron que empujar el terror hasta el abismo
y matar mas para seguir matando,
para batir al hombre de la paz
tuvieron que asesinarlo muchas veces
porque el hombre de la paz era una fortaleza,

Para matar al hombre de la paz
tuvieron que imaginar que era una tropa,
una armada, una hueste, una brigada,
tuvieron que creer que era otro ejercito,
pero el hombre de la paz era tan solo un pueblo
y tenia en sus manos un fusil y un mandato
y eran necesarios mas tanques mas rencores
mas bombas mas aviones mas oprobios
porque el hombre de la paz era una fortaleza

Para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla,
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que afiliarse para siempre a la muerte
matar y matar mas para seguir matando
y condenarse a la blindada soledad,
para matar al hombre que era un pueblo
tuvieron que quedarse sin el pueblo.

Mario Benedetti

O outro 11 de Setembro, foi em 1973. Este 11 de Setembro apesar de não ser mediatizado até à exaustão, como o outro, causou sem dúvida muito mais sofrimento e muitas mais vítimas inocentes.

Depois do ataque às torres gémeas de Nova Iorque, 11 realizadores foram convidados para fazer um filme sobre o 11 de Setembro. Esta é a brilhante contribuição de Ken Loach que traça um paralelo com um outro 11 de Setembro.

*GilsonSampaio

Fora PIG "Partido da Imprensa Golpista"






Eu apoio blog sujo!

Aderirimos à campanha de apoio aos blogs sujos. Uma questão de coerência da NovaE.

Desde de 1999 a revista busca estar na linha de frente contra o atraso que representa a trinca PSDB/DM/PPS. Ora, todos nós conhecemos o "Zé" Serra, como ele quer ser chamado.

Mas sabemos muito bem com quem ele anda; o que ele pensa; quem de fato ele é. Tudo por causa dos blogs sujos. Portanto, quando ele diz sujo, com certeza ele quer dizer corajosos, bravos e destemidos blogs.

É assim que entendemos. Preferimos estar entre os sujos, do que na limpeza eugênica da grande mídia.

Escolha seu selo. Coloque no seu blog ou site. (Com imagem by @pituca_amiglo - Blog Clipping do Mario)



* André Lux


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Sexo é bom tântrico é melhor






Qual a diferença entre o sexo normal e o sexo tântrico?



Venus

Seu ato sexual e o sexo tântrico são fundalmentalmente diferentes. Seu ato sexual é para aliviar; é como dar um bom espirro. A energia é jogada fora e você fica aliviado. Isso é destrutivo, não é criativo. É bom, terapêutico. Ajuda você a relaxar, nada mais. O sexo tântrico é diametralmente oposto e completamente diferente. Não é para aliviar, não é para jogar energia fora. É para permanecer no ato sem ejaculação, sem jogar energia fora; permanecer no ato excitado — apenas na parte inicial do ato, não no final. Isso muda a qualidade — a qualidade final é diferente. Tente entender duas coisas. Existem dois tipos de clímax, dois tipos de orgasmos. Um tipo de orgasmo é conhecido. Você chega ao pico da excitação, depois você não pode ir além disso: o fim chegou. A excitação chega a um ponto onde isso se torna involuntário. A energia pula para dentro de você e sai. Você fica aliviado, descarregado. A carga de energia é jogada; aí você pode relaxar e dormir. Você está usando o sexo como tranquilizante. É um tranquilizante natural, o ajudará a dormir bem — se sua mente não estiver oprimida pela religião. Caso contrário, mesmo o tranquilizante não vai fazer efeito. Se sua mente não estiver oprimida pela religião, só então o sexo pode ser algo tranquilizante. Se você sente-se culpado, mesmo seu sono será perturbado. Você se sentirá deprimido, você começará a se condenar e fará juramento de que não se entregará mais. Então o seu sono se tornará um pesadelo depois. Se você é um ser natural não oprimido pela religião e pela moralidade, então o sexo pode ser usado como um tranquilizante. Este é um tipo de orgasmo — chegar ao pico da excitação. O Tantra é centrado em outro tipo de orgasmo. Se nós chamarmos o primeiro tipo de orgasmo do pico, você pode chamar o orgasmo do Tantra de orgasmo do vale. Nesse tipo de orgasmo, você não chega ao pico da excitação, mas no vale mais profundo do relaxamento. A excitação tem que ser usada por ambos no começo. É por isso que eu digo que no começo eles são iguais, mas no fim eles são totalmente diferentes. A excitação tem que ser usada por ambos: ou você alcança o clímax da excitação ou o vale do relaxamento. Para o primeiro, a excitação tem que ser intensa — cada vez mais intensa. Você tem que crescer na sua excitação, você tem que ajudá-la a crescer em direção ao pico. No segundo, a excitação é apenas o começo. E uma vez que o homem tenha penetrado, ambos, amante e amado podem relaxar. Nenhum movimento é necessário. Eles podem relaxar num abraço amável. Quando o homem sentir ou a mulher sentir que a ereção vai ser perdida, então é necessário um pequeno movimento para voltar a excitação. E depois relaxe novamente. Você pode prolongar esse abraço intenso por horas, sem ejaculação, e depois ambos podem adormecer juntos. Este é o orgasmo do vale. Ambos estão relaxados, e se encontram como dois seres relaxados. No orgasmo comum, vocês se encontram como dois seres excitados, tensos, tentando descarregar suas energias. O orgasmo comum parece loucura; o orgasmo tântrico é uma profunda, relaxante meditação. Você talvez não esteja consciente disso, mas esse é um fato da biologia, da bioenergia, onde mostra que o homem e a mulher são forças opostas. São o negativo e o positivo, o yin e o yang, ou qualquer coisa que queira chamá-los — eles estão desafiando-se mutuamente. E quando ambos se encontram num profundo relaxamento, eles se revitalizam um no outro. Ambos se revitalizam, tornam-se geradores, sentem-se mais vivos, tornam-se radiantes com a nova energia, e nada é perdido. Apenas pelo encontro com o polo oposto a energia é renovada. O amor tântrico pode ser feito tanto quanto quiser. O ato sexual comum não pode ser feito da mesma forma porque você está perdendo energia ao fazê-lo, e seu corpo terá que esperar para recuperar. E quando você recupera energia, você irá perdê-la novamente. Isso parece absurdo. Sua vida inteira é gasta em ganhar e perder, recuperar e perder. Isso acabou virando uma obsessão. A segunda coisa a ser lembrada: você talvez tenha ou talvez não tenha observado que quando você olha para os animais, você nunca os vê desfrutando o sexo. Nas suas relações sexuais, eles não estão sentindo êxtase ou desfrutando. Olhe para os macacos, para os cães ou para qualquer outro tipo de animal. Em seus atos sexuais você não pode ver que eles estão sentindo êxtase ou desfrutando — você não pode! Parece ser um ato mecânico, uma força natural os empurrando em direção ao ato sexual. Você já observou macacos em suas relações sexuais? Depois do ato sexual eles se separarão. Olhe para eles: não há nenhum êxtase neles, é como se nada tivesse acontecido. Quando a energia empurra pra fora, quando a energia é muita, eles a descarregam. O ato sexual comum é exatamente como isso, mas os moralistas dizem exatamente o contrário. Eles dizem: "Não se entregue, não desfrute." Eles dizem: "Isso é como os animais fazem." Isto está errado! Os animais nunca desfrutam; só o homem pode desfrutar. E quanto mais fundo ele desfrutar, mais elevada será a humanidade. E se seu ato sexual pode torná-lo meditativo, extático — o mais alto é alcançado. No ocidente, Abraham Maslow tornou este termo — experiência de pico — muito formoso. Sua excitação chega até o pico, e depois cai. É por isso que, depois de todo o ato sexual, você sente uma queda. E é natural porque você está descendo de um pico. Você nunca sentirá isso depois de uma experiência com o Tantra. Você não se sente caindo. Você não pode cair além daquilo porque você está num vale. Melhor, você está subindo. Depois que você faz sexo tântrico, você percebe que subiu, não caiu. Você sente que está com energia, mais vitalizado, mais vivo, radiante. E esse êxtase continuará por horas, até mesmo dias. Isso depende de quanto profundamente você estava. Se você se move dentro do sexo tântrico, mais cedo ou mais tarde você perceberá que ejaculação é perda de energia. Não há necessidade disso — a menos que queira ter filhos. E com uma experiência tântrica você sentirá um profundo relaxamento durante o dia todo. Após o ato sexual tântrico, e mesmo por dias você se sentirá relaxado — você se sentirá tranquilo, à vontade, não-violento, sem raiva, não-deprimido. E esse tipo de pessoa nunca é um perigo para os outros. Se ele puder, ele ajudará os outros a serem felizes. Se ele não puder, pelo menos ele não fará ninguém infeliz. Só o Tantra pode criar um novo homem, esse homem que pode conhecer o eterno, o não-ego, e uma profunda não-dualidade com a existência crescerá.
Osho, em "O Livro do Homem"
*comtextolivre

sexta-feira, setembro 10, 2010

Contra fatos não há argumentos






A economia arrumada e a surra dos fatos


Nos anos 70, o Brasil crescia num ritmo que hoje qualificaríamos como “chinês”. Só que não distribuía renda. Sob ditadura militar, os czares da economia (como o professor Delfim Neto) diziam que era preciso “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”. Na oposição, a turma de economistas do MDB (Maria Conceição Tavares e Celso Furtado eram as bússolas dessa turma) dizia que era possível, sim, crescer e distribuir renda – ao mesmo tempo. Não foram ouvidos.

O modelo de concentração dos militares deixou o Brasil mais injusto, e ainda nos legou a hiperinflação, que explodiu no colo de Sarney. Quando o MDB chegou ao poder, a casa estava tão desarrumada que eles não conseguiram dar jeito: Planos Cruzado 1 e 2, Bresser… E nada. O caldo entornou, e o liberalismo à moda Margareth Tatcher parecia a única receita à mão.

Nos anos 90, sob FHC, o Brasil controlou a inflação mas esqueceu de crescer. Limitações estruturais, diziam os tucanos, impediam o país de ter uma economia equilibrada e forte ao mesmo tempo. Parecia maldição.

Sob Lula, finalmente, a equação fechou. Hoje, temos crescimento semelhante ao da época da ditadura, distribuição de renda e inflação sob controle. Não é à toa que Conceição Tavares (que também foi professora de Serra) escolheu votar em Dilma. O governo petista botou em prática a receita dos economistas do MDB. Lula expandiu o mercado interno, transformou o capitalismo para poucos (marca brasileira) num capitalismo para muitos. É um governo social-democrata, com tinturas brasileiras. Mercado relativamente livre, mas com a mão do Estado sempre pronta para agir. Estado democrático, aberto e plural – diga-se, nesse momento em que os tucanos desesperados apelam e tentam vender a imagem de que o país caminha para a ditadura. Só rindo muito…

O Banco Central acaba de sinalizar que os juros devem voltar a cair no Brasil. O “Estadão” até deu um tempo nas manchetes sobre o “escândalo” da receita, para reconhecer o óbvio. E por que os juros caem? Porque a inflação voltou pra perto de zero (pelo terceiro mês seguido). No acumulado de 12 meses, a taxa está abaixo da meta de 4,5%. Ao mesmo tempo, a economia cresce em torno de 7% a 8%. E a miséria se reduz.

Ah, o Lula tem sorte, diziam meus amigos tucanos durante o primeiro mandato. “Ele não pegou crises bravas, como o FHC”.

Aí veio 2008, os EUA desmancharam (a tal ponto que brasileiros compram até o Burger King), e a Europa ameaçou ruir…

E o Brasil?

O Brasil cresce, com inflação sob controle e distribuição de renda. Isso é sorte? Ou é escolha e ação?

Quando a crise veio, há dois anos, os “consultores” liberais diziam que Mantega/Lula estavam errados por expandir o gasto público e usar os bancos estatais na reação ao tumulto financeiro mundial. A velha receita dos consultores e economistas atucanados era: apertar o cinto, reduzir gastos. Isso teria lançado o Brasil numa espiral invertida, de estagnação e desemprego. Confiram o que estou falando nesse ótimo vídeo.

Lula/Mantega fizeram a escolha oposta: gastar, e colocar os bancos estatais pra emprestar. Ajudaram a economia a reagir, não com dinheiro público a fundo perdido na mão de banqueiros e empresário privados (como fizeram Obama e Merkel, por exemplo). Mas com empréstimos, que serão pagos.

Por que o Brasil pode reagir à crise? Porque não privatizou seus bancos públicos. Caixa Economica Federal, Banco do Brasil e BNDES cumpriram um papel decisivo. O programa tucano incluía privatizar tudo, como se fez na Argentina – sob Menem.

O desafio de Dilma é manter tudo isso, e recuperar a capacidade de inovação da Indústria brasileira. O país não pode mais assistir sua balança comercial ser engordada quase que apenas com produtos primários. O Brasil precisa escolher alguns setores-chave e fortalecer sua indúsria nessas áreas. O Brasil precisa ter montadora nacional de carros, fábricas de computadores (ou, ao menos, de componentes para computadores). Esse é o desafio. Não podemos andar pra trás e virar uma fazenda pra alimentar chinês!

Poucos países no Mundo possuem a estrutura pública para crédito que o Brasil conseguiu manter. Os EUA não tem um BNDES. A China tem ferramentas parecidas com as brasileiras. Mas sob partido único, e sem liberdade.

Não se trata de discurso de “jornalista petralha”, como dizem por aí blogueiros (eles, sim) apedeutas e sujos.

Não é à toa que economistas não-alinhados com os velhos liberais brazucas reconhecem os avanços. Como fez o italiano Pier Carlo Padoan, nessa entrevista à BBC.

E não é à toa que a Ana – a moça que faz a limpeza e a arrumação lá em casa – chegou outro dia para trabalhar dirigindo o carro que comprou – financiado.

Perguntei para a Ana o que ela acha das denúncias contra o Lula. “No meu bairro, lá na periferia da zona leste, ou na minha terra, lá na Bahia, se o sujeito falar mal do Lula e da turma do Lula, ele corre o risco de apanhar.”

Bem, de certa forma, é o que os tucanos estão aprendendo agora. Estão levando uma surra. Quanto mais usam a velha mídia para bater no PT e em Lula, maior é a pancada que lhes volta na testa.

É uma surra dos fatos, dos números da economia. E vai virar uma surra de votos.

*Oescrevinhador

Os Imperialistas e o seu fim






The Economist como que reconhece o fim da nossa subalternidade

Mas no fundo, apenas lamenta a perda definitiva de suas colônias
Recebi há pouco esta mensagem do professor Antonio David Cattani, que está estudando em Oxford:
No último número do The Economist (capa acima) saiu uma matéria sobre a América Latina. Ela pode ser considerada o reconhecimento pelo mainstream econômico mundial do fim da subalternidade cucaracha.

O mapa invertido, imagem que o pintor uruguaio Torres-Garcia já havia criado lá pelos anos 1930, com o título "O Norte é o Sul", é simbólico da mudança de percepção (imagem ao lado).
Longe de ser elogiosa, a matéria é escancaradamente preconceituosa, imperialista e, ao mesmo tempo, ingênua. Os cripto-liberais do Economist foram obrigados a reconhecer que o subcontinente não é mais o quintal dos USA, que os governos mais à esquerda estão conseguindo alterar profundamente a economia, associando transformações materiais com avanços sociais. De certa maneira, fazendo exatamente o contrário do que a revista apregoou nos últimos vinte anos.
Mas, os liberais-imperalistas não conseguem se conter e adoram pontificar do alto da sua prepotência e arrogância. Cada ponto positivo mencionado é seguido por críticas insidiosas, cada melhoria é acompanhada por recomendações que, seguidas à risca, produziriam o efeito contrário do que está sendo implementado pelos governos soberanos da região.

Na verdade, o que eles pretendem é recuperar a capacidade de ditar regras, é reconstruir as relações de dependência e subalternidade que no passado faziam da América Latina capacho, quintal e "reserva de caça" dos interesses das potências norte-ocidentais.
Ingênuos, continuam acreditando que suas análises e recomendações continuarão sendo consideradas como no passado, quando professores universitários, intelectuais, formadores de opinião colonizados bebiam da sua fonte. A nova intelectualidade e os novos dirigentes latinoamericanos dispensam esse tipo de apregoação. O The New York Times, o Financial Times ou The Economist, estão apenas lamentando a perda das antigas colônias.



Antonio David Cattani é professor titular de Sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Agora, é pesquisador visitante no Latin American Center da Universidade de Oxford, Inglaterra.

*comtextolivre

Revolução na educação brasileira abre oportunidades para os jovens pobres do país

Presidente Lula visita o campus Suzano do IFSP e conversa com alunos. Foto Ricardo Stuckert/PR

A educação brasileira está sofrendo um revolução, dando espaço para jovens pobres ingressarem nas universidades e competirem em igual condição no mercado de trabalho, segundo afirmou o presidente Lula, nesta sexta-feira (10/9), na cerimônia de inauguração do campus Suzano do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).

Em seu discurso, Lula ressaltou a importância do ProUni para a inserção dos jovens das periferias no ensino superior, permitindo-os ter uma profissão e transformar a condição socioeconômica.

“São Paulo é o estado mais rico da federação, tem uma das melhores universidades do Brasil, tem uma educação de excelente qualidade, mas não explica que um estado que completou quase 500 anos só tenha 96 mil alunos estudando em universidades públicas. Mais de 82% estão nas particulares. Daí a importância do ProUni, que já beneficiou 704 mil alunos, permitindo que as crianças pobres façam uma universidade”, afirmou.

Ouça abaixo a íntegra do discurso do presidente Lula.


A Bomba das Privatizações está chegando






“Citco Building”, nas Ilhas Virgens: o verdadeiro mapa da mina aponta para lá


O verdadeiro mapa do tesouro não leva a Mauá

Prestem atenção nesse trecho de uma reportagem assinada por Amaury Ribeiro Junior:

“Spencer concentrava seus negócios caribenhos na caixa postal 662 do Edifício Citco, em Road Town, nas Ilhas Virgens, endereço do escritório da Citco, especializado na abertura de empresas offshore.”

David Eric Spencer é um advogado dos EUA que prestava serviços a Ricardo Sérgio - tucano que atua nos bastidores, foi diretor do Banco do Brasil no governo FHC, durante as privatizações, e é muito próximo a Serra. A reportagem acima é de 2003 e foi publicada pela revista Istoé.

Foi naquela época que Amaury começou a investigar a barafunda financeira do tucanato. Dinheiro que vai, dinheiro que vem. Genro, filha… As seguidas reportagens renderam um processo de Ricardo Sérgio contra Amaury. O jornalista pediu “exceção de verdade” (quando o sujeito que é processado por calúnia pede para provar que a afirmação feita é verdadeira), e foi no âmbito dessa ação que Amaury ganhou o direito de acessar a ampla documentação recolhida pela CPI do Banestado – documentação que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) guardava a sete chaves.

Foi a partir dessa documentação que Amaury recolheu o grosso do material que integrará seu livro sobre as privatizações tucanas e os estranhos caminhos do dinheiro. Amaury saiu da Istoé, rodou por aí. Trabalhou no “Estado de Minas”, sempre coletando rico (!) material sobre as peripécias financeiras que ligam São Paulo, Buenos Aires, Miami, Nova York e as Ilhas Virgens.

Os segredos de Verônica Serra e do genro de Serra (no país da piada pronta, o cara tinha que ter esse nome: Alexandre Bourgeois – Alexandre Burguês) não estão nas declarações de Imposto de Renda que vazaram no ABC paulista. O vazamento, se de fato ocorreu, é criminoso. E deve ser investigado. Mas o importante não é o que está nos documentos de Mauá ou Santo André, e sim o que aparece nas empresas registradas nas Ilhas Virgens.

O mapa da mina (ou o mapa de Minas?) aponta pra lá!

Citco Building. Guardem esse nome.

Enquanto o livro do Amaury Jr não vem (2): Tucanos privatizaram Banespa porque ele estaria quebrado. Era mentira

Mais uma denúncia de Aloysio Biondi:

A falsa quebra do Banespa e do BB: as provas

Jornal Folha de S.Paulo , quinta-feira 5 de junho de 1997

Quem está confessando a verdade, agora, é a própria equipe econômica FHC/BNDES: o Banco do Estado de São Paulo não "quebrou" em 1994. Sua "falência", anunciada ruidosamente, foi forjada por Malan, Loyola, Franco, Serra e aliados – com a conivência do governador tucano Mário Covas, óbvio. O Banespa jamais quebrou – foi tudo encenação para enganar a opinião pública e levá-la a apoiar a sua privatização.

Essa confissão foi feita na semana passada, sem merecer o destaque devido, nos meios de comunicação. Para entender a reviravolta, não custa relembrar a história da "quebra" do Banespa: em 1992, o governo paulista, com o apoio do próprio Planalto, renegociou sua dívida para com o banco, para pagamento em muitos anos, em prestações. Até dezembro de 1994, essas prestações foram pagas.

Naquele mês, já eleito o tucano Mário Covas, e às vésperas de sua posse, o governo Fleury atrasou o pagamento de uma prestação, no valor de R$ 30 milhões, ridículo quando comparado ao tamanho da dívida, então de R$ 5 bilhões. Período do atraso? Apenas 15 dias. Prontamente, a equipe FHC/BNDES aproveitou o "atraso" para considerar que o acordo de refinanciamento da dívida estava quebrado e, como conseqüência, decidiu também que toda a dívida de R$ 5 bilhões deveria ser considerada como prejuízo. Isto é, deveria ser considerada "dinheiro" irrecuperável, e, portanto, lançada no balanço do Banespa como prejuízo.

Só ilegalidades - Note-se bem: a equipe FHC/BNDES cometeu o disparate de tratar o Estado de São Paulo como se ele fosse um dono de boteco de esquina "quebrado", que jamais poderia pagar o Banespa. Ordenou que toda a dívida fosse considerada, no balanço, como prejuízo definitivo, dinheiro perdido para todo o sempre. Com essa orientação, obviamente o Banespa apresentaria um prejuízo gigantesco no balanço daquele ano. Ou, pior ainda, um prejuízo superior ao próprio patrimônio do banco, que, assim, foi declarado "quebrado".

Qual foi a reviravolta da semana passada, a confissão do governo FHC? Aqui, é preciso mais um pouco de história. A pretensa "quebra" do Banespa foi atribuída a desmandos, corrupção e dívidas contraídas nos dois governos anteriores, do PMDB, Quércia e Fleury. Inconformado diante da manobra, o ex-governador Orestes Quércia entrou com ação, na Justiça, para impedir que fosse adotada a "fórmula" de lançamento de falsos prejuízos, imposta pela equipe FHC. Suas principais alegações na Justiça: a manobra da equipe FHC era absolutamente ilegal, pois desrespeitava as próprias normas ("leis") do Banco Central.

Como assim? Quando um cliente não paga sua dívida para com um banco qualquer, o Banco Central permite que o atraso chegue a até um ano, 365 dias, antes de exigir que essa dívida seja lançada como prejuízo no balanço. Esse prazo máximo, de 365 dias, é válido para os casos em que o devedor tenha garantias (imóveis, bens etc.) a oferecer – e o devedor, no caso, era nada mais nada menos que o próprio Estado de São Paulo. Mesmo quando o devedor não tem garantias a oferecer, o prazo mínimo concedido pelo BC é de 30 dias. E, no caso do Banespa, o atraso da parcela de R$ 30 milhões era de apenas 15 dias. Isto é, dentro do prazo de tolerância das regras do Banco Central. Mesmo assim, houve a encenação da ruidosa quebra. Arbitrariedade monstruosa.

A confissão - A partir da ação do ex-governador Quércia, por decisão da Justiça a publicação dos balanços do Banespa está suspensa desde 1994 – enquanto não se chegava a uma conclusão definitiva sobre a legalidade da decisão do governo FHC, de "decretar" a quebra do Banespa. Agora, a reviravolta: na semana passada, o Conselho Monetário Nacional, isto é, o governo FHC, autorizou o Banespa a publicar balanços dos últimos três anos, sem lançar a dívida do Estado como dinheiro irrecuperável – isto é, exatamente como o ex-governador defendia na Justiça. Desapareceu a "quebra" do Banespa – e é notável que os meios de comunicação, salvo registro na Gazeta Mercantil, tenham ignorado a imensa importância do fato. Desapareceu o prejuízo do Banespa. Os balanços de 1995, 1996 e 1997 vão mostrar lucros. A farsa está desmascarada. Qual a semelhança entre o Banco do Brasil e o Banespa? A equipe FHC forjou, com mecanismos iguais, o "prejuízo recorde" do Banco do Brasil – como esta coluna denunciou na época. Ações na Justiça podem restabelecer a verdade.

*BlogdoMello

Serra privatizou com prazer. Está registrado

por Luiz Carlos Azenha

Nos próximos dias teremos um debate sobre as privatizações. Não na mídia, lógico, que jamais tocaria num tema destes em véspera de eleição. Mas pode surgir nos debates e, com certeza, estará nos palanques da coalizão governista (o presidente Lula já falou a respeito em um comício em Ribeirão Preto).

José Serra, obviamente, vai falar que não teve nada com isso. Ou vai escolher as privatizações às quais quer associar sua imagem. Por isso, é importante registrar o prazer estampado no rosto de José Serra quando ele participou das privatizações, como ministro do Planejamento no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB:

A respeito da privatização no setor energético, registro o seguinte texto, que o presidente da CUT, Artur Henrique, publicou em seu blog:

Recordar é viver: como os tucanos criaram as caras tarifas de energia elétrica no Brasil

O alto preço das tarifas de energia elétrica que o consumidor brasileiro paga atualmente é um resultado direto das privatizações levadas a cabo pelo governo FHC/PSDB.

Mais do que a privatização, por si só um erro estratégico, a causa foi o modelo adotado e a pressa e descuido com que o processo foi gerido.

O modelo privatista do setor elétrico e suas regras só ficaram definidos por completo em 1998 – incluindo a explicitação do papel da agência reguladora do setor (a Aneel), cujo regulamento interno só ficou pronto no final de 97.

Porém, ainda antes disso, o governo FHC/PSDB já havia entregado à iniciativa privada mais de 20 distribuidoras de energia. “A privatização ocorreu num vácuo institucional”, diz o pesquisador José Paulo Vieira, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“A privatização tucana funcionou como se leões fossem soltos numa arena para só depois o governo sair correndo atrás deles com uma cerca nas mãos”, ilustra Vieira. Os grupos que adquiriram as empresas o fizeram antes das regras prontas e, portanto, passaram a ter uma base de atuação no país e influenciaram as normas que estavam em construção, impondo seus interesses.

E há, nessas regras, dois pontos fundamentais que sempre favoreceram as empresas compradoras, e não o consumidor. Todos os anos os preços dos serviços são reajustados pelo IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado), o que garante a reposição acima da inflação. E a cada cinco anos, em média, há uma revisão das tarifas, o que garante aumento do preço para além do IGPM já repassado nos anos anteriores. Tudo isso garantido pela Aneel, muito mais zelosa da proteção aos grandes contratos do que aos consumidores.

As tarifas dos serviços públicos privatizados – e não só da energia elétrica, mas também das telecomunicações, das estradas – com a privatização, assumiram o privilégio de ser as únicas indexadas em um País que tinha adotado o Plano Real para, ironicamente, acabar com as indexações.

Em função dos contratos de concessão fechados no final dos anos 1990, a primeira revisão das tarifas ocorreu justamente nos anos de 2003 e 2004, início do governo Lula. Não houve qualquer interferência na sua implementação, dado o respeito aos contratos e ao papel institucional da agência reguladora – compromisso que a equipe do candidato Lula havia assumido publicamente em 2002. Também a forma de subsídio à baixa renda – parcela menor do custo das tarifas – foi herança do modelo anterior.

Portanto não é verdadeira a afirmação da Folha de S. Paulo do último dia 5, de que tarifas de energia caras ou perdas para o consumidor tenham sido causadas pelo atual governo. Mais descabido ainda foi o alarde da manchete, pois, além do apontado pelo jornal, outros aumentos tarifários de maior vulto (todos surgidos na época das privatizações) foram desvendados pela CPI das Tarifas, em 2009, graças ao trabalho de pesquisadores da USP e da UFRJ, que assessoraram a investigação. Todavia, os jornais deram pouquíssimo destaque para essas descobertas, à época.

“Se é claro que o assunto é de relevante interesse do consumidor, qual a razão de ter sido ignorado, na época da CPI das Tarifas, e de agora se transfigurar em escândalo justamente às vésperas da eleicão?”, indaga Vieira. Pode-se perguntar ainda: como a campanha serrista tem a desfaçatez de acusar a Dilma de ter responsabilidade sobre isso?

De resto, a grande imprensa sempre manteve discrição em relação a quem criticava as privatizações. O Sinergia-SP, que representa os trabalhadores do setor de energia no Estado de São Paulo, levantou ao longo dos anos 1990 diversas denúncias documentadas sobre as privatizações, apresentou muitas projeções sobre os prejuízos que a população teria – como está tendo agora – e realizou mobilizações intensas contra a venda das estatais. Com exceção de alguns trabalhadores jornalistas que lutavam por espaço à crítica nos meios de comunicação que os empregavam, o silêncio era quase total.

Por outro lado, cabem críticas ao atual governo por não ter mexido nos contratos de concessão. Mas o que não tem cabimento é acusar o governo por este problema ou pela alegada falta de respeito ao papel das agências reguladoras.

Apesar da preservação dos contratos, o atual governo produziu melhorias no modelo energético. O BNDES passou a financiar a ampliação da oferta, e não mais a entrega de empresas, usinas e sistemas elétricos prontos, que não gerava ampliação dos serviços.

Outra diferença em relação ao governo passado é que atualmente as empresas distribuidoras de energia são obrigadas a contratar toda a demanda prevista para os próximos anos, mesmo que ao final do período nem toda a energia tenha sido consumida.

Antes, não havia garantia de expansão, pois o planejamento era “indicativo” e as empresas fariam o investimento, eventualmente, se lhes fosse atrativo o “sinal de preços”. Ou seja, na época tucana, se as empresas considerassem que o aumento das tarifas não compensava novos investimentos, nenhum investimento seria feito. Foi exatamente isso que gerou o apagão de 2001.

Hoje, o planejamento é determinativo e é obrigatório o investimento no aumento da oferta de energia. Os investimentos estão sendo feitos e não há no horizonte qualquer risco de desabastecimento. Nos cálculos do grupo de estudos da UFRJ, o Brasil necessita atualmente ampliar a oferta de energia, todos os anos, em 3,5 gigawatts médios.

As empresas foram privatizadas pelos tucanos, mas o serviço deve continuar público.



Revista mostra empresa da filha de Serra e da irmã de Daniel Dantas promovendo intensa quebra de sigilo bancário

A revista Carta Capital desta semana traz reportagem de Leandro Fortes que deixa o Zé Baixaria e seus papagaios na imprensa em uma sinuca de bico:

Por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC e José Serra (PSDB), a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

A Decidir.com foi resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas.

O primeiro ramo de atividade da empresa era "assessorar licitações públicas".

Depois, a empresa resolveu ser uma concorrente da Serasa.

Fez um acordo com o Banco do Brasil e através disso conseguiu abrir sigilos bancários.

O notável empreendimento de Miami conseguiu também a proeza de abrir e divulgar a lista negra do Banco Central.

O jornal Folha de São Paulo, na época, abriu o sigilo de 700 autoridades que passaram cheques sem fundo.

O então presidente da Câmara, Michel Temer, oficiou o Banco Central.

E, a partir daí, houve uma operação abafa demo-tucana.

O Banco Central, a Polícia Federal, o Ministério da Fazenda, Procurador Geral da República não fizeram nada.

Faltava pouco para a eleição presidencial de 2002, quando José Serra tomou a surra de 61% a 39%.

Esta edição da Carta Capital é mais um marco desnudando a hipocrisia e rede de mentiras demo-tucana. (Do Conversa Afiada)

A vale vai ter seus próprios navios , eles serão financiados por bancos chineses, pra levar aço para os chineses, construídos por estaleiros Chineses! A Vale é 'nossa!'
E os miquinhos amestrados da GROBO comemoram!

E TEM MAIS , O GOVERNADOR(PSDB) DE SÃO PAULO ESTÁ FAZENDO TUDO PARA QUE A COPA 2014 SEJA UM FRACASSO NO SEU ESTADO.É TRISTE !


Mercadante São Paulo precisa melhorar




Governo do PSDB: Caminhão paga R$ 9 mil por mês nos pedágios de SP


Toda a população é atingida pelos altos preços dos pedágios em São Paulo. As tarifas estão embutidas nos preços das mercadorias transportadas pelas rodovias pedagiadas e também nas passagens de ônibus.
No caso do transporte de mercadorias, a cobrança do pedágio deveria significar a redução do custo operacional do caminhão com uma estrada bem cuidada. Menos gastos com a manutenção do caminhão refletiriam em produtos com preços menores. Mas, a partir de uma determinada tarifa de pedágio, o efeito se inverte e acaba tendo um impacto negativo na economia como um todo.
Francisco Pelucio, do Sindicato das Empresas de Transportede Cargas de São Paulo e região (Setcesp), afirma que em São Paulo o pedágio tem impacto de 10% a 25% do custo do transporte. Para ele, um pedágio viável deveria representar até 3% do custo do transporte.
O pedágio paulista aumenta o “custo São Paulo”, principalmente levando em conta que 90% do transporte feito no Estado é pelas rodovias.
De acordo com estudo realizada pela Liderança do PT na Assembleia Legislativa, um caminhão de seis eixos, que roda 15.000 quilômetros ao mês (o que é normal segundo os transportadores) nas rodovias pedagiadas de São Paulo, pagará mensalmente R$ 9.459,00 de pedágio. No ano, serão R$ 113.508,00. Com combustível, esse mesmo caminhão gastará anualmente R$ 117.540,00. O gasto de pedágio do caminhão é quase o mesmo do combustível.
Eraí Maggi Scheffer, um dos maiores produtores de soja do Mato Grosso, afirma que levar soja para o Porto de Santos custa R$ 1.095,50, em cada viagem, só de pedágio, o equivalente a 42 sacas do produto.


O impacto nas passagens de ônibus

No Estado de São Paulo, linhas de ônibus intermunicipais, que atendem a população mais carente, apresentam as passagens mais caras porque têm embutida no preço o custo do pedágio.
O governo do Estado chegou a afirmar que o pedágio só atingia a classe média. Mas a verdade é que ele incide mais fortemente sobre a população de menor renda. Em algumas linhas do transporte intermunicipal, o pedágio embutido na passagem chega a 14% do preço total. Em algumas linhas o usuário paga R$ 0,70 a mais na viagem. Esse passageiro no final de um ano terá gasto de R$ 420,00 com pedágio, embutido na passagem do ônibus.

Lula ironiza “competência” tucana

“Eles têm de explicar como pode pedágio custar R$ 46 daqui a São Paulo e de São Paulo a Belo Horizonte (por rodovias são federais) custa R$ 7,70. Daqui a pouco o motorista vai ter de pagar o ar que respira.”Este foi Lula, ontem à noite, em Ribeirão Preto, no comício o que Dilma não pôde ir, por causa do nascimento de seu primeiro neto, Gabriel. O discurso de Lula, longe de adotar um tom de súplica por uma chance de dar um governo progressista a São Paulo, partiu para cima do mito da “competência” tucana.
- O motorista em São Paulo daqui uns dias vai estar até pagando para conversar com a mulher dento do carro. Com o valor do pedágio que eles cobram dá até para colocar brilhantes nas faixas das rodovias.
Mesmo sem citar nominalmente o Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os governadores tucanos, que estão há 16 anos à frente do governo paulista, Lula afirmou que “eles demonstram que não têm competência para governar, porque a única coisa que aprenderam a fazer foi vender o que não era deles; bem público, estradas, ferrovias”.
- Quando eu entrei, em 2003, eles queriam vender a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa.
O presidente fez um apelo por mudanças: “São Paulo não pode ficar na mão de tucano a vida inteira. O Século 21 merece coisa melhor, merece mais arrojo, por isso a gente não tem que vacilar”.
A Batalha de São Paulo já tem o seu general.

*Tijolaço

Dilma na TV ontem