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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 24, 2010

Lula:Nunca antes na história do planeta a Petrobras vai tirar a democracia do pré-sal, a maior capitalização desde o início do capitalismo. Viva o Estado FORTE


Minha equipe acaba de conseguir o vídeo, graças ao trabalho da Lucia Orpham, do discurso de Lula na cerimônia de capitalização da Petrobras. Fiquei tocado por tudo, sobretudo porque, ao falar do que virá da exploração do pré-sal: “trata-se de de universalizar a educação pública de qualidade, que garanta o mesmo ponto de partida para todos os filhos de nossa terra”.
Lula, que usava um macacão de operário sobre o paletó, num gesto simbólico, lembrou que este patrimônio poderia ter sido alienado, “no vazio de um estado dissociado dos interesses nacionais”.
Depois, abandonando o discurso escrito, disse: “quem diria que eu viria na Bolsa de Valores…há dez anos atrás eu passava aqui na porta (da Bovespa) e tremiam: aonde vai este comedor de capitalista… E quem diria que…exatamente este comedor de capitalista…. ia participar do momento mais auspicioso do capitalismo mundial… ”
E disse, bem devagar e irônico: “nunca antes na história da humanidade nós tivemos um processo de capitalização da envergadura que que a nossa Petrobras está fazendo agora”…
Assista, é um momento histórico de expansão das riquezas deste país e uma hora em que recuperamos, em parte, a grande empresa que será ferramenta desta libertação.
*Tijolaço


Lula na Bolsa lança Petrobrás.
E pendura FHC no pescoço do Serra


O FHC ia vender a Petrobrax em Nova York


Emocionado, com o colete laranja da Petrobrás, o Presidente Lula encerrou na Bolsa de São Paulo a cerimônia de lançamento das ações da Petrobrás.

É a maior do capitalismo.

É para financiar a exploração do pré-sal.

A Petrobrás arrecadou R$ 120 bilhões.

O boicote do PiG e da Oposição à Petrobrás e à capitalização afundou com a imponência da P-36.

Lula fez uma critica implacável ao Fernando Henrique, sem citá-lo.

Lembrou que, no passado, essa operação seria em Frankfurt, Londres ou Nova York, e, não, na Bolsa de São Paulo.

Com FHC, a Petrobrás seria alienada por um Estado dissociado dos interesses nacionais, um Estado sufocado por dividas (FHC quebrou o Brasil três vezes e três vezes foi ao FMI – PHA).

Hoje, ao contrário, essa é uma festa verde-amarela, disse Lula.

Ele agradeceu especialmente a Sergio Gabrielli, presidente da empresa, e a Guilherme Estrela, o diretor de exploração que achou o pré-sal.

Dez anos atrás, Lula lembrou, ele passava em frente ao prédio da Bolsa e diziam, lá vai esse comedor do capitalismo.

Em 2003, quando FHC saiu, lembrou Lula, a Bolsa de São Paulo negociava R$ 200 bi por ano.

Hoje, com o comedor do capitalismo, a Bolsa negocia dois trilhões por ano.

Quando FHC saiu do Governo, a Bolsa estava em 14 mil pontos.

Hoje, está em 70 mil.

E lá vai FHC no pescoço do Serra.

Hoje, enfatizou Lula, quando a Petrobrás defende o interesse nacional e completa 57 anos.

O Brasil vai usar o dinheiro do pré-sal, a maior descoberta de petróleo dos últimos 30 anos,  para erradicar a pobreza e universalizar a escola pública – PÚBLICA ! – de qualidade.

Lula disse a Guido Mantega, Ministro da Fazenda: nós podemos dizer, Guido, nunca antes na Historia da Humanidade houve uma operação capitalista como essa.

Agora é que o Fernando Henrique corta os pulsos de vez.

E o Serra vai para a Ilha do urubu.
Paulo Henrique Amorim


Em tempo: José Alencar falou antes de Lula e prestou comovida homenagem ao fundador da Petrobras, Getúlio Vargas.
Em tempo 2: Mantega anunciou o inevitável: a participação do povo brasileiro aumentou no capital da Petrobras. Clique aqui para ler.
Leia a seguir, o que diz aquele Blog que a imparcial Dra Cureau quis calar: o Blog dos Amigos do presidente Lula:



“Nunca na história desse PLANETA”, se fez tamanha capitalização . E não foi a Petrobrax. Foi a PETROBRAS.


A France Presse deu manchete para a Petrobras  “uma das maiores vendas de ações que o mundo já viu”. No “Financial Times”, “a maior emissão de ações na história”. No  site da “Forbes” aconselhava, “Compre Brasil, corte S&P”, índice de Wall Street.Por fim, às 23h na manchete da Reuters Brasil, também no site do “Wall Street Journal” e em outros, “a Petrobras arrecadou R$ 120 bilhões com sua oferta primária de ações ordinárias e preferenciais, informou a companhia em registro na Comissão de Valores Mobiliários”. E “o valor confirma a operação como a maior já registrada no mundo”.


Vamos relembrar como era a Petrobrax do governo José Serra e FHC?


Um dos momentos mais tristes do governo tucano pefelista de FHC foi sua tentativa de iniciar um processo de privataria contra o maior patrimônio público brasileiro: a Petrobrás. A sociedade civil se levantou impedindo mais este crime lesa-pátria. Leia a matéria completa


O PFL, hoje DEM, partido do vice e de apoio a José Serra (PSDB, queria privatizar a Petrobras. Lembre-se: Partido do vice de José Serra!(clique na imagem)


Equipe de Reportagem

Gazeta Mercantil

em 10/12/1998


O presidente do PFL, senador eleito Jorge Bornhausen, (SC) quer que o programa de privatização das estatais brasileiras inclua a Petrobrás e o Banco do Brasil. Preocupado com a política de juros altos que fez saltar o endividamento interno e consome os recursos das privatizações, o senador acredita que o caminho adotado pelo governo, de manter a política cambial não tem retorno. Pelo menos no curto prazo. O senador acredita que só as privatizações podem dar mais segurança ao país para enfrentar as turbulências internacionais. Mas, na sua opinião, o governo terá de enfrentar em breve o problema dos juros altos, baixando as taxas se não quiser pôr todo o dinheiro arrecadado com a venda do patrimônio público a perder.


José Serra fez parte dessa Petrbrax:Explosão na P-36 foi causada por erros de manutenção e projeto, diz ANP


O acidente com a plataforma P-36 da Petrobras foi causado por erros de projetos, manutenção e operação, segundo relatório da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e da Marinha. O relatório é bem diferente do que foi apresentado pela Petrobras. Leia a matéria completa

 

Com a capitalização, Petrobras passa a ser a 4ª maior empresa do mundo

Com a capitalização, Petrobras passa a ser a 4ª maior empresa do mundo

Silvana Mautone
Da Redação, em São Paulo
Com os cerca de US$ 70 bilhões que a Petrobras conseguiu com o processo de capitalização, a petrolífera brasileira se tornou a quarta maior empresa do mundo em valor de mercado, considerando o fechamento das bolsas de valores na quinta-feira (23).
A Petrobras passou a valer cerca de US$ 217 bilhões, mais do que companhias como a Microsoft, o Wal-Mart e a General Electric. À frente da Petrobras estão a Exxon Mobil, com valor de mercado de US$ 311 bilhões, a PetroChina, com US$ 265 bilhões, e a Apple, com US$ 264 bilhões.
*inimigosdojoseserra

 

Erundina fala e diz \O/

Erundina desce a lenha

O ato contra a tentativa de golpe midiático no auditório do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo reuniu muita gente.
Foi importante na medida em que mostrou que muitos setores da sociedade não aceitam passivos o que ocorre nesta campanha eleitoral, em que órgãos de imprensa tomam o lugar de partidos políticos e agem como verdadeiros panfletos em favor da candidatura oposicionista.
A íntegra do documento preparado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, resumo do ato, está abaixo.
O momento mais emocionante do encontro foi o discurso inflamado da deputada federal (PSB-SP) Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, que denunciou o macarthismo vigente na chamada grande imprensa do país. Erundina estava brava que ela só!
O vídeo abaixo é um bom exemplo de como esta tentativa de golpe deve ser tratada.
 
O Ato contra o Golpismo Midiático foi realizado no início da noite desta quinta-feira, 23 de setembro de 2010. Organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Independente Barão de Itararé, o ato reuniu no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo representantes de diversas entidades do movimento social, entre os quais a CUT, MST, CTTB e partidos políticos como o PCB, PT, PDT e PSB. Abaixo, as melhores imagens do evento. Fotos Ivan Trindade.
*comtextolivre

Erundina fala e diz \O/

Erundina desce a lenha

O ato contra a tentativa de golpe midiático no auditório do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo reuniu muita gente.
Foi importante na medida em que mostrou que muitos setores da sociedade não aceitam passivos o que ocorre nesta campanha eleitoral, em que órgãos de imprensa tomam o lugar de partidos políticos e agem como verdadeiros panfletos em favor da candidatura oposicionista.
A íntegra do documento preparado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, resumo do ato, está abaixo.
O momento mais emocionante do encontro foi o discurso inflamado da deputada federal (PSB-SP) Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, que denunciou o macarthismo vigente na chamada grande imprensa do país. Erundina estava brava que ela só!
O vídeo abaixo é um bom exemplo de como esta tentativa de golpe deve ser tratada.
 
O Ato contra o Golpismo Midiático foi realizado no início da noite desta quinta-feira, 23 de setembro de 2010. Organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Independente Barão de Itararé, o ato reuniu no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo representantes de diversas entidades do movimento social, entre os quais a CUT, MST, CTTB e partidos políticos como o PCB, PT, PDT e PSB. Abaixo, as melhores imagens do evento. Fotos Ivan Trindade.
*comtextoLivre

quinta-feira, setembro 23, 2010

Juventude enfrenta golpistas do Clube Militar




Reproduzo abaixo matéria do meu amigo e blogueiro Theófilo Rodrigues, sobre a manifestação feita hoje pela União da Juventude Socialista (UJS) em frente ao Clube Militar, contra o golpismo da mídia e contra a conspiração entre intelectuais (?) de mídia e membros do exército. Lembremos que as Forças Armadas devem obediência ao presidente da República, que é o Comandante em Chefe; muito estranho o Clube Militar, portanto, bancar um convescote de hidrófobos da oposição midiática (Merval e Reinaldo) para falar mal do próprio Comandante, e ainda botarem soldados do Exército, como fizeram, para agredir jovens cidadãos que nada fizeram que exercer o seu direito de protestar.


Jovens fazem ato político em frente ao Clube Militar do Rio de Janeiro

O Clube Militar do Rio de Janeiro convocou hoje seus generais para uma reunião com os jornalistas Merval Pereira (O Globo) e Reinaldo Azevedo (Veja). A convocação, intitulada “Democracia ameaçada: restrições à liberdade de imprensa”, afirmava que o Brasil passa por momentos difíceis para a imprensa.

Esta foi a senha para que a União da Juventude Socialista (UJS) convocasse os movimentos sociais do Rio de Janeiro para um representativo ato na porta do Clube Militar. Cerca de 50 jovens seguravam cartazes com palavras de ordem como “Liberdade de imprensa não é liberdade de empresa” ou “Globo + Militares = Golpe”.

Segundo Monique Lemos, presidenta da UJS, “os militares não possuem nenhuma credibilidade para falar em democracia ou em liberdade de expressão”.

Já o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, lembrou o processo de Conferência Nacional de Comunicação que ocorreu no fim do ano passado. “A Globo boicotou vergonhosamente o processo democrático de Conferência Nacional de Comunicação que pretende democratizar a mídia no país” afirmou Iliescu.

Um momento marcante se deu quando nomes de jovens mortos pela ditadura foram lembrados, como Honestino Guimarães, Helenira Rezende, Osvaldão, Mauricio Grabois, Stuart Angel e Edson Luís, entre tantos outros.

Uma das preocupações dos manifestantes é a de que não ocorra esse ano no Brasil o que já aconteceu em 1964 com João Goulart, em 1973 com Salvador Allende e em 2002 com Hugo Chavez na Venezuela. Para o Secretário de Formação da UJS, Theófilo Rodrigues, “a mídia mostra dia após dia que não está disposta a aceitar a eleição democrática de Dilma Rousseff”.

A tranqüilidade do ato foi quebrada apenas pelos empurrões dados por soldados do exército e por um revoltado advogado do Clube Militar que quebrou o microfone da caixa de som da UJS.

Publicado originalmente no blog Fatos Sociais.


(Os jovens improvisaram hiphops na hora).


Mais tarde publicaremos um vídeo da manifestação.




Gilmar Dantas: mais uma decisão contra o país e o povo




Esta decisão é favorável aos tucanos.
Agora, o próximo passo é proibir o livro de Amaury Ribeiro Jr, Os Porões da Privataria, que promete revelar toda a sorte de bandalheira que norteou as privatizações de FHC e Serra.
gilmar darth vader 

Gilmar Mendes susta ações judiciais contra privatização da Vale

Numa decisão unipessoal, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o andamento de dezenas de ações que visavam anular a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. A decisão atende um pedido da empresa, hoje um poderoso grupo privado.
O ministro alega que a companhia demonstrou a “plausibilidade de ocorrência de tumulto processual e violação ao princípio da segurança jurídica, com a prolação de inúmeras decisões conflitantes sobre a mesma questão”.
Curiosa concepção de processo jurídico, em que a manifestação da sociedade através de ações aceitas por instâncias do Judiciário é considerada por um membro singular da Suprema Corte, em atenção ao pedido de uma companhia privada, algo que provoca “tumulto processual”.
Como se sabe, a Vale era uma companhia estatal de grande lucratividade e desempenhava papel estratégico em prol do desenvolvimento nacional. Ocupava as primeiras posições entre as maiores mineradoras do mundo. Foi privatizada pelo governo entreguista e vende-pátria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, no auge do neoliberalismo.
A privatização da Vale, um ato lesivo aos interesses nacionais, despertou na época forte oposição. Em todo o país ocorreram manifestações de protesto contra a venda da estatal, que se somava ao festival de entreguismo e corrupção que foram as privatizações das estatais durante o governo FHC de triste memória para os patriotas deste país. O ato de lesa-pátria desencadeou aquilo que se chamou na época de “guerrilha jurídica”, representada por mais de uma centena de ações contra a venda da estatal.
A ex-deputada federal pelo PCdoB do Pará, Socorro Gomes, que liderou em nome da bancada comunista e de muitas entidades do movimento nacional, popular e democrático a campanha contra a privatização da Vale, considera errada a decisão do ministro do STF: “A privatização da Vale foi um ato lesivo aos interesses nacionais, um atentado contra a economia do país. Foi patente a sub-avaliação da empresa e evidente a negociata entre o governo de turno e os poderosos grupos econômicos interessados privatização. A sociedade se manifestou contrária à privatização e se cidadãos e movimentos organizados acionaram a Justiça, esta tem que conduzir e julgar os processos até o fim e não se render sem maior discussão à pressão de um grupo privado”.
No que se refere ao valor de venda da Vale – 3,3 bilhões de reais - , o Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília decidiu que deveria ser realizada perícia para averiguar a correção do valor mínimo de venda das ações da Vale. A decisão foi contestada pela companhia. Ao julgar o recurso o Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou a um empate.
No auge dos embates na Justiça (2006), a então deputada federal, Dra. Clair, do PT do Paraná, argumentava: “A Vale era um complexo industrial com 54 empresas, maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo, com concessão de duas das maiores ferrovias do planeta e hoje vale quase 100 bilhões de reais. Este patrimônio não foi avaliado”.
Socorro Gomes agrega:”As reservas de minério de ferro foram sub-avaliadas, não foi avaliada a inteligência acumulada da companhia e as mais de 30 empresas coligadas e subsidiárias. O dinheiro pago só dava para comprar os navios que a Vale possuía”. Socorro Gomes faz ainda uma denúncia: “A União cedeu, sem aprovação do Congresso, mais de 812 mil hectares de terras à Vale. Uma flagrante ilegalidade”.
Por seu turno, José Batista de Oliveira, da Direção Nacional do MST declarou: "O povo brasileiro sofreu um roubo sem precedentes na história recente do país com a privatização da Vale, foi um grande crime de lesa-pátria. Mais uma vez, Gilmar Mendes se coloca como o principal defensor das classes dominantes no Judiciário: já se posicionou contra sem-terras, quilombolas, aposentados e, agora, conseguiu desprezar os direitos de todos os brasileiros de uma só vez."

Leonardo Boff fala sôbre o PIG "Partido da Imprensa Golpista"

A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkW37xhnJ77StVFklDCCzKwkl7NAGSwcZ0e-q64EDoT7nk5PL7xotkZdON8yv9xsVm7Swb5qzjfinOjcZNgAtEEkgp4Is7271qeD5FzBEbIiSZ7fMuSK4n6SR1sgG4HFp0Wx8GrSNd530/s1600/folha-pp-higienico-lateral.jpg 



O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta. Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. O artigo é de Leonardo Boff.
Leonardo Boff
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
(*) Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

FALTAM DEZ DIAS CONTRA O ÓDIO, FATOS:

FALTAM DEZ DIAS
CONTRA O ÓDIO, FATOS:

SALÁRIO MÉDIO DOS BRASILEIROS ATINGE EM AGOSTO MAIOR VALOR DOS ÚLTIMOS 8 ANOS. TAXA DE DESEMPREGO CAI AO MENOR NÍVEL DESDE 2002, DIZ IBGE.

Aspas para Lula, ontem, em comício com 15 mil pessoas, em Curitiba: "O povo não se engana mais. Quem a vida inteira foi governo e não fez, não pode chegar na véspera da eleição e dizer que vai aumentar o salário mínimo se passou a vida inteira arrochando..."
(Carta Maior lembra: hoje, 23 de setembro, 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas, Rego Freitas, 530, ato contra o golpismo midiático; 23-09)

Lula: “a mídia são oito ou dez famílias”

A verdade dói, não é? Hoje, o portal Terra publica uma entrevista do presidente Lula aos repórteres Bob Fernandes, Antonio Prada e Gilberto Nascimento, onde diz o que todo mundo sabe mas, justamente por isso, não publica: a mídia brasileira pertence a uma oligarquia. O que ela defende, portanto, não é a liberdade, mas os seus privilégios. E diz que ela faria muito melhor se assumisse que tem um candidato nestas eleições.
Coloquei o vídeo no Youtube, para que possa circular amplamente, pois o Terra não ofeceu código para incorporação. Mas se trata de manifestação que não pode ficar sendo do conhecimento de poucos.
O original está aqui, no Terra, para quem puder ler toda a entrevista. Vale a pena. E é muito bom, no momento em que há uma espetáculo de dirigismo empresarial na imprensa, ver três jornalistas cumprindo seu papel de ouvir e transmitir a informação e as opiniões do presidente da República, sem truques, sem deformações, sem intrigas e meias-palavras.
Parabéns ao Terra, a Bob, Gilberto e Antonio, pelo serviço público que prestam à sociedade. E por nos fazer crer em como a liberdade de imprensa, a boa e velha liberdade, ainda é o melhor remédio para todas as formas de manipulação.


*Tijolaço

Folha mente até para si mesma, para abafar escândalo da filha de Serra


Um leitor do jornalista Luiz Nassif relatou como foi "atendido" pela ouvidoria do Jornal Folha de São Paulo. Ele perguntou:

“Prezada ombudsman [ouvidora],

O que justifica a Folha nada comentar a respeito da matéria da CartaCapital desta semana [edição que chegou às bancas em 10/09/2010], que mostra a violação do sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros pela firma Decidir.com, ocorrida em 2001, sendo a empresa de propriedade de Verônica Dantas e Verônica Serra?

...

Cordialmente

Ricardo Montero”


A resposta da ouvidora da Folha, Suzana Singer:

“Caro Ricardo,
agradeço sua manifestação. Abaixo transcrevo resposta de Alan Gripp, da editoria do caderno Poder.
Atenciosamente,

Suzana Singer

“Nós estamos apurando a história, mas não tivemos acesso ainda ao processo (em sigilo).”


O autor da matéria na Carta Capital, jornalista Leandro Fortes, disse que deu uma gargalhada, quando leu o post no Nassif:

"Então, a Folha não repercutiu a matéria da Carta porque está 'apurando a história'? Como assim? Essa história já foi apurada pela Folha em 2001!"


Em 2001, a Folha "apenas omitiu" quem eram os donos da decidir.com. Era uma empresa que tinha como sócios Verônica Serra (filha de José Serra) e Verônica Dantas (do grupo Opportunity, irmã de Daniel Dantas, presa anos depois na operação Satiagraha).

Em 2010, a Folha "mentiu até para si mesma", porque o "estamos apurando" deles, está nos próprios arquivos do jornal, o que pode ser comprovado nos links:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u14604.shtml
- http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u14705.shtml

Depois dessa parcialidade explícita, a ponto de esconder uma notícia COMPROVADA que envolve um escândalo de corrupção com a filha do candidato a presidência da República José Serra, que o jornal apoia; notícia essa que tem tudo a ver com o enxame de notícias sobre a quebra de sigilo na Receita, que o jornal considerou relevante... ainda tem a cara-de-pau de quererem censurar a liberdade de expressão daqueles que criticam o sub-jornalismo e panflatagem política do jornal em favor da campanha de José Serra e Geraldo Alckmin.
*amigosdopresidenteLula

http://cdn.tijolaco.com/wp-content/uploads/2010/09/rir.jpg

Udenismo é tentação dos que perdem força no Congresso

Udenismo é tentação dos que perdem força no Congresso

Quadro partidário paga o preço do passado
de Maria Inês Nassif, no Valor Econômico
Não se constroem partidos do nada. Foi um excessivo otimismo imaginar que o Brasil iria sair de uma ditadura de 21 anos, 13 deles com partidos legais construídos à imagem e semelhança do regime ditatorial, e de imediato iriam surgir partidos orgânicos e prontos para a democracia que se conquistava. Mais que isso, era difícil imaginar que as definições partidárias ocorreriam sem que o país pagasse pelo arcaísmo político embalado não apenas pelo regime militar, mas também pelo período democrático de 1945-1964 e pelo varguismo. Antes do bipartidarismo, o crescimento do PTB acabou desequilibrando um poder político oligárquico, que se compunha conforme suas conveniências para conseguir chegar ao poder pelo voto, e uma oposição desenraizada das bases que namorou e acabou casando com o golpismo.
Não se apaga o passado político, muito menos por ato institucional. A ditadura, que se justificava como um “contra-golpe” à ação das esquerdas que se organizavam em lutas populares, acabou com os partidos políticos mas não com as oligarquias; matou na base um partido de massas, o PTB, que começava a se cristalizar; desorganizou os movimentos populares que poderiam dar massa orgânica aos partidos; reforçou nas elites a percepção de que o Brasil precisa sempre um poder “moderador”, seja um rei, as Forças Armadas ou uma elite com um enorme poder de pressão sobre a máquina de governo, o Congresso e os partidos tradicionais.
O envolvimento de elites que deram decisivo apoio, no momento seguinte, aos movimentos pela redemocratização, deu aos partidos que se definiam, nesse momento, à direita, à esquerda ou ao centro, a impressão de que levaram juntos consensos que seriam eternos. Os movimentos de massa pelas eleições diretas, depois pelas eleições de Tancredo Neves, foram raros momentos de unidade efetiva entre partidos e massas. Uma ilusão de consenso idílico.
No momento da normalização democrática, construir partidos com bases e dar composição orgânica a eles tornou o pós-ditadura menos idílico. Sem know-how de partidos de massas, o Brasil se viu novamente construindo acordos partidários com as velhas oligarquias e construindo novas – o antigo MDB foi uma fonte inestimável de formação de “oligarquias emergentes”. A origem do atual quadro partidário são três: a Arena, que trouxe junto a UDN e parte do PSD; o MDB, que captou os antigos trabalhistas, parte do PSD e outros partidos; e os movimentos de massa que construíram o sindicalismo dos anos 80 e as grandes mobilizações de rua pró-Diretas e pró-Tancredo.
De todo o quadro partidário pós-ditadura, o que deve sobrar no pós-Lula é o PT, que fugiu ao modelo dos demais partidos, o PSB, que fica no meio do caminho e os pequenos partidos ideológicos. Vinte e cinco anos depois da ditadura, o país amarga de novo um momento de enorme instabilidade partidária. Depois das eleições, com ou sem dificuldades legais para a formação de novos partidos ou para realinhamento partidário dos atores políticos, será inevitável que isso aconteça.
O problema é que deve acontecer uma reestruturação partidária à imagem e semelhança da ocorrida a partir de 1979, quando a formação de partidos seguiu mais a lógica de interesses regionais de grupos políticos, ou o interesse pessoal de lideranças, do que propriamente o alinhamento ideológico.
Ainda assim, como os partidos – à exceção do PT, o único que construiu e manteve uma estrutura partidária mais orgânica -, no modelo atual, não conseguem sobreviver muito tempo longe do poder, que alimenta os apoios a nível regional, o realinhamento deve ocorrer muito mais em torno do governo eleito do que propriamente uma rearticulação da oposição. A oposição, se não apresentar uma alternativa menos udenista para os políticos que estão se desinfileirando de propostas mais radicais, corre o risco de inchar o PMDB – um jeito de aderir ao governo recém-eleito e provavelmente com maioria parlamentar sem dizer que está aderindo.
O problema é que, o que sobrar de oposição, terá uma força mínima dentro do Congresso. A tentação do udenismo, nessa situação, aumenta muito. A instabilidade partidária, nesse caso, pode ser um fator de desestabilização da própria democracia.
*Viomundo