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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, novembro 08, 2010

brasil privatizado ...

Globo Repórter Especial



O Brasil Privatizado - IV

Introdução do livro "O Brasil Privatizado", do emérito jornalista Aloysio Biondi. Boa leitura!
Povo duplamente lesado
O governo Fernando Henrique Cardoso implantou as privatizações a preços baixos, financiou os “compradores”, sempre alegando não haver outros caminhos possíveis. A experiência de outros países, que a equipe de governo conhecia muito bem, mostra que essa argumentação é falsa. Como foi possível ao governo agir com
tal autoritarismo, transferindo o patrimônio público, acumulado ao longo de décadas, a poucos grupos empresariais que nem sequer tinham dinheiro para pagar ao Tesouro? Como explicar a falta de reação da sociedade?
Sem sombra de dúvida, os meios de comunicação, com seu apoio incondicional às privatizações, foram um aliado poderoso. Houve a campanha de desmoralização das estatais e a ladainha do “esgotamento dos recursos do Estado”. Mais ainda: a sociedade brasileira perdeu completamente a noção – se é que a tinha – de que as estatais não são empresas de propriedade do “governo”, que pode dispor delas a seu bel-prazer. Esqueceu-se de que o Estado é mero “gerente” dos bens, do patrimônio da sociedade, isto é, que as estatais sempre pertenceram a cada cidadão, portanto a todos os cidadãos, e não ao governo federal ou estadual. Essa falta de consciência coletiva, reforçada pelos meios de comunicação, repita-se, explica a indiferença com que a opinião pública viu o governo doar por 10 o que valia 100. Um “negócio da China” que, em sua vida particular, nenhum trabalhador, empresário, nenhuma família de classe média ou o povão aceitariam. Qual seria a reação de qualquer brasileiro, por exemplo, se um vizinho rico quisesse comprar sua casa, que valesse 50 mil ou 100 mil, por 5 mil ou 10 mil? Reagiria violentamente. No entanto, centenas e centenas de bilhões de reais de patrimônio público, isto é, de propriedade dos milhões de brasileiros, foram “vendidos” dessa forma, sem grandes protestos a não ser nas áreas sindicais ou oposicionistas – que, por isso mesmo, tiveram seu espaço nos meios de comunicação devidamente cortado, tornado quase inexistente, nos últimos anos.
A “doação” do patrimônio público empreendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso tem um agravante. O governo poderia ter imitado o modelo de outros países, como dito. Mas havia ainda outro aspecto, no caso brasileiro, que não apenas aconselhava, mas exigia, o caminho da “pulverização” de ações das empresas privatizadas. Qual? O governo já tem dívidas com os trabalhadores, cerca de 50 bilhões a 60 bilhões de reais, representadas pelo dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep (Plano de Integração Social/Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público), que o governo usou para financiar projetos diversos. Se todos os trabalhadores brasileiros fossem sacar seu PIS ou FGTS ao mesmo tempo, descobririam que não poderiam receber, porque está “faltando” aquele dinheiro, utilizado pelo governo. Isto é: quando se diz que o governo deve a cada João, a cada Maria, a cada Antônio, a cada Joana brasileiros, não é mera força de expressão. É a pura verdade. O governo poderia ter finalmente pago essa dívida aos brasileiros, entregando-lhes ações das empresas estatais. Essa hipótese existia no governo Itamar Franco, quando o BNDES planejava privatizar as estatais usando “moedas sociais” (ou seja, FGTS, PIS/Pasep). Com a posse de Fernando Henrique Cardoso e sua equipe, a proposta foi abandonada, para alegria de grupos empresariais.
O trabalhador brasileiro foi duplamente lesado. Continuou vítima do “calote” do governo, no FGTS e no PIS/Pasep. E ficou sem as estatais, das quais já era dono.
As contas falsas
O governo repete insistentemente que a União e os estados arrecadaram 68,7 bilhões de reais com a venda das estatais, até dezembro de 1998, e que a esse valor é preciso, ainda, somar outros 16,5 bilhões de reais representados pelas dívidas “transferidas” para os compradores, totalizando 85,2 bilhões de reais. Minuciosos, os porta-vozes do governo distribuem até “cálculos”, mostrando quanto o governo teria desembolsado, no pagamento de juros, sobre essas dívidas “transferidas”. O argumento é um blefe, por vários motivos:
• DÍVIDAS “ENGOLIDAS” – já que o governo “calcula” os juros economizados, por que não calcula também os juros que passou a pagar sobre as dívidas “engolidas”? Quem é sério usa esse critério.
• DÍVIDAS DUPLAS – na verdade, no caso das dívidas “transferidas” o cálculo de “juros” seria um procedimento incorreto. Por quê? Como já dito anteriormente: com as tarifas e preços reajustados, com financiamentos a juros favoráveis, com novos investimentos, as estatais – mesmo se tivessem permanecido nessa condição – também seriam lucrativas. Pagariam suas dívidas. Portanto, ficariam livres dos juros ao longo dos anos. Com a “venda”, ocorreu o contrário: o governo ficou sem as fontes de renda e “engoliu” as dívidas e os juros que será forçado a pagar com dinheiro do Tesouro, isto é, do contribuinte. Nosso.
• DIVIDENDOS – tão meticulosos em calcular os juros “economizados”, os técnicos do governo se esquecem, muito distraídos, de incluir três outros dados nessas contas. Primeiro: os lucros que as principais estatais sempre apresentaram, e que teriam de ser subtraídos – se os cálculos fossem feitos com honestidade – dos “pagamentos de juros” divulgados pelo governo. Segundo: os dividendos que eram distribuídos ao Tesouro pelas estatais. Terceiro: a valorização futura das ações das estatais nas bolsas.
Até tu, Malan?
Tudo somado, contas bem feitas mostrariam que as privatizações não reduziram a dívida e o “rombo” do governo. Ao contrário, elas contribuíram para aumentá-los. O governo ficou com dívidas – e sem as fontes de lucros para pagá-las. Ironicamente, o governo reconheceu isso com todas as letras.
Na carta de intenções que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, entregou ao FMI (Fundo Monetário Internacional), inconscientemente, o governo confessa que o equilíbrio das contas do Tesouro ficou mais difícil porque... o governo deixou de contar com os lucros que as estatais ofereciam como contribuição para cobrir o rombo até serem vendidas. Pasme-se, mas é verdade.
• JUROS SUBSIDIADOS – não se deve esquecer, finalmente, que juros privilegiados nos empréstimos aos “compradores” representam subsídios, ostensivos ou “invisíveis”, por parte do BNDES ou, indiretamente, do próprio Tesouro.
Para piorar, até abalos no real.
As privatizações não contribuíram, portanto, para reduzir o “rombo” e as dívidas do Tesouro – totalmente atolado, em 1999, com o pagamento de juros na casa astronômica dos 130 bilhões de reais.
Uma quantia impagável, já que é praticamente o valor de todo o orçamento da União em 1999 – excluindo-se a Previdência –, no montante de 160 bilhões de reais. Pior ainda: a política de privatizações tampouco desempenhou o outro papel que se anunciava para ela, a saber, o de criar “novos motores na economia”, com a
contratação maciça de encomendas nas indústrias do país, graças aos investimentos gigantescos previstos para as áreas de telecomunicações, energia e, em menor escala, ferrovias – além da área petrolífera. Ao contrário: com a conivência e até incentivos do governo, esses setores vêm realizando importações explosivas, “torrando” dólares e ampliando o “rombo” da balança comercial (exportações menos importações). Além disso, os “donos” multinacionais das empresas privatizadas passaram a realizar remessas maciças para o exterior, para seus países, seja como lucros, dividendos, juros ou até como pagamento de “assistência técnica” ou “compra de tecnologia” de suas matrizes. Em lugar de ajudar a tapar o “rombo” externo, a privatização o agravou, e de forma permanente.
Como? Decisões do governo que dessem preferência ao produtor local poderiam corrigir distorções e levar à redução nas importações. Mas as remessas às matrizes permanecerão. Para sempre.
Continua - Leia o que já foi publicado: primeira parte; segunda parte; terceira parte.
Com a colaboração de Maurício Porto.
*comtextolivre

Haddad enfrenta a batalha do ENEM em defesa dos pobres




    Haddad paga o preço de destruir a senzala

    O Ministro da Educação Fernando Haddad identificou entre 1.800 e 2.000 provas que deverão ser refeitas no ENEM deste fim de semana.

    A gráfica contratada produziu 10 milhões de provas.

    Houve problema num lote de 20 mil provas.

    Dessas 20 mil provas, 10% podem ter problema.

    Ou seja, seria uma relação de dois problemas em mil provas produzidas.

    Um horror !

    É preciso Privatizar a educação no Brasil, diriam a elite branca e os donos de cursinhos.

    O Ministro Haddad agora vai examinar caso a caso a situação destas 1.800 provas.

    Identificados aqueles efetivamente prejudicados eles farão uma nova prova.

    O Ministro Haddad usa o chamado método TRI, que permite aplicar provas em dias diferentes com o mesmo grau de dificuldade.

    No ENEM 2009, isso foi feito com pleno sucesso em presídios e em duas cidades do Espírito Santo que, no dia do exame, foram alagadas.

    Não há problema nenhum !

    O único problema é que o ENEM cria uma mudança estrutural no acesso à universidade brasileira.

    O ENEM facilita e estimula o acesso dos pobres.

    É por isso que uma inovação bem sucedida e importada dos Estados Unidos se transforma no Brasil numa guerra de classes.

    Bendito o segundo turno.

    Foi no segundo turno que caíram algumas das máscaras.

    Uma delas é a ideologia da Casa Grande que sobrevive instalada na alma e no bolso de uma elite que pensa que o Brasil é bicolor.

    Clique aqui para ler “O Brasil não é bicolor”.
    Clique aqui para ler “O PiG e o Serra odeiam o ENEM por causa dos pobres”.

    Fernando Haddad é um discreto e competente líder desta batalha para por a senzala abaixo.

    E se o PiG (*) e a elite branca queriam vê-lo pelas costas, agora mesmo é que ficará muito difícil a Dilma retirá-lo do campo de batalha.

    Clique aqui
    para ler “Justiça Federal suspende o ENEM”.

    Paulo Henrique Amorim

    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

    ENEM e a mídia venal: Privataria da Educação


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    Sanguessugado do Biscoito Fino e a Massa
    Sobre a privataria na educação e a mídia brasileira (com um convite à Twitcam)
    Seria bastante tedioso seguir o auê que se armou na mídia brasileira acerca do erro detectado em 2.000 provas do Enem este fim de semana, especialmente tendo só as informações de que dispomos: um erro técnico, assumido pela gráfica, e que atinge 0,06% dos envolvidos no exame nacional. De uma discussão que teria sentido e que valeria a pena ter-- qual a falha que o Inep poderia ter sanado e como evitá-la da próxima vez – passa-se logo a julgamentos peremptórios sobre a ideia em si (que é excelente) ou, pior, o ministério como um todo. “Acéfalo” foi o mínimo que ouvi de gente que deveria ter visão mais matizada das coisas.
    Isso ocorreu, lembremos, por falha de impressão em provas que afetaram zero vírgula zero seis por cento dos três milhões e meio de estudantes envolvidos num processo nacional, que cria condições para que o país se livre de uma de suas piores máfias, aquela que se encastelou durante décadas ao redor desta nefasta instituição chamada vestibular. Não é à toa que a gritaria é braba. Grana, baby, grana.
    É tedioso o debate sobre a significação desse erro em particular quando se perde o quadro geral do ENEM também porque, como educador, seria, para mim, motivo de júbilo ter algum dia uma taxa de 99,04% de acerto. Aliás, eu a entenderia como um sucesso absoluto. Se, ao final da carreira, eu descobrisse que somente em 0,06% dos casos euj fui, por exemplo, injusto na nota (por desatenção, cansaço, erro de memória ou matemática, interferência involuntária de outra emoção etc.), eu certamente me daria por satisfeito e realizado. Caramba, nem em doutas decisões (pdf) de magistrados encontra-se uma taxa de acerto de 99%, sequer em questões como ortografia ou aplicação das regras de pontuação. Mas, para o Estadão, o erro que atingiu 0,06% dos alunos do ENEM (que podem repetir o processo fazendo exames análogas, óbvio, especialmente sendo, como são, um grupo estatisticamente minúsculo) prova que há uma hecatombe no Ministério da Educação brasileiro. Seria só mais uma grita, se não fosse bem mai$ que i$$o.
    Como sempre, claro, há que se precaver contra conclusões apressadas, mas dadas algumas coisas que sabemos, não custa perguntar: estão claramente declarados todos os interesses que incidem sobre os interlocutores acerca desse negócio? Este blog entende que ainda não estão suficientemente explícitos, por exemplo, os laços que ligam certos setores da educação privada do Brasil com certos grupos de mídia e suas respectivas famiglias. Quando digo que não estão “explícitos”, me refiro, claro, a laços encontráveis no Diário Oficial. Nos próprios canais de TV, jornais e revistas desses grupos, evidentemente, não há sequer menção desses laços.
    Sabemos que a Editora Abril entrou no negócio (digamos na galinha dos ovos de ouro) do livro didático, tendo ela já acedido—cortesia do tucanato paulista—ao ganso dos ovos de ouro das assinaturas sem licitação, bagatelas de oitenta milhões de reais. Sabe-se também do amplo trânsito que tem no Grupo Folha o conselheiro do oligopólio editorial Santillana, Paulo Renato Costa Souza, ex-ministro da Educação do tucanato e atual secretário de Educação de São Paulo. Sabemos, por exemplo, que em meia duzia (entre dezenas e dezenas) de canetadas da Fundação para o Desenvolvimento da Educação de SP—cujas funcionárias às vezes aparecem em programa eleitoral--, a bagatela de nove milhões de reais irrigou os cofres de Globos e Folhas por assinaturas, claro, de licitação inexigível, mais ou menos tão inexigível como a autenticidade da ficha policial falsa de Dilma recebida pela Folha como spam, se é que me faço entender. Também é sabido que a Veja com frequência atua como o “braço armado” do Grupo Abril para aniquilar concorrentes no negócio, em operações já mais que observadas nas matérias da revista sobre o ensino. Para quem quiser se aprofundar nessa documentação, referência ineludível é o livro de Geraldo Sabino Ricardo Filho, A boa escola no discurso da mídia – Um exame das representações sobre educação na revista ‘Veja’ (1995-2001) (Editora Unesp).
    Menos documentadas estão outras histórias, como por exemplo o bizarro episódio em que o estado de São Paulo dispensa a famosa inexibilidade (o princípio que rege todas as compras de assinaturas dos grandes grupos de mídia por lá) e realiza uma licitação para a aquisição de DVDs “Novo Telecurso”, tanto para o ensino fundamental como para o médio. Êba! Capitalismo e livre concorrência! Seria para se celebrar mesmo. Especialmente, como veremos, no Jardim Botânico.
    Com fulminante rapidez, o edital é publicado em 25/07/99 e o resultado do certame sai em em 11/08/99, com vitória do Grupo Globo-- o que não chega a surpreender, dado o fato de que a Fundação Roberto Marinho, salvo engano deste atleticano blog, é a única entidade que produz qualquer porra chamada “Novo Telecurso”. Evidentemente, os pagamentos com dinheiro público paulista não falharam. R$ 4 milhões depositados em 26 de agosto e mais R$ 9 milhões no dia 29 de agosto.
    Mas as diversões proporcionadas por esse curioso caso não param por aí. A Fundação Roberto Marinho licita com exclusividade três editoras, e somente três, para distribuir os materiais do telecurso: duas delas são conhecidas, a Posigraf (da Positivo) e a IBEP Gráfica LTDA (manjadas de quem acompanha as compras da Secretaria da Educação de SP). A terceira é de estatuto deveras nebuloso: Editora Gol LTDA. Será que a existência de tão insólita e desconhecida editora, licitada como uma das três exclusivas distribuidoras do “Novo Telecurso” que faz negócios de dezenas de milhões de dinheiro público não seria de interesse de algum jornalista da mídia brasileira?
    Pode ser, mas esperemos sentados. Enquanto isso, continuamos aprendendo com o NaMaria News, de onde saíram os dados para os dois parágrafos anteriores.
    Como algumas dessas questões voltaram a me interessar, decidi marcar uma sessão da Twitcam para esta terça-feira, às 19:30, horário de Brasília. Para quem quiser compilar coisinhas sobre esse bilionário negócio, o blog recomenda, além do NaMaria News, os arquivos do Cloacão sobre Paulo Renato e um texto da revista Veja, de 20/11/91 (encontrável lá nos arquivos), intitulado “A Máquina que Cospe Crianças”-- e mais o que a diligência de vocês desenterrar, é claro. Há verdadeiras pérolas sobre este assunto escondidas por aí.
    Entrando a Twitcam, eu aviso aqui no blog. De qualquer forma, o link estará no meu Twitter às 19:30.
    PS: Antes disso, e bem a propósito, começa, com transmissão ao vivo pela net, o Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, promovido pelo governo federal e dedicado, entre outras coisas, a examinar experiências de regulação no setor de comunicações eletrônicas em países como Argentina, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Reino Unido. Acontece ao longo do dia de hoje, terça-feira, e amanhã.



    Haddad: ENEM não será cancelado!

    Vídeo: Haddad dá uma
    surra na Globo com o ENEM


      Alexandre Maluf Garcia bem que tentou

      Por sugestão do amigo navegante Marcelo Esteves, o Conversa Afiada reproduz a surra que o ministro Fernando Haddad deu nos jenios da Globo, que estão desesperados porque o Governo Lula acabou com a senzala.

      Clique aqui para assistir à entrevista.

      Em tempo: o Conversa Afiada teve o desprazer de assistir ao Bom (?) Dia Brasil e chama a atenção do amigo navegante para dois momentos especialmente interessantes:

      Quando Haddad desmonta o complexo colonial do cosmopolitíssimo Renato Machado.

      E a angustiante tentativa da apresentadora Vasconcelos de fazer uma pergunta, que quando finalmente feita, revela-se inepta.

      É muito interessante.

      O ENEM é o terceiro turno do PiG (*)
      O PiG (*) tenta o Golpe de Estado da Educação.

      O PiG (*) está em pânico diante da bem sucedida batalha de que o Ministro Fernando Haddad desfechou para derrubar a senzala.

      Numa serena entrevista coletiva Haddad anunciou que confia 100% na qualidade técnica do exame e que não há a menor possibilidade de cancelá-lo.

      As provas foram 99,7% corretas num universo impressionante de 4,6 milhões de alunos que pretendem entrar em universidades públicas.

      Em grande parte, pobres, nordestinos e negros.

      Que horror !

      Haddad explicou na entrevista que a gráfica assumiu a responsabilidade e refará o trabalho sem cobrar nada do Governo.

      Haddad disse que, até o momento, o número de prejudicados inicialmente previstos – 1.800 – deve ser até menor.

      Um repórter mencionou que se dizia que a culpa era de um funcionário do Inep.

      Haddad lembrou que no ENEM de 2009 o PiG (*) também disse que a culpa também era de um funcionário do Inep.

      Depois, a investigação da Polícia Federal revelou que o vazamento tinha ocorrido dentro da gráfica da Folha de São Paulo.

      Deve ser por isso que o UOL e a Folha odeiam tanto o ENEM.

      O ENEM tornou-se o terceiro turno da eleição presidencial.

      José Serra tomou uma surra – 56% a 44% – e a elite branca quer refazer o resultado e impedir a ascensão social dos pobres.

      A Casa Grande sente o rufar dos tambores que vem da senzala.

      Viva o Brasil !

      Clique aqui para ler: “Haddad enfrenta a batalha do ENEM em defesa dos pobres”.

      Clique aqui para ler “O PiG e o Serra odeiam o ENEM por causa dos pobres”.

      Paulo Henrique Amorim

      (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.



      Haddad: ENEM é a banda larga
      que leva o pobre à faculdade

      Obama fez o ENEM e não reclamou de nada
      Para entar na faculdade de Direito da Universidade de Harvard, Barack Obama teve que fazer o ENEM (lá conhecido como SAT).

      Sessenta países membros da OCDE submetem os estudantes ao ENEM – lá conhecido como teste PISA.

      O Toffel de proficiência em inglês é um ENEM.

      É um sistema universal, comparável, utilizado há 60 anos e há quinze no Brasil.

      O usa o método TRI – perguntas diferentes com idêntido grau de dificuldade.

      Só assim é possvel aplicar o ENEM em dias diferentes, locais distantes  e, no Brasil, em 1.600 cidades do país e a três milhões de estudantes.

      É o sistema que seleciona os alunos do ProUni, os que se submetem à Prova Brasil, à Provinha Brasil, ao Enseja e, proximamemnte, aos financiados pelo FIES.

      (Na gestão Haddad, o FIES passou a dispensar fiador. E, se o aluno cursar Medicina ou se tornar professor de escola pública, não paga o financiamento – o Estado paga tudo. Que horror !)

      Para se inscrever no ENEM, o candidato paga R$ 35.

      Mas, se for egresso de escola pública ou se demonstrar que é pobre não paga nada.

      Oitenta e três mil vagas de universidades públicas federais serão preenchidas pelo  ENEM.

      Com os 150 mil alunos do ProUni – que sempre tiveram que fazer o ENEM (para o Agripino Maia e a Monica Serra não dizerem que o ProUni é o “Bolsa Aluno vagabundo”) com os alunos do ProUni, serão 230 mil vagas de  universitários do país aprovados no ENEM.

      Para o aluno, o ENEM traz inúmeras vantagens.

      Ele pode fazer a prova em qualquer uma das 1.600 cidades e se qualificar para estudar em qualquer faculdade do país.

      Ele não precisa se deslocar para o local da faculdade.

      Não precisa se preparar em cursinho para se qualificar em curriculos de vestibulares diferentes.

      O ensino médio deve ser suficiente para levá-lo a uma faculdade, passado o ENEM.

      É mais barato e mais racional: ele compara a média dele com a de seus concorrentes e avalia para onde mais é mais razoável ir.

      Estas são informações extraídas de entrevista que este ordinário blogueiro fez com o Ministro Fernando Haddad, que vai ao ar esta terça feira às 21h00 na Record News.

      Perguntei se ele concordaria com a minha suposição de que o ENEM é a banda larga para o pobre chegar à faculdade.

      Ele disse que sim.

      E acrescentou.

      “Eu costumo dizer que assim como “saudade” não tem tradução, “vestibular” também não.”



      Paulo Henrique Amorim

      Jornalistas de 40 países unem-se em apoio a WIKILEAKS










      8/11/2010, Global Investigative Journalism Network
      http://globalinvestigativejournalism.org/content/jornalistas-join-to-support-wikileaks
      Jornalistas de várias partes do mundo reuniram-se para lançar um manifesto de apoio à organização Wikileaks e seu fundador Julian Assange os quais, segundo os jornalistas, conseguem hoje oferecer recurso extraordinário para promover melhor jornalismo em todo o mundo e trazem “contribuição extraordinária à transparência e a indispensável relação de prestação e cobrança de contas, no campo da informação democrática, no que tenha a ver, até agora, com as guerras do Afeganistão e do Iraque”.
      Os jornalistas signatários do manifesto, muitos dos quais são influentes e destacadas repórteres investigativos, veem das mais diferentes partes do mundo (Rússia, Namíbia, Israel, Indonésia, de vários países europeus e dos EUA). São profissionais conectados em várias redes de jornalistas investigativos, que decidiram vir a público, como movimento para oferecer alguma proteção a Assange e WikiLeaks, convertidos em alvo de uma campanha de difamação e ameaças que se manifesta com mais violenta a cada dia que passa.

      Adiante, o texto do Manifesto, a lista dos signatários e endereço pelos quais todos os jornalistas podem obter informações sobre o Manifesto, em várias regiões do mundo.


      Gavin MacFadyen (UK)
      cell +44 (0)774 030 4570

      Mark Lee Hunter (France)
      Portable: (+33) [0]6 27 81 00 87

      Nicky Hager (New Zealand)
      nicky@paradise.net.nz

      Lucy Komisar (USA)
      212 929-1610
      DECLARAÇÃO DOS JORNALISTAS,
      sobre ataques à organização WIKILEAKS


      Julian Assange, fundador da organização WikiLeaks, está sendo alvo de massiva campanha de crítica e difamação, ameaçado por trabalhar para divulgar documentos militares sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque (“War Diaries”). Assange está sendo acusado de ter divulgado informação militar confidencial, que poria em risco a vida das pessoas cujos nomes aparecem nos documentos vazados e, também, de espionagem. Várias empresas jornalísticas envolveram-se também na mesma campanha de crítica e difamação.

      Nós, jornalistas e organizações de jornalistas de vários países, manifestamos aqui nosso apoio ao Sr. Julian Assange e a organização Wikileaks.

      Acreditamos firmemente que o Sr. Assange trouxe contribuição extraordinária com vistas a maior transparência e a indispensável relação de prestação e cobrança de contas, no campo da informação democrática, no que tenha a ver, até agora, com as guerras do Afeganistão e do Iraque – assuntos em relação ao quais a transparência e a livre divulgação de informação têm sofrido pesadas restrições, seja por ação dos governos, seja pelo controle e censura que as empresas jornalísticas se autoimpõem. Assange tem sido atacado por divulgar informações que de modo algum poderiam ter sido censuradas e impedidas de chegar à opinião pública.

      Cremos firmemente que Wikileaks tem e deve ter pleno direito de divulgar material militar confidencial, porque é do alto interesse da opinião pública saber o que realmente se passou e continua a passar-se naquelas duas guerras. Os documentos divulgados por WikiLeaks são prova viva de que o governo dos EUA mentiu à opinião pública sobre suas atividades no Iraque e no Afeganistão; e que pode ter cometido crimes de guerra.

      Os documentos vazados por Wikileaks criaram risco de vida para várias pessoas. Essa talvez seja a única crítica legítima que se poderia fazer a Wikileaks, por não ter revisado suficientemente os documentos, de modo a ter impedido a divulgação de nomes de pessoas – agentes duplos e espiões – cujas vidas pudessem ficar ameaçadas pela divulgação. Felizmente, ainda não há qualquer sinal de que alguém tenha sido ferido ou morto por ter tido seu nome exposto nos documentos vazados. Observamos também que Wikileaks aprendeu com aquele primeiro erro. A divulgação dos documentos sobre a guerra do Iraque foi mais cuidadosa nesse quesito.

      O que realmente importa, contudo, são as provas que Wikileaks afinal divulgou, de que, sim, tem havido inúmeros abusos e crimes, cometidos por exércitos dos EUA e aliados. Essa divulgação é imensamente mais importante, e os crimes afinal comprovados são imensamente mais graves do que algum eventual erro de redação jornalística.

      O Sr. Assange tem sido atacado e pressionado pessoalmente, por ser divulgador de seu próprio trabalho. Já pesam sobre ele, inclusive, acusações de espionagem. O Sr. Assange é tão ‘espião’ quanto qualquer jornalista e ou qualquer fonte das quais depende o trabalho dos jornalistas investigativos. Acusar Julian Assange de espionagem é precedente terrível, que ataca o coração de qualquer governo democrático.

      Se houver crime de espionagem em publicar documentos recebidos de fontes confiáveis, praticamente todos os jornalistas do mundo serão culpados do mesmo crime. Os jornalistas temos o dever de apoiar e defender Julian Assange, face aos ataques que tem sofrido.

      Desde a criação, em 2006, a organização Wikileaks tem sido fonte extraordinária de recursos e informação para jornalistas de todo o mundo, fazendo aumentar a transparência e democratizando a informação, em tempos em que os governos trabalham exatamente na direção oposta.

      Embora não seja incluído no conjunto que se designa como ‘a mídia’ – e não aspire a ser aí incluído – a missão de WikiLeaks é oferecer informação confiável à opinião pública, sem se render a restrições injustificáveis na divulgação de segredos injustificáveis. O trabalho de WikiLeaks é ajuda formidável ao nosso trabalho jornalístico.

      Na posição de beneficiários agradecidos do trabalho de Wikileaks e de Julian Assange, aqui manifestamos nosso apoio àquele trabalho.


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      Basicamente, o que os EUA fazem é 
      banir a liberdade de imprensa.

      Cadê a ABI? Cadê os jornalistas brasileiros? Cadê os cursos de comunicação do Brasil?

      'Tenho informações que abalariam as eleições no Brasil'

      Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
      ENTREVISTA
      Julian Assange
      FUNDADOR DO WIKILEAKS
      Acompanhado por seis seguranças, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, não disfarça o incômodo com o fato de não ter residência fixa, só andar com escolta armada e ver seus funcionários sendo detidos por policiais em todo o mundo. "A censura está muito mais generalizada e profunda do que a sociedade imagina", alertou. Em entrevista aoEstado, o polêmico hacker, autodenominado jornalista e ativista, admite que nunca pensou que sua iniciativa de criar um site para publicar documentos secretos tomaria a dimensão que tomou.

      Que tipo de repercussão teve a publicação dos documentos sobre o envolvimento americano no Iraque?
      A única investigação aberta pelos americanos não foi contra seus soldados. Foi contra mim. Nesta semana, uma pessoa que apenas indiretamente estava ligada ao vazamento dos dados militares americanos foi detida na fronteira entre o México e os EUA. Seu computador foi confiscado. Ele havia visitado uma de nossas fontes. O Pentágono também criou uma lista de pessoas que trabalham dentro do próprio serviço americano que poderiam ser nossas fontes. São 120 funcionários suspeitos. Basicamente, o que os EUA fazem é banir a liberdade de imprensa.

      Há também material sobre o Brasil que poderá ser publicado em breve?
      Sim. Não posso dizer de quem se trata. Sabemos que parte da informação que temos sobre o Brasil poderia ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas. Mas não conseguimos ter tempo de publicar o material antes, diante de todo o caso do Iraque.

      Além das ameaças, que outras pressões o sr. sofre?
      Grande parte de nossa verba vem de doadores que mandam dinheiro com cartões de crédito. Mas, depois da publicação dos documentos sobre o Iraque, a empresa que fazia o trabalho de captação na internet suspendeu o contrato conosco e o motivo que nos deram era exatamente o fato de estarmos sendo visados pelos americanos.
      A imprensa americana lhe dá a devida atenção?
      Não. E o governo americano ainda impediu que nossas revelações chegassem às TVs a cabo. A imprensa americana não nos deu espaço.

      O sr. não teme que essa pressão impeça seu site de operar?
      Vamos continuar a publicar os documentos da forma mais rápida possível. Espero que as pessoas julguem alguém não pelo calibre de seus amigos, mas de seus inimigos.


      Eu Quero

      Eu quero
                                   Patativa do Assaré


      Quero um chefe brasileiro
      Fiel, firme e justiceiro
      Capaz de nos proteger
      Que do campo até à rua
      O povo todo possua
      O direito de viver

      Quero paz e liberdade
      Sossego e fraternidade
      Na nossa pátria natal
      Desde a cidade ao deserto
      Quero o operário liberto
      Da exploração patronal

      Quero ver do Sul ao Norte
      O nosso caboclo forte
      Trocar a casa de palha
      Por confortável guarida
      Quero a terra dividida
      Para quem nela trabalha

      Eu quero o agregado isento
      Do terrível sofrimento
      Do maldito cativeiro
      Quero ver o meu país
      Rico, ditoso e feliz
      Livre do jugo estrangeiro

      A bem do nosso progresso
      Quero o apoio do Congresso
      Sobre uma reforma agrária
      Que venha por sua vez
      Libertar o camponês
      Da situação precária

      Finalmemte, meus senhores,
      Quero ouvir entre os primores
      Debaixo do céu de anil
      As mais sonoras notas
      Dos cantos dos patriotas
      Cantando a paz do Brasil 

      poema extraído do Recanto das Letras 
      *olhosdosertão 

      Nordestino sim Nordestino não



      Patativa do Assaré

      Nunca diga nordestino 
      Que Deus lhe deu um destino 
      Causador do padecer 
      Nunca diga que é o pecado 
      Que lhe deixa fracassado 
      Sem condições de viver 

      Não guarde no pensamento 
      Que estamos no sofrimento 
      É pagando o que devemos 
      A Providência Divina 
      Não nos deu a triste sina 
      De sofrer o que sofremos 

      Deus, o Autor da Criação, 
      Nos dotou com a Razão, 
      Bem livres de preconceitos. 
      Mas os ingratos da terra, 
      Com opressão e com guerra, 
      Negam os nossos direitos!

      Não é Deus Quem nos castiga, 
      Nem é a seca que obriga 
      Sofrermos dura sentença! 
      Não somos nordestinados 
      Nós somos injustiçados 
      Tratados com indiferença!

      Sofremos, em nossa vida, 
      Uma batalha renhida, 
      Do irmão contra o irmão. 
      Nós somos injustiçados, 
      Nordestinos explorados, 
      Mas nordestinados, não!

      Há muita gente que chora, 
      Vagando de estrada afora, 
      Sem terra, sem lar, sem pão. 
      Crianças esfarrapadas, 
      Famintas, escaveiradas, 
      Morrendo de inanição.

      Sofre o neto, o filho e o pai.
      Para onde o pobre vai, 
      Sempre encontra o mesmo mal. 
      Esta miséria campeia 
      Desde a cidade à aldeia, 
      Do Sertão à capital.

      Aqueles pobres mendigos 
      Vão à procura de abrigos, 
      Cheios de necessidade. 
      Nesta miséria tamanha, 
      Se acabam na terra estranha, 
      Sofrendo fome e saudade!

      Mas não é o Pai Celeste 
      Que faz sair do Nordeste 
      Legiões de retirantes! 
      Os grandes martírios seus 
      Não é permissão de Deus: 
      É culpa dos governantes! 

      Já sabemos muito bem 
      De onde nasce e de onde vem 
      A raiz do grande mal: 
      Vem da situação crítica, 
      Desigualdade política 
      Econômica e social 

      Somente a fraternidade 
      Nos traz a felicidade. 
      Precisamos dar as mãos! 
      Para que vaidade e orgulho 
      Guerra, questão e barulho 
      Dos irmãos contra os irmãos?

      Jesus Cristo, o Salvador 
      Pregou a paz e o amor 
      Na santa doutrina sua. 
      O direito do banqueiro 
      É o direito do trapeiro 
      Que apanha os trapos na rua!

      Uma vez que o conformismo 
      Faz crescer o egoísmo 
      E a injustiça aumentar, 
      Em favor do bem comum, 
      É dever de cada um 
      Pelos direitos lutar! 

      Por isso vamos lutar, 
      Nós vamos reivindicar 
      O direito à liberdade, 
      Procurando, em cada irmão, 
      Justiça, paz e união, 
      Amor e fraternidade!

      Somente o amor é capaz 
      E dentro de um país faz 
      Um só povo bem unido! 
      Um povo que gozará 
      Porque assim já não há 
      Opressor nem oprimido!

      Como funciona:

      Parcela preconceituosa da Classe Média brasileira


      *tudoemcima

      O Mundo