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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 24, 2011

Jatene: Saúde precisa de dinheiro, mas PiG (*) não deixa dar


Saiu na Carta Maior:


SUS exige verba mas mídia vende tributação insuportável, diz Jatene


Em novo livro, diretor do Incor e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, diz que tecnologia impôs grandes mudanças à medicina em 40 anos. Frente a custos maiores e novo perfil epidemiológico do país, Sistema Único de Saúde precisa dobrar recursos. ‘Esse é o grande problema’, diz Jatene em entrevista exclusiva. ‘Mídia faz população acreditar que carga tributária é insuportável.’

André Barrocal


BRASÍLIA – O diretor geral do Instituto do Coração (Incor) e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, lançou nos últimos dias, em dobradinha com o atual ministro, Alexandre Padilha, o livro “40 anos de medicina. O que mudou”. São 200 páginas abrangendo a experiência de metade de uma vida que Jatene, aos 82 anos, sintetiza apontando a tecnologia como principal elemento transformador.


O avanço tecnológico levou à descoberta de novos tratamentos, permitiu diagnósticos melhores, praticamente erradicou doenças. Mas também afetou a relação entre paciente e médico, que se tornou mais impessoal. E encareceu custos na medicina, exigindo cada vez mais investimentos de um Estado que assumiu o compromisso constitucional de dar saúde gratuita para toda a população.


O problema dos custos é de difícil solução, na opinião de Jatene, porque o debate sobre o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) tornou-se um tabu duro de quebrar.


“Quem controla a mídia faz a população acreditar que a carga tributária é insuportável”, disse o médico à Carta Maior. “Mas, se você tirar a Previdência Social do orçamento, e a Previdência é um dinheiro dos aposentados que o governo apenas administra, vai ver que a nossa carga tributária está abaixo de 30%. É pouco para um país como o Brasil.”


O leitor confere a seguir os principais trechos da breve entrevista exclusiva, concedida por telefone na última segunda-feira (19), antes de os deputados derrubarem a criação de um novo imposto para custear a saúde pública no Brasil.


Como o senhor resumiria o livro: o que mudou na medicina em 40 anos?


Jatene: O que mudou é realmente a tecnologia. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro. O diagnóstico à distância, por meio de exames, afastou o médico dos pacientes, a conversa ficou abreviada.


Mas a tecnologia também dever ter ajudado, não?


Jatene: Ajudou muito, criou vacinas contra poliomelite, sarampo. Hoje, são doenças que não existem mais. E também criou técnicas menos invasivas.


O perfil epidemiológico do brasileiro mudou muito também? Isso tem impacto nos custos da saúde, que ficam maiores?


Jatene: Claro, esse é o grande problema.


E O SUS, que está fazendo 21 anos, está preparado para essa nova situação?


Jatene: É preciso que as pessoas entendam aritmética: é preciso ter recursos. Eu estimo que o orçamento do SUS precise dobrar, mas não há nenhuma possibilidade de dobrar.


Então o senhor é a favor de um novo tributo?


Jatene: Quando estive no governo, eu defendi a CPMF. Mas não estou mais. Apontar as fontes de financiamento não é responsabilidade minha, mas do governo e do Congresso.


Com essa sua experiência de médico e gestor, o que o senhor diria que conta mais para melhorar a saúde no Brasil: gestão ou financiamento?


Jatene: As duas coisas ao mesmo tempo são importantes. Já avançamos muito na gestão, os grandes hospitais de São Paulo, por exemplo, buscam gestores públicos. Mas faltam recursos.






(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
*PHA

Charge do Dia

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Discurso na ONU do Presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad 

ONU - Discurso de Mahmoud Ahmadinejad
ONU Imperialistas se retiram


Caros colegas e amigos,
É claramente evidente que, apesar de todas as realizações históricas, incluindo a criação das Nações Unidas, que foi produto das lutas e esforças incansáveis de indivíduos livres de espírito e na busca de Justiça, bem como da cooperação internacional, as sociedades humanas estão ainda longe de cumprir seus nobres desejos e aspirações;
A maioria das Nações do mundo estão descontentes com as atuais circunstâncias internacionais;
            E apesar do anseio e aspiração geral para promover a paz, progresso e fraternidade, guerras, assassinato em massa, pobreza generalizada e crises sócio-econômicas e políticas continuam a infringir os direitos e a soberania das Nações, deixando para trás um dano irreparável em todo o mundo;
Aproximadamente, três bilhões de pessoas do mundo vivem com menos de 2,5 dólares por dia e mais um bilhão de pessoas ainda vive sem ter sequer uma refeição suficiente por dia;
Quarenta por cento das populações mais pobres do mundo compartilha apenas cinco por cento do rendimento global, enquanto vinte por cento das pessoas mais ricas compartilhar setenta e cinco por cento da renda global, total.
Mais de vinte mil crianças  inocentes e carentes morrem diariamente no mundo por causa da pobreza.
Oitenta por cento dos recursos financeiros nos Estados Unidos é controlado por dez por cento de sua população, enquanto apenas vinte por cento destes recursos pertencem a noventa por cento da população.
Quais são as causas e as razões por trás dessas desigualdades? Qual é solução para tal injustiça?
Aqueles que dominam centros da gestão global, com o distanciamento entre moralidade, espiritualidade e com a vida social, colocam a culpa na aspiração dos seguidores das religiões e a busca do caminho dos profetas divinos ou na fraqueza das Nações e no mal desempenho de uma série de grupos ou indivíduos. Eles alegam que apenas suas opiniões, abordagens ou prescrições podem salvar a humanidade e a economia mundial.
Caros colegas e amigos
Acho que a raiz dos problemas deve ser procurada na ordem internacional vigente, ou a maneira como o mundo é governado.
Gostaria de chamar a atenção para as seguintes perguntas:
ü Quem escravizou dezenas de milhões de pessoas na África, nas suas casa  e noutras regiões do mundo durante o período negro da escravidão, tornando-os uma vítima de sua ganância materialista?
ü Quem instituiu o colonialismo por mais de quatro séculos sobre este mundo, ocupando terras e saqueando maciçamente recursos de outras nações, destruindo talentos, línguas, culturas e identidades das Nações?
ü Quem desencadeou a primeira e segunda guerras mundiais, que deixaram  cerca de setenta milhões de mortos e centenas de milhões de feridos ou desabrigados. Quem criou as guerras na península coreana e no Vietnã?
ü Quem instituiu, através de enganos e hipocrisia, os sionistas e incendiou mais de sessenta anos de guerra, causando desabrigo, assassinato e massacre do povo palestino e  em países da região?
ü Quem impôs e apoiou durante decádas as ditaduras militares e regimes totalitários às nações asiáticas, Africanas e latino-americanas?
ü Quem usou bomba atômica contra o povo indefeso e hoje armazena milhares de ogivas em seus arsenais?
ü A economia de qual país depende de travar guerras e vender armas?
ü Quem provocou e incentivou Saddam Hussein a invadir e impor uma guerra de oito anos ao Irã, e quem o equipou e ajudou  a utilizar  armas químicas contra nossas cidades e nosso povo.
ü Quem usou o misterioso incidente de 11 de setembro como um pretexto para atacar o Afeganistão e o Iraque - matando, ferindo e desalojando milhões em dois países-com o objetivo final de trazer a sua dominação ao Oriente Médio e seus recursos de petróleo?
ü Quem aboliu o sistema de Bretton Woods imprimiu trilhões de dólares sem o respaldo das reservas de ouro ou moeda equivalente?
Um movimento que desencadeou a inflação em todo o mundo e foi destinado a predar os ganhos econômicos de outras nações.
ü A quem pretence gastos militares que excedem anualmente centenas bilhão de dólares, a mais do que os orçamentos militares de todos os países do mundo?
ü Quais são os governos mais endividados do mundo?
ü Quem são os dirigentes dos principais estabelecimentos de formulação de políticas da economia mundial?
ü Quem são responsáveis pela recessão econômica mundial e estão impondo suas consequências na América, Europa e o mundo em geral?
ü Quem são  os governos sempre prontos para soltar milhares de bombas em outros países, mas refletindo  e hesitando em enviar um pouco de ajuda alimentar para as pessoas atingidas pela fome na Somália e em outros lugares?
ü Quem são os que dominam o Conselho de segurança que supostamente é responsável por garantir a segurança internacional?
Existem dezenas de outras questões similares e claro, as respostas são claras.
A maioria das Nações e governos do mundo não tiveram nenhum papel na criação da atual crise global e de fato eles próprios foram vítimas de tais políticas.
É tão lúcida  que os mesmos mestres de escravos e potências colonialistas que instigaram uma vez as duas guerras mundiais causaram misérias generalizadas e desordem com efeitos profundos em todo o mundo desde então.
Caros colegas e amigos,
Estes poderes arrogantes realmente têm a competência e a capacidade de executar ou governar o mundo, ou se pode aceitar que eles sejam chamados como o único defensores da liberdade, democracia e direitos humanos, enquanto eles militarmente atacam e ocupam outros países?
Pode a flor da democracia  florecer de mísseis da OTAN, bombas ou, das armas?
Senhoras e Senhores Deputados;
Se alguns países europeus ainda usam o Holocausto, depois de seis décadas, como desculpa para recompensar os sionistas, como eles devem compensar e pagar indenizações às Nações africanas pelas épocas  coloniais e de escravidão ?
Se, de fato, foram compensados os danos e perdas do período da escravidão e do colonialismo, o que aconteceria com os poderosos bastidores nos Estados Unidos e na Europa? Será que permanecem eventuais lacunas entre o norte e o Sul?
Se apenas metade das despesas militares dos Estados Unidos e seus aliados na OTAN é destinada para ajudar e resolver os problemas econômicos nos seus próprios países,  será que não resolvem qualquer sintoma da crise econômica?
O que aconteceria, se a mesma quantidade fosse  alocada para as nações pobres?
Qual é a justificativa para a presença de centenas de bases militares e de inteligência em diferentes partes do mundo, incluindo 268 bases na Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coréia do Sul, 83 na Itália, 45 no Reino Unido e 21 em Portugal? Isso significa algo diferente de ocupação militar?
As bombas implantadas nas referidas bases não minam a segurança das outras nações?
Senhoras e Senhores Deputados
A questão principal é a busca para a causa de tais atitudes?
A principal razão deve ser procurada em atitude e comportamentos dos gestores e os grupos dominantes.Um conjunto de pessoas em contradição com o instinto humano e que também não têm nenhuma fé em Deus e no caminho dos profetas divinos, substituiram sua luxúria e materialismo com valores celestiais.
Para eles, só o poder e a riqueza prevalecem e cada tentativa deve pôr em foco essas metas sinistras.
Nações oprimidas não têm esperança de restaurar ou preservar os seus direitos legítimos contra esses poderes.
Estes poderes buscam seu progresso, prosperidade e dignidade através da pobreza, da humilhação e da aniquilação dos outros.
Consideram-se superior aos outros, gozam de privilégios especiais, ou concessões. Eles não têm nenhum respeito pelos outros e facilmente violam os direitos de todas as Nações e governos.
Eles proclamam-se como os guardiões incontestáveis de todos os governos e nações através da intimidação, recorrem à ameaça e à força e ao abuso dos mecanismos internacionais. Eles simplesmente desrespeitam e violam direitos  e regulamentos internacionais.
Insistem em impor seu estilo de vida e crenças aos outros.
Oficialmente apoiam o racismo.
Eles enfraquecem países através de uma intervenção militar, destruindo sua infra-estrutura, para saquear seus recursos, tornando-os ainda mais dependentes.
Eles semeiam as sementes do ódio e da hostilidade entre as Nações e povos, para impedi-los de cumprir suas metas de desenvolvimento e progresso.
Todas as culturas, identidades, vidas, valores, as mulheres, os jovens, famílias,bem como a riqueza das Nações são sacrificados por suas tendências hegemônicas e por sua inclinação a escravizar e explorar  os outros.
A hipocrisia e a mentira são permitidos para proteger seus interesses e objetivos imperialistas. Promoção do uso de droga, chacina de inocentes também são permitidos em busca de tais objetivos diabólicos. Apesar da presença da OTAN no Afeganistão, tem havido um aumento dramático na produção de drogas ilícitas nesse país.
Eles não toleram nenhuma pergunta ou crítica, e em vez de apresentar uma razão para suas violações, sempre colocaram-se na posição de requerente.
Usando sua rede de mídia imperialista que está sob a influência do colonialismo, ameaçam quem questiona o Holocausto e o 11 de setembro com sanções e ação militar.
No ano passado, quando tratei da necessidade de formar uma comissão de verdade para  apuração de fatos  e realização de uma investigação completa sobre os elementos ocultos envolvidos no incidente de 11 de setembro nos Estados Unidos que é também apoiada por todos os governos independentes e pela maioria das nações, o meu país e eu pessoalmente fomos ameaçados pelo governo dos Estados Unidos.
Ai invés de atribuir uma equipe para averiguação, eles mataram o principal autor e jogaram seu corpo para o mar.
Não teria sido razoável, levá-lo à justiça e tentar abertamente identificar o autor principal do incidente e os elementos que forneciam o espaço seguro para que as aeronaves invasoras atacassem as torres gêmeas?
Por que não terá  sido permitido trazê-lo para julgamento, com  intuito de ajudar a reconhecer quem lançou estes grupos terroristas, guerras e outras misérias trazidos à região?
Existe qualquer informação classificada que deve ser mantida em segredo?
Eles vêem o sionismo como uma noção sagrada ou ideologia e qualquer questão relativa à sua própria Fundação e História é condenada por eles como um pecado imperdoável. No entanto eles endossam e permitem sacrilégios e insultos contra crenças das outras religiões divinas.
Caros colegas e amigos,
A verdadeira liberdade, justiça, dignidade, bem estar e duração de segurança são  direitos de todas as Nações.
Estes valores também não podem ser alcançados pela confiança no atual sistema ineficiente de governança mundial, nem através da intervenção das arrogantes potências mundiais e das  armas das forças da OTAN.
Esses valores só poderiam ser obtidos sob a independência e o reconhecimento do direito dos outros e através da cooperação e harmonia.
Existe alguma maneira de abordar os problemas e desafios que afetam o mundo, usando os mecanismos internacionais vigentes ou ferramentas para ajudar a humanidade a alcançar a aspiração de longa data de paz, segurança e igualdade?
Todos aqueles que tentaram introduzir reformas, salvaguardando as normas tendências existentes falharam. Os esforços valiosos, o movimento não-alinhado e grupo 77 e 15 assim como por alguns indivíduos proeminentes, apesar de ter impacto , não conseguiram trazer mudanças fundamentais.
Governança e gestão do mundo implicam reformas fundamentais
Mas o que é que deve ser feito agora?
Caros colegas e amigos,
Esforços devem ser feitos com uma firme determinação e através da cooperação coletiva para mapear um novo plano, de princípios e  com fundamento em valores humanos universais como o monoteísmo, justiça, liberdade, amor e a busca pela felicidade.
A idéia da criação das Nações Unidas continua a ser uma grande e histórica conquista da humanidade. Sua importância deve ser apreciada e suas capacidades devem ser utilizadas na medida do possível para alcançar  nossos nobres objetivos.
Não devemos deixar a ONU que é o reflexo da vontade coletiva e compartilhada aspiração da Comunidade das Nações, desviar-se da sua trajetória principal e jogá-la nas mãos das potências mundiais.
O terreno propício deve ser preparado para garantir participação coletiva e o envolvimento das Nações em um esforço para promover  paz e segurança duradouras.
A gestão partilhada e coletiva do mundo devem ser alcançadas no seu verdadeiro sentido e com base nos princípios subjacentes consagrados no direito internacional; e a justiça deve servir como o critério e a base para todas as decisões internacionais ou ações.
Todos nós devemos reconhecer o fato de que não há nenhuma outra maneira além da gestão partilhada e coletiva do mundo a fim de acabar com as desordens , tirania e as discriminações presentes em todo o mundo.
Isto é, de fato, a única maneira de alcançar prosperidade e bem-estar da sociedade humana, que é uma verdade estabelecida e viva.
Reconhecer a verdade acima não é suficiente , devemos acreditar e não poupar nenhum esforço para sua realização.
Caros colegas e amigos,
Gestão partilhada e coletiva do mundo é o direito legítimo de todas as Nações e nós como seus representantes, temos a obrigação de defender os nossos direitos. Embora alguns poderes tentem continuamente frustrar todos os esforços internacionais, destinados a promover a cooperação coletiva, devemos, no entanto, reforçar nossa crença na realização do objetivo de estabelecer uma cooperação partilhada e coletiva para o mundo.
As Nações Unidas foi criada para tornar possível a participação efetiva de todas as nações nos processos de tomada de decisões internacionais.
Todos nós sabemos que esse objetivo ainda não foi cumprido por causa da falta de Justiça nas estruturas de gestão atual e nos mecanismos das Nações Unidas.
A composição do Conselho de segurança é injusta e desigual. Portanto, alterações e a reestruturação das Nações Unidas são consideradas como demandas básicas das Nações que devem ser abordadas pela Assembléia Geral.
Durante a sessão do ano passado, eu enfatizei a importância desta questão e pedi a designação esta década como a década da gestão Global Compartilhada e Coletiva.
Eu gostaria agora de reiterar a minha proposta e estou certo de que, através da cooperação internacional e esforços de líderes e governos mundiais empenhados e por insistência na Justiça e através do apoio de todas as outras nações, pode-se acelerar a construção de um futuro comum.
Este movimento está certamente no caminho legítimo de criação com a garantia de um futuro promissor para a humanidade.
Um futuro que será construído quando a humanidade iniciar a tendência de entrar no caminho dos profetas divinos e justos  sob a liderança de Imam al-Mahdi, o Último Salvador da humanidade e  herdeiro de todos os mensageiros divinos, e a geração pura do nosso grande profeta.
Criação de uma sociedade ideal e Suprema com a chegada de um ser humano perfeito que seja um verdadeiro  e sincero amante de todos os seres humanos, é a promessa garantida de Allah.
Ele virá com Jesus Cristo para levar os amantes da liberdade e justiça para erradicar a tirania e a discriminação e promover o conhecimento, a paz, a justiça, a liberdade e o amor em todo o mundo. Ele apresentará a cada indivíduo todas as belezas do mundo e todas as coisas boas que trazem a felicidade para a humanidade.
Hoje as nações têm sido despertadas e com o aumento da sensibilização do público, eles já não sucumbem à opressões e discriminações.
O mundo agora assiste mais do que nunca, o despertar generalizado nas terras islâmicas, na Ásia, Europa e América. Estes movimentos expandem todos os dias seu espectro e influência para prosseguir na realização da Justiça, liberdade e na criação de um  amanhã melhor.
Nossa grande nação está pronta para juntar as mãos com outras nações e marchar sobre este belo caminho em harmonia e em consonância com as aspirações comuns da humanidade.
Saúdo o amor, liberdade, justiça, conhecimento e o futuro brilhante que aguarda a humanidade.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Dia 23 continua sendo...

Palestino na ONU: chegou a hora



Os EUA e Israel nao cabem na foto

Leia no New York Times:

O ponto mais aplaudido de Abbas, Presidente da Autoridade Palestina, foi quando mostrou a copia da carta que tinha acabado de entregar ao Secretario Geral da ONU em que pede o reconhecimento pleno da Autoridade Palestina pela ONU.

Clique aqui para ler a reportagem do Estadão


Abbas pede reconhecimento de Estado palestino pleno em discurso

‘Chegou a hora de o povo palestino conquiestar sua liberdade’, disse o líder na Assembleia-Geral

NOVA YORK – O presidente da Autoridade Palestina (Mahmoud Abbas), entregou nesta sexta-feira, 23, às lideranças da Organização das Nações Unidas (ONU) um pedido formal para o reconhecimento do Estado palestino, ignorando as pressões dos Estados Unidos e de Israel para abandonar a iniciativa. Abbas ainda pediu, durante seu discurso na Assembleia-Geral, que os israelenses “negociem a paz”.

Durante meses, Abbas reiterou que levaria o pedido ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante o encontro. Washington e Tel Avi, porém, rejeitam a iniciativa. Os americanos advogam pelo retorno das negociações de paz antes do estabelecimento da Palestina, enquanto os israelenses acreditam que o pedido serve apenas para deslegitimar o Estado judeu.

Em seu discurso, Abbas disse que os palestinos continuariam a resistir pacífica e popularmente a ocupação israelense e advertiu que a construção de assentamentos nos territórios palestinos ocupados ameaça a solução dos dois Estados e a sobrevivência de seu governo, a AP.

*PHA 

 

Chegou o tempo da primavera palestina

ABBAS, NA ONU: "TEMOS UM OBJETIVO: SER. E SEREMOS!" 

'Nos últimos anos temos batido em todas as portas e recorrido a todos os caminhos; esperamos um papel ativo da ONU para a paz em nossas região. Há que conquistar direitos e legitimidade para os palestinos...Não queremos isolar Israel, queremos conquistar legitimidade para o povo da Palestina...Estendemos nossa mão ao governo israelense e ao seu povo para lograr a paz; construamos pontes em lugar de controles e muros.

Não creio que ninguém que tenha consciência possa negar nossa petição de ser um Estado independente. É inaceitável: somos o último povo que vive sob uma ocupação...Depois de 63 anos de sofrimento chegou a hora decidir: já basta, já basta, já basta! Chegou o tempo da primavera palestina: a hora da independência. Temos um objetivo: ser. E seremos! Chegou a hora para o meu valente povo viver livre em um Estado independente'

(Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em seu discurso na ONU em defesa da criação do Estado Palestino, nas fronteiras de 1967)
(Carta Maior; 6ª feira,23/09/ 2011)

*esquerdopata

 

Herança maldita de FHC:Só faltou dar nome ao bois

STJ condena 15 por fraude no caso Banestado
AE - Agência Estado


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou condenação criminal, por gestão fraudulenta e evasão de divisas, de 15 envolvidos no caso Banestado - dirigentes e assessores do antigo Banco do Estado do Paraná. A decisão, do último dia 13, é da 5.ª Turma de ministros do STJ, que manteve penas que variam de cinco anos e dez meses a quatro anos e um mês de reclusão - originalmente mais elevadas, em sentença de 2004 do juiz Sérgio Fernando Moro, da 2.ª Vara Criminal Federal em Curitiba.
Moro, especialista em ações sobre crimes financeiros, autorizou toda a investigação que levou à descoberta do rombo no Banestado. A Polícia Federal calcula que US$ 24,059 bilhões foram enviados para fora do País por meio de contas de residentes no exterior (contas CC5), no período de abril de 1996 e janeiro de 2000.(DEZ VEZES A ROUBALHEIRA NO TURISMO E NO TRANSPORTES).

Daquele total, US$ 5,68 bilhões teriam sido remetidos ao exterior através de contas CC5 mantidas no Banestado "por meios fraudulentos".

A investigação revelou que R$ 2,44 bilhões foram depositados, entre 1996 e 1997, em contas CC5, com posterior envio ao exterior, através de 91 contas correntes comuns, "abertas em nome de pessoas sem capacidade econômica, os laranjas". A maioria das contas laranjas foi aberta em agências do Banestado em Foz do Iguaçu (PR).
Moro concluiu que houve "burlas do sistema de controle instituído pelo Banco Central". "A fraude era conhecida por gerentes e diretores da instituição financeira", assinalou.


Multinacional dá calote e ainda fica reclamando

Como prejudicar o Brasil? FHC, ex-gov Paulo Souto [DEMo/BA] e Kia Motors explicam
Durante o governo FHC (PSDB) a empresa sul-coreana Ásia Motors, subsidiária da Kia Motors, recebeu incentivos fiscais do governo federal e do governo da Bahia para construir em Camaçari a fábrica onde montaria as vans Towner e Topic.
Como parte do programa de incentivos pode importar automóveis prontos da Coreia sem pagar imposto de importação e ainda recebeu toda a infraestrutura do terreno (terraplanagem, rodovias, energia, elétrica, água, saneamento, etc) pronta do estado da Bahia.
A empresa importou milhares de carros sem impostos e jamais levantou, se quer, uma parede da fábrica. O governo da Bahia, na gestão de Paulo Souto (DEMo) cumpriu com o que havia prometido à empresa coreana, gerando assim vultosas perdas para o erário público por conta do descumprimento do acordo pela Ásia Motors. O governo baiano na gestão de Jaques Wagner (PT) cobra na justiça R$ 36 milhões da empresa coreana. No terreno dedicado então à Ásia Motors funciona atualmente a fábrica da Ford onde são produzidos Fiestas e Ecosports.
Por conta disso a Ásia e a Kia foram processadas e só podem produzir automóveis no Brasil desde que paguem o que devem ao erário público federal e estadual.
Atualmente a Ásia Motors não existe mais, tendo sido definitivamente incorporada à Kia Motors que por sua vez foi comprada pela Hyundai.
A nova proprietária da Ásia/Kia decidiu, estrategicamente, montar fábricas no Brasil com sua marca própria em associação com o grupo brasileiro CAOA e importar os veículos Kia para não ter que ressarcir o erário público.
Por isso, a Kia nunca produzirá automóveis no Brasil, a não ser que a Hyundai aceite pagar pelo descumprimento do acordo feita pela Ásia Motors.
Logo, o presidente da Kia no Brasil poderia esclarecer ao público esta situação em lugar de ficar reclamando do aumento do IPI para os importados, que no caso da empresa em questão é mais que justo, pois ela nunca contribuiu efetivamente para o desenvolvimento brasileiro e segue tentando burlar a legislação nacional.
Quando alguém dá prejuízo ao erário público, este alguém não está metendo a mão no bolso do Governo ou do Estado, mas sim no bolso de cada um dos honestos brasileiros pagadores de impostos.
Observe-se que os incentivos à Ásia Motors foram dados por governos demotucanos FHC (PSDB) no plano federal e Paulo Souto (DEM) no plano estadual. A empresa descumpriu os acordos e sobrou para os governos democráticos populares capitaneados pelo PT com Lula no governo federal e Jaques Wagner no governo baiano, a árdua tarefa de lutar para reaver a grana desviada graças as decisões tomadas por demotucanos.
Sérgio Bertoni
*Blog de Um Sem-Mídia

O fim das utopias europeias

O custo intangível do fracasso europeu 
José Luís Fiori 

"Se fosse possível hierarquizar sonhos, a criação da União Europeia estaria entre os mais importantes do século XX. Depois de um milênio de guerras contínuas, os estados europeus decidiram abrir mão de suas soberanias nacionais, para criar uma comunidade econômica e política, inclusiva, pacífica, harmoniosa, sem fronteiras, sem discriminações e sem hegemonias. Um verdadeiro milagre, para um continente que se transformou no centro do mundo, graças à sua capacidade de se expandir e dominar os outros povos, de forma quase sempre violenta, e muitas vezes predatória." JLF: "Os sinos estão dobrando", Valor, junho de 2008

Os sinais de desagregação são cada vez maiores e frequentes, e já não cabe dúvida que o processo de "unificação europeia" entrou num beco sem saída. É quase certo o calote da dívida grega, e é cada vez mais provável a ruptura da zona do euro, que teria um efeito em cadeia, de grandes proporções, dentro e fora do Velho Continente. Ao mesmo tempo, a vitória da França e da Inglaterra, na Líbia, aumentou a divisão e aprofundou o cisma alemão dentro da Otan. Por outro lado, os governos conservadores europeus estão em queda livre, e sua alternativa social-democrata não tem mais nenhuma identidade ideológica. Os intelectuais batem cabeça e a juventude busca novos caminhos um pouco sem rumo. O próprio ideal da unificação europeia tem cada vez menos força, entre as elites e dentro de sociedades em que se dissemina a violência e a xenofobia. Parece iminente o fracasso europeu.

No final do século XX, enterraram o socialismo, e agora estão jogando na lata do lixo o seu cosmopolitismo liberal

Em tudo isso, chama a atenção que o avanço da catástrofe anunciada venha sendo acompanhado por uma consciência cada vez mais nítida e consensual a respeito das causas últimas, econômicas e políticas, da própria impotência europeia. Do lado econômico, todos reconhecem a falta de um Tesouro europeu com capacidade unificada de tributar e emitir dívidas, junto com um BC capaz de atuar como emprestador de última instância, em todos os mercados, garantindo a liquidez dos atuais títulos soberanos nacionais que deveriam ser extintos e substituídos por um único título publico unificado, para toda a zona do euro. E quase todos já reconhecem a impossibilidade de uma moeda soberana e de um BC eficaz, sem um estado que lhes dê credibilidade e poder real de ação, em particular nas situações de crise. Uma posição que só poderia ser cumprida, neste momento, pela Alemanha, que não quer ou não pode fazê-lo, ou por um estado central que ninguém aceita..

Do mesmo forma, pelo lado político, o aumento da fragilidade e da fragmentação da Europa, vem sendo atribuído pelos analistas, de forma quase consensual, ao fim da guerra fria e à unificação da Alemanha, junto com o aumento descontrolado da UE e da Otan, que passaram da condição de projetos defensivos, para a condição de instrumentos de conquista territorial e expansão da influencia militar e econômica do ocidente, dentro da Europa do Leste, e já agora, também, na Ásia Central e no Norte da África. O alargamento em todas as direções, da UE e da Otan, aumentou suas desigualdades sociais e nacionais e reduziu o grau de homogeneidade, identidade e solidariedade que existia no início do processo de integração, quando ele era tutelado pelos EUA, e tinha um inimigo comum, a URSS..

Agora, quando os analistas da crise europeia se dedicam a traçar cenários futuros, quase todos calculam o tamanho da desgraça em termos estritamente econômicos, em bilhões e trilhões de euros. E pouco se fala dos custos intangíveis do fracasso europeu no campo das ideias, dos valores e dos grandes sonhos e símbolos que movem a humanidade. Um verdadeiro impacto atômico sobre duas pilastras fundamentais do pensamento moderno: a crença na viabilidade contratual de um governo ou governança mundial; e a aposta na possibilidade cosmopolita, de uma federação ou confederação de repúblicas, pacíficas, harmoniosas, e sem fronteiras ou egoísmos nacionais. Duas ideias europeias que foram concebidas num continente extremamente belicoso e competitivo, mas que foi o grande responsável pela criação e universalização do sistema de estados nacionais modernos e do próprio capitalismo. Agora os europeus estão experimentando na pele a impossibilidade real de suas utopias, ao tentarem construir um governo cosmopolita e contratual a partir de estados nacionais extremamente desiguais, do ponto de vista do poder e da riqueza.

O problema grave e insanável é que a falência do "contratualismo" e do "cosmopolitismo, deixa os europeus sem mais nenhum sonho ou utopia coletiva. Em poucas décadas, no final do século XX, eles enterraram o seu socialismo, e agora, no início do século XXI, estão jogando na lata do lixo, o seu "cosmopolitismo liberal". E estão deixando o resto do sistema mundial, sem a bússola do seu criador, porque o sistema seguirá em frente, mas o seu "software" europeu está perdendo energia e está se apagando.

José Luís Fiori é professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro "O Poder Global", da Editora Boitempo, 2007. Escreve mensalmente às quartas-feiras.

*esquerdopata

Discurso do Presidente Ollanta Humala na ONU


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Estudantes chilenos levam milhares às ruas em nova jornada de protestos


Negociação emperrada com o governo fez os estudantes voltarem a protestar | Foto: Fech/Divulgação
Da Redação
Estudantes e trabalhadores chilenos reeditaram nesta quinta-feira (22) as jornadas de protesto por mudanças estruturais no sistema educacional do país. A nova marcha reuniu aproximadamente 180 mil pessoas em Santiago do Chile, segundo informaram os organizadores do ato.
Foram promovidas manifestações nas principais avenidas e praças do Chile, convocadas pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech). O protesto ocorreu de forma pacífica e apenas incidentes isolados foram registrados quando pequenos grupos começaram a provocar policiais e a destruir propriedades privadas após o fim da marcha.
A presidente da Confech, Camila Vallejo, disse que as manifestações não estão condicionadas às negociações com o governo. “Teremos que repensar nossa estratégia de mobilização porque nós temos enfrentado uma intransigência muito forte por parte do Governo”, destacou.
O ato foi respaldado pela Associação Nacional de Empregados Fiscais, Confederação de Trabalhadores do Cobre, Colégio de Professores, organizações defensoras dos direitos humanos no Chile, grupos ecologistas e dirigentes e parlamentares dos partidos da oposição ao presidente Sebastián Piñera.

Marcha reuniu aproximadamente 180 mil pessoas em Santiago do Chile, segundo informaram os organizadores do ato | Foto: Fech/Divulgação
Cerca de 60 organizações aglutinadas em uma frente denominada Democracia para o Chile aderiram à greve nacional e chamaram um plebiscito para realizar uma Assembleia Constituinte e uma nova Constituição para o país que anule a atual, imposta na ditadura.
Com informações da Prensa Latina, Ansa e TeleSURtv
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