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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 22, 2011

A maquiagem do Estadão

Impressionante como o Estadão cuidou de suavizar o título original do artigo: "Reconhecendo a mudança tectônica nas relação Brasil - EUA" ("Acknowledging the tectonic shift in U.S.- Brazil relations").
A "mudança tectônica" virou uma "nova relação" na versão do Estadão.
E logo no início do artigo, o autor escreve: "Mas há quase uma década atrás, na esteira das reformas da administração Cardoso" ("But almost a decade ago, in the wake of the reforms of the Cardoso administration"). Como foi traduzido pelo Estadão? "Nos anos 90, porém, na esteira das reformas de Fernando Henrique Cardoso".
Calma lá! Os "anos 90" não foram "há quase uma década atrás". Considerando que estamos em 2011, "quase uma década atrás" seria, no máximo, 2002.
Este é apenas um exemplo, sutil, de como a nossa imprensa distorce a realidade - sendo que "a realidade", pode ser facilmente comprovada no texto original, aqui.


A nova relação EUA-Brasil 
Estadão
Eugênio Issamu
Washington precisa se livrar de preconceitos e reconhecer que o maior país da América Latina já é uma potência global
16 de julho de 2011 - David Rothkopf, Foreign Policy - O Estado de S.Paulo
Durante anos, uma piada muito repetida dizia que o Brasil era o país do futuro - e sempre seria. Nos anos 90, porém, na esteira das reformas de Fernando Henrique Cardoso e, depois, graças aos notáveis mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e à aplicação do povo brasileiro, a piada foi superada pelos fatos. Como investidores, CEOs, jornalistas e as potências mundiais já reconheceram, o futuro chegou para o Brasil.
Embora líderes americanos, como os presidentes George W. Bush e Barack Obama tenham reconhecido a mudança, muita gente na comunidade política dos EUA continua cética e resistente. Sim, o Brasil estava em ascensão, diziam, mas sempre encontravam um modo de qualificar suas opiniões, de estabelecer uma condição após a outra que o Brasil teria de preencher para ser visto como "uma potência de primeira classe".
Enquanto especialistas na Ásia aceitavam a ascensão da China e da Índia e, rapidamente, começaram a refazer a política com base nas relações cambiantes de poder, os analistas de América Latina se aferraram ao passado, às velhas formulações e preconceitos. Aos olhos dessas peças de museu vivas da pequena comunidade de assuntos latino-americanos em Washington, o Brasil poderia ser o país do futuro - poderia até mesmo ser o país do presente -, mas nós deveríamos nos aferrar às políticas do passado até que tenhamos novas informações.
Agora, o Council on Foreign Relations (CFR) divulgou um novo relatório sobre as relações EUA-Brasil que avança bastante para romper com o passado e recomenda que os EUA adotem uma nova posição política com Brasília. O ponto central do relatório é que o Brasil precisa ser visto em separado da política latino-americana e como uma das potências globais mais importantes da atualidade.
O relatório Global Brazil and U. S.-Brazil Relations é o resultado de mais de um ano de trabalho de uma força-tarefa liderada pelo ex-secretário de Energia dos EUA Samuel Bondman, pelo ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn e chefiada por Julia Sweig, diretora de estudos sobre a América Latina do CFR. Eu fiz parte do grupo e as discussões foram um microcosmo fascinante de todos os debates, entusiasmos e frustrações que marcaram as conversas sobre as relações EUA-Brasil nos últimos anos.
Embora não seja nada de mais considerar como um player global um país que é o quinto mais populoso do mundo, que tem a quinta maior área e taxas de crescimento que farão dele a quinta maior economia do planeta, não é fácil desfazer hábitos históricos e velhos arcabouços políticos. É isso, porém, que esse relatório faz ao enumerar as maneiras pelas quais o Brasil terá um papel central em questões que vão do comércio ao clima, da energia à modelagem de uma política econômica global.
No entanto, apesar de toda sua abrangência e extensão, o ponto do relatório que receberá maior atenção é a recomendação de que o governo Obama "endosse plenamente" a aspiração do Brasil de ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Embora esse passo, que vai além do apoio oferecido por Obama em sua recente visita ao Brasil, possa ser visto como simbólico, visto que a reforma do Conselho de Segurança, provavelmente, demorará anos, ele provavelmente teria repercussões profundas no Brasil.
Segundo o relatório, "um endosso formal dos EUA ao Brasil faria muito para superar uma desconfiança persistente do governo brasileiro de que o comprometimento de Washington com uma relação madura, entre iguais, é, em grande parte, retórica".
Não é pouca coisa. O tratamento dado pelos EUA aos brasileiros - mesmo durante o governo Obama, que parece sinceramente comprometido com o aprofundamento das relações - refletiu teimosamente as velhas noções sobre qual deveria ser o papel internacional do Brasil. Isso ficou evidente nas reações à iniciativa brasileira e turca para costurar um acordo sobre o programa nuclear do Irã.
Como o Brasil se afastou do script dos EUA e agiu de maneira independente - apesar de ter recebido um endosso explícito da Casa Branca para seguir em frente com seu plano - os EUA ficaram frustrados e ofendidos com a ação brasileira.
Como os EUA sempre acharam que o Brasil deve ocupar um papel secundário em assuntos externos, porém, Washington não tratou essa diferença de pontos de vista da mesma forma que trata as enormes diferenças com outros países do Brics, como China, Rússia ou Índia.
Em vez disso, os EUA tentaram penalizar os brasileiros por sua independência, mais especialmente ao não dar um pleno apoio às aspirações do Brasil ao Conselho de Segurança do tipo que já ofereceram à Índia. Isso apesar de Washington ter tido muitas discordâncias políticas iguais ou piores com Nova Délhi, incluindo uma sobre o programa nuclear indiano.
Esse tipo de discurso duplo, um para potências emergentes da Ásia e outro para a potência emergente das Américas, é a fonte do ceticismo do Brasil até agora sobre a sinceridade com que os americanos estão saudando sua ascensão.
Outra razão da resistência em apoiar o reconhecimento da legítima demanda do Brasil de ser reconhecido como uma potência global provém da velha política americana para a América Latina, que argumenta que os EUA precisam ir devagar com o Brasil para não ofender outras potências regionais aspirantes, como México e Chile.
Entretanto, não há motivos para que esses países recebam um status semelhante ao do Brasil, além de seu saudável orgulho nacional. Alguém acha que houve um grande debate entre líderes da Ásia sobre como a Indonésia (mais populosa do que o México) ou a Austrália (que tem uma economia maior do que a do México) se sentiriam sobre o apoio americano à Índia? Certamente que não. As potências na Ásia já são vistas automaticamente por especialistas políticos americanos como players globais mais sofisticados do que a maioria dos países da América Latina.
Esse relatório, cujos signatários incluem o ex-subsecretário de Estado, Nick Burns, o ex-assessor para a política latino-americana de Bill Clinton, Nelson Cunningham, a ex-embaixadora americana no Brasil, Donna Hrinak, e o ex-presidente do Conselho de Inteligência Nacional, Robert Hutchings, representa a mais recente constatação de como os EUA deveriam rever o papel das potências emergentes. Como tal, o relatório é um grande passo adiante e foi um privilégio estar associado à iniciativa.
Tradução de Celso Paciornik, analista do Carnegie Endowment for International Peace
By: Foo
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Deleite

LULA no Recife orquestra cidadã é exemplo

É muito mais barato investir num programa como esse para evitar que o jovem se torne um marginal do que trabalhar para ressocializar quando ele já entrou no mundo do crime"
O ex-presidente Lula citou o trabalho desenvolvido pela Orquestra Criança Cidadã como exemplo de ressocialização para o país. "É muito mais barato investir num programa como esse para evitar que o jovem se torne um marginal do que trabalhar para ressocializar quando ele já entrou no mundo do crime", disse.
Lula disse que leva o exemplo dos meninos do Coque para as conferências internacionais que participa. "Se alguém passou por tudo que passei e consegui ser presidente, então qualquer pessoa pode ser o quiser. Basta um pouco de amor e carinho. Vocês não nasceram para ser marginais e nem precisam viver no Coque a vida inteira", disse o ex-presidente com incentivo aos meninos.
O ex-presidente prometeu continuar levantando a bandeira da orquestra. "Eu não sou mais presidente, mas sou amigo do governador, do prefeito, dos senadores e da presidente Dilma. Podem contar comigo, pois a minha disposição é mesma", disse.
"Vou falar para a Dilma que, quando ela vier ao Recife, que assista a uma apresentação da Orquestra Criança Cidadã. Como mãe e como avó, sei que ela vai abraçar essa e outras orquestras pelo País", acrescentou.








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Murdoch/Israel: Do que ninguém fala


13/7/2011, Gordon Duff, Veterans Todayhttp://www.veteranstoday.com/2011/07/13/a-murdoch-note/

Jornais britânicos que não pertencem a Rupert Murdoch disseminam boatos de que o “magnata das comunicações” talvez seja condenado e preso. Nem americanos nem britânicos sabem sobre quem falam. Não há fonte confiável de informação sobre quem seja Rupert Murdoch.

De fato, a primeira coisa que Murdoch não é – com certeza não é exclusivamente – é “bilionário australiano”. Embora nascido na Austrália, Murdoch é judeu e cidadão israelense. E por que isso seria importante?

Já se começa a dizer que Murdoch controla, há no mínimo 20 anos, todo o sistema político dos EUA e da Grã-Bretanha. Tem poder para eleger e derrubar líderes nacionais, escolher políticas, aprovar leis. De onde vem tanto poder? Sabe-se hoje que vem de espionagem, gravações clandestinas, invasões de telefones e e-mails, suborno de autoridades e muita propaganda. Sim, mas... a serviço de que agenda? Aí está o xis da questão.

É possível que se trate de vender jornais de escândalos e de espionagem a favor de Israel, para empurrar a Grã-Bretanha e os EUA na direção de fazer guerras em nome de interesses de Israel? Há resposta simples.

A motivação básica de Murdoch nem é que ele opere “para Israel”. Murdoch é, provavelmente, o mais influente israelense que há hoje no mundo, muito mais poderoso que Netanyahu. O problema é que Murdoch é homem de convicções que só se podem descrever como “ultranacionalistas” pró-Israel.

Por isso Murdoch é ameaça grave. Os ultranacionalistas são conhecidos por apoiar guerras, planejar ataques terroristas, manipular populações até converter as pessoas a se matarem umas as outras por questões religiosas, por racismo, sempre semeando o medo e o pânico, quando não promovendo a ruína financeira de muitos.

De quem se fala aqui? Os que ainda não tenham sido completamente descerebrados logo perceberão que se fala aqui de Sean Hannity, Bill O'Reilly, Glenn Beck, Rush Limbaugh e do canal Fox News.

Murdoch é dono do canal Fox News e de tantos outros veículos de comunicação que ninguém terá tempo para examinar a lista toda. E só não é dono dos jornais que, até agora, não quis comprar. Fox é uma rede e Murdoch, que é estrangeiro, não poderia ser autorizado a dirigir redes gigantescas de comunicações. Como foi possível?

Reagan “nomeou” Murdoch cidadão norte-americano (em 1985). Em troca, Murdoch prometeu o apoio de Fox News aos Republicanos. A rede Fox diria o que fosse mandada dizer, por falso, idiota ou, como vemos aquele canal fazer já décadas, mesmo que fosse deliberadamente enviesado e manipulatório.

Mas o que Murdoch sempre fez, e fez mesmo, foi usar a Fox como base para viabilizar operações de espiões israelenses. Isso foi feito por duas vias:

1. Israel recebe quantidades astronômicas de tecnologias e segredos militares que podem ser oferecidas a inimigos dos EUA, a preço de ouro. É bom negócio para as empresas “Murdoch”, como agora todos começam a ver.

2. E Murdoch ajudou Israel a ganhar absoluto controle sobre o Congresso dos EUA. Hoje, Israel controla literalmente os EUA. Os instrumentos? Os mesmos que, agora, estão sendo descobertos na Grã-Bretanha: suborno, chantagem (na Polícia, no exército e no Congresso).

Quem se surpreende?

Murdoch, de fato, comanda, há mais de 20 anos, a história dos EUA: usa políticos a favor de seus interesses, manipula eleições, cria políticas. Teriam sido operações e decisões exclusivamente de Murdoch? Não acredito. (...)

Há um aspecto israelense ou judeu, nisso tudo, mas não no sentido de ser pró ou contra os semitas. O império de Murdoch, casado com o Partido Republicano, mobiliza todo seu imenso poder de modelar a opinião pública sempre a favor de uma “Nova Ordem Mundial”, com tráfico de drogas, manipulação de moedas nacionais, dívidas nacionais, tudo em escala tão massiva, que já levou os EUA e a União Europeia ao colapso econômico; opera com as gigantes do petróleo para acertar preços...

Esse é o resultado do que Murdoch e seus amigos fizeram por muito tempo... sem parar jamais de ‘denunciar’ Osama bin Laden, tanto quanto os malditos “esquerdistas”.

Dividiram a Grã-Bretanha, apresentando-se, primeiro, como “conservadores”, depois como “liberais”. O que fizeram na Grã-Bretanha foi minar o governo legítimo, destruir a confiança das pessoas no estado e no governo, fosse qual fosse. Blair, Cameron, não faz diferença! Murdoch escolheu os dois e os manobrou e manobra como fantoches, exatamente como fez com Bush & amigos.

Não é difícil de fazer. Saqueie os países até o último centavo, use parte do saque para subornar ou chantagear políticos, suborne a polícia... e tudo isso rende cada vez mais dinheiro para os saqueadores, chantagistas, subornadores.

Em seguida, organize um jornal, uma televisão, para dar ao povo inimigos aos quais odiar; invente guerras para que os países lutem entre eles; e fique de longe, assistindo à destruição de uns países por outros, de um partido por outro.

Mas... Há gente capaz disso no mundo? Há. Hoje estamos conhecendo Murdoch e a gangue de suas empresas, a gangue do canal Fox News, os tais “neocons” nos EUA, o lobby pró-Israel nos EUA, a Liga Antidifamação [Anti-Defamation League (ADL)], o Comitê de Relações Públicas EUA-Israel [American Israel Public Affairs Committee (AIPAC)] e a facção do Partido Likud comandada em Israel por Netanyahu. Todo esse pessoal odeia, aqui, os EUA.

Há grupo semelhante de odiadores na Grã-Bretanha. Na Austrália há outro grupo desses odiadores. Em cada local, esse grupo de odiadores comanda tudo. Comanda na Alemanha, no Canadá, comanda, de fato, praticamente toda parte do mundo que conhecíamos, antigamente, como “o mundo livre”.

Estarei descrevendo o próprio Satã? Quase. Há advogados poderosos que defendem seus ladrões e seus mentirosos contra tudo que é decente. De certo, no mundo, só as comunidades “evangélicas” e “sionistas” nos EUA! Esses são “terra fértil” para aquelas mensagens de desprezo e de ódio.

Quem Murdoch odeia acima de todos os demais ódios? Os muçulmanos, claro. Todos os muçulmanos são ‘do mal’. De todas as coisas que Murdoch toca, em todas as cenas que suas publicações (centenas!) exibem, em todas as notícias que distorcem, o item que nunca falta, o que nunca essa gangue de degoladores deixa de reafirmar é, sempre, o ódio deles contra os muçulmanos. Com isso, satisfazem os amigos em Israel.

Se as coisas continuarem a andar como estão andando, é possível que todos eles tenham de refugiar-se em Israel e Israel os protegerá. Talvez detonem mais algumas casas de famílias palestinas para construírem uma grande fortaleza onde se possam esconder.

Muçulmanos, afinal, são sempre alvos fáceis: são cidadãos oprimidos por ditadores e reininhos comandados por ladrões e reizinhos bandidos os quais – como só agora os EUA começamos a perceber, sempre correm rumo a Washington e Telavive, para obter ‘instruções’.

Pense, só por um segundo. Considere a palavra “palestino”. Você ouve a palavra e, imediatamente, seu cérebro lhe oferece ‘automático’ o adjetivo “terrorista”. Mas se aparecem crianças assassinadas, na televisão... o assassino é sempre ‘árabe’. Os feridos, sim, são sempre judeus (de fato, quase sempre representados por atores israelenses). Talvez seja alguma espécie de ‘piadinha interna’, imunda, de Murdoch.

O povo islâmico em todo o mundo tem sido enganado, explorado e esmagado desde 1919. Um dia a história mostrará que houve plano e método nessa loucura.

Leiam sobre a verdadeira Declaração Balfour, e todos descobrirão o quanto custou em termos de chantagem. Observem quem escreveu e para quem foi enviada
[1]. É história praticamente idêntica à que vemos ir surgindo hoje na Grã-Bretanha, dia após dia.

Murdoch diz aos seus seguidores que odeia “gente esperta”. Que todos devem temer os cultos, os letrados, as “elites”. Depois que se destrói a confiança das pessoas comuns na lei, na democracia, nada mais fácil do que promover o mais ensandecido racismo, a ignorância mais impenetrável. É destruir o amor ao saber democrático e substituí-lo por música de repetição, ‘escândalos’ ou sexuais ou ‘éticos’, questões da sexualidade humana tratadas como nos roteiros de novelas de televisão, e infindáveis ‘ameaças’ e conspirações.

Murdoch é, de fato, o rei das teorias de conspirações. Basta ver a torrente infindável de ‘denúncias’ e acusações que jorra interminavelmente (dentre outros) dos canais da rede Fox. São acusações as mais insanas, muitas das quais são hoje história, e que bem podem ter sido forjadas e planejadas por Murdoch.

É altamente provável que a mão de Murdoch tenha agido no 11/9, como também nos bombas detonadas em Londres no 7/7. Nenhuma grande ação violenta pode acontecer, se a mídia não estiver absolutamente controlada.

Estamos descobrindo agora que a própria mídia controla estados e governos. É perfeitamente razoável que tenha, também, construído os scripts das guerras, os resultados eleitorais, os atos de terrorismo e o descalabro geral que empurrou os EUA para uma década de selvagem e inútil derramamento de sangue, para vingar-se de atos de terrorismo que provavelmente, não foram obra de terroristas estrangeiros.

Hoje, nossos primos britânicos espantam-se com revelações de que, há décadas, os governos eleitos não foram, de fato, nem governos nem britânicos e jamais passaram de híbrido doentio resultado das ideias de um louco, de atos de espiões israelenses e de capangas pagos que se supunha que governassem pelos eleitores e para os eleitores... Talvez possa ser um recomeço.

Mas cá, nos EUA, a coisa prossegue inalterada, a pleno vapor. Aqui, Murdoch e seus cúmplices continuam planejando e executando seus planos para o futuro dos EUA. As criaturas desses projetos já andam por aí. Uma delas é Boehner. Outra é Palin. E há também Gingrich. E sem esquecer todos os que trabalharam para o governo Bush.

Em todos os casos, quem queira ver de perto o coração das trevas, pode começar por assistir ao canal Fox
News.




[1] A “Declaração de Balfour” é uma carta escrita dia 2/11/1917 pelo então secretário britânico de Assuntos Estrangeiros Arthur James Balfour, a Lord Rothschild, então presidente da Federação Sionista Britânica. Na carta, Balfour fala de seu desejo de oferecer condições especiais de facilitação aos sionistas para que povoem a “Terra de Israel”, no caso de a Inglaterra conseguir derrotar o Império Otomano [NTs, com informações de http://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Balfour, onde se pode ler a carta, em português].


“Murdoch modela a política inglesa há 40 anos”

13/7/2011, Leo Panitch (Prof. Emérito de Ciências Políticas da UNY), The Real News Channel
Entrevista transcrita (aqui traduzida) -- http://therealnews.com/t2/index.php?option=com_content&task=view&id=31&Itemid=74&jumival=7025

A primeira coisa que se deve anotar, é que Murdoch é homem da direita. O fato de ter apoiado o Partido Trabalhista [inglês] nada altera. É conhecido na Grã-Bretanha e na Austrália como “o Cavador”, por suas raízes australianas. Chegou em 1969 e comprou
o Sun, que era então um clássico jornal da classe trabalhadora. Como disse Dennis Potter, o grande dramaturgo britânico, autor de roteiros para televisão, autor de The Singing Detective, em entrevista, não há ninguém na Grã-Bretanha mais responsável que Murdoch por poluir ainda mais, uma imprensa que já era muito poluída.

Mas não se deve raciocinar como se o que estamos vendo tivesse sido, digamos, obra exclusivamente de Murdoch.

Quando tomou o Sun, Murdoch de fato ocupou aquele jornal dos trabalhadores, cuja história remonta aos anos 50s – antes, o jornal chamara-se The Labour Herald [Voz do Trabalho], trocara de nome e fora também jornal do Partido Trabalhista. Murdoch imediatamente converteu o jornal em panfleto da direita, que atacava a esquerda.

Murdoch tornou-se dono de grande parte da imprensa. Comprou o Times, do canadense Lord Thomson of Fleet, quando Thomson desinteressou-se de jornais, porque conseguiu uma licença para um canal de televisão na Escócia (que ele chamava de “autorização para imprimir dinheiro”).

Murdoch, como se sabe, entrou nesse mesmo jogo, também com a televisão BSkyB, com a rede Fox News, com todo o império Fox. É dono do Sunday Times também, que é jornal dominical dirigido aos ricos, e também foi acusado nesse escândalo de escutas clandestinas e invasão de telefones celulares, até de ter invadido o telefone de [Gordon] Brown, ex-líder do Partido Trabalhista.

Tudo isso para dizer que não se trata só do jornal News of the World que, diferente do Sun, tem história que chega a meados do século 19. De qualquer modo, o News of the World e o Daily Sun – que já mostra uma mulher seminua na página 3 – não são os únicos jornais que fazem dinheiro com a repressão sexual dos britânicos e, portanto, com o frenesi social que qualquer escândalo sexual desperta, para desempenhar papel terrível na política britânica, papel que já se conhece, por exemplo, do canal Fox. Mas a coisa piorou, quando o mesmo papel começou a aparecer também nos diários. E feito de tal modo que passou a ser claro assassinato de reputações.

Você talvez já tenha ouvido a palavra “Bennismo”, hoje usada como ofensa, o pior dos palavrões. Origina-se do nome “Benn”, de Tony Benn, que foi ministro do Gabinete nos anos 1960s e depois passou para a esquerda, quando percebeu o pequeno espaço que tinha no governo britânico [foi ministro do governo trabalhista de Harold Wilson]. Abraçou a esquerda e propôs várias reformas radicais que iam além da simples ‘regulação’ do estado de bem-estar e implicavam regular o próprio capital.

Hoje, quando se diz “Bennismo”, a palavra significa palavrão, designa o pior dos homens, a “esquerda lunática”. Mas Benn foi um dos políticos mais efetivos, mais inteligentes e mais corajosos da Grã-Bretanha. Hoje, é lembrado como se fosse louco, ou imbecil. De fato, as coisas nunca são assim tão simples. Fato é que Benn, ao longo dos anos 1970s tornou-se muito popular entre os trabalhadores.


[Entrevistador]: Lembro que o Sun publicou matéria com um laudo de um psiquiatra norte-americano bastante conhecido, que declarava que Tony Benn era mesmo louco. A matéria analisava longamente o laudo psiquiátrico. Depois, se descobriu que tudo fora forjado: o psiquiatra jamais assinara o tal laudo.

PANITCH: E assim continuaram, lixo diário, publicado diariamente. Várias vezes em que estive com Tony [Blair], ele me disse que seu telefone estava grampeado. Não sabia se era a segurança, a imprensa, mas o telefone estava grampeado, Ouvia-se um clique e o som de uma fita rodando, quando se pegava o telefone. O que quero dizer é que nada, do que vemos hoje, é novidade.

[Entrevistador]: Vejamos então o contexto político, para compreender a importância de destruir a reputação de Benn e como isso levou ao surgimento de Tony Blair.

PANITCH: Os políticos do Partido Trabalhista que se opunham a Benn – que não queriam que o Partido Trabalhista voltasse a ser partido socialista –, assustavam-se quando abriam os jornais no café da manhã, e liam mais uma declaração atribuída a Benn, posta em manchete de primeira página do Times ou do Sun – ou, às vezes, sabe-se lá, também no Guardian, porque nem o Guardian estava imune àquilo –, que feria a reputação de todos os membros do Partido Trabalhista, a reputação pessoal, os deputados apresentados como Maria-vai-com-as-outras, como iguais aos políticos da direita, apoiadores do império norte-americano, traidores. A verdade era que, naquele momento, Benn trabalhava a favor da nacionalização dos cinco principais bancos britânicos.

Mas os trabalhistas viviam apavorados com o que liam nos jornais de Murdoch. E, então, decidiram usar o Sun. Não foram só vítimas nem foram as únicas vítimas do Sun ou do News of the World nem do Sunday Times. Os trabalhistas decidiram usar o Sun: vazavam comentários para o Sun. Criavam ‘relatórios’ absurdos, ‘dossiês’ imundos, que os jornais amplificavam o mais que podiam, e tudo isso para desacreditar a esquerda trabalhista.

Os beneficiados foram a direita e o centro do Partido Trabalhista. Serviram-se do que a imprensa fazia, para atender interesses seus. Até que conseguiram livrar-se de Benn e elegeram Neil Kinnock para a liderança do Partido, quando Benn seria o líder óbvio, pode-se dizer, natural.

Nem assim Murdoch aliviou a mão. Os que haviam conseguido livrar-se do ‘risco Benn’, logo viram que Murdoch já estava apresentando Kinnock como “desequilibrado”, “despreparado para o cargo”, “incompetente”, “corrupto”, “pouco ético” etc., etc.

Foi quando, afinal, políticos extremamente pragmáticos, oportunistas, como Tony Blair, fizeram um acordo com o diabo. Disseram ‘ok. Dancemos conforme a música’. Passaram a dizer o que Murdoch queria que dissessem.

E Blair, depois que Kinnock foi derrotado em 1992 – em larga medida por efeito da campanha imunda de demonização que sofreu, sobretudo no Sun, que é jornal, como eu disse, popular – nas eleições de 1992 (...), Blair abriu caminho para a liderança do Partido Trabalhista, por acordo que fez com Brown.

Blair, imediatamente, partiu para a Austrália, para o encontro anual do grupo News International, e lá ficou amigo de Murdoch. E Murdoch passou a apoiá-lo. Todos os jornais de Murdoch apoiaram Blair, mas, mais que todos, o Sun, que praticamente o elegeu nas eleições de 1997. Blair tinha um acordo com Murdoch.

Mas não se pode esquecer que, com isso, Blair envolveu-se no mesmo tipo de política que se vê no Canal Fox, dos EUA. Todos assistimos ao papel que Blair desempenhou na guerra do Iraque, mas, sobretudo, todos assistimos ao modo como Blair, enquanto sorria para as televisões, decidiu que a desigualdade na Grã-Bretanha seria irremediável, que não se poderia impedir que continuasse a aumentar, e, em resumo, conseguiu levar o Partido Trabalhista de volta ao poder... ao preço de adotar o Thatcherismo. Por isso os jornais de Murdoch sempre o promoveram. Mas não promoveram todos os políticos do Partido Trabalhista.

Jornalismo, para Murdoch é escândalo. Vivem a ‘denunciar’ escândalos, às vezes, também entre os Conservadores, mas sempre e sempre mais entre os Trabalhistas.

Dado que os jornais de Murdoch não sabiam exatamente para que lado velejaria Gordon Brown, que sucedeu Blair, com certeza dedicaram-se a cavoucar em busca de detalhes da privacidade de Brown.

Mas tudo isso, do ponto de vista de Murdoch, são negócios, são questões comerciais. É o modo pelo qual Murdoch defende o capitalismo e seu patrimônio de $50 bilhões em todo o planeta. Mas também são negócios, são questões comerciais, no sentido de que tratam a notícia como um produto cuja matéria-prima é o escândalo. Os britânicos não sabem como reagir a seja o que for que tenha conotação sexual.

[Entrevistador]: Do modo como se fala do ‘affair’ Murdoch, sobretudo nos EUA, é como se Murdoch fosse uma espécie de maçã podre, quase uma anomalia. A verdade é que nada há de excepcional no conluio entre os barões da grande mídia e os políticos. Todos os barões da grande mídia têm acesso facilitado aos políticos. Alguém, que participava das reuniões do Gabinete no governo Blair em Londres, escreveu recentemente que, naquelas reuniões, só três pessoas tinham poder de decidir: Blair, Brown e Murdoch, que era como sombra imaterial que pairava naquelas reuniões. Esse tipo de ‘convivência íntima’ entre os barões da imprensa e os políticos não acontece sempre? Não é sempre assim, em todo o mundo?

PANITCH: Claro que é. Todos sabemos que a liberdade de imprensa é liberdade para quem tenha empresa jornalística. “Liberdade de imprensa, só para quem tem imprensa” – como se diz. É engraçado que esses personagens venham tão frequentemente da Austrália e do Canadá. Lord Beaverbrook era canadense. Lord Thomson era canadense. Agora, o ‘cavador’ Rupert Murdoch, é australiano. E conseguiu, vale lembrar, a cidadania norte-americana, sem a qual não poderia comprar o The New York Post. Como todos sabemos, é difícil ver cidadão não norte-americano proprietário de empresa de mídia nos EUA. Murdoch de fato, comprou a cidadania norte-americana.

[Entrevistador]: Interessante também que, depois da experiência com Blair, Murdoch tenha apoiado Obama, contra Clinton, desde as primárias do Partido Democrata.

PANITCH: Acho que houve algum ‘acerto’ semelhante ao que Blair fez. Você sabe: desde os anos 90s há uma relação incestuosa entre os Democratas dos EUA e o Partido Trabalhista inglês, um aprendendo com o outro. Esse incesto continua.

Mas o que queria dizer é que, por menos que se deva enfatizar o papel do indivíduo na história, há uma diferença entre o que Murdoch faz hoje e o que fizeram, antes deles, Lord Beaverbrook ou, mesmo, Lord Thomson, embora fosse homem muito mais rude que Beaverbrook, que foi, de pleno direito, um intelectual.


Murdoch sempre foi pior que os outros, pelo mercantilismo, pelo uso que dá à imprensa para objetivos pessoais seus, essencialmente capitalistas. Vê-se no Canal Fox News. Vê-se, de fato, nos seus jornais britânicos, acho. E acho que tudo que se possa dizer sobre a péssima qualidade da imprensa nesses países e em todos os países de língua inglesa pode ser atribuído ao ‘espírito’ de Murdoch, ao tipo de poder político que esse tipo de jornalismo dá a alguém ou a grupos, poder para modelar as políticas nacionais. Se o proprietário é homem sem escrúpulos, se é fascista... não vejo que tipo de benefício a liberdade de imprensa traria a alguém. Para começar, a liberdade de imprensa garantida a homens e grupos que não têm nenhum interesse em qualquer tipo de democracia legítima, destrói o sentido do próprio jornalismo. [Fim da entrevista]

*beatrice

Dilma aplica "descarga sanitária" em usos, costumes e abusos dos políticos brasileiros


*esquerdopata

Charge do Dia

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Renovado o Bloqueio a Cuba – Obama é Apenas Mais um Trapaceiro na Presidência Norte Americana

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Barack Obama informou ao Congresso do seu país que prorrogou, por mais seis meses, a suspensão de uma cláusula da Lei Helms-Burton que permite ao governo entrar com um processo contra as empresas estrangeiras que negociem com Cuba. A ação unilateral do governo dos EUA representa a continuidade do cruel e imoral bloqueio contra a ilha, que já dura mais de cinqüenta anos. Assim Obama quebra mais uma vez a palavra, e prorroga essa bestialidade que envergonha a todos nós humanos, independente de ser um ato isolado desse povo arrogante e impiedoso.
http://cuban1.sweb.cz/big_cuban1/0045.jpg
Sem nenhum acanhamento em mostrar que não honra sua palavra, o falso democrata Obama – que "ganhou" o Nobel da Paz no primeiro ano de mandato – (parece brincadeira), disse que a prorrogação da suspensão é "necessária para os interesses nacionais dos Estados Unidos e acelerará a transição à democracia em Cuba". Mais uma vez o presidente norte americano se desacredita como homem de bem ao reutilizar o argumento empregado no ano passado, que nada mais é que uma confissão descarada de que o objetivo do seu cambaleante império é derrubar o sistema político e social socialista cubano.

A lei Helms-Burton, com um caráter marcadamente extraterritorial, pune as empresas estrangeiras que fazem negócios em Cuba; permite entrar com um processo contra companhias e pessoas que usem bens desapropriados pelo governo cubano a cidadãos e empresas dos EUA e nega a entrada no país de diretores dessas empresas.

A continuação desse torpe bloqueio a um país fragilizado econômica e militarmente, é apenas mais um dos atos imorais praticados ao longo da existência dos EUA como país. A mesma indecente decisão já havia sido adotada pelos presidentes anteriores a Obama - Bill Clinton e George W. Bush, que também já tinham adotado a anual prorrogação sem cerimônias, e também recebido, por "merecimento" o prêmio Nobel da Paz, como aval às suas barbáreies.
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A política dos Estados Unidos contra Cuba é um escárnio, não tem sustento ético ou legal algum e muito menos moral; é contrária ao direito internacional e tampouco possui o apoio de outras nações à exceção de Israel. O bloqueio à ilha já foi condenado 19 vezes na Assembleia Geral da ONU. Mais de 180 países e organismos especializados do sistema das Nações Unidas explicitam sua oposição a essa política que enoja a todos os seres do planeta.

O dano econômico direto causado ao povo cubano pela aplicação do bloqueio supera, nesses 50 anos, os 751 bilhões de dólares, no valor atual dessa moeda. Os prejuízos, contudo, não são apenas financeiros, estendem-se por várias áreas, como a da saúde, por exemplo.

"As crianças cubanas não podem dispor do medicamento Sevoflurane, o mais avançado agente anestésico geral inalatório, porque seu fabricante, a companhia norte-americana Abbot, está proibida de vender a Cuba", exemplificou na Assembleia Geral da ONU o chanceler Bruno Rodriguez. Esse é um dos elementos que faz com que a ilha classifique a política norte-americana como genocida, já que muitas mortes poderiam ser evitadas sem o bloqueio.
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Os Estados Unidos, então, submetem a população de Cuba à falta de desenvolvimento, às doenças, e a demais mazelas, com o objetivo de forçar uma mudança política do regime socialista cubano. Para a outrora superpotência imperialista, todas as nações que não se subordinam aos seus interesses não terá o direito de manter suas tradições e muito menos caminhar em direção à liberdade plena pelas próprias pernas.Se estivesse Cuba assentada sobre um "mar" de petróleo, todos os cubanos já teriam dado suas vidas tentando barrar a invasão americana em nome da democracia. O cenário hoje seria de reconstrução, por empresas norte americanas, ao custo de bilhões de barris de petróleo.

O bloqueio dos Estados Unidos a Cuba é criminoso porque atenta contra a soberania e a autodeterminação do país, que tem todo o direito de escolher o seu próprio sistema político e a maneira de organizar a sociedade na velocidade que lhe convier. O bloqueio é um escárnio ao direito internacional, e é mais um ato da política intervencionista desse país de passado e presente encharcado do sangue de milhões de civis inocentes, em todos os recantos da terra.

Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, declarou que a prorrogação da Lei Helms-Burton mais uma vez, demonstra que Obama se iguala aos seus predecessores e caminha a passos largos para o mesmo destino – o lixo da História. E este blogueiro remendaria: "o lixo hospitalar da História."
 
*militânciaviva

Chineses tem interesse de investir na Amazônia

http://jornale.com.br/mirian/wp-content/uploads/2010/06/concorrencia_brasil_china.jpg

Rio Branco (AC) - Industriários chineses estão no Acre para avaliar as condições de implantação de uma indústria de montagem de motocicletas, bicicletas e relógios de pulso. O que chamou atenção dos empresários foi o avançado nível de cumprimento dos trâmites burocráticos para formalização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
“São conversas iniciais para construção de uma relação comercial, mas tudo será feito com a calma que o processo exige”, pondera o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães tentando conter o entusiasmo. “A notícia do alfandegamento da ZPE do Acre vai chamar atenção. É natural”.

Os chineses já têm cartas de intenção para se instalar em zonas de processamento de exportação no Brasil para montagem de relógios e motos. O Governo do Acre deve concluir o processo de alfandegamento antes que as outras 23ZPE’s espalhadas pelo Brasil. A data mais provável para conclusão do processo é a 1ª quinzena de agosto.
http://www.petroegas.com.br/admPor/Noticias/img/135PEQ.jpgO governo quer concluir o alfandegamento com 12 projetos de instalação de indústrias. Eles devem ser enviados ao Conselho das Zonas de Processamento de Exportação que tem 30 dias para avaliar. Se aprovados, os industriários têm até 180 dias para iniciar os trabalhos de instalação das linhas de montagem.
http://blogs.estadao.com.br/jornal-do-carro/files/2008/01/green-sport_02.jpg

Taboca acreana também pode ter investimentos

Há outra frente de interesse dos industriários chineses: a taboca acreana. Ontem à tarde, eles visitaram a sede da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) onde existe um núcleo de estudos com o “bambu da Amazônia” (taboca). Os possíveis investimentos com o beneficiamento da taboca não têm relação com a ZPE.

Caso venham a concretizar os investimentos na extração da taboca, deve ser instalada uma unidade de indústria de transformação no parque do novo Distrito Industrial, às margens da BR-364.



Notícias da Amazônia

Paraísos Fiscais: os bancos

Já ouviram falar de "Paraísos Fiscais"? De "Offshore"?

Um Paraísos Fiscais é um Estado (ou região autónoma, como no caso da Madeira) onde a lei facilita a aplicação de capitais estrangeiros, com alíquotas de tributação muito baixas ou nulas.

Na prática: eu tenho um a empresa, para pagar menos taxas (ou até nada de taxas), escolho como sede um Paraíso Fiscal.

Um empresa pode ter duas sedes: uma "oficial", no País de origem, outra num dos tais Paraísos (a assim chamada "Offshore".
Como as autoridades do Paraíso garantem o sigilo bancário absoluto, ninguém pode saber algo acerca das minhas contas (nem sequer se tenho uma conta), o que facilita a reciclagem de dinheiro e operações que em outros Países seriam proibidas.

Um bom Paraíso Fiscal, em resumo, possibilita a criação de empresas e contas "fantasmas", para onde são canalizados recursos originados de forma ilícita ou destinados, por exemplo, à corrupção e ao tráfego de droga.

Um exemplo prático.

Se eu quero subornar um funcionário público, preciso de dinheiro. Na minha empresa sediada em Portugal, por exemplo, deveria encontrar uma maneira de destinar parte dos ganhos ao suborno sem que isso apareça nas contas oficiais. E, mesmo assim, as autoridades poderiam sempre investigar os movimentos das contas bancárias da empresa.

Com a empresa sediada num Paraíso Fiscal nada disso é preciso: pego no dinheiro, suborno, e pronto, já está. Ninguém investigar, e caso investigasse, não poderia encontrar nada (sigilo bancário absoluto).

Outro exemplo.
Eu, banco central, emito Títulos por conta do Estado (vamos simplificar), mas ninguém quer comprar. Então, atravesso da minha empresa sediada num Paraíso Fiscal, começo a comprar os Títulos e, ao mesmo tempo, grito "Olhem, olhem como são vendidos estes Títulos, é uma maravilha!", o que aumenta a procura por parte dos investidores. Perguntem à Federal Reserve para mais pormenores.

Vamos sintetizar ao máximo: se a ideia é gerir uma empresa no pleno respeito das vigentes leis, então os Paraísos Fiscais não servem.
Se a ideia é gerir uma empresa com algumas operações à margem (ou mesmo fora) das leis, então um Paraíso Fiscal será a minha escolha.

 Os Paraísos Fiscais

Antes demais: quais são os Paraísos Fiscais?
Eis a  lista que apresenta Wikipedia:

Andorra; Anguilla; Antígua e Barbuda; Antilhas Holandesas; Aruba; Bahrein; Barbados; Belize; Campione d'Italia; Chipre; Singapura; Bahamas; Djibouti; Dominica; Emirados Árabes Unidos; Federação de São Cristóvão e Nevis; Gibraltar; Granada; Hong Kong; Ilha de Man; Ilha Niue; Ilhas Bermudas; Ilhas Cayman; Ilhas Cook; Ilhas do Canal (Alderney, Guernsey, Jersey e Sark); Ilhas Marshall; Ilhas Maurício; Ilhas Montserrat; Ilhas Turks e Caicos; Ilhas Virgens Americanas; Ilhas Virgens Britânicas; Labuan; Líbano; Libéria; Liechtenstein; Luxemburgo (no que respeita às sociedades holding regidas, na legislação luxemburguesa, pela Lei de 31 de julho de 1929); Macau; Maldivas; Malta; Mônaco; Nauru; Panamá (facilidades para instalação de estaleiros); Paraguai (isenção de impostos para empresas que lá se instalarem e é permitida a repatriação total de lucros); Região Autónoma da Madeira; República da Costa Rica; Samoa Americana; Samoa Ocidental; San Marino; Santa Lúcia; São Vicente e Granadinas; Seychelles; Sultanato de Omã; Tonga; Uruguai (imposto de 0,3 % para sociedade anônima de investimentos financeiros); Vanuatu

Nada mal, eh? Na verdade nem todos os Paraísos Fiscais são iguais: uns oferecem condições mais vantajosas do que outros. É por isso que as Ilhas Caymans são mais utilizadas do que o Uruguay.


Os nomes: bancos

Agora vamos ver alguns dos bancos lusófonos que desfrutam os serviços Offshore.
Por razões de espaço, não vamos publicar os nomes ou os endereços das sedes offshores; dados que todavia estão disponíveis, caso haja interessados. 


Portugal 

Banco Comercial Portugues SA: 12 Offshore nas Ilhas Caymans, 2 no Luxemburgo, 2 em Macau, 2 em Malta
Banco Espirito Santo: 2 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 em Macau
Banco Finantia: 1 Offshore nas Ilhas Caymans
Banco Internacional de Investimentos: 1 Offshore na Costa Rica, 1 nos Emirados Árabes Unidos, 1 em Hong Kong, 1 no Panamá, 1 no Uruguay,
Banco Mello: 1 Offshore no Luxemburgo
Banco Pinto & Sotto Mayor SA: 1 Offshore nas Ilhas Caymans
BPI (Banco Portugues do Investimento): 1 Offshore nas Ilhas Caymans
Caixa Geral de Depósitos: 1 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 no Luxemburgo, 1 em Mónaco
Finibanco SA: 1 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 em Macau


Brasil 

Banco BBA: 1 Offshore nas Bahamas
Banco BBM;: 1 Offshores nas Bahamas, 1 no Uruguay
Banco BMC: 1 Offshore nas Ilhas Caymans
Banco Boavista SA: 1 Offshore nas Bahamas, 1 nas Ilhas Caymans
Banco Bradesco SA: 1 Offshore nas Bahamas, 1 nas Ilhas Caymans
Banco Cacique SA: 1 Offshore nas Bahamas
Banco de Crédito Nacional: 1 Offshore nas Ilhas Caymans
Banco Dibens: 1 Offshore nas Ilhas Caymans
Banco do Brasil: 1 Offshore nas Bahamas, 1 no Bahrain, 1 em Hong Kong, 1 nas Ilhas Caymans, 1 em Panama, 1 no Paraguay, 1 em Singapura, 1 no Uruguay
Banco Fibra SA: 1 Offshore nas Bahamas
Banco Itau SA: 1 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 no Luxemburgo
Banco Mercantil de São Paulo: 1 Offshore no Luxemburgo
Banco Real: 1 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 em Panamá, 1 no Uruguay
Banespa (Banco do Estado de São Paulo): 2 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 no Luxemburgo, 1 no Paraguay
Unibanco: 2 Offshore nas Bahamas, 1 nas Ilhas Caymans, 1 no Luxemburgo, 1 no Paraguay, 1 no Uruguay

Cabo Verde

Banco Totta e Açores:: 1 Offshore nas Ilhas Caymans, 1 em Macau


Outros Países. Neste caso vamos apenas a indicar o número total das empresas Offshore de alguns Países:

Estados Unidos
American Express Co.: 43 Offshore
Bank of America: 139
Citigroup: 100
Goldman Sachs: 6
JP Morgan Co.: 31
Morgan Stanely: 9
Salomon Brothers: 3
Chase Manhattan Corp: 24

Espanha
Argentaria SA: 3
Banco Sabadell: 2
Banco Popular Espanhol SA: 5
Banco Santander: 17
Banesto: 3
Bankinter SA: 4
BBVA (Banco Bilbao Vizcaya Argentaria): 12
La Caixa: 2

França
Banque Banorabe: 1
Banque Martin Maurel: 1
Banque Populaire: 3
Banque Rothschild: 7
Banque SBA: 2
BNP (Banque Nationale de Paris): 25
CIC (Crédit Industriel et Commercial): 20
Crédit Agricole: 22
Crédit Mutuel: 6
HSBC France (ex-CCF): 12
Indosuez: 22
Lazard LLC: 4
LCL Le Crédit Lyonnais: 22
Paribas: 35
Société Général: 48

Reino Unido
Abbey National: 3
Anglo-Irish Bank plc: 3
Bank of Wales: 1
Barclays Plc: 39
Clydesdale Bank plc: 1
Co-operative Bank plc: 1
Habibsons Bank Ltd.: 1
Halifax Equitable plc.: 2
Hill Samuel Bank: 1
HSBC Holdings (Hong-Kong & Shangai Banking Corp): 51
Lloyds Banking Group: 17
Midland Bank: 5
NatWest (National Westminster Bank): 17
Northern Bank Ltd: 1
Standard Chartered Bank: 21

Italia
Banca Commerciale Italiana: 19
Banca di Roma: 6
Banca Fideuram Spa.: 1
Banca Monte dei Paschi di Siena: 4
Banca Nazionale del Lavoro: 6
Banca Popolare di Novara: 2
Banca Sella: 1
Banco di Napoli: 2
Banco di Sicilia: 1
Carisbo (Cassa di Risparmio di Bologna): 2
Credito Italiano: 3
Intesa - San Paolo: 3
SanPaolo IMI SpA: 5
Unicredito Italiano: 7

Alemanha
Bankgesellschaft Berlin AG: 2
Bayerische Landesbank Girozentrale: 4
BayernLB: 3
BFI Bank AG: 1
BHF-Bank: 5
BHW Holding: 1
BW Bank: 1
Commerzbank AG: 14
DePfa Group (Deutsche Pfandbrief Bank): 3
Deutsche Bank AG: 20
Dresdner Bank AG: 23
DZ Bank: 3
Frankfurter Sparkasse: 1
Hamburgische Landesbank: 1
Helaba Hessen Landesbank: 1
HSH Nordbank: 2
HVB: 6
IKB Deutsche Industriebank AG: 2
Kleinwort Benson: 3
Landesbank Hessen-Thuringen: 1
Merck, Finck & Co: 1
Sal Oppenheim & Cie: 1
WestLB: 5

..e reparem: estes são apenas alguns bancos dalguns Países. 
Conseguem imaginar o resto? Eu nem me atrevo...


Ipse dixit.

*informaçãoincorreta