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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 23, 2011

Charge do Dia

http://torturra.files.wordpress.com/2011/05/placa2p.jpghttp://coletivodar.org/wp-content/uploads/2011/05/angeli.jpg

Soninha reclama da polícia do psdb = Reclama pro Serra!


*comtextolivre

FHC não avisou o Geraldo que é pra liberar a erva

A teoria simples do Direito diz que em face da promoção de uma ilegalidade, é cabida a intervenção policial.
Em outras palavras, se você está fazendo apologia a um crime, em tese seria correto a polícia aparecer e, ou mandar parar ou prender porque ninguém parou.
Mas isso é teoria, afinal, o Direito é mutante e flexível. Os melhores doutrinadores assim demonstram. No caso de uma manifestação pacífica que pede a descriminalização de uma conduta, só pode ser truculência usar a polícia e descer o porrete junto com gás lacrimogênico.
É absurdo mas é o modo tucano de governar. Um modo que "dialoga" com as pessoas, que as "escuta" e as "considera". Alckmin não precisa gostar de quem defende a liberalização da maconha, mas deveria ao menos respeitar seu grito.
Só que é bobagem esperar coisa dessa natureza, vindo da polícia truculenta e do Governador brucutú da Chuíça brasileira. Os Estados governados por tucanos ou estão imersos na censura e na perseguição a músicos ou donos de bares (Curitiba), ou estão metendo bala de borracha em quem acha que a questão da droga poderia ser encarada de maneira diferente.
Esqueceram de falar pro Geraldo que o FHC corre o mundo pregando que fumar maconha não é crime. Verdade que o próprio FHC mandou esquecer o que ele escreve. O Geraldo esqueceu, mesmo.
Pra ver como Geraldo é sem noção, a mesma manifestação ocorreu em outros lugares, como por exemplo, em Porto Alegre. Mas Tarso Genro não mandou a polícia bater em ninguém. Os pretensos fumadores da pecaminosa erva terminaram o que tinham a dizer e foram embora, pacificamente. Ninguém foi preso nem apanhou dos fardados.
É assim que se constroem países democráticos. Descendo o pau em todo mundo que ousa discordar.
Aliás, deviam avisar o Geraldo que só quem pode descriminalizar a maldita é o Congresso Nacional, e não a sua Assembléia Legislativa. Sendo assim, não havia motivo pra mandar bater nos manifestantes. Ninguém da Opus Dei vai dizer que foi ele o responsável pela retirada desta letra da lei, se um dia isso passar.

Na maioria das capitais brasileiras a Marcha da Maconha foi liberada, contudo, em São Paulo só se viu fumaça produzida pelas bombas da PM




A Marcha da Maconha 2011 reuniu cerca de 2 mil pessoas no Recife. Foto: Celso Calheiros /Especial para Terra
Recife


Manifestantes realizam Marcha da Maconha em Porto Alegre  Foto: Nabor Goulart, Agência Freelancer/Especial para Terra
Porto Alegre


Para organizador da marcha, legalização da maconha forçaria a redução do tráfico de drogas, além de benefícios na área medicinal  Foto: Joyce Carvalho/Especial para Terra
Curitiba


Organizadores do movimento, concentrados na Praça da Estação, ignoraram o documento de proibição emitido pela juiza de Minas Gerais  Foto: Gustavo Andrade/O Tempo/Futura Press
Belo Horizonte




Enquanto isso, em São Paulo...


Polícia faz barreira para conter manifestação  Foto: Eladio Machado/Terra


Tropa de choque da Polícia Militar reprime manifestação   Foto: Simone Sartori/Terra

PMs usam bombas de lacrimogêneo para dispersar manifestantes   Foto: Eladio Machado/Terra


Polícia revista homem   Foto: Eladio Machado/Terra


Manifestante mostra ferimento que teria sido causado por uma bala de borracha  Foto: Eladio Machado/Terra


Homem é imobilizado pela Polícia Militar  Foto: Eladio Machado/Terra


PMs usam bombas de lacrimogêneo para dispersar manifestantes  Foto: Simone Sartori/Terra



O que se vê nas primeiras fotos acima são manifestações possíveis em cidades democráticas, bem diferente
do que se observa na capital bandeirante. As pessoas já estão se acostumando a ver a polícia baixando a borracha e soltando bomba em qualquer um que ouse se manifestar nesta cidade. Tenho lá minhas dúvidas se existe alguma elite dirigente neste país tão fascista quanto a paulista e paulistana. Somos governados por gorilas, dejetos do que restou da ditadura, regime autoritário que teima em se alargar em São Paulo. Em todo caso, tem que reaja a esses nazistas, foi assim na época dos milicos, e assim é nos dias de hoje. A luta prossegue, dia a dia. Fascistas, racistas, não passarão!

Legalize Já!
*cappacete 



Homenagem aos manifestantes da Marcha da Maconha
Malandragem dá um tempo
Letra : Popular P. / Moacir Bombeiro / Adelzonilton – Intérprete: Bezerra da Silva

Vou apertar
Mas não vou acender agora
Vou apertar
Mas não vou acender agora
Eh! Se segura malandro
Prá fazer a cabeça tem hora
Se segura malandro
Prá fazer a cabeça tem hora...

Eh, você não está vendo
Que a boca tá assim de corujão
Tem dedo de seta adoidado
Todos eles afim
De entregar os irmãos
Malandragem dá um tempo
Deixa essa pá de sujeira ir embora
É por isso que eu vou apertar
Mas não vou acender agora...ihhhhh!

É que o 281 foi afastado
O 16 e o 12 no lugar ficou
E uma muvuca de espertos demais
Deu mole e o bicho pegou
Quando os home da lei grampeia
Coro come a toda hora
É por isso que eu vou apertar
Mas não vou acender agora...ihhhhh!

É que o 281 foi afastado
O 16 e o 12 no lugar ficou
E uma muvuca de espertos demais
Deu mole e o bicho pegou
Quando os home da lei grampeia
O coro come toda hora
É por isso que eu vou apertar
Mas não vou acender agora...ihhhh!
*gerivaldoneivajuizdedireito




Revista Mente e Cérebro

Verdade e mitos sobre o potencial terapêutico da cannabis, seus mecanismos de ação e seus efeitos no cérebro.
Prazeres solitários - Preconceitos que ainda cercam a masturbação
Cérebro em construção - A atividade neural nos primeiros meses de vida
Pânico generalizado - Mistérios e sintomas da histeria coletiva
Jogos de contrastes - Luz e sombra revelam como funciona a visão.

Professora Amanda Gurgel e os protestos dos espanhóis


Na Espanha a reivindicação é de “democracia real, já”. O povo espanhol que protesta é na maioria jovem e denuncia o descolamento da classe política do povo – divórcio entre representantes e representados. Por enquanto, o grande mérito das manifestações foi o de colocar o guizo no gato, ou melhor dizendo, no mostro neoliberal, geneticamente escravagista.
O
depoimento da professora Amanda Gurgel é tão igual quanto as manifestações espanholas, na essência, é o mesmo discurso contra o modelo falido de representação política e democracia.

*gilsonsampaio

domingo, maio 22, 2011

Assim escreveu Monteiro Lobato

Cada um tire sua própria conclusão...
Sobre o Brasil
"País mestiço onde branco não tem força para criar uma Ku Klux Klan, é país perdido".
Sobre a Bahia
"Mas que feio material humano formiga entre tanta pedra velha! A massa popular é possivelmente um resíduo, um detrito biológico. Já a elite que brota como flor desse esterco tem todas as finuras cortesãs das raças bem amadurecidas".
*JaderResende

Celso Amorim Grande professor






*comtextolivre