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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, agosto 31, 2011
Racismo explícito na Universidade Mackenzie
O Mackenzie mudou, mas não muito
Tenho bons amigos que estudaram no Mackenzie e os mesmos me disseram que o essa universidade mudou bastante, não é mais o antro de nazistas que foi nos anos 60/70. Todavia, ainda restam alguns resquícios de um tempo em que o CCC reinava absoluto no Mackenzie, com o suporte do Dops e mesmo da reitoria da instituição.
Estadão
Procurador e professor do Mackenzie admitiu que falou em dar voz de prisão a estudante de Direito que o interpelou no corredor; hoje, seu irmão, também professor, disse que aluna usou termos como 'negro sujo'
O professor da Faculdade de Direito do Mackenzie Paulo Marco Ferreira Lima, procurador de Justiça, ameaçou dar voz de prisão a uma aluna do 5.º semestre do curso na sexta-feira, 26. Depois da aula de Direito Penal III, a estudante abordou o professor para questionar sua metodologia de ensino. Segundo o docente, foi necessário chamar seguranças para conter a garota, que insistia em fazer reclamações em voz alta. Paulo Marco, então, disse que ou ela parava, ou ele lhe daria voz de prisão. Hoje, o irmão de Paulo Marco, o também procurador e professor do Mackenzie Marco Antônio Ferreira Lima, acusou a aluna de racismo no Facebook.
O caso ganhou proporção no Mackenzie após o Centro Acadêmico João Mendes Jr., que representa os alunos da Faculdade de Direito, ter divulgado nota de repúdio em que classifica de "inadmissível" a postura do professor Paulo Marco. "Em um país de ‘Doutores’, em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de abuso de autoridade", diz o texto, assinado pelo diretor geral do C.A., Rodrigo Rangel.
Ao Estadão.edu, Paulo Marco disse na tarde desta terça-feira que a aluna quis "tirar satisfação" e criticar sua aula. "Entrei na sala para dar a última aula do dia e ela continuava falando. Fechei a porta. Ela arrombou. Pedi aos seguranças para tirá-la da sala. Ela continuou gritando e me ofendendo. Foi aí que falei: ou a senhora para ou eu vou te dar voz de prisão por desacato. Ela parou de gritar depois da ameaça."
O professor respondeu às críticas de que a situação configurou abuso de autoridade. "Ameaçar prender não é abuso de autoridade. Seria se eu tivesse prendido ela sem razão", afirmou. "Achei que ela iria me agredir, porque estava totalmente transtornada. Tive de fazer alguma coisa para contê-la."
"A aluna está fazendo um sensacionalismo que beira o lado criminoso", finalizou Paulo Marco.
Racismo. O irmão do professor entrou na polêmica usando o Facebook. Marco Antônio postou na tarde desta terça-feira, em letras maiúsculas, que a aluna identificada por Tatiana, do 5.º semestre noturno, teceu "considerações raciais" sobre Paulo Marco, "chamando-o na frente de sua filha de 'negro sujo' e afirmando que 'preto não pode dar aula no Mackenzie' e que 'preto não pode ter poder'". Amigos de Marco Antônio na rede social, entre eles alunos do Mackenzie, escreveram mensagens de apoio aos professores.
Nota do Blog: O Estadão está fazendo e fará de tudo para desviar o foco da questão, seus leitores bovinos certamente porão a culpa no professor, vítima da violência. Não poderia ser de outro modo, vindo do pasquim dos quatrocentões escravocratas eternamente viúvos da República Velha, ou Oligárquica. Mais sobre a inquebrantável postura racista do Estadão, clique aqui.
*Cappacete
O ponto sem volta de Veja
“Veja chegou a um ponto sem retorno. Em plena efervescência do caso Murdoch, com o fim da blindagem para práticas criminosas por parte da grande mídia no mundo todo, com toda opinião esclarecida discutindo os limites para a ação dá mídia, ela dá seu passo mais atrevido, com a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu e o uso de imagens dos vídeos do hotel, protegidas pelo sigilo legal.
Até agora, nenhum outro veículo da mídia repercutiu nenhuma das notícias: a da tentativa de invasão do apartamento de Dirceu, por ficar caracterizado o uso de táticas criminosas murdochianas no Brasil; e a matéria em si, um cozidão mal-ajambrado, uma sequência de ilações sem jornalismo no meio.
Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.
Quando Sidney Basile me procurou em 2008, com uma proposta de paz – que recusei – lá pelas tantas indaguei dele o que explicaria a maluquice da revista. Basile disse que as pessoas que assumiam a direção da revista de repente vestiam uma máscara de Veja que não tiravam nem para dormir.
Recusei o acordo proposto. Em parte porque não me era assegurado o direito de resposta dos ataques que sofri; em parte porque – mostrei para ele – como explicaria aos leitores e amigos do Blog a redução das críticas ao esgoto que jorrava da revista. Basile respondeu quase em desespero: “Mas você não está percebendo que estamos querendo mudar”. Disse-lhe que não duvidava de suas boas intenções, mas da capacidade da revista de sair do lamaçal em que se meteu.
Não mudou. Esses processos de deterioração editorial dificilmente são reversíveis. Parece que todo o organismo desaprende regras básicas de jornalismo. Às vezes me pergunto se o atilado Roberto Civita, dos tempos da Realidade ou dos primeiros tempos de Veja, foi acometido de algum processo mental que lhe turvou a capacidade de discernimento.
Tempos atrás participei de um seminário promovido por uma fundação alemã. Na mesa, comigo, o grande Paulo Totti, que foi chefe de reportagem da Veja, meu chefe quando era repórter da revista. Em sua apresentação, Totti disse que nos anos 1970 a revista podia ser objeto de muitas críticas, dos enfoques das matérias aos textos. “Mas nunca fomos acusados de mentir”.
Definitivamente não sei o que se passa na cabeça de Roberto Civita e do Conselho Editorial da revista. Semana após semana ela se desmoraliza junto aos segmentos de opinião pública que contam, mesmo aqueles que estão do mesmo lado político da publicação. Pode contentar um tipo de leitor classe média pouco informado, que se move pelo efeito manada, não os que efetivamente contam. Mas com o tempo tende a envergonhar os próprios aliados.
Confesso que poucas vezes na história da mídia houve um processo tão clamoroso de marcha da insensatez, como o que acometeu a revista.
PS: Reinaldo Azevedo, convertido em porta-voz da revista para justificar a violação injustificável, está recebendo o espírito do DOPS. Vejam o que ele postou no blog que a revista lhe dá: “VEJA ESTOUROU O APARELHO DE JOSÉ DIRCEU! O APARELHO QUE ELE MONTOU EM PLENO REGIME DEMOCRÁTICO PARA CONSPIRAR CONTRA DEMOCRACIA.” O Delegado Sérgio Paranhos Fleury não produziria uma frase melhor.
*Tijolaço
Agora o poliglota FHC infarta
Depois de receber título de doutor honoris causa da universidade francesa Sciences Po, em setembro, o ex-presidente Lula vai a Gdansk. Lá, receberá o Prêmio Lech Walesa. No dia 30, dará palestra em Londres, em evento da revista “The Economist”.
Alguns prêmios de Lula
Eleito Estadista do Ano – Le Monde ( França )
Eleito Personalidade do Ano – El País ( Espanha )
Eleito Um dos 10 Homens mais influentes do Mundo – Financial Times ( Inglaterra )
Eleito Estadista do Ano – Revista Time ( EUA )
Eleito Estadista do Ano – Clarin ( Argentina )
Prêmio Único Estadista Global – Forum Econômico ( Davos – Suíça )
Lula -> 87% de Aprovação Pessoal pelo Povo BrasileiroGoverno Lula -> 76% de Aprovação dos profissionais liberais brasileiros como engenheiros, economistas, advogados, médicos, dentistas e milhões de outros cidadãos com diploma de curso superior.
O ex-presidente Lula recebeu o prêmio World Food Prize 2011, dado a líderes mundiais que atuam no combate à fome.
A escolha foi anunciada nesta terça-feira, em Washington.
Por Helena
"Israel deve decidir se quer ser uma democracia ou Estado de apartheid"
Via PCB
Crédito: www.deia.com
Entrevista com Ilan Pappé – Historiador israelense
Filho de dois judeus alemães que fugiram da perseguição nazista nos anos 30, Ilan Pappé trabalha na Universidade britânica de Exeter desde que os insultos, as ameaças e sua adesão ao boicote acadêmico à Israel o levaram a deixar sua Haifa natal em 2007.
Desde a publicação de antigos documentos oficiais israelenses e britânicos, no início dos anos 80, o historiador Ilan Pappé se dedica a reescrever a história de Israel. Uma nova e incômoda versão em que os supostos heróis, cujas estátuas adornam as ruas do país, resultam ser criminosos. Por trás de livros tão polêmicos, como Historia de la Palestina moderna o La limpieza étnica de Palestina [História da Palestina moderna ou A limpeza étnica da Palestina], Pappé foca agora sua atenção nos cidadãos palestinos com nacionalidade israelense, que, segundo reza o título de seu novo livro, são Los palestinos olvidados [Os palestinos esquecidos].
Sua atenção está centrada nos palestinos dos territórios ocupados. Quem são esses ‘palestinos israelenses’ e o que é necessário saber sobre eles para entender o conflito?
São os palestinos que foram autorizados a permanecerem em Israel, aqueles que não foram expulsos depois da catástrofe de 1948. Então, eram 150.000. Agora são mais de um milhão. São importantes por muitas razões, sobretudo por serem palestinos que vivem em 80% da Antiga Palestina e conhecem os israelenses muito bem, posto que vivem com eles há mais de 60 anos e estão familiarizados com as duas comunidades. O processo de paz e as conversações sobre o futuro tendem a excluí-los, porém enquanto não se tem em conta seu destino, não existe solução. A maneira com que estes palestinos são tratados é o teste mais importante para a democracia israelense e, lamentavelmente, este exame está suspenso.
Estes ‘palestinos israelenses’ viveram uma história melhor do que aqueles que vivem nos territórios ocupados?
Até 1966, os palestinos israelenses viveram sob um regime militar brutal, logo que foi transferido à Cisjordânia e Gaza, em 1967. A partir de então, os palestinos israelenses tem se saído melhor, porém são duramente discriminados em comparação com os cidadãos judeus de Israel.
Em seus livros anteriores foram utilizadas antigas evidências: documentos do Exército britânico, o diário do primeiro presidente de Israel, David Ben Gurión... Em quais documentos o senhor se apóia desta vez?
Usei dois tipos de documentação. Por um lado, os arquivos oficiais israelenses para o período entre 1948 e 1967, e as publicações oficiais e da imprensa israelense para a história posterior a 1967. Por outro lado, entrevistas e material privado que alguns dos mais importantes ativistas da comunidade colecionaram ao longo dos anos.
Em seu discurso junto ao Congresso norte-americano, o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel é o único país do Oriente Médio onde os árabes podem desfrutar da democracia. É assim?
Como muitas outras coisas em seus discursos, este ponto foi uma magna mentira. O tratamento dos palestinos em Israel e, em particular, as políticas contra eles, desde que Netanyahu chegou ao poder, questionam seriamente a afirmação israelense de que o país é uma democracia. A sociedade judia em seu conjunto é racista em sua atitude com relação aos cidadãos palestinos, os quais observam que grandes aspectos de suas vidas são segregados em uma sociedade de apartheid.
Netanyahu exige que o presidente palestino, Mahmud Abbas, reconheça Israel como um estado judeu para voltar às negociações. Qual seria o papel dos palestinos nesta suposta ‘democracia judia’?
Num estado judeu como o entendido por Netanyahu, os palestinos permaneceriam como cidadãos de segunda, discriminados em todos os aspectos de sua vida e sob o risco constante de limpeza étnica.
Israel reconhece sua própria história?
Israel nega sua história e chama historiadores, como eu, de mentirosos. Sem nenhuma prova, é claro.
Que consequências têm essa postura?
A consequência é que Israel continuará acreditando que o mundo está contra ela, devido ao anti-semitismo. Na verdade, é um reflexo às próprias políticas adotadas. Essa é a razão de seu crescente isolamento na comunidade internacional.
O senhor aprova o boicote à Israel. O que pensou quando viu que era aprovada a Lei Anti-boicote na Knesset?
Creio que a Lei Anti-boicote demonstrou o sucesso da campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Também fez com que muita gente da esquerda israelense passasse a defender o boicote. É uma prova da validade e utilidade desta campanha, mas ainda é necessário convencermos os políticos ocidentais para unirem-se a nós.
Em qual capítulo da história israelense nos encontramos?
Num capítulo muito crucial, em que Israel deve tomar uma decisão final sobre se quer ser uma democracia ou um estado de apartheid. Não existem mais opções.
A esquerda israelense vem perdendo grande poder e influência desde o estabelecimento do estado. Por que isto está ocorrendo?
Porque a esquerda israelense sempre foi sionista, e o principal problema em Israel e neste conflito é o sionismo. Se esta questão permanece como marco mental dessa esquerda, ela passa a ter muito pouco a oferecer que seja diferente das ideias do centro ou da direita.
O senhor apóia a solução de um só estado e o direito de retorno dos refugiados palestinos. Quão realista e viável é pensar que palestinos e israelenses possam viver juntos num estado depois do obscuro e triste passado que descobrimos em seus livros?
Já estamos vivendo num só estado. Será muito difícil mudar o regime atual e criar uma democracia em que todos sejamos iguais. Custará muito tempo, porém acredito que é o único caminho adiante. A história nos serve como professora. Olhe o mundo árabe. Às vezes, os eventos menos esperados aceleram o processo pelo qual uma situação injusta se converte em justa.
O senhor vê, no espectro político israelense atual, alguém que possa mudar a situação e fazer história?
Não. Porém não acredito que serão os políticos que vão resgatar, mas a sociedade civil. Sem líderes, porém unida. Os políticos serão os que organizam nossas vidas depois de uma revolução, mas nunca farão com que isso aconteça.
Tradução: Maria Fernanda M. Scelza
Veja vídeo-entrevista:
Illan Pappe: historiador israelense fala sobre o Holocausto Palestino
Líbia: POR FIM "LIVRES"
Via Resistir.info
NÃO HÁ ALEGRIA E SIM TERROR
NÃO HÁ LIBERDADE E SIM OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA
NÃO HÁ LIBERDADE E SIM OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA
A agressão imperialista contra a Líbia consumou-se com a tomada de Tripoli.
Os bandos de "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição, arvorando a bandeira da defunta monarquia líbia, serviram apenas como encobrimento da intervenção activa da NATO. Os seus bombardeamentos selvagens contra alvos civis e os seus helicópteros artilhados é que decidiram esta guerra não declarada.
Milhares de líbios morreram sob a agressão da NATO, mandatada pela ONU para "salvar vidas". Registe-se a bravura e coragem do governo Kadafi, que aguentou durante seis meses uma guerra impiedosa promovida pelas maiores potências do planeta. A ficção de que se tratava de uma guerra "civil" foi completamente desmentida pelos factos. Foram precisos 8000 raids de caças-bombardeiros da NATO para decidir esta guerra neocolonial.
O futuro próximo da Líbia é negro. As suas reservas monetárias e financeiras – depositadas em bancos ocidentais – foram roubadas pelas potências imperiais (tal como aconteceu com as do Iraque). E os abutres vão agora à caça dos despojos, à repartição do botim, aos contratos polpudos. Os bandos do CNT, uma vez findo o enquadramento de mercenários, podem começar digladiar-se entre si.
A desinformação sobre a Líbia foi e é gritante em todos os media ditos "de referência". Eles foram coniventes activos da agressão imperialista contra o povo líbio. Hoje, a generalidade dos media já não serve para o esclarecimento e sim para o encobrimento e a mistificação.
Os bandos de "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição, arvorando a bandeira da defunta monarquia líbia, serviram apenas como encobrimento da intervenção activa da NATO. Os seus bombardeamentos selvagens contra alvos civis e os seus helicópteros artilhados é que decidiram esta guerra não declarada.
Milhares de líbios morreram sob a agressão da NATO, mandatada pela ONU para "salvar vidas". Registe-se a bravura e coragem do governo Kadafi, que aguentou durante seis meses uma guerra impiedosa promovida pelas maiores potências do planeta. A ficção de que se tratava de uma guerra "civil" foi completamente desmentida pelos factos. Foram precisos 8000 raids de caças-bombardeiros da NATO para decidir esta guerra neocolonial.
O futuro próximo da Líbia é negro. As suas reservas monetárias e financeiras – depositadas em bancos ocidentais – foram roubadas pelas potências imperiais (tal como aconteceu com as do Iraque). E os abutres vão agora à caça dos despojos, à repartição do botim, aos contratos polpudos. Os bandos do CNT, uma vez findo o enquadramento de mercenários, podem começar digladiar-se entre si.
A desinformação sobre a Líbia foi e é gritante em todos os media ditos "de referência". Eles foram coniventes activos da agressão imperialista contra o povo líbio. Hoje, a generalidade dos media já não serve para o esclarecimento e sim para o encobrimento e a mistificação.
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