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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 30, 2011

O litro da gasolina ( estatal) custa R$ 1,05 e o do álcool (privado) R$ 2,42

Gasolina nas refinarias Petrobras: R$ 1,05 desde 2009

É esse o preço do litro da gasolina, sem adição de etanol, vendida pela Petrobras desde 2009. Em 9 de junho daquele ano, houve redução de 4,5%. Desde então, não ocorreu mais nenhuma alteração no preço da gasolina vendida às distribuidoras na porta das refinarias.
Esse valor de R$ 1,05 remunera a Companhia em seus custos de produção, refino e logística. Sobre este preço a empresa recolhe impostos e nele também está incluída sua margem de lucro.
Leia também:
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A Petrobras está divulgando uma nota que não podia ser mais esclarecedora:
R$ 1,05. É esse o preço do litro da gasolina, sem adição de etanol, vendida pela Petrobras desde 2009. Em 9 de junho daquele ano, houve redução de 4,5%. Desde então, não ocorreu mais nenhuma alteração no preço da gasolina vendida às distribuidoras na porta das refinarias.”
Isso representa 28% do preço pelo qual vem sendo vendido o combustível. A empresa diz que o resto são 40% impostos (dos estados) e e 11%margens de lucro dos distribuidores e postos (privados) e 22% o preço do álcool misturado à gasolina à razão de 25%.
Portanto, em 10 litros de combustível vendido – a R$ 3 o litro, no posto - há 7,5 litros de gasolina, que custam R$ 7,88. E 2,5 litros de álcool, que custam R$ 6,06.
O litro da gasolina ( estatal) custa R$ 1,05 e o do álcool (privado) R$ 2,42.
Custava, há pouco mais de uma semana. Porque já está em R$ 2,72, segundo a cotação do mercado, hoje.
Reduzir a quantidade de álcool anidro (não é o mesmo que o hidratado, vendido nos postos) vai obrigar a Petrobras a importar, pois a nossa capacidade de refino de gasolina está esgotada e os investimentos da Petrobras em ampliar o número de refinarias – R$ 40 bilhões – são de maturação demorada.
Ou o Governo entra de sola sobre o setor alcooleiro ou leva a culpa que não tem pelo aumento dos combustíveis.
Enquanto isso as multis vão avançando sobre a indústria sucroalcooleira, dominando o processamento da cana.
*grupobeatrice

As relações Brasil-OEA estremecidas



Dilma retalia OEA por Belo Monte e suspende recursos
País deixará Comissão de Direitos Humanos e não vai repassar US$ 800 mil em resposta a pedido de suspensão de obras

Brasil já havia suspendido indicação de Paulo Vanucchi para comissão e convocado representante na OEA
DE BRASÍLIA
O governo brasileiro decidiu jogar duro com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos): deixará o órgão a partir de 2012 e suspendeu, por ordem presidente Dilma Rousseff, o repasse de verba à entidade previsto para este ano, de US$ 800 mil.

A reação do Brasil veio após a comissão pedir, em abril, a interrupção das obras de Belo Monte. O órgão alegou irregularidades no processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica de Belo Monte, atendendo a uma medida cautelar de entidades indígenas que questionaram o empreendimento.

Como reação à época, a diplomacia brasileira usou termos fortes e pouco usuais. Chamou a decisão de "precipitada e injustificável" e alegou não ter tido tempo suficiente para se defender.

Irritada com o que considerou interferência indevida, Dilma quis mostrar um posicionamento ainda mais duro: convocou de volta ao país o representante do Brasil na OEA, embaixador Ruy Casaes. Ele, até agora, ainda não recebeu autorização para retomar seu posto em Washington, tampouco sabe quando o terá.

A comissão integra o sistema interamericano de direitos humanos nas Américas. Embora ligada à OEA, é um órgão formalmente independente; não representa países, embora a indicação venha deles. Seus sete membros, entre eles o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, são eleitos por assembleia-geral.

O Brasil havia apresentado o nome de Paulo Vanucchi, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula, para substituir Pinheiro a partir de janeiro de 2012. A indicação, porém, acabou suspensa em caráter irrevogável.

A relação pode piorar ainda mais. Isso porque a comissão passou a analisar uma nova reclamação de ONGs, que contestam obras no Rio para a Copa-2014 e Olimpíada-2016, eventos caros a Dilma. Quando soube do novo processo, Dilma mandou um recado às lideranças do órgão: se isso for levado adiante, levará o caso à própria OEA, dando contornos de crise real ao caso.

No caso de Belo Monte, o Brasil argumenta que a CIDH concedeu apenas 28 dias para que o governo se explicasse, quando o prazo médio de solicitações semelhantes supera a marca de 100 dias.

Nessa semana, o governo enviou à entidade um relatório de 52 páginas explicando sua atuação no empreendimento junto às comunidades locais. Disse ter ouvido as comunidades indígenas da região e que está atento aos efeitos sociais e ambientais da iniciativa.

(NATUZA NERY) 
*LuisNassif

Petrobras prevê investir US$ 73 bi no pré-sal de Santos


A Petrobras informou ontem que a previsão dos investimentos para o desenvolvimento dos projetos do pré-sal da bacia de Santos até 2015 é de US$ 73 bilhões, sendo que 74% desse total será aportado diretamente pela estatal.A reavaliação do Plansal, plano instituído em 2008 para coordenar os investimentos nos reservatórios gigantes da bacia de Santos, foi feita em reunião do conselho de administração da estatal.Segundo o novo plano, em 2015 a área do pré-sal de Santos estará produzindo 613 mil barris diários de petróleo, referente à fatia da Petrobras nos campos, volume que representa um acréscimo de 108 mil barris diários em relação ao plano anterior.
*osmigosdopresidentelula

Deleite

sexta-feira, abril 29, 2011

A doutrina do Choque


A Doutrina do Choque from Muito Aterrorizado on Vimeo.

A rainha que


Sex Pistols | God Save the Queen por 123Rock

Sex Pistols | God Save the Queen por 123Rock

God save the queen
The fascist regime
They made you a moron
Potential H-bomb

God save the queen
She ain't no human being
There is no future
In England's dreaming

Don't be told what you want
Don't be told what you need
There's no future, no future,
No future for you

God save the queen
We mean it man
We love our queen
God saves

God save the queen
'Cause tourists are money
And our figurehead
Is not what she seems

Oh God save history
God save your mad parade
Oh Lord God have mercy
All crimes are paid

When there's no future
How can there be sin
We're the flowers in the dustbin
We're the poison in your human machine
We're the future, your future

God save the queen
We mean it man
We love our queen
God saves

God save the queen
We mean it man
And there is no future
In England's dreaming

No future, no future,
No future for you
No future, no future,
No future for me

No future, no future,
No future for you
No future...

Jornalista cuidado

http://glaucocortez.files.wordpress.com/2011/04/foto-requic3a3o.jpg

Hermenêutica

Hermenêutica
A arte de interpretar o sentido da palavra do autor
Josué Cândido da Silva*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Hermenêutica remete ao deus grego Hermes, o mensageiro dos deuses
É comum ouvirmos os jovens se queixando da falta de compreensão dos pais e os pais, por sua vez, dizerem que não entendem seus filhos. Se problemas de compreensão surgem até mesmo entre pessoas de uma mesma família, o que dizer de pessoas afastadas de nós por centenas ou milhares de anos? Como podemos ter certeza de que estamos interpretando Platão ou uma passagem do Evangelho segundo a intenção de seu autor? Tais problemas constituem o objeto de investigação da hermenêutica.

O termo "hermenêutica" remete ao deus grego Hermes, o mensageiro dos deuses, aquele que traz notícias. O hermeneuta seria aquele que tanto transmite quanto interpreta uma mensagem, já que não é possível separar uma coisa da outra. Por conseguinte, hermenêutica seria a arte de interpretar o sentido da palavra do autor, principalmente de textos clássicos.

Para o filósofo Wilhelm Dilthey (1833-1911) a pergunta fundamental da hermenêutica é: "como é possível o compreender?" Ou seja, o que me torna capaz de compreender o que outra pessoa disse ou "quis dizer"? No caso das ciências da natureza, a interpretação do cientista é algo a ser anulado para deixar os fatos falarem por si mesmos, de modo a garantir a objetividade do conhecimento. Nas ciências humanas, ocorre o processo inverso, é justamente a vivência do sujeito que permite atribuir uma significação aos acontecimentos.

Compreendendo a mim e aos outros
Cada um de nós atribui um significado às nossas vivências construindo a nossa biografia individual, que é o que permite que eu me reconheça quando olho as fotos de minha infância, por exemplo. É também a minha biografia individual que permite que eu estabeleça uma conexão entre a vivência individual e a existência coletiva, o que possibilita que eu compreenda os outros da mesma forma com que compreendo e interpreto as minhas próprias vivências.

Por exemplo, que se estivesse no lugar de outra pessoa em uma determinada situação teria feito isto ou aquilo. Ao observar o modo de agir de alguém, eu posso compreender não só o que ele está fazendo, mas também o sentido possível de sua ação, isto é, o que o sujeito pretende ao realizar tal ação. Da mesma forma, quando observo a expressão de alguém, posso inferir se ela está triste, preocupada etc.

Além do agir e da expressividade, a linguagem constitui o principal meio para se compreenderem as manifestações vitais. É através dela que as vivências se exteriorizam permitindo que se tornem comuns, constituindo nosso mundo cultural. As vivências são, portanto, o que possibilita nossa compreensão mútua, que nem sempre está isenta de mal-entendidos.

Validade da interpretação
Como as pessoas interpretam os eventos segundo suas vivências, estas nem sempre correspondem as de outras gerações ou culturas, levando aos erros de interpretação. O problema está, portanto, em estabelecer parâmetros para saber quais interpretações são válidas e quais não são. Sem tais parâmetros, poderíamos acabar achando que qualquer interpretação sobre um fato social ou histórico seria igualmente válida.

Um outro complicador nessa questão é que, ao contrário das ciências naturais em que há a possibilidade de se repetir um experimento, nas ciências humanas não há como "provar" que a interpretação é correta. Não se pode, por exemplo, consultar os que já estão mortos para saber se concordam com a nossa interpretação, ou mesmo garantir que um entrevistado esteja dizendo a verdade ao falar sobre suas memórias ou experiências.

Um parâmetro sugerido pelo filósofo Jürgen Habermas para garantir a objetividade de uma interpretação seria, além do uso de métodos reconhecidos pela comunidade de historiadores ou cientistas sociais, a justificativa do intérprete por ter escolhido essa hipótese e não aquela, além da explicitação dos pressupostos dos quais partiu.

"Círculo virtuoso"
Nas ciências humanas assim como nos diálogos cotidianos permanece sempre aberta a possibilidade de demonstrar argumentativamente as razões para se compreender algo desta ou daquela maneira. Através da crítica de outros estudiosos, podemos melhorar nossa compreensão do objeto e reconstruir a teoria em um processo contínuo.

Tal processo foi denominado por Dilthey de "circulo virtuoso" em que partimos de uma compreensão provisória do objeto, confrontamos os dados com a compreensão que tínhamos dele e alargamos nossa compreensão.

Isso tudo permite que nós, seres humanos, possamos compreender melhor a nossa arte, história, cultura e sociedade e se não resolve o problema da comunicação entre pais e filhos, ou entre povos de diferentes culturas, pelo menos nos permite entender porque isso acontece.

*Josué Cândido da Silva é professor de filosofia da Universidade Estadual de Santa Cruz em Ilhéus (BA).
*aartedoslivrespensadores

quinta-feira, abril 28, 2011


Chávez está salvo:
FHC lidera a oposição

Chávez depois de ouvir palestra de FHC


Ignorado no Brasil, FHC dá conselhos à oposição venezuelana



Devoto de Jesus Cristo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem muito a agradecer aos céus. Sob a liderança da deputada María Corina Machado, a oposição venezuelana adotou como conselheiro o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso – cujos brados não se fazem mais ouvir nem sequer entre tucanos mais ilustres. É um abraço de históricos derrotados.


Por André Cintra


O insucesso de FHC se traduz na rejeição cada vez mais cristalizada a seu governo (1995-2002) e na resistência do alto tucanato a evocar seu legado. Já o infortúnio da oposição a Chávez tem uma expressão mais nítida: desde 1998, a direita venezuelana acumula 15 derrotas em disputas eleitorais, referendos e plebiscitos. Em comum, ambos não escondem uma natureza elitista, antipopular – talvez a maior barreira para os conservadores voltarem ao poder nos dois países.


No artigo “O Papel da Oposição”, divulgado há duas semanas, FHC estertorou que o PSDB deve abrir mão tanto dos movimentos sociais quanto do “povão”. Segundo ele, “enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos”. A repercussão foi tão negativa que desconcertou Fernando Henrique. “Passei a ser cautelosíssimo. Pensei que ninguém fosse ler”, admitiu.


Já Corina Machado, em entrevista à Folha de S. Paulo, igualmente subestima os laços formados entre o “povão” venezuelano e o governo Chávez. “Os pobres foram usados e manipulados. Claro que o governo gosta de pobres, mas para mantê-los pobres. O governo precisa que eles fiquem dependentes do Estado e não quer uma sociedade autônoma que gere emprego por suas próprias fontes”, esbraveja a deputada.


O encontro entre o malfadado ideólogo da oposição brasileira e expoentes do conservadorismo da Venezuela ocorreu nesta terça-feira (26), em São Paulo, durante o debate “A América Latina em um Mundo em Transformação”, realizado pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso. Não ficou claro o que o ex-presidente tem a dizer a opositores do país vizinho.


Depois de três derrotas consecutivas do consórcio PSDB-DEM em eleições presidenciais – duas delas para o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva –, quais lições teria FHC a ofertar? Por sinal, num momento em que se especula a fusão entre tucanos e “demos” para aplacar a ruína da oposição à presidente Dilma Rousseff, ao menos FHC teve a humildade de reconhecer que os venezuelanos é que, por ora, dão o “exemplo” da unidade.


“Se quisermos ter um objetivo maior, como têm os venezuelanos hoje, que é de voltar a ter uma situação em que o PSDB exerça um papel construtivo no Brasil, na República, nós temos de estar unidos”, discursou o ex-presidente. A referência era à debandada de lideranças do PSDB – ou “revoada no ninho tucano”, para usar uma expressão que vai ganhando contornos de lugar-comum.


(…)

*PHA