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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, dezembro 11, 2010
Como o Estadão fabricou o escândalo
A sucursal de Brasília consegue um documento, uma declaração supostamente assinada pelo Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, (veja aqui), avalizando o trabalho do INBRASIL, o tal instituto através do qual o relator do orçamento desviava recursos.
Procurou o Ministro.
Na hora, constatou-se que o documento era falsificado. Havia inúmeras evidências, acessíveis a qualquer redação com um mínimo de análise técnica, conforme material que recebi agora à noite:
Na hora, constatou-se que o documento era falsificado. Havia inúmeras evidências, acessíveis a qualquer redação com um mínimo de análise técnica, conforme material que recebi agora à noite:
1. No brasão do documento, o telefone da Secretaria estava errado, assim como o email.
2. O padrão gráfico é diferente do papel timbrado da SRI.
3. O número do RG do Ministro é falso.
4. Sua denominação - "Ministro de Estado chefe da SRI" - incorreta.
5. O CNPJ da empresa avalizada é falso. Bastava colocar em um programinha simples para constatar que era inválido.
6. Havia mais. A assinatura do Ministro era scaneada, conforme se conferia a olho nu. Bastava clicar na assinatura para aparecer o contorno da imagem.
Assinatura ampliada, mostra que se trata de um bitmap (serrilha) enquanto o texto é vetorizado (sem serrilha). Além disso, a assinatura foi posicionda por debaixo do texto. |
Tinha-se, enfim, uma reportagem sobre um documento falsificado envolvendo um Ministro de Estado. O repórter foi informado, até escreveu um boxe sobre isso. Essa informação não fo sonegada da direção de redação do jornal.
E tinha-se a principal suspeita - a ex-assessora que afirmava ter obtido a carta do Ministro.
A direção de redação - provavelmente Marcelo Beraba, um dos criadores da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que se supunha o último centro de reportagem correta da mídia - decidiu ignorar todos os sinais de falsificação e imputar o documento ao Ministro Padilha.
A manchete de primeira página foi esta:
Internamente, na página 4, a matéria principal foi essa:
Na parte inferior da página um boxe, com Padilha tentando explicar que o documento apresentado era falso.
Ziraldo: Falando de José Alencar
É de não se acreditar a resistência e a bravura do vice presidente José Alencar. O incrível sofrimento porque tem passado se reflete no seu rosto empalidecido, seu ar cansado mas nunca abatido. Ele mantém sempre nos lábios a presença de um inacreditável sorriso de resignação, reflexo de uma coragem nunca vista. Enquanto Dorian Gray, o famoso personagem de Oscar Wilde, mantinha-se sempre lindo, seu misterioso retrato ia tomando a forma de sua alma.
Zé Alencar não está feio como o retrato de Dorian Gray mas o retrato de sua alma – a do Zé – que foi feito pelo caricaturista mineiro Quinho – um gênio do gênero! – continua perfeito.
Aqui está, pois, o retrato oficial de José Alencar, o retrato de sua alma, sua permanente cara de mineiro duro na queda.
Zé Alencar não está feio como o retrato de Dorian Gray mas o retrato de sua alma – a do Zé – que foi feito pelo caricaturista mineiro Quinho – um gênio do gênero! – continua perfeito.
Aqui está, pois, o retrato oficial de José Alencar, o retrato de sua alma, sua permanente cara de mineiro duro na queda.
Centenário de Noel Rosa
Noel Rosa, o Poeta da Vila, completaria cem anos neste sábado (11).
O cantor e compositor vem recebendo homenagens desde o início do ano, e já foi motivo de vários posts aqui no Passeando: "Grandes Compositores Brasileiros - Noel Rosa", em 19/01/2010 (para rever clique aqui); "Passeando No Cinema: Noel Rosa - O Poeta da Vila", em 30/01/2010 (para rever clique aqui); e "Passendo pelo Cotidiano Recomenda - Uma Noite... Noel Rosa", em 21/09/2010 (para rever clique aqui).
Hoje, dia de seu centenário, postamos o curta-metragem “Noel Rosa” produzido pela BossaFilmes e indicado como finalista para o 6° Prêmio BRAVO! Bradesco Prime, organizado pela revista BRAVO!.
As imagens mostram o Rio de Janeiro romântico na década de 30 do século passado, os elementos de uma modernidade recém conquistada, a brasilidade, a faculdade de medicina, o samba do morro descendo ao asfalto e as grandes paixões de Noel Rosa: a poesia, as mulheres da boemia e os automóveis.
E salve Noel!!!
*passeandopelocotidiano
Bahia, uma referência nacional na alfabetização de adultos
É para Heloísas, Andrés e Franciscas – alunos formandos do programa Todos pela Alfabetização (Topa) – que vale a pena governar, que faz com a tarefa de ser presidente da República seja prazerosa e não difícil. Foi com emoção que o presidente Lula fez essa declaração, nesta sexta-feira (10/12), em Salvador, na cerimônia de formatura de 291.682 alunos do Topa. Na ocasião, estavam presentes mil alunos, representando os demais formandos da terceira etapa do programa.
Para o presidente, o programa Topa, resultado de parceria entre o governo da Bahia e o governo federal, é uma referência nacional e provavelmente o melhor programa de alfabetização de adultos do Brasil e, quem sabe, do mundo. Ao ministro da Educação, Fernando Haddad, Lula fez o pedido que, caso continue ministro de Estado no governo Dilma, “apesar de não saber se será”, que ele se dedique a uma viagem ao interior da Bahia para que o programa Topa possa ser replicado e para que prefeitos sejam sensibilizados. Sem o total comprometimento dos prefeitos, disse Lula, será impossível extinguir o analfabetismo.
“Os prefeitos precisam participar. A gente não consegue acabar com o analfabetismo sem eles. Não importa se é de partido de direita ou de esquerda. O ser humano, quando está motivado, é tocado por uma ideologia chamada paixão, chamada coração.”Ouça abaixo a íntegra do discurso do presidente Lula.
FALSA BAIANA PRA DEIXAR A MOÇADA COM ÁGUA NA BOCA
O ritmo gostoso, a letra cheia de frescor e com uma pontada de malícia compõem esta bela composição de Geraldo Pereira. Falsa Baiana traz uma alegria própria do verdadeiro samba, tão deliciosa de se ouvir quando de se cantar, sentir e provar. Neste vídeo, a música acontece nas voz doce e à vontade de Roberta Sá e no timbre clássico e tranquilo de Roberto Silva, cantor e compositor carioca conhecido como O Príncipe do Samba.
Príncipe de um lado, princesinha do outro se unem em uma ótima interpretação de mais um clássico da música popular braileira que deixa seu som aqui no Educação Política.
Para ouvir e fazer ouvir!
*educaçãopolitica
Câmara dos Deputados regulamenta a profissão de fotógrafo
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8/12) projeto que regulamenta a profissão de fotógrafo.
A partir de agora quem atua no ramo da fotografia poderá ter garantias dos direitos trabalhistas, pois a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8/12) projeto que regulamenta a profissão de fotógrafo. O Projeto de Lei número 5187/09, de autoria do Deputado Severiano Alves (PMDB-BA), define a profissão e determina quem estará qualificado para exercê-la e discrimina as atividades que se enquadram no campo de atuação do fotógrafo profissional. A relatora, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS), foi favorável à proposta. "O exercício da atividade deve ser regulamentado, reconhecido, portanto, pelo Estado, que deve impor condições para o exercício profissional do fotógrafo", disse. A deputada apresentou emenda ao projeto, para assegurar aos fotógrafos empregados o pagamento de adicional de insalubridade. "A atividade é exercida em contato com elementos insalubres, que podem vir a prejudicar a saúde do trabalhador", argumentou. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.253/43) prevê pagamento de adicional de 40%, 20% ou 10% do salário mínimo da região, conforme classificação do Ministério do Trabalho em graus máximo, médio e mínimo de condições insalubres de trabalho. Segundo o projeto, a atividade de fotógrafo profissional é caracterizada pelo registro, processamento e acabamento final de imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível. Poderão ser fotógrafos profissionais os diplomados por escolas de nível superior em fotografia no Brasil, desde que devidamente reconhecida; ou no exterior, desde que os diplomas sejam revalidados no Brasil, na forma da legislação vigente. Os fotógrafos sem diploma que, à data da promulgação da nova lei, estiverem exercendo a profissão por, no mínimo, dois anos consecutivos ou quatro anos intercalados, também poderão ter reconhecida sua condição de fotógrafos profissionais, mediante comprovação de sua atividade. Fonte: Agência Câmara
*image&vision
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