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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, novembro 11, 2011
Joaquim Barbosa diz ter sido ameaçado por Jader Barbalho
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator do recurso de Jader Barbalho contra seu enquadramento na Lei da Ficha Limpa, disse ontem ter sido ameaçado por defensores do ex-deputado. "Jamais uma parte mandou cartas para minha casa e eu as recebi como ameaças", afirmou o ministro. "Eu estava em licença médica, acabava de sair de cirurgia e fui acossado por uma parte", continuou Barbosa, que teve de se ausentar de várias sessões do STF, neste ano, por causa de uma dor crônica nas costas. "Essas cartas significaram isso: "Olhe eu sei o seu endereço"."
Outros ministros minimizaram o episódio. Para Mendes, o envio de cartas pode ser inusitado. "Mas, eu já recebi e-mails e tomo isso como pedido de preferência. A Constituição assegura o direito de petição e é lícito ao jurisdicionado reclamar se estamos atrasados", afirmou.
Procurados pelo Valor, Jader e seu advogado José Eduardo Alckmin não foram encontrados para comentar as declarações do ministro.
O Supremo chegou, ontem, a um novo empate ao julgar um recurso de Jader contra a Lei da Ficha Limpa e, com isso, a Corte optou por esperar pela nomeação da nova ministra para decidir se ele deve ou não assumir uma vaga no Senado.
Jader obteve 1,7 milhão de votos para o Senado no Pará, mas não tomou posse porque foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Ficha Limpa. A lei veda a candidatura de políticos que renunciaram aos seus mandatos para escapar de cassação. Jader renunciou ao Senado, em 2001, por conta das suspeitas de violação no painel do Senado.
Ontem, cinco ministros do STF foram contrários ao recurso, o que impediria Jader de assumir no Senado, e outros cinco foram favoráveis, o que permitira que ele assumisse.
Como a presidente Dilma Rousseff já indicou a ministra Rosa Maria Weber, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para o STF, a Corte decidiu esperar pela aprovação de seu nome no Senado e pela sua posse para por um fim na questão.
Essa foi a terceira vez que o STF não conseguiu decidir a questão. A primeira foi em setembro de 2010, quando o julgamento envolveu o então candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz. Já a segunda ocorreu, em outubro do ano passado, num primeiro recurso de Jader. Em todas essas ocasiões, o placar foi de cinco votos a favor da aplicação da lei e de cinco contrários.
O julgamento gerou debates intensos no STF, pois Jader foi o único candidato em 2010 a ficar num vácuo entre duas decisões do próprio STF: a de outubro de 2010, quando, após o empate, o STF decidiu que a lei deveria ser aplicada para as eleições daquele ano, e a de março de 2011, quando o tribunal decidiu, por seis votos a cinco que a lei não deveria ser aplicada para 2010.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do recurso de Jader, concluiu que ele não poderia ser aceito, pois não houve omissão no primeiro julgamento. O seu voto foi seguido pelos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto. Eles disseram que o STF gastou oito horas naquele julgamento e, portanto, o caso não deveria ser revisto.
Já os ministros José Antonio Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente da Corte, Cezar Peluso, foram favoráveis ao recurso. Para eles, seria uma injustiça se apenas um político fosse atingido pela lei em 2010.
Mendes ressaltou que, se Jader não puder assumir no Senado, a vaga seria de Paulo Rocha (PT), que foi pego pelos mesmos motivos pela Lei da Ficha Limpa. Os dois foram considerados inelegíveis pelo TSE por terem renunciado aos seus mandatos para escapar de processos de cassação. Rocha renunciou, em 2005, durante o escândalo do mensalão.
"Essa é uma situação que coloca a Corte num quadro de perplexidade enorme", disse Mendes. "Seria, talvez, uma figura isolada que vindo ao STF não tivesse merecido o amparo constitucional que o tribunal estendeu a todos os demais", completou Celso de Mello.
Peluso minimizou também o novo empate no STF. "O colegiado não é uma orquestra em que todos tenham que tocar em harmonia. Pode ser que, para a plateia, determinados sons sejam dissonantes", concluiu.
*osamigosdopresidentelula
Unesco pára depois que EUA corta verba
A Rádio França Internacional publica que diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, anunciou a suspensão de vários dos programas de apoio à educação até o final do ano. A decisão é consequência do corte da ajuda financeira dos Estados Unidos, que respondem por cerca de 22% do orçamento da organização, como retaliação à aprovação da entrada da Palestina, na semana passada.
Ela anunciou uma série de medidas para tentar sanar o déficit, como a criação de um fundo de urgência aberto a doações de instituições e particulares, além do aumento da contribuição dos membros temporários.
Uma bela atitude para um Prêmio Nobel da Paz, não acham?
*Tijolaço
Ela anunciou uma série de medidas para tentar sanar o déficit, como a criação de um fundo de urgência aberto a doações de instituições e particulares, além do aumento da contribuição dos membros temporários.
Uma bela atitude para um Prêmio Nobel da Paz, não acham?
*Tijolaço
Globo blinda selecinha do Mr. Teixeira
O Conversa Afiada reproduz Mauricio Stycer, no UOL:
Cleber Machado e Casagrande evitam críticas à CBF por amistoso com Gabão
No esforço de tornar interessante um amistoso sem nenhum atrativo, disputado por uma seleção brasileira desfigurada e o Gabão, 68º no ranking da Fifa, Cleber Machado e Casagrande se desdobraram em comentários, informações e os tradicionais exageros. Só não fizeram uma pergunta essencial: por que o Brasil se sujeitou a um jogo desses?
Para todo mundo que assistiu à partida, esta era a questão essencial: o que a seleção estava fazendo no meio daquele lamaçal? Cleber e Casagrande até constataram e lamentaram o estado do gramado, mas não acharam necessário questionar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por aceitar disputar um amistoso nestas condições.
Cleber preferiu desfiar conhecimentos de almanaque (talvez da Wikipédia) sobre o Gabão a perguntar sobre o sentido desta partida. “O presidente do Gabão gosta muito de futebol”, disse. “O país tem minérios”, observou.
É verdade que o narrador até ameaçou uma crítica a respeito da escolha do adversário do Brasil. “A seleção de Gabão não é uma das mais tradicionais da África”, disse. “Uma seleção que não tem tradição mesmo no continente africano”. Mas logo compensou, observando: “O Brasil vai enfrentar um time empolgado, que joga a partida mais importante da história do país”.
Mauro Naves, direto de Libreville, bem que levantou a bola para um assunto polêmico: Mano Menezes chegou neste amistoso a 60 jogadores diferentes. Mas nem Cleber nem Casagrande acharam que era um bom tema e não comentaram nada a respeito.
Ao final da transmissão, quando faltavam dois minutos para o encerramento da pelada, a dupla finalmente deixou escapar uma observação mais contundente, cobrando um time e amistosos contra equipes mais qualificadas. Em resumo, um amistoso absurdo, de baixa qualidade, com uma transmissão que falou muito, mas disse pouco.
Real da Dilma vai ser moeda do FMI.
Alguém vai cortar os pulsos
Saiu no Estadão, pág. B6:
“Real deve ser parte da ‘moeda’ do FMI – fundo define critérios para que divisas de emergentes passem a integrar ativo do Fundo”
“Esse é o primeiro passo para que moedas de países como o Brasil e a China façam parte da cesta do SDR (moeda do FMI), hoje privilégio apenas dos Estados Unidos, Japão, zona do euro e Reino Unido”.
“Real deve ser parte da ‘moeda’ do FMI – fundo define critérios para que divisas de emergentes passem a integrar ativo do Fundo”
“Esse é o primeiro passo para que moedas de países como o Brasil e a China façam parte da cesta do SDR (moeda do FMI), hoje privilégio apenas dos Estados Unidos, Japão, zona do euro e Reino Unido”.
A Presidenta decidiu também que vai ajudar a Europa através do FMI.
O Nunca Dantes(LULA) já tinha emprestado dinheiro ao FMI, quando o FMI quebrou.O Farol de Alexandria(FHC) foi ao FMI três vezes, de pires na mão.
Quebrado.
Farol de Alexandria é aquele que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto, em Wall Street, em 2008.
E ainda dizem que não mudou nada.
Que o Nunca Dantes é um clone do FHC.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
Brasil: sexta economia do mundo
Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de consultoria e pesquisa ligada à revista The Economist, o Brasil já se tornou, neste ano de 2011, a sexta maior economia do mundo, ou seja, o sexto maior produto interno bruto medido em dólares à taxa de câmbio corrente.
Como o câmbio tem sofrido flutuações bruscas, quem acha que é o caso de estourar um champanhe deveria esperar pelo fim do ano, quando se poderão fazer as contas com precisão: a diferença entre o PIB estimado para o Brasil, 2,44 trilhões de dólares (mesmo considerada uma redução da projeção de crescimento de 3,5% para 3%) e o do recém-ultrapassado Reino Unido, 2,41 trilhões (com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, diferença que pode facilmente triplicar ou se inverter num só dia de oscilação cambial.
Ainda assim, é de se notar que a dimensão da economia brasileira tenha ultrapassado ou esteja para ultrapassar aquela que foi a maior potência econômica do Ocidente – ou considerando-se seu enorme império colonial, de todo o mundo – de meados do século XIX até a I Guerra Mundial. Segundo The World Economy, obra de Angus Maddison, em 1820, o PIB britânico (sem as colônias) era 12,4 vezes maior que o do Brasil; em 1870, era 14,3 vezes maior; em 1913, 11,7 vezes maior. Em 1992 (segundo a OCDE), essa relação tinha caído para 2,6 e em 1995, com o câmbio semicongelado pelo Plano Real, para 1,5, mas o colapso da malfadada políticas cambiais de Gustavo Franco e Chico Lopes a fez voltar a subir para 2,62 em 1999 e 3,35 em 2003. Desde então, a relação caiu continuamente: 2,04 em 2007, 1,61 em 2008, 1,36 em 2009 (ano em que o PIB do Brasil ultrapassou os do Canadá e Espanha e se tornou o oitavo do mundo), 1,07 em 2010 (quando ultrapassou a Itália) e 0,99 agora.
Segundo as projeções da EIU, a economia brasileira será ultrapassada em dimensão pela Índia em 2013 (o que é justo, visto ser um país com população cinco vezes maior), mas ultrapassará a França em 2014 e a Alemanha em 2020. Neste ano, portanto, o Brasil será a quinta maior economia do mundo, superado por EUA, China, Japão e Índia – caso a crise econômica ora em curso na Europa não arraste essas projeções água abaixo.
Não significa que o Brasil terá qualidade de vida superior à dos países europeus em 2020, nem autoriza ufanismos de grande potência. Mas é sintomático da rapidez inesperada com que desliza rumo aos BRICS o centro de gravidade da economia mundial, que parecia imutável nos anos 1990. Em 2001, quando Jim O’Neill, analista do Goldman Sachs, inventou o acrônimo BRIC (ainda sem o S de África do Sul), previa que a economia brasileira ultrapassaria a italiana em 2025 e as francesa e britânica a partir de 2035. O futuro está chegando mais rápido do que esperávamos. Estamos preparados?
Antonio Luiz M.C. Costa
*CartaCapital
*CartaCapital
IPCA recuou para 0,43% em outubro
Urubóloga errou outra vez!!! |
Com este resultado, o acumulado em 12 meses passa de 7,31% para 6,97% em outubro, segundo cálculos.
Embora ainda acima, o índice fica mais próximo do teto da meta do governo - de 6,5% para 2011 - e atende as expectativas de desaceleração da inflação.
A inflação acumulada no ano chega a 5,4%.
A ousadia dos bancos e a refundação do Estado
Via Jornal do Brasil
Uma reforma política que se limite aos ritos eleitorais e à organização partidária, e não atinja os alicerces dos estados contemporâneos — uma vez que o tema não se limita às nossas fronteiras — será inútil. O problema não é o da estrutura formal do Estado; é o de sua legitimidade.
Mauro Santayana
A convite do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, participei, ontem, em Belo Horizonte, de um debate em torno da reforma política, que vem sendo anunciada e postergada no Congresso Nacional. O tema, durante a discussão, saltou do círculo de giz em que está contido, para ampliar-se à crise do Estado contemporâneo, ocupado, na maioria dos países, pelos representantes do poder econômico.
Enfim, apesar da resistência política, aqui e ali, e da indignação dos povos, nas manifestações contra a ditadura dos bancos, o Estado perdeu a sua natureza histórica, de integrar-se nas sociedades nacionais. Separou-se, para se opor às comunidades, a serviço do novo e diabólico fundamentalismo mercantil.
Uma reforma política que se limite aos ritos eleitorais e à organização partidária, e não atinja os alicerces dos estados contemporâneos — uma vez que o tema não se limita às nossas fronteiras — será inútil. O problema não é o da estrutura formal do Estado; é o de sua legitimidade.
Os partidos são aglomerados de interesses corporativos, que não atraem a participação da cidadania
O instituto da representação, sobretudo na formação dos parlamentos, se encontra corrompido pela ação, a cada dia mais ousada, dos interesses econômicos. Os partidos não reúnem ideias — apesar de sobrevirem ainda, em suas fileiras, homens públicos de bem, mas acoitam servidores das corporações, quase todas econômicas e financeiras, mesmo que se dissimulem em algumas seitas religiosas.
A separação dos poderes, regra constitucional básica, para o bom funcionamento republicano, se tornou uma farsa em algumas comunidades políticas, como é o nosso caso. Os partidos são aglomerados de interesses corporativos, que não atraem a participação da cidadania.
Nos períodos de campanha eleitoral, o proselitismo doutrinário e ideológico, que reunia os cidadãos no passado, é substituído pela técnica da propaganda, e as alianças se formam em busca do maior tempo de exposição nos meios eletrônicos de comunicação. Em razão disso, o desinteresse dos cidadãos abre caminho para a erosão do Estado, que deixa de ser a alma das sociedades nacionais.
As velhas regras da política internacional são escandalosamente violadas, e os governos se colocam a serviço dos reais donos do mundo. Alguns poucos chefes de famílias poderosas, ao controlar as finanças mundiais, controlam as matérias-primas e a energia. Grandes empresas industriais se assenhoreiam das pesquisas científicas e tecnológicas, subtraindo seus resultados do domínio dos inventores, mediante contratos que lhes transferem os direitos de patente.
As relações diplomáticas sempre foram formalmente de governo a governo, no diálogo entre poderes soberanos, mesmo que as embaixadas servissem e sirvam para a avaliação da força dos estados, mediante os métodos clandestinos de espionagem. Hoje as embaixadas se tornaram instrumentos desembuçados de interferência nos assuntos internos dos estados, que perdem, assim, sua soberania.
A nova subsecretária de Estado dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jakobson, ao ser sabatinada no Senado, disse, textualmente, que “em alguns países, trabalharemos mais com a sociedade civil do que com os governos, conforme a circunstância”. E, a pedido do democrata Robert Menendez, listou, entre esses países, a Venezuela, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua, Belize e, “até certo ponto”, a Argentina. Ela informou, ainda, que deverá “monitorar” com preocupação os relatos de observadores das eleições na Nicarágua, no dia 6, e estar atenta para “garantir que os venezuelanos possam expressar seu desejo político” no pleito de 2012, que é visto pelo Comitê de Relações Internacionais do Senado como “o evento crucial da década na região”.
Não há confissão mais aberta de ingerência nos assuntos internos de nossos países e da violação dos princípios da autodeterminação dos povos. Os governos regionais devem manter-se vigilantes. Sempre que essa intromissão se tornar evidente, têm o dever de declarar os diplomatas envolvidos personae non gratae, e expulsá-los sumariamente de seus territórios.
A crise europeia faz lembrar o desespero dos jogadores de pôquer que, a cada rodada perdida, aumentam a aposta, na esperança de um milagre. Ainda agora, se anuncia que Berlusconi será substituído, na chefia do governo italiano, pelo economista Mário Monti. Mário Monti é um dos nomes citados no recente livro do jornalista francês, Marc Roche, La banque: Comment Goldman Sachs dirige le monde.
Monti, ex-comissário europeu para assuntos de concorrência, que advogou o esquartejamento de todas as empresas estatais restantes e sua privatização imediata, é conselheiro permanente do Goldman Sachs para o continente europeu. Ele não representará, na chefia do governo da Itália, nenhum partido político, e muito menos o povo italiano. Irá reportar-se ao sistema financeiro internacional, que continua a se mover em torno de sua peça mais poderosa, o Goldman Sachs.
A única esperança de que os Estados se libertem da ditadura dos interesses do “mercado” está na ação dos cidadãos do mundo
A única esperança de que os Estados se libertem da ditadura dos interesses do “mercado” está na ação dos cidadãos do mundo, que já demonstram sua indignação em quase todas as grandes cidades de todos os continentes.
Já não se trata de uma utopia, mas de projeto realizável, se, ao contrapor-se à globalização da economia, os povos conseguirem unir-se para a restauração dos estados nacionais.
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