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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Charge do Dia e motoserra de ouro

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Kátia Abreu ganha prêmio ‘Motosserra de Ouro’ por defesa do desmatamento

Líder da bancada do agronegócio no Congresso e fiel defensora das propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro, a senadora Kátia Abreu (DEMo-TO) recebeu das mãos de uma ativista do movimento indígena da Amazônia, junto com o Greenpeace, o prêmio Motosserra de Ouro, símbolo de sua luta incansável pelo esfacelamento da lei que protege as florestas do país.
A ativista tentou presentear Kátia Abreu com uma réplica dourada do instrumento usado para desmatar florestas no lobby do hotel em que está hospedada em Cancún, onde participa da 16ª Conferência de Clima da ONU (COP16). A senadora desprezou o agrado, visivelmente irritada, e deixou para a ativista apenas os comentários irônicos de seus assessores. A condecoração serviu para lembrar aos ruralistas defensores do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que prevê alterações na lei, que essa proposta representa uma grave ameaça ao ambiente.
O projeto ruralista anistia desmatadores e reduz o tamanho da área que o proprietário de terra e o Estado estão obrigados a conservar para o bem público. Fazendas, dependendo do tamanho, ou serão dispensadas de ter árvores ou poderão ter menos do que devem atualmente. O projeto também diminui as faixas de floresta em beiras de lagos e rios e em encostas, que além de servir como corredores de biodiversidade evitam enchentes, deslizamentos e protegem a qualidade da água.
Caso a turma da motosserra consiga mudar a lei nos termos em que pretendem, tornarão inviável para o Brasil honrar as metas de queda de desmatamento assumidas em Copenhague, na COP15, que preveem a redução até 2020 de 36% a 39% de nossas emissões de gases-estufa. A proposta prejudica também as negociações sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que institui o pagamento para a conservação de floresta para quem vive nela. “Se o Brasil legalizar mais desmatamentos, o custo da conservação aumentará muito e pode tornar a aplicação do REDD no Brasil inviável”, explica André Muggiati, representante da Campanha Amazônia do Greenpeace na COP16.
A bancada da motosserra continua lutando nos bastidores para que um novo e enfraquecido código seja votado a qualquer preço, ainda este ano. Querem que algo tão importante para o Brasil seja decidido já, por uma Câmara em fim de mandato, e sem a devida discussão com a sociedade. “As alterações no Código Florestal representam um retrocesso em uma das legislações florestais mais avançadas do mundo”, diz Muggiati.
Este protesto teve o apoio do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
*comtextolivre

Mas são incompetentes esses jornalistas da Globo

 


Rede Globo critica a Educação no Brasil e prova que algo não vai bem.
Leia mais sobre a incompetência da Globo no Blog do Oni
 
 
Em vista disso, o programa de Ana Maria Brega vai mudar de nome, para "Mas você!"

* Enviar para amigos * Comentar Notícias » Brasil » Brasil Lula presta solidariedade a fundador do 'Wikileaks' preso

veja o video



Lula defende dono do WikiLeaks durante discurso do PAC


Luciana Cobucci
Direto de Brasília
Em discurso no evento de balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade ao fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange. Lula se disse espantado por "não haver nenhuma manifestação" contra a prisão do australiano, acusado de agressão sexual a duas mulheres, e contra as retaliações que tem sofrido após a divulgação de documentos secretos de diplomatas americanos.
"Em vez de culpar quem divulgou, deve se culpar quem escreveu. Então eu presto minha solidariedade ao fundador do WikiLeaks", afirmou Lula, que ainda criticou a imprensa por não defender o direito de livre expressão de Assange. "O rapaz do Wikileaks foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra a ameaça à liberdade de expressão", disse.
Lula é o primeiro líder internacional a se manifestar de forma veemente contra a prisão de Assange. O presidente deu a entender que, apesar de Assange ser acusado de estupro na Suécia, sua prisão está relacionada à divulgação de dados sigilosos dos Estados Unidos. "Aí aparece o tal de WikiLeaks, desnuda a diplomacia que parecia inatingível, a mais certa do mundo, e começa uma busca. Eu não sei se não colocaram cartazes como no faroeste, de 'Procura-se, vivo ou morto', mas prenderam o rapaz", afirmou.
Imprensa
Durante o evento, Lula comentou a relação da imprensa com seu governo ao longo dos oito anos de seus mandatos. "Nós resolvemos fazer uma coletiva a cada quatro meses (para divulgar os resultados do PAC). O governo (...) se desnudava diante da imprensa. Nunca houve censura, nunca houve pergunta proibida e nunca houve pergunta sem resposta. E, muitas vezes, as manchetes colocavam em dúvida o sucesso do PAC", disse.
"Eu tomei a decisão de não colocar prazo (para a conclusão das obras), porque se a gente erra por um dia, qual é a manchete? 'Lula fracassa'. 'Prometeu em um ano e entregou em um ano e um dia'", ironizou.
O presidente ainda fez um pedido para que os jornalistas viajassem pelo Brasil para ver o impacto de suas obras na qualidade de vida da população. "Eu queria que, quando eu deixasse a Presidência, a imprensa fizesse uma viagem que não fez durante o meu mandato. Que vocês fossem ao canal de São Francisco, que não fossem com olhar de jornalista, mas com olhar de brasileiro, para vocês perceberem o que significa aquela obra", sugeriu.
WikiLeaks
Assange, cujo site WikiLeaks está no centro de uma controvérsia mundial após ter divulgado documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, se apresentou na última terça-feira ao tribunal de Londres, no Reino Unido, onde se entregou às autoridades em cumprimento de uma ordem de prisão sueca por suposto estupro.
Segundo o jornal americano The New York Times, as acusações a Assange são baseadas em encontros sexuais com duas mulheres. As relações, que começaram consentidas pelas envolvidas, acabaram não consentidas quando Assenge não quis mais usar camisinha. A Suécia expediu o primeiro mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro.
O crime de que ele está sendo acusado é o menos grave de três categorias de estupro. A pena máxima prevista é de quatro anos na prisão. O WikiLeaks, que despertou a fúria de Washington com suas publicações, prometeu continuar com a divulgação dos 250 mil documentos secretos obtidos.
*terra

John Lennon e seu algoz


© Foto de Paul Goresh. O assassino Mark David Chapman pede autógrafo a John Lennon horas antes de abatê-lo a tiros. Nova York, 1980.
Pouco depois das 23h do dia 08 de dezembro de 1980, John Lennon foi abatido a tiros na portaria do prédio onde morava em Nova York. O assassino era Mark David Chapman, que horas antes foi clicado pelo fotógrafo amador Paul Goresh pedindo um autógrafo a John Lennon. Ao ouvir a notícia de que o assassino era um fã, Paul telefonou para a polícia. “Percebi imediatamente que era o cara que aparece na fotografia. Você não pode imaginar o quanto de nojo e raiva eu senti”. O depoimento está registrado no documentário “The day that John Lennon died,” produzido para a TV britânica. A fotografia de Lennon ao lado do seu algoz correu o mundo.
*image&visions

convite

Começam a aparecer as "estupradas": conspiração ou apenas incríveis coincidências?


- Por Thaís Romanelli, via Ópera Mundi

Cubana "estuprada" é agente da CIA?
Uma cidadã cubana que acusa o jornalista australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, de "crimes sexuais" na Suécia foi apontada como "colaboradora" da CIA e teria planejado o caso, segundo a rede de TV venezuelana TeleSur. No início do ano, ela mesma divulgou na internet um "guia para se vingar" de alguém usando denúncias de abusos sexuais.

De acordo com as informações publicadas nesta terça-feira (7/12), a cubana Anna Ardin (cujo nome real seria Ana Bernardín) teria sido uma das primeiras a denunciar Assange por "abuso sexual" à polícia sueca, junto à amiga sueca Sophia Wilén.

A prisão do fundador do site Wikileaks, o jornalista australiano Julian Assange, provocou grande repercussão na mídia internacional. As vozes de entidades de defesa da liberdade de imprensa, porém, não protestaram até o momento, nem questionaram a validade da ordem de prisão da Justiça sueca, que acusa o jornalista de "crimes sexuais".

Entidades como a Associação Mundial de Jornais, o World Press Freedon Committee e a norte-americana Freedom House costumam protestar no caso de prisões políticas contra jornalistas, principalmente em países não alinhados a potências ocidentais. Desta vez, por enquanto, evitaram criticar a ação contra colega preso.

A queixa, porém, seria relativa ao fato de Assange, supostamente, não ter utilizado camisinha durante as relações sexuais que teria tido com elas, enquanto Ardin dormia em sua resisidência em Estocolmo. Além disso, Ardin e Wilden denunciaram Assange por ter mantido relações sexuais com as duas na mesma semana - o que, na Suécia, é ilegal.

De acordo com a versão apresentada, no dia 11 de agosto deste ano, Assange teria ido à Suécia a convite do movimento de centro-esquerda Broderskap ("fraternidade" em sueco, ligado ao Partido Social-Democrata Cristão) para participar de um seminário. Na ocasião, segundo Ardin, ela própria ofereceu sua casa para hospedar o fundador do Wikileaks, já que ela estaria fora da cidade. Ardin, porém, voltou antes do previsto, mas mesmo assim hospedou Assange em casa. Segundo ela, em uma das noites após jantarem juntos, tiveram relações sexuais com camisinha, que chegou a rasgar.

No dia seguinte, ao final do seminário, Assange teria seduzido Sophia Wilén, com quem também teria feito sexo, na cidade de Enkoping, onde ela mora. De acordo com Wilén, ela e Assange tiveram relações duas vezes, uma com e outras sem o uso de preservativos, em razão de uma recusa do fundador do Wikileaks.

Dez dias depois, as duas mulheres se apresentaram à polícia sueca para denunciar Assange por crimes sexuais. Ardin, porém, se apresentou como militante feminista a princípio e declarou que estava apenas auxiliando Wilén. Dias mais tarde, declarou seu envolvimento com Assange, alegando que "inicialmente o sexo foi consensual, mas logo se transformou em um abuso", já que o preservativo teria rompido e Assange continuado a relação à revelia dela.

Vingança

Anna Ardin é uma ativista feminista conhecida na Suécia. Em 19 de janeiro de 2010, ela escreveu em seu blog (annaardin.wordpress.com) um post com o título "Sete passos para uma vingança judicial", incluindo instruções sobre incriminar alguém usando acusações de teor sexual. Seu blog faz referências a outros como Generación Y (de Yoani Sánchez) e Desde Cuba, ambos de dissidentes cubanos.

Acusada de ter mudado o depoimento a mando da CIA, Ardin se defendeu em seu blog garantindo que as denúncias não haviam sido coordenadas.

"A responsabilidade do que aconteceu comigo e com a outra jovem é do homem que tem uma visão distorcida das mulheres, que tem um problema em aceitar um 'não'", argumentou, no post citado.

Anti-castristas

Segundo a TeleSur, ela também seria ligada ao ativista anti-castrista Carlos Alberto Montaner e ficou conhecida por escrever em websites financiados pela USAID (agência dos Estados Unidos para empréstimos a países subdesenvolvidos) e controlados pela CIA, como o Misceleanas de Cuba, do cubano Alexis Gainza Solenzal, que criticam o regime da ilha.

Montaner é co-autor, junto com o peruano Mario Vargas Llosa, do livro anti-esquerdista Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano (Bertrand Brasil, 1997). Nos anos 1960, chegou a ser preso em Cuba por acusações de trabalhar para a CIA em operações de sabotagem, até fugir da prisão e encontrar asilo na Espanha, então sob o regime franquista.
*tudoemcima

A morte do Euro, o coma do Dólar - Parte II




Segunda parte do artigo acerca do futuro do Euro e do Dólar.
A primeira parte pode ser encontrada neste link.

 E porque não sair?

Antes de analisar as consequências do mau estado do Euro sobre o destino do Dólar, uma pergunta: Mas não é possível evitar o caminho até aqui descrito, talvez com a saída dum País da Zona Euro?

Tecnicamente é possível, mas é preciso respeitar determinadas condições.

Vamos distinguir entre saída da União Europeia e do Euro.

O Tratado de Lisboa, que entrou em vigor em 01 de Dezembro de 2009, afirma, pela primeira vez e expressamente, o direito de qualquer Estado a sair da União Europeia (artigo 50), opção antes inexistente nos anteriores tratados europeus.

O processo de separação exige que o Estado que quer abandonar a União Europeia comunique a escolha ao Conselho da UE.
Neste altura é aberta uma negociação entre a União e o Estado, culminando num acordo que estabelece os termos para a rescisão, com uma resolução que tem de ser aprovada pela maioria do Conselho e aprovado pelo Euro-Parlamento. É possível voltar atrás na escolha, mas neste caso, o Estado será de novo submetido aos normais procedimentos  para a adesão. O que faz sentido.

O Tratado de Lisboa não prevê a possibilidade dum Estado abandonar o Euro.
A única possibilidade para sair é utilizar a clausula de abandono da União Europeia, a prevista pelo Tratado de Lisboa.

Nem há sequer o direito de expulsar um membro do Euro. De facto, o Conselho da UE só pode fazer recomendações ao Estado-Membro para verificar a existência dum deficit excessivo. Além disso, mesmo se o País continuar a violar as recomendações, o Conselho só pode convoca-lo para pedir de implementar medidas de contenção e impor sanções.

Por isso, como afirmado, a resposta é "Sim, é possível sair do Euro", mas isso significa automaticamente abandonar a União também.

Além das dificuldades burocráticas e das ligadas à introdução duma moeda nacional "nova" (mesmo que seja a velha pre-Euro), pela qual será preciso negociar uma taxa de câmbio, isso implica abandonar, por exemplo, o Tratado de Schengen, que regula a livre circulação de pessoas e mercadorias entre Países da União.

Os antigos tratados entre Países, de facto, foram ultrapassados pela União, por isso o País "exule" deveria, provavelmente, renegociar o próprio status mesmo em relação aos outros Membros. Reintrodução das alfandegas, acordos bilaterais, isso para não falar dos problemas estritamente económicos que mereceriam um longo capitulo à parte.

De facto, o Euro foi implementado e encarado por todos como uma via só com um sentido. Por isso, sair é possível, mas os custos, não apenas económicos, são muito elevados.


O que acontecerá com o Dólar?

Até aqui o Euro. Mas do outro lado do Atlântico?

A Zona Euro é pequena, mas não muito pequena.

Naturalmente, a Zona Euro é menor do que a área do Dólar, mas não de muito:o PIB do Velho Continente (só Zona Euro) em 2009 foi de 11 trilhões de Dólares, cerca de 78% do PIB dos Estados Unidos.


Por isso, é evidente que qualquer grande mudança sobre o Euro teria um enorme impacto no resto da economia mundial, incluindo os Estados Unidos e o Dólar.

Então, se ocorrer (no caso pior) um colapso completo do Euro, ou (na melhor das hipóteses) a expulsão das economias fracas da Eurozona, os grandes vencedores serão os metais preciosos, os produtos (industriais, agrícolas, petróleo), o Franco Suíço Libra Britânica, os Títulos do governo britânico, o Dólar e os Títulos do Tesouro dos EUA. Nessa ordem.
Os Europeus têm uma história atrás: sabem que em tempos difíceis, os metais preciosos são o porto mais seguro. Além disso, muitos deles (e com razão) não confiam nos bobos que gerem a Federal Reserve e acreditam que repetidos quantitative easing são loucuras.

Por isso, iriam fugir do Euro para os metais preciosos. E também os produtos irão aumentariam pelo mesmo motivo.

O Dólar iria subir também com a queda do Euro; mas não pelo facto de ser tão tão atraente, pois não é. Tal como afirmado, os Europeus não confiam nos loucos da FED, mas ao abandonar o Euro, uma parte deles acabará, inevitavelmente, no Dólar, mesmo que apenas como forma de protecção contra os movimentos bruscos do Franco e da Libra.

O mesmo aplica-se aos Títulos do Tesouro dos EUA. Os rendimentos absurdos ficariam ainda mais absurdos, mas os Títulos dos Estados Unidos seriam uma classe de activos de última instância para o capital europeu.

Portanto, independentemente da forma como o Euro irá acabar, com um colapso da moeda ou um êxodo dos membros fracos e insolventes, o Dólar sairá fortalecido de alguma forma, embora não numa medida comparável com a Libra inglesa ou o Franco suíço. 

Os Estados Unidos vêm com bons olhos o fim do Euro?
Não é assim simples.

O Dólar iria enfraquecer contra os metais preciosos e os produtos de todas as classes, uma vez acabado o Euro.

Um colapso total ou parcial da moeda única europeia iria acelerar a chegada da hiperinflação do Dólar.

A razão é que mesmo com o Dólar fortalecido perante as maioria das outras moedas, cairia contra os metais preciosos e os produtos, inclusive o petróleo. O aumento dos preços de todos os produtos iria colocar pressão sobre a moeda americana, empurrando a economia dos EUA ainda mais no sentido que já está a acontecendo.

Assim, um colapso do Euro não é uma boa notícia para o Dólar, pelo contrário: irá acelerar a queda da moeda americana.

Por isso: Euro desaparecido, Dólar em queda livre após um efémero fortalecimento, salvação do Franco Suíço e da Lira Esterlina. Isso é, das duas principais moedas europeias que não são parte do Euro.

É este um cenário verosímil? Sim, é possível. Não certo, mas possível.

E a tudo isso podemos acrescentar um bloco eurasiático que fica à janela, observa, e torna-se o novo centro geopolítico e económico do planeta.

A bem ver, não é uma grande surpresa

Ipse dixit.
*InfInc.

Assange não está sozinho





"Liberdade de expressão não tem preço. Para tudo mais, você tem MasterCard"

Cerco ao WikiLeaks gera
a 1ª “Guerra da Informação”


    Assange não está sozinho

    Em apoio ao WikiLeaks, hackers iniciam 1ª “Guerra da Informação”


    Um Exército de hackers voluntários está agindo em defesa do site WikiLeaks e entrou na disputa cibernética protagonizada por ataques e contra-ataques envolvendo a polêmica homepage, que divulga importantes documentos secretos pelo mundo, dando início assim à primeira ”Guerra da Informação”.

    A “Operation Avenge Assange” (Operação Vingar Assange), organizada por hackers após o cerco internacional contra o WikiLeaks e seu criador, Julian Assange, conseguiu nesta quarta-feira derrubar parte dos sistemas informáticos da rede de cartões de crédito MasterCard, prova do poder da mobilização espontânea através da internet.

    O protocolo IRC (Internet Relay Chat) é o ponto de partida do ataque contra a rede MasterCard, ao qual a Agência Efe teve acesso. Nele, o moderador estabeleceu como título “Operação Payback. Alvo: ”www.mastercard.com”. Existem coisas que o WikiLeaks não pode fazer. Para todas as outras existe a Operação Payback”.

    No final da manhã desta quarta-feira, os operadores do IRC informavam que mais de 1.800 bots estavam inundando com Ataques de Negação de Serviços (DDoS) contra o endereço “www.mastercard.com”. A empresa reconheceu dificuldades em alguns de seus serviços.

    Enquanto isso, outros usuários do protocolo informavam sobre o progresso do ataque com mensagens sobre o estado das operações da Mastercard em países tão distantes como Suécia, Sri Lanka e México, ou sobre a evolução das ações da companhia de cartões de crédito na Bolsa de Nova York.

    “A primeira guerra da informação começou. Envie por Twitter e poste isso em qualquer site”, proclamava um dos hackers.

    Outros solicitavam que o grupo dirigisse seus ataques contra os serviços de PayPal, Visa e inclusive contra a conservadora emissora de televisão “Fox News”. No entanto, o grupo de hackers denominado “Anonymous” mantém o ataque contra a Mastercard.

    “Por favor, deixem de sugerir novos sites. Os líderes de ”Anon” decidiram que ”mastercard.com” deve permanecer apagado. Dessa forma, afetaremos o preço de suas ações. Obrigado”, explicava outro usuário.

    Segundo o blog da empresa de segurança virtual Panda, o grupo havia atacado o sistema de pagamentos online PayPal pouco depois de o serviço anunciar o bloqueio financeiro ao WikiLeaks, embora o ataque tenha se limitado a um blog da empresa.

    O Panda assinalou que o ataque DDoS contra o “ThePayPalblog.com” durante oito horas fez com que o blog sofresse 75 interrupções de serviço.

    O “Anonymous” também conseguiu afetar gravemente o funcionamento do PostFinance, banco suíço que também bloqueou sua conta ao WikiLeaks, e ao escritório de advocacia sueco que representa as duas mulheres que acusaram Assange de estupro e abuso sexual.

    Pelas acusações, a Justiça sueca e as autoridades policiais internacionais expediram um mandado de prisão contra o ativista australiano, que não viu alternativa senão se entregar às autoridades do Reino Unido, onde estava vivendo e onde está detido, aguardando a definição sobre se será extraditado à Suécia.

    O grupo que organizou o ataque é um coletivo de hackers denominado “Anonymous” e que se reúne habitualmente pelo site “4chan.org”, uma simples homepage que é utilizada para divulgar mensagens, fotografias ou simplesmente discutir sobre política.

    Este não é o primeiro ataque lançado pelo “Anonymous”. Considera-se que o grupo facilitou a identificação e detenção de vários pedófilos, mas talvez uma de suas ações mais conhecidas foi o chamado “Projeto Chanology”, iniciado em 2008, para protestar contra a Igreja da Cientologia.

    Por causa desse protesto, que incluiu ataques DDoS como os que atingem agora a Mastercard, o grupo adotou a estética da história em quadrinhos “V de Vingança”, no qual milhares de pessoas usam uma máscara idêntica ao do enredo para evitar sua identificação pelas autoridades.

    No ano passado, o “Anonymous” também se uniu aos protestos contra as eleições iranianas, vencidas pelo líder Mahmoud Ahmadinejad e consideradas fraudulentas pela oposição.

    Em seus protestos, o “Anonymous” qualificou seus ataques como “Operation Payback” (Operação Vingança), mas, desde que o WikiLeaks começou a publicar as correspondências secretas da diplomacia americana e o site começou a sofrer assédio de empresas e Governos, o “Anonymous” decidiu lançar a “Operação Vingar Assange”.

    “O WikiLeaks está apagado por Ataques de Negação de Serviços (DDoS). Há razões para crer que os Estados Unidos estão por trás, devido à natureza do vazamento (de documentos) do domingo 28 de novembro”, assinalou o grupo em seu site.

    “Embora não estejamos filiados ao WikiLeaks, lutamos pelas mesmas razões. Queremos transparência e combatemos censura”, acrescentou o grupo. “Não podemos permitir que isso aconteça”.

    “Por isso, vamos utilizar nossos recursos para aumentar a conscientização, atacar aqueles contrários e apoiar aqueles que estão ajudando a levar nosso mundo à liberdade e democracia”, finalizou a mensagem.

    (…)

    *PHA 

     

    WIKLEAKS: ASSANGE E ANARQUISTAS MORTOS NOS EEUU

    Guardada a proporção de que  Assange ainda não"morreu de morte matada", não consigo deixar de fazer uma analogia entre ele e os dois anarquistas italianos mortos na cadeira elétrica nos EEUU em 1927 Sacco e Vanzetti.
    Para os mais novos , procurem no Google e em livros.
    A história é fascinante e uma lição de luta: eram dois italianos anarquistas trabalhando como operários  nos EEUU .
    Em 1888 por não conseguir bloqueá-los no trabalho junto à classe operária o governo americano os denuunciou como homicidas. teriam matado duas pessoas.
    Um crime comum, não político, mas qwue tirava a credibilidade deles, mas que jamais teve provas consistentes.
    Presos, responderam processo até agosto de 1927 quando finalmente o Sistema os calou na cadeira elétrica.
    Durante os anos de processo os operários do mundo inteiro, e os comunistas, e os anarquistas, e todos os intelectuais e humanistas se pronunciaram nas ruas, com manifestos, com ações pela liberdade dos dois companheiros de lutas.
    Grandes manifestações ocorreram nas ruas, praças, e avenidas  de todo o mundo.
    Hoje, ao olhar as acusações contra Assange,  vejo o fato muito parecido.
    Já que o sistema não cosegue bloqueá-lo vem com  esta acusação primária de estupro seguida de prisão.
    Mas no mundo virtual de hoje os povos e os trabalhadores, e os artistas e intelectuais, os humanistas e todos que lutam pela liberdade e pelo progresso estão nas ruas, praças e avenidas da WEB, impedidnoo tráfego; multidões protestando nas cidades virtuais, e denunciando a farsa e desmoralizando o Sistema e levando consciência política a muitos que ainda não haviam despertado e percebido o monstro demoníaco que é o Capital e sua instância Imperialista.
    Portanto pela Liberdade de informação, pela Transparência e contra a repressão protestemos todos conbtra mais esta farsa urdia pelos que desejam calar os progressistas do Mundo.

    Abaixo a multidão que acompanhou o enterro do dois mártires.

    *BemvindoSequeira