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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 11, 2011

A moda agora é ser reaça

- por Marcelo Rubens Paiva

"Como comentou uma leitora, Natália, no post anterior: Cara, acho tão engraçada essa mania das pessoas de falarem com orgulho que são “politicamente incorretas” quando dizem absurdos… o sujeito vem, fala um monte de merda e diz que faz isso porque é inteligente (é um livre pensador, não segue o pensamento burro e dirigido das massas, etc) e porque não liga de ser “politicamente ncorreto” porque afinal esse é o certo, a sociedade de hoje que está deturpada. Eu tinha pensado na mesma coisa. O governador e o secretário municipal de segurança reconheceram que tanto a PM quanto a Guarda Municipa exageraram na repressão à MARCHA DA MACONHA, que virou MARCHA PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Alckmin chegou a dizer que não compactua com a ação da PM na Marcha.

Mas muitos leitores e alguns blogueiros continuam achando que o certo mesmo era enfiar o cacete nos manifestantes.

A onda agora é ser bem REAÇA.

Se é humorista, e uma piada ultrapassa o limite do bom gosto, diz ser adepto do ideal do politicamente incorreto.

Que babaca é fazer censura contra intolerância.

Pode zoar com judeu, gay, falar palavrão, é isso, que se foda, viva a liberdade!

Se alguém defende a Marcha da Maconha, faz apologia, é vagabundo.

Se defende a descriminalização do aborto, é contra a vida.

Se aplaude a iniciativa da aprovação da união homossexual quer enviadar o Brasil todo, país que se orgulha de ser bem macho, bem família!

Se defende a punição de torturadores, é porque pactua com terroristas que só queriam implodir o estado de direito e instituir a ditadura do proletariado. Deu, né?

Esta DiogoMainardização da imprensa e da pequena burguesia brasileira tem um nome na minha terra: má educação.

Esta recusa ao pensamento humanista que ressurgiu após a eva de ditaduras que caiu como um dominó a partir dos anos 80 tem outro nome: neofascismo.

É legal ser de direita? Tá bacana desprezar os movimentos sociais, aplaudir a repressão a eles?

Eu não acho.

Apesar de considerar o termo “ politicamente correto”, do começo dos anos 90, a coisa mais fora de moda que existe, diante do que vejo e leio, afirmo: eu, aleijado com tendências esquerdizantes, não era, mas agora sou TOTALMENTE politicamente correto.

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Foi uma semana marcada pelo protesto da gente diferenciada e gafes nas redes sociais, que têm 600 milhões de vigilantes no Facebook e 120 milhões no Twitter.

Postaram Rafinha Bastos, no dia das mães: “Ae órfãos! Dia triste hoje, hein?”.

Danilo Gentili, sobre os “velhos” de Higienópolis que temem uma estação de metrô: “A última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz.”

Amanda Régis, torcedora do Flamengo, time eliminado da Copa do Brasil pelo Ceará: “Esses nordestinos pardos, bugres, índios acham que têm moral, cambada de feios. Não é à toa que não gosto desse tipo de raça.”

Ed Motta, ao chegar em Curitiba: “O Sul do Brasil como é bom, tem dignidade isso aqui. Sim porque ooo povo feio o brasileiro rs. Em avião dá vontade chorar rs. Mas chega no Sul ou SP gente bonita compondo o ambiance rs.”

Quando um leitor replicou que Motta não era “um arquétipo de beleza”, ele respondeu que estava “num plano superior”. “Eu tenho pena de ignorantes como vc… Brasileiros…”, escreveu. “A cultura que eu vivo é a CULTURA superior. Melhor que a maioria ya know?”

E na MTV, a Casa dos Autistas, quadro humorístico, chocou pelo mau gosto Todos pediram desculpas depois.

Danilo, um dos maiores humoristas de stand-up que já vi, recebeu telefonema do departamento comercial da Band, pedindo para tirar o comentário.

Ed Motta se revoltou contra a imprensa. Pergunta se temos o direito de reproduzir seus escritos particulares.

A internet trouxe a incrível rapidez na troca de informações e espaço para exposição de ideias. Alguns se lambuzam. Dizem que são contra as patrulhas do politicamente correto.

Mas como ficam as domésticas ofendidas, os órfãos recentes, aqueles que perderam parentes em Auschwitz, os nordestinos e os pais de autistas?

Tomara que, depois do pensamento grego, democracia Renascença, a revolução industrial e tecnológica nos luminem.

O preconceito não é apenas sintoma de ignorância, mas lapsos de um narcisista. Ele nunca va acabar?

***

Enquanto no Itaú Cultural, um símbolo de excelência em apoio às artes e alta tecnologia, em plena Avenida Paulista uma mãe foi expulsa por amamentar o filho em público na exposição do Leonilson, artista que sofreu inúmeros preconceitos, morto vítima da Aids.

Ou melhor, viadão que morreu da peste gay, porque era promíscuo, diriam os reaças.

ISRAEL: VERGONHOSA DECISÃO DA ONU

http://veja.abril.com.br/imagem/fosforo-branco-israel-reuters.jpg
AVIAÇÃO ISRAELENSE LANÇA PODEROSA BOMBA DE FÓSFORO SOBRE A POPULAÇÃO CIVIL DE GAZA
Israel aceita comissão da ONU para investigar frota de ajuda a Gaza. Este título deixou, certamente, muita gente incrédula. Para quem está habituado a reconhecer em Israel um Estado criminoso, violador de várias resoluções das Nações Unidas, que não gosta de passar cavaco a quem quer que seja, esta foi uma novidade. 
Até começarmos a ler o resto da notícia: "O painel será liderado pelo primeiro-ministro neo-zelandês Geoffrey Palmer e pelo Presidente cessante Alvaro Uribe". Portanto, um criminoso vai investigar outro criminoso. E não são criminosos quaisquer. Enquanto presidente, Alvaro Uribe recebeu a solidariedade e a ajuda de Israel nos crimes contra a resistência do povo colombiano. Por exemplo, o ataque à base das FARC em território equatoriano que matou vários guerrilheiros e civis, entre os quais Raul Reyes, teve o apoio militar de Israel. Já se está a ver onde é que esta investigação vai chegar...

Em relação a esta decisão da ONU, não há qualquer espanto. Cada vez mais, as Nações Unidas assumem-se como um orgão ao serviço dos interesses do imperialismo. Não é a primeira vez que Ban ki-moon faz asneira. Ou melhor, não é a primeira vez que o secretário-geral da ONU cumpre as orientações de quem o pôs lá. Um interessante artigo de opinião de Carlos Enrique Bayo, descreve o mandato de Ban ki-moon como sendo de uma "gestão vergonhosa".

E Israel vai prosseguir, como se nada fosse, o seu périplo terrorista. em Hoje, achou-se no direito de entrar território líbano e de começar a cortar árvores. Ante os disparos de dissuasão para o ar dos soldados do país vizinho, os israelitas bombardearam a zona matando vários militares libaneses e um jornalista. Como sempre, os agressores vestem a pele de agredidos e dizem que foi em defesa. Israel diz que o Líbano violou as resoluções da ONU. Não só é falso como é escandaloso que um dos países que menos cumpre resoluções da ONU venha acusar outro de o não fazer.

E assim vai o mundo.


E se são 90% homens, é “Clube do Bolinha”?

Francamente, pode-se ter a opinião favorável ou contrária às escolhas de Dilma para os ministérios, mas a capa do Globo Online é de doer.
Então “quase um terço” de mulheres é “Clube da Luluzinha”?
Nunca disseram que, quando os ministros eram quase todos homens o ministério era “Clube do Bolinha”.
Essa “brincadeirinha” é um desrespeito às mulheres.
Não me parece que falte, a qualquer das duas, experiência – e muito menos representatividade política, porque são uma ex-senadora e uma senadora da República – para exercer o cargo.
Ruim é que as mulheres não sejam ainda a metade da composição dos altos cargos públicos, porque são a metade – aliás, mas da metade, segundo o IBGE – da população.
Aliás, na redação de O Globo, se não são metade, são mais da metade. E a matéria na qual puseram este título foi escrita por duas repórteres e um repórter.
Um amigo, que trabalhou lá há 30 anos, me contou que havia uma história entre os jornalistas de que um dia, um dos irmãos de Roberto Marinho – não recordo se Rogério ou Ricardo, mas já de idade avançada – desceu à redação e se supreendeu ao ver a quantidade de mulheres trabalhando ali e perguntou:
- Puxa, mas quantas mulheres… E elas trabalham direitinho?
Mas isso foi há 30 anos. Os tempos mudam e as cabeças, não.
*Tijolaço

Advogado que quer impedir Gilmar desafia Sarney no STF


O Brasil é maior que Diamantino


O advogado Alberto Piovesan, do Espírito Santo, que entrou no senado com um pedido impeachment de Gilmar Dantas (*), não se conformou com a decisão monocrática e serviçal do presidente do Senado, José Sarney.

Sarney mandou arquivar o pedido de impeachment com meia dúzia de argumentos que não valem cinco minutos do bumba meu boi do Maranhão.

Clique aqui para ler a íntegra do pedido de impeachment e aqui para ler “Pedido de impeachment de Gilmar equivale a um BO”.

O advogado Alberto Piovesan não se conformou e entrou com um mandado de segurança no STF contra José Sarney.

Gilmar e Sarney pensam que o Brasil é Diamantino.


Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, junho 10, 2011

Charge do Dia

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Associação dos Juízes Federais elogia atuação do Supremo no caso Battisti

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) emitiu uma nota nesta quinta-feira (9) elogiando a decisão de seus pares do Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem votaram pela libertação do ex-ativista de esquerda italiano Cesare Battisti.
“O Supremo é o guardião da Constituição e decidiu uma situação de repercussão internacional que não poderia mais persistir indefinida. Não é função do STF agradar ou desagradar este ou aquele segmento político ideológico da sociedade brasileira, cabe a ele aplicar a Constituição. Foi isso que fez a Corte, cumprindo com o seu dever”, avaliou presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.
No julgamento de ontem, os temas que acabaram gerando mais polêmica entre os magistrados foram o respeito à soberania brasileira e o princípio da não interferência em assuntos internos da República, que teve o apoio de seis dos nove ministros que participaram da ação.
A questão foi suscitada pelo governo italiano ao questionar a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar Battisti, tendo como base o parecer da AGU (Advocacia Geral da União). Para a Itália, Lula teria sido "induzido ao erro".
Wedy também considera que a Corte Máxima do país atuou corretamente ao mostrar que o governo da Itália não tem competência legal para questionar um ato do chefe do Executivo. Para o juiz, o julgamento exaltou a soberania do país e a autoridade do STF para decidir uma questão como aquela.
*comtextolivre

Sócrates não mudou

GilsonSampaio
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Tem gente que não muda.
Sócrates foi um jogador de técnica refinadíssima e inteligência aguda. Não se deixou engolir pelo meio do futebol e nem pela mídiazinha sem-vergoinha, não fosse isto, seria o comentarista mais disputado pelo mercado e um dos ídolos do futebol mais lembrados. Também como o esquecido e fantástico Reinaldo, brilhante centroavante do Atlético Mineiro, Sócrates contestava a ditadura militar.
Tem gente que não muda.
Time de Fidel pode ter Sócrates como técnico
Leandro Matins 
DE RIBEIRÃO PRETO
O ex-meia Sócrates, ídolo do Corinthians e da seleção brasileira, pode voltar a atuar ativamente no futebol. E à frente de uma seleção.
O ex-jogador deve se reunir ainda neste mês com representantes de Cuba para discutir a possibilidade de "colaborar" com a seleção nacional de futebol.
À Folha, Sócrates disse que ainda não existe nada concreto. Também não informou se será treinador. "No que eu puder ajudar, eu vou ajudar", afirmou ontem.
Fernando Santos/Folhapress
Sócrates se encontra com Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 1984
Sócrates se encontra com Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 1984
O ex-jogador disse que a possibilidade de ir para Cuba foi levada a ele por amigos, que vão colocá-lo em contato com a diplomacia cubana.
A reportagem procurou ontem a embaixada de Cuba em Brasília, mas não obteve informações sobre o assunto.
Se fechar com o país de Fidel Castro, Sócrates terá pela frente o desafio de comandar uma seleção inexpressiva internacionalmente --o país só disputou uma Copa até hoje.
"Mas Cuba terminou a última eliminatória sem perder. Foi desclassificada, mas saiu invicta", comentou Sócrates.
O ex-atleta também reconheceu não saber "quase nada" da atual situação do futebol cubano, mas que, ainda assim, seria um "desafio interessante" dirigir a seleção.
"O futebol nunca foi o esporte predileto deles [dos cubanos]. Talvez seja isso [que explique seu fraco desempenho]", disse o ex-jogador.
Mais do que um retorno ao mundo do futebol, Sócrates, 57, vislumbra a possibilidade de se aproximar ainda mais de uma de suas paixões.
Socialista assumido, ele diz que a chance de atuar na seleção cubana tem um peso bem mais ideológico do que o do próprio futebol.
A paixão de Sócrates por Cuba não é de hoje. Um dos seus filhos foi batizado como Fidel em homenagem ao ex-ditador Fidel Castro, que comandou a ilha até 2006.
Em entrevistas anteriores, o ex-jogador disse que o país dos irmãos Castro é o "símbolo de um sonho" de igualdade de oportunidades.
Na concepção de Sócrates, esse sistema de Cuba pautado pela igualdade tem relações com a chamada Democracia Corintiana, período da história do time paulista em que as decisões mais importantes eram tomadas por meio do voto democrático.
Martin Bernetti/France Presse
O ex-jogador brasileiro Sócrates, técnico do Liga Universitária, é recebido em Quito, em fevereiro de 1996
O ex-jogador brasileiro Sócrates, técnico do Liga Universitária, é recebido em Quito, em fevereiro de 1996
Nessa época, no início da década de 80, fala ele, o voto do roupeiro do Corinthians valia o mesmo do que o do presidente da agremiação.
Dentro desse espírito de igualdade, Sócrates, jogador do Brasil nas Copas de 1982 e 1986, diz ter uma única exigência para treinar Cuba: quer ganhar o mesmo salário pago a qualquer trabalhador.
"Disso eu não abro mão. Tenho que me sentir como um cubano, receber a mesma cesta básica, as mesmas coisas que eles têm lá, que não é pouca coisa, não."

A fina flor da elite solta, os bombeiros presos

Daniel Dantas e Eliane Tranchesi da Daslu
“A juíza entendeu que o auto de prisão em flagrante não tinha nenhuma ilegalidade. Nós vamos analisar os fundamentos da decisão e possivelmente vamos combatê-los. Pode ser que nós entremos com uma petição, com um habeas corpus ou com as duas coisas”, disse Drummond.
De acordo com Drummond, o pedido de relaxamento de prisão feito pelos defensores foi prejudicado porque a Defensoria Pública ainda não tinha recebido o auto de prisão em flagrante dos militares e, portanto, ainda não tinha detalhes do processo. O documento só chegou à mão dos defensores na manhã de hoje, junto com a decisão da juíza.
Os mais de 430 bombeiros foram presos no último sábado (4) depois de ocuparem o quartel central da corporação, em protesto por melhores salários e condições de trabalho. Em coletiva à imprensa hoje, três porta-vozes do movimento dos bombeiros, voltaram a pedir a libertação e anistia dos militares presos.
Segundo o capitão Lauro Botto, um dos porta-vozes, o movimento dos bombeiros, formado principalmente por praças da corporação, não integra a “frente unificada” criada ontem pelas associações de classe dos militares para negociar com o comandante Sérgio Simões um salário de R$ 2.900 (reivindicação superior à pedida pela tropa, que é de R$ 2 mil líquidos).
De acordo com o capitão, a ajuda das associações de bombeiros e policiais é bem vinda, mas a frente unificada não “fala” pelo movimento, que teve origem “por causa de uma insatisfação da própria tropa”.
Botto disse que, depois da prisão dos bombeiros, a prioridade do movimento passou a ser libertá-los. O reajuste salarial só voltará a ser negociado depois da libertação dos militares. Segundo ele, mesmo que a “frente unificada” consiga negociar melhores salários, o movimento continuará até que os presos sejam libertados.
“Se o governador entender que tem que atender às entidades e quiser pagar os R$ 2.900, melhor ainda. Fica além do que a gente pedia. Mas o que a gente quer agora é a anistia e a liberdade dos nossos 439 homens. Salário a gente vai brigar depois”, disse.
Outro porta-voz, o cabo Laércio Soares, do 2º Grupamento Marítimo, disse que, enquanto todos os militares estiverem presos, os bombeiros não desistirão dos protestos “nem se receberem um salário de R$ 5 mil”.

Fonte: Agência Brasil

Charge do Dia