Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
As máfias italianas enviam flores aos velórios de suas vítimas. Embora revestido de um caráter mórbido e irônico, o gesto é sincero e expressa o respeito pela dor da família.
Por mais surreal que possa parecer, até os mafiosos têm códigos de ética que são respeitados (entre eles).
Das organizações Globo, não se pode dizer o mesmo. Pelo menos desde o surgimento da TV Globo, em 1965, a história atesta que as empresas da família Marinho, via de regra, não respeitam os princípios básicos do jornalismo. Da ética (pretensamente) universal, tampouco.
A TV Globo nasceu de um acordo fraudulento que violava a Constituição. É o famoso acordo com a Time Life, que virou alvo de CPI que acabou se transformando na primeira grande “pizza” do novo Congresso Nacional em Brasília. Mais detalhes do episódio nebuloso estão no clássico “A história secreta da Rede Globo”, do saudoso jornalista Daniel Herz.
De lá para cá, a Globo apoiou a ditadura militar, fez campanha (travestida de cobertura eleitoral) para Fernando Collor, Fernando Henrique duas vezes, José Serra, Geraldo Alckmin e novamente Serra, em 2010, e tratou os governos petistas de Lula e agora Dilma como alvos de intensa e diária campanha difamatória disfarçada de jornalismo.
Sem falar no escândalo Proconsult, nas eleições para governador do Rio de Janeiro em 1982, quando a emissora se envolveu diretamente no esquema para dar um golpe eleitoral-midiático e evitar a eleição de Leonel Brizola.
Ou a estratégia de abafar as Diretas Já da população ou, ainda, as diversas falcatruas financeiras – envolvendo Banerj, Banco do Brasil, BNDES e outras instituições vítimas da “habilidade” do clã Marinho – que são listadas por Roméro Machado da Costa no artigo “A síntese do Império Globo de Crimes“.
Vale sempre enfatizar: o “jornalismo” da Globo hoje é comandado por um sujeito que escreveu um livro defendendo a tese, em essência, de que não existe racismo no Brasil. Alguém consegue levar a sério uma empresa como essa?
Por isso, ver a Globo falar em princípios editoriais – divulgados com pompa no último 6 de agosto, só um pouquinho tarde – é uma piada pronta.
*altamiroborges
José e Pilar - 2010
SINOPSE
José Saramago e Pilar del Rio abrem sua casa e um pouco de suas vidas para nós. Como as filmagens do documentário se estenderam por quatro anos, podemos acompanhar, inclusive, o definhamento do escritor, não só pela idade avançada como também pelo excesso de compromissos. A esposa, jornalista e empresária de Saramago, em parte é responsável por isto. Por outro lado, o que seria de um grande astro literário envelhecendo em casa? O diretor Miguel Gonçalves nos leva à casa de Lanzarote, aos saraus, aos festivais literários, acompanha o afastamento, a mágoa e a reaproximação com o governo de Portugal e traz José com seu humor fino e com sua inteligência para frases e pensamentos sempre viva.
DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Miguel Gonçalves Mendes
Áudio: Português/Espanhol
Legendas: PT/Pt (separadas)
Duração: 128 min.
Qualidade: DVDRip
Tamanho: 723 MB
Formato: AVI
Servidor: Multiupload (parte única)
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, exigiu mais uma vez que a Aliança Militar do Atlântico Norte (Otan) cesse os bombardeios contra o povo da Líbia, após os aviões da organização terem provocado outra matança de civis, dos quais 33 eram crianças.
Segundo as últimas notícias, os meios aéreos Otan já fizeram mais de 8.400 ataques contra a nação do norte da África, com resultado de mais de 1.400 pessoas mortas e mais de 5.400 feridos, lembrou na noite de quinta-feira (11) o líder sandinista.
Ortega incluiu entre os responsáveis pelo massacre o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-moon.
Na última quinta-feira, as agências de notícias internacionais noticiaram que o secretário estava reocupado com o aumento de vítimas civis na Líbia. “A verdade é que este personagem é cúmplice desses crimes, porque apoiou a invasão”, afirmou ele. Ban Ki-moon tem sido um firme defensor das ações militares da Otan em território líbio, ao contrário do que defendem outras nações membros do Conselho de Segurança da ONU, como a China, Rússia, Brasil, Índia e África do Sul.
A maioria dos países integrantes da Organização da Unidade Africana condena os bombardeios, assim como a Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba).
“A esperança de pôr fim aos bombardeios e de promover a paz é que agora – no momento em iniciar o novo período de sanções da ONU – seja permitido a incorporação da delegação legítima da Líbia, vetada de seus direitos desde o começo da invasão imperialista”, estimou o líder sandinista. E que esse passo, informou, sirva para dar andamento a uma proposta aos países africanos para acabar com o conflito.
“Já prepararam um plano para que a paz chegue à Líbia e com ele é possível chegar um pouco de paz ao nosso planeta”, comentou o presidente.
*cappacete
O extermínio negro direto e indireto como parte do projeto de poder no Brasil
No mundo, não existe país mais racista que o Brasil
Em maio de 2011 o governo federal definiu o limite da miséria - renda de até R$ 70 por mês - e divulgou que 16,2 de pessoas se encaixam nele. Uma semana depois, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a cor ou raça declarada deste grupo de pessoas. De acordo com os dados, 4,2 milhões dos brasileiros pobres se declararam brancos e 11,5 milhões pardos ou pretos - isso significa que o número de pobres negros é 2,7 vezes o número de pobres brancos.
Não bastassem as mazelas sociais que afligem historicamente a população negra por meio do subemprego, do desemprego, da falta de moradia, da falta de oportunidades e do desumano e permanente preconceito e discriminação racial em todo e qualquer ambiente social, percebe-se a vigência de um projeto de extermínio da população negra, por parte do Estado brasileiro.
O Estado e suas polícias mantêm uma atuação coercitiva, preconceituosa e violenta dirigida a população negra. Desrespeito, agressões, espancamentos, torturas e assassinatos.
Em julho de 2009 a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, UNICEF e o Observatório de Favelas divulgam resultados de sua pesquisa, e os dados são estarrecedores: 33,5 mil jovens serão executados no Brasil no curto período de 2006 a 2012. Os estudos apontam que os jovens negros têm risco quase três vezes maior de serem executados em comparação aos brancos.
Conforme o “Mapa da Violência 2011: os jovens do Brasil”, em 2002, em cada grupo de 100 mil negros, 30 foram assassinados. Esse número saltou para 33,6 em 2008; enquanto entre os brancos, o número de mortos por homicídio, que era de 20,6 por 100 mil, caiu para 15,9. Em 2002, morriam proporcionalmente 46% mais negros que brancos. Esse percentual cresce de forma preocupante uma vez que salta de 67% para 103%.
O último grave acontecimento foi a do desaparecimento do menino negro Juan Moraes, morto aos 11 anos pela polícia do Rio de Janeiro. O genocídio negro já é admitido por parte da imprensa nacional, a exemplo do jornal Correio Brasiliense, que após cruzar dados de mortalidade por força policial do Ministério da Saúde e das ocorrências registradas nas secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e São Paulo, revelou que uma pessoa é morta no Brasil pela polícia a cada cinco horas e que 141 assassinatos são realizados por agentes do Estado a cada mês.
Soma-se a esse quadro, a ação genocida indiretamente promovida através do encarceramento em massa de jovens e adultos em internatos, fundações, institutos de recuperação, cadeias, penitenciárias e presídios. Espaços onde a tortura e o completo desrespeito aos direitos humanos são rotina. A subserviência e a aliança entre grupos políticos e empresários junto ao tráfico internacional de drogas e o consequente mercado ao mesmo tempo fascina pelo “ganho” fácil, coopta e vitimiza a juventude.
Pesquisas e estudos demonstram no campo da formalidade o que vivenciamos no dia a dia de nossas comunidades. Presenciamos um momento de ofensiva de opressões por parte do Estado Brasileiro que por sua vez, enxerga na população empobrecida, em especial na juventude negra, seu principal inimigo.
Aos movimentos populares cabe a permanente denúncia e a teimosia em organizar a população para a resistência e ação. A UNEafro-Brasil soma-se a esse esforço no cotidiano de sua atuação nos Cursinhos Comunitários e nos Núcleos de Cultura. Assumimos o desafio de, devagar e sempre, fomentar uma nova mentalidade, crítica, questionadora e sedenta por transformações, elementos tão necessários para a organização da classe trabalhadora e para a nossa vitória.
*cappacete
Na Argentina, esmagadora vitória do kirchnerismo, declarado morto por miriam leitão do pig em 2010
Até mesmo analistas kirchneristas se surpreenderam neste domingo com a dimensão da vitória alcançada por Cristina Kirchner nas primárias presidenciais argentinas. Apontada favorita com 40% dos votos em algumas pesquisas de opinião, Cristina superou todas as expectativas e conseguiu uma esmagadora vitória com mais de 50% dos votos. Ricardo Alfonsín, da UCR, filho do ex-presidente e desgastado por uma aliança com o direitista De Narváez, teve 12,23%; o peronista dissidente e ex-presidente Eduardo Duhalde teve 12,19%; o socialista Hermer Binner, governador de Santa Fe, conseguiu 10,54%. A neo-mística Elisa Carrió, que chegou a ser a segunda força nas eleições de 2007, não passou dos 3,2%. A participação popular também surpreendeu e chegou a mais 70% dos votantes. A vitória foi inapelável: até o Clarín, um dos principais bastiões de oposição ao governo, foi obrigado a manchetar nesta segunda: “Alta participação e rotundo apoio a Cristina”. O kirchnerista Página 12 comemorou: “Chuva de votos”. Crónica resumiu: “Massacre” (Paliza). A previsão geral, até mesmo entre os opositores, é que dificilmente esse quadro será revertido até as eleições de outubro, nas quais, para vencer no primeiro turno, Cristina só precisa de 40% dos votos e de uma diferença de 10% ante o segundo colocado.
Para qualquer conhecedor do mapa eleitoral argentino, foi uma surra de recordar as grandes vitórias eleitorais do peronismo. Cristina venceu em todos os estados, com a exceção da pequena província de San Luis. Em alguns, como Santiago del Estero, ela alcançou 80% dos votos, impondo impressionantes 73 pontos de diferença sobre Alfonsín. Em todo o noroeste do país, mais pobre, Cristina não obteve menos de 60%: foram 70% em Formosa, 65% em Tucumán, 63% em Catamarca, 62% em Salta, 60% em Chaco. Cristina venceu até mesmo na Capital Federal, historicamente reácia ao peronismo, suplantando com tranquila vantagem de oito pontos o ex-presidente Duhalde na cidade. No estado de Buenos Aires, ela ampliou os números recentes do kirchnerismo e impôs a Duhalde uma humilhante derrota por 53 x 13. O popular governador de Santa Fe, o socialista Hermes Binner, não conseguiu vencer Cristina em seu próprio estado. Perdeu por 37,8% a 32,7%.
O Página 12 resumiu um recado das urnas que também se aplica a outros países latino-americanos: ficou mais uma vez provado que os grandes meios de comunicação influem igualmente ou mais que um partido político ou um grupo econômico tradicional, mas não determinam um resultado. Já havía ocorrido a mesma coisa nas eleições de Brasil, Peru, Bolívia e Uruguai.
Completa-se um giro que havia se iniciado em 2008, quando estourou o conflito com as patronais do agronegócio em torno às retenções que pretendia o governo. Naquele momento, o vice-presidente Julio Cobos rompeu com Cristina e deu o voto de minerva que derrotou o governo no Senado. A cisão com os grandes meios comunicação de massas piorou e em junho de 2009 o kirchnerismo perdeu a maioria parlamentar, num momento marcado pela derrota de Néstor Kirchner em Buenos Aires. O governo começou a se recuperar com o decreto que estabelecia uma ajuda financeira para menores de 18 anos oriundos de famílias desempregadas ou subempregadas. Contando com o apoio dos socialistas e do Proyecto Sur (dissidência liderada pelo cineasta Fernando “Pino” Solanas), o governo aprovou, em dezembro de 2009, a lei de regulação da mídia e, em julho de 2010, o pioneiro casamento igualitário, garantindo este importante direito para gays e lésbicas. Ali, o kirchnerismo já havia claramente saído das cordas.
Mas a morte de Néstor, em outubro de 2010, plantou algumas dúvidas, em especial entre os machistas de plantão e os opinólogos que costumam confundir a realidade com seus próprios desejos. No Brasil, grassou uma palpitologia extremamente desinformada. A pitonisa Miriam Leitão que, na certa, não saberia diferenciar Jujuy e Córdoba num mapa, decretou peremptoriamente que “sem ele [Néstor], acaba o kirchnerismo”. Provavelmente, a Sra. Miriam Leitão não vai se corrigir, não vai publicar errata, não vai fazer mea culpa, não vai reconhecer que errou, como nunca faz. Mas os argentinos deram a resposta ontem nas urnas.
*outroolhar
A cara de pau do DEMo
A melhor coisa da democracia, é que você pode falar o que quiser, que ninguém liga.
O DEMo, o partido que antes se chamava PFL, que antes se chamava PDS, que antes se chamava ARENA, resolveu de novo, usar a propaganda pra espalhar um ideal de mentirinha. O ideal da liberdade, criticando a esquerda.
No vídeo abaixo você vê que se utilizam textualmente da expressão que dá conta que a esquerda não é "dona" da pobreza. Verdade, não é mesmo. Dona da pobreza é a direita, que a criou e a manteve por cinco séculos no país, excluindo seres humanos decentes de uma vida digna, condenando-os à pobreza, à miserabilidade e à falta de educação.
Quem mantinha a seca no Nordeste? Quem cultivava os esgotos a céu aberto nas periferias das cidades? Quem construia poços artesianos privados (de deputados amigos) para vender água aos sedentos, ou trocá-la por votos no momento oportuno?
No videozinho o básico do trololó da direita que sempre deu suporte ao regime ditatorial que se instalou no Brasil e que sugou e jogou fora as forças da democracia verdadeira. Um jovem negro fala que é a favor das cotas para pobres, e que defende o Bolsa Família, mas as pessoas não podem depender sempre dela.
Claro, história pra boi dormir. Primeiro, porque as cotas para pobres existem sim, e foram conseguidas ao custo de muito mensalão pra obrigar deputados e senadores inúteis, a fazerem um trabalho para o qual já são muito bem pagos para executar. Ou seja, votarem. Já as cotas raciais existem no Brasil e em diversos outros países do mundo que pretendam acabar com a desigualdade, impedindo que só os brancos de olhos azuis tenham chances reais de competir de igual para igual com seu vizinho. As notas para cotas raciais nas universidades têm o mesmo corte que quaisquer outras vagas e aluno nenhum entra sem estudar. Inclusive perdem a vaga quando seu desempenho não corresponde. E quando nos vestibulares não preenchem as cotas, elas ficam em aberto e são redistribuidas para todos, igualmente. Mas óbvio, a direita nazista da qual o DEMo faz parte, não tem interesse em explciar isso direito. O Bolsa Família também exige que os filhos dos beneficiários tenham frequência alta na escola, e é cortada automaticamente quando a pessoa atinge determinado patamar de renda. O DEMo também não faz questão de explicar, porque não dá a mínima se brancos, negros, amarelos ou verdes morrem de fome ou mantém seus filhos na desnutrição porque não têm dinheiro para uma cesta básica sequer.
Nisso os DEMos são verdadeiramente democráticos. Não estão nem aí para a cor do pobre que vai morrer de fome. Também não é demais lembrar que durante o governo da direita, que engloba inclusive a máfia de Don Fernando, um salário mínimo não era suficiente sequer para a compra de uma única cesta básica brasileira.
Como então ousa um partido como o DEMo, repositório fiel de tudo o que foi atraso, elitismo e repressão neste país por cinco séculos usar em sua propaganda eleitoral tamanhos absurdos e mentiras? Só mesmo numa democracia, onde você fala o que quer e ninguém te mete na cadeia, te espanca, mata seus filhos ou amputa seus membros, como fazia a gleba privilegiada que mandava em nossa pátria até poucas décadas atrás, gleba esta, que fundou um camaleão de nomes tido por partido político, e encabeçado por pessoas como os Bornhausen, Marco Maciel, Antonio Carlos Magalhães et caterva.
Realmente a esquerda não é dona da pobreza. Um indivíduo verdadeiramente de esquerda faz o possível para acabar com a miséria, não se utiliza dela enquanto pode, como fizeram tantos governantes neste país, e ao perderem só ao poder, se apresentam contra causas incontestáveis como o combate à corrupção e em favor do crescimento econômico e liberdade. Tudo o que eles, durante seu mando no país, nunca fizeram. Opovo que se estrepasse.
Assista ao vídeo e confirme a cara de pau suprema dessa gente.
*comtextolivre
Defender a Internet é defender a Palestina
Mais de 500 mil israelenses (o equivalente a 20 milhões de brasileiros) saíram às ruas para protestar.
Finalmente, e depois de quase um mês, a mídia descobriu as manifestações em Israel. AQUI
E quando digo mídia refiro-me a mídia estrangeira, pois a publicada no Brasil está proibida de noticiar qualquer fato “desabonador” sobre o governo de Israel.
Perguntem a seus agentes sediados no estado sionista.
A mídia brasileira é a única mídia do mundo que confunde o governo de Israel com o povo daquele país.
Não foram nem 100 mil, nem 200 mil e nem 300 mil que saíram às ruas para protestar.
Observadores independentes informam que o número de manifestantes tem variado entre 500 mil e 700mil.
Os protestos se sucedem.
Os israelenses protestam contra a pobreza e o desemprego.
Protestam contra o sistema de saúde, a inflação, a carestia e a injustiça social.
Mas o que me chamou a atenção nem foram as manifestações, já que elas vão continuar até que a população tenha suas reivindicações atendidas.
O que me chamou a atenção foi o cinismo da mídia a respeito do aniversário da queda do muro de Berlim.
Veja a foto abaixo.
Mas quanto cinismo...
Comemoram a queda do muro de Berlim e não publicam nenhuma palavra sobre o muro do apartheid, que Israel construiu para cercar os palestinos.
Cruzes no muro do apartheid simbolizam os mortos
Se já não bastasse manter mais de um milhão e meio de seres humanos confinados num campo de concentração, foi preciso construir um muro vergonhoso?
E nem uma palavra?
Que data melhor, jornalisticamente falando, para denunciar o muro do apartheid?
Jornalisticamente falando, claro.
Mas desde quando a mídia se preocupa com jornalismo?
Somente os ingênuos acreditam que possa haver jornalismo fora da Internet.
E mesmo assim com ressalvas.
Sabemos que os donos da mídia estudam algumas formas de controlar a Internet.
Se eles vão conseguir, depende de cada um de nós.
A Internet e o muro do apartheid que Israel construiu para cercar os palestinos têm muito em comum.
Ainda mais agora que setembro está chegando.
É preciso ficar atento.
A Independência da Palestina( que jamais deixou de existir, ao contrário de Israel que jamais existiu – quem não gosta de História que consulte a Bíblia ) e a liberdade da Internet estão interligadas.
Defender a liberdade na Internet é defender a Palestina.
Vemos aqui o Sociólogo Silvio Caccia Bava discordando veementemente da posição global (plim-plim) e também da política londrina.
Lá, como muitas vezes se faz por aqui, a questão social vira um caso de polícia e, segundo a fala do primeiro ministro, um caso que a justiça terá que coibir com mão de ferro.
Consideramos que o momento social mundial se aproxima do lendário 1968 e de outras revoltas populares que pipocam ocasionalmente mundo afora.
Mas o que a torna importante como fenomeno de massas é que a mesma se faz sem um direcionamento político/partidário.
Vemos os partidos políticos, mesmo os de esquerda, perdidos ante a eclosão destes protestos.
Em relação à Londres e à Inglaterra como um todo - visto a ampliação dos protestos por outras cidades - é que os jovens, principalmente os de mais baixa renda, mas não apenas estes, estão sem uma perspectiva de futuro muito acalentadora.
Imaginem um jovem londrino, bombardeado com as propagandas de consumo, em uma sociedade que valoriza-o de acordo com o que consome, estar impedido de se destacar entre seus pares com a aquisição de tantos símbolos de status que lhe atingem através da TV ou de painéis publicitários sendo que não tem emprego - a população jovem é a que mais engrossa as estatísticas de desemprego.
E, num país em que a acumulação das riquesas iniciou-se com as famigeradas "cartas de corso"! Como acha que ele se ve agora, diante dos tribunais respondendo por seus 'crimes' - ainda com o agravante de ter sido chamado pelas redes sociais (premeditação, segundo eles).
Na crise de 2008 achamos que viram o Brasil passar quasem incólume por todo aquele tsunami e acharam um bom exemplo, só que pegaram o PROER do FHC para enfrentar a crise e não todos os incentivos ao aumento de produção do governo Lula.
Socorreram os bancos enquanto a produção e o consumo foram deixados de lado.
E o mesmo aconteceu nos EUA, na crise de 2008 e na atual: remédios amargos para conter a dívida americana com o pagamento feito com os investimentos em projetos sociais. Contra as grandes fortunas nem pensar!
Os tempos são de revoltas, os partidos do campo popular tem a obrigação de começarem a atuar junto a esta justa demanda e caminharmos juntos na construção de uma sociedade mais humana, mais justa, sem os abismos econômicos entre as pessoas, sem o consumismo desenfrado que atinge o meio ambiente.
Para concluir, na bela voz da saudosa Mercedes Sosa
*blogdamilitância
"ATIIRADOR", "VÂNDALOS" E "TERRORISTAS" - OS "PRINCÍPIOS DA GLOBO"
“ATIRADOR”, “VÂNDALOS” E “TERRORISTAS” – OS “PRINCÍPIOS DA GLOBO”
Laerte Braga
O primeiro-ministro da antiga Grã Bretanha – Micro Bretanha – foi ao Parlamento dizer que a Scotland Yard iria manter a ordem, impedir novos atos de “vandalismo”. David Cameron é o responsável pelo fim do “multiculturalismo” em declarações que fez numa conferência em Berlim. Foi apoiado por Ângela Merkel, chanceler alemã.
“Senhor: Sois célebre e vossas obras alcançam tiragem de trinta mil exemplares. Vou dizer-vos por quê: é que amais os homens. Tende o humanismo no sangue: eis a vossa sorte... Deleitai-vos quando vosso vizinho pega uma xícara da mesa porque há um modo de pegar que é propriamente humano e que sempre descrevestes em vossas obras como menos elástico e menos rápido que o do macaco não é?” (Sartre, O MURO, Nova Fronteira, 2005, Rio de Janeiro).
Ao longo de todos esses anos que existe, desde que inventado por potências do mundo à época, o Estado de Israel mata sistemática e deliberadamente palestinos. Rouba terras, rouba água, serviu de base para os Estados Unidos por esses anos todos no Oriente Médio. Hoje controla os EUA através de banqueiros e grandes corporações empresariais. Estende suas asas nazi/sionistas por todo o mundo.
As suásticas tremulam em Wall Street e nos píres que passam pelo mundo recolhendo riquezas para sustentar-lhes – as elites – a opulência e a arrogância.
“A burguesia é um grande incesto”. D. Thomas Balduíno em palestra feita em Juiz de Fora, MG, na década de 70.
Acreditam-se enviados divinos, povo superior, a taxa de juros é elevadíssima.
“Se não houvesse entre nós uma pequena diferença de gosto, eu não vos importunaria. Mas tudo se passa como se tivésseis a graça e eu não. Sou livre para gostar ou não de lagosta a americana, mas se não gosto de homens sou um miserável e não posso encontrar lugar ao sol. Monopolizaram a vida”. Do mesmo Sartre, no mesmo livro.
Comunidade Européia. O presidente da França Nicolas Sarlozy reuniu-se com seus ministros para avaliar a crise que devasta a Grécia, a Espanha, a Itália, a Irlanda, Portugal, começa a esticar seus tentáculos para a antiga Grã Bretanha e pode chegar tanto à França como ao reino de sua majestade a rainha Elizabeth II.
Louis Francis Albert Victor Nicholas Mountbatten, o primeiro Conde Mountbatten de Burma. Almirante da esquadra pirata de sua majestade a rainha, e tio materno do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo, consorte da rainha Elizabeth. Em tempo algum negou seu fascínio pelo nazismo.
Os mulambos do conde assombram aos gritos e espasmos de HEIL HITLER na baía de Donegal, na República da Irlanda.
Para a GLOBO os rebeldes ingleses são “vândalos”. A idéia de problemas sociais não passa pela cabeça dos que dirigem a organização e falam através de editorial em “princípios”.
O norueguês de olhos azuis e cabelos louros que matou quase uma centena de pessoas num ato de “purificação” segundo disse à polícia de seu país é um “atirador”.
Os que derrubam um helicóptero de assassinos norte-americanos no Afeganistão são “terroristas”.
Tudo segundo o editorial assinado pelos Marinhos. Os donos.
“... Eu vos digo: ou amamos os homens ou eles não nos permitem trabalhar a sério. Eu não quero meio termos. Vou pegar, agora mesmo, meu revólver, descerei à rua e verei se é possível executar alguma coisa contra eles. Adeus Senhor, talvez seja vós quem vou encontrar. Não sabereis jamais com que prazer explodirei vossos miolos. Se não – é o caso mais provável –, lede os jornais de amanhã. Lá vereis que um indivíduo chamado Paul Hilbert matou, numa crise de furor, cinco transeuntes no bulevar Edgard-Quinet. Sabeis melhor que ninguém o que vale a prosa dos grandes diários. Compreendei que não estou furioso. Estou muito calmo, pelo contrário, e vos peço que aceiteis meus melhores cumprimentos”.
Corta para aviões da OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte –, em nome da democracia, dos direitos humanos, dos valores cristãos e ocidentais bombardeando a Líbia, matando cidadãos líbios, homens, mulheres, criança, destruindo cidades, escolas e hospitais. Dão a isso o nome de “ajuda humanitária”.
William Bonner ou o outro, o preferido de Hilary Clinton, o Waack, noticiam solenes e pomposos esses “princípios”.
A GLOBO nasceu na mentira, vive na mentira.
São os “princípios” da organização. Como as máfias os têm.
A denúncia do jornalista Rodrigo Viana acerca do cerco a Celso Amorim define o verdadeiro caráter dessa gente.
Cada vez mais a democracia deixa de existir e se transforma numa imensa rede de comissões, agências, notáveis, sem o menor respaldo popular.
O mundo dos bancos, das grandes corporações, do latifúndio – o veneno em nossas mesas – e o ser humano transformado em objeto descartável.
É outro “princípio” da GLOBO. O do Homer Simpson, aquele que diz que somos idiotas.
Não há vida no mundo institucional da verdade única do capitalismo. É hora de começar a derrubar os muros mesmo que sejamos “vândalos” ou “terroristas”, nunca seremos atiradores.
Não temos olhos azuis, não somos louros e nem descendência de vikings. E segundo a carta de centenas de laudas deixadas pelo “atirador”, somos miscegenados, logo, incapazes de alcançar o nirvana de metralhadoras “purificando”.
Para os “princípios” da GLOBO somos o alvo do espetáculo vazio. Por isso os rios estão cheios de monstros, de loucos e loucas.
Que guardem a chave dos cofres e seus preciosos ”princípios” medidos em dólares. O ruído dos oprimidos está chegando.
“Que Deus abençoe a América e os americanos”. Barack Obama após o assassinato de Osama bin Laden. Centenas de pessoas dançavam nas imediações da Casa Branca e um louco matava colegas de trabalho para “purificar” o mundo.
É o “plim plim”, o universo da ditadura, da tortura, da mentira transformada em “princípios”.
*Brasilmobilizado
A fúria das ruas se tornou contagiosa, e a indignação popular se globalizou; é impossível diferenciar as fotos
Hoje começamos com um teste. Selecione o país de onde vem a seguinte notícia: "Nas últimas semanas, ruas e praças foram tomadas por milhares de pessoas que protestam contra o governo. Em alguns lugares, os protestos se tornaram muito violentos". Os países entre os quais você pode escolher são: Azerbaijão, Chile, China, Espanha, Filipinas, Grécia, Indonésia, Israel, Portugal, Reino Unido, Rússia, Tailândia.
A resposta é fácil: em todos. E, é claro, a lista poderia incluir Bahrein, Egito, Jordânia, Marrocos, Líbia, Síria, Tunísia e Iêmen, entre outros.
Este ano começou com a Primavera Árabe e continuou com o verão furioso. A fúria das ruas se tornou contagiosa, e a indignação popular se globalizou. É impossível diferenciar uma foto de jovens enfrentando a polícia em Santiago do Chile de outra foto mostrando a mesma imagem em Londres. Ou uma que mostra os indignados acampados na Porta do Sol, em Madri, de outra com as barracas de campanha dos milhares de manifestantes nas praças de Tel Aviv.
É tentador procurar uma mesma explicação para todos esses protestos. Embora seja fato que a má situação econômica, a desigualdade e a falta de oportunidades para os jovens estejam presentes em muitos deles, é mais verdadeiro ainda que cada um desses protestos é movido por forças muito próprias.
Os jovens chilenos saem às ruas porque querem educação melhor; os ingleses, porque querem roubar um aparelho de TV. Os israelenses protestam contra a falta de moradia, e os indignados espanhóis porque... não sei bem por quê.
Por tudo. No Reino Unido, a discussão pública sobre as causas dos saques é especialmente reveladora. Cada um tem uma explicação diferente: famílias fracas e desfeitas, ineptidão policial, imigração, multiculturalismo, discriminação racial, as políticas sociais, os cortes orçamentários, a desigualdade econômica, a tolerância diante dos comportamentos antissociais, os defeitos do sistema de ensino, a overdose de BlackBerries e redes sociais e muito mais. Essa variedade de explicações significa que ninguém entende a origem dessa repentina explosão de violência nas ruas.
Mas, embora não saibamos o que aconteceu nesta semana no Reino Unido, contamos com uma análise rigorosa e recente da instabilidade social que houve na Europa entre 1919 e 2009. Jacobo Ponticelli e Hans-Joachim Voth, da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, acabam de publicar um ensaio fascinante em que, utilizando uma enorme base de dados sobre 26 países europeus, constatam que, nesses 90 anos, "os cortes nos gastos públicos elevaram significativamente a frequência de distúrbios, marchas antigoverno, greves gerais, assassinatos políticos e tentativas de derrubar a ordem estabelecida".
Não constitui surpresa, mas é bom que alguém o tenha comprovado cientificamente.
Assim, considerando que os cortes nos gastos públicos já se tornaram inevitáveis em muitos países, já sabemos o que devemos esperar. A fúria das ruas deste verão vai se prolongar. São afortunados (e poucos) os países que a poderão evitar.
@moisesnaim
Tradução de CLARA ALLAIN
*esquerdopata
Dilma considera pedidos da Fifa absurdos e queda de braço continua
Mônica Bergamo
Insatisfeita com os vários pedidos feitos pela Fifa para a Copa do Mundo-2014, a presidente Dilma Roussef está disposta a não atender as exigências. O último pedido da entidade que irritou a presidente é para o governo ser o responsável por qualquer dano sofrido pela federação, seus dirigentes, convidados e instalações durante o evento.
A informação está na coluna de Mônica Bergamo, publicada na Folha nesta sexta-feira."O céu é o limite para eles", diz o assessor direto de Dilma. "Mas nós consideramos que, se a Copa será boa para o Brasil, será boa também para a Fifa. Tem que ser um jogo de 'ganha-ganha', e não algo em que só eles levem a melhor".
De acordo com o assessor, Dilma não está disposta a deixar que a Fifa imponha no Brasil as condições exageradas, como teria feito à África do Sul. A queda de braço tem sido "constante", nas palavras do mesmo assessor.
No Sorteio Preliminar da Copa-2014, primeiro evento oficial do Mundial no Brasil, que foi realizado no Rio de Janeiro em 30 de julho, Dilma mostrou em discurso que o governo federal terá atuação independente da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local). E não fez elogios a elas em suas declarações.
Dilma vem recusando audiência com Ricardo Teixeira e Joseph Blatter desde sua eleição.
Nelson Almeida-30.jul.11/France Presse
Dilma sentada ao lado de Blatter (esq) e Pelé durante o Sorteio Preliminar da Copa-2014
JOGO EMPATADO O governo está endurecendo nas negociações com a Fifa para a realização da Copa de 2014. A entidade tem feito pedidos considerados "absurdos" pela equipe da presidente Dilma Rousseff, que não está disposta a atendê-los. Um dos últimos: os cartolas querem que a União se responsabilize por qualquer dano sofrido pela federação, seus dirigentes, convidados e instalações durante o evento. Um acidente, por exemplo, teria que ser indenizado pelo governo, que depois cobraria a conta dos terceiros responsáveis pelo incidente.
PÉ NO CHÃO
"O céu é o limite para eles", diz assessor direto de Dilma. "Mas nós consideramos que, se a Copa será boa para o Brasil, será boa também para a Fifa. Tem que ser um jogo de 'ganha-ganha', e não algo em que só eles levem a melhor." Dilma estaria decidida a não deixar que a Fifa imponha aqui condições exageradas, como teria feito à África do Sul. A queda de braço tem sido "constante", nas palavras do mesmo assessor.
O GATO SUMIU
E Ricardo Teixeira, presidente da CBF, continua em baixa no Planalto. A assessoria da entidade não foi encontrada para comentar as negociações com o governo nem o distanciamento do cartola do núcleo de poder.