Considerado por muitos como o maior pensador vivo do planeta, quase tudo o que Noam Chomsky há 15 anos, avisou que aconteceria, de fato se realizou. Ele já dizia que instrumentos como FMI, a OMC, a NAFTA e que a Globalização aumentariam a desigualdade social no mundo. A TV Cultura ainda nos anos 90, gozava ainda de uma autonomia que possibilitou trazer um dos maiores críticos em relação à mídia.
*DocVerdade
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, novembro 12, 2011
Contra repressão, protesto reúne milhares no Centro de São Paulo
Em assembleia que lotou o salão nobre da Faculdade de Direito na noite dequinta-feira (11), estudantes da Universidade de São Paulo (USP) decidiram manter a greve decretada no dia 8. Alunos dos mais diversos cursos das áreas de humanas, exatas e biológicas estiveram presentes. Estudantes que foram presos durante a reintegração de posse da reitoria também participaram da reunião.
Nenhum novo eixo de reivindicação foi acrescentado. Dessa forma, a greve estudantil se mantém exigindo o fim dos processos políticos administrativos contra estudantes e funcionários, pela saída do reitor João Grandino Rodas do cargo e da Polícia Militar do campus, pelo fim do convênio da Universidade com a Corporação, anistia aos presos políticos e por um plano de segurança alternativo para a Cidade Universitária.
A última vez que o salão nobre da Faculdade de Direito foi ocupado por estudantes aconteceu em agosto de 2007, quando o então diretor João Grandino Rodas, atual reitor da USP, concedeu o espaço para que estudantes votassem a destituição da gestão do Centro Acadêmico XI de Agosto.
A gestão havia apoiado uma ocupação política do espaço realizada por integrantes da Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública, apoiada por movimentos sociais como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra). No dia 22 de agosto, a tropa de choque foi chamada por Rodas para dissolver a ocupação e mais da metade dos 350 manifestantes acabou detida no 1º Distrito Policial.
Quatro anos depois, Rodas sofre um revés. “Fizemos uma boa demonstração de nossas forças para a reitoria. Foi espetacular saber que os estudantes se colocaram de maneira solidária. Para mim, isso foi uma demonstração de que o movimento estudantil da USP é capaz de grandes coisas”, afirma o estudante preso Alexandre Suka, do movimento Juventude Às Ruas.
Ato reúne mais de 5 mil
Durante a tarde, cerca de 5 mil pessoas (segundo o cálculo dos organizadores) participaram de um ato contra a repressão política e a Polícia Militar no centro de São Paulo. Elas se reuniram em frente à Faculdade de Direito e de lá saíram em passeata em direção ao Largo São Bento, passando pelo Anhangabaú, República e retornando ao Largo São Francisco.
Na Avenida São João, os manifestantes se confraternizaram com ocupantes dos prédios ocupados por famílias sem-teto. Aos gritos de “Moradia, educação, não à repressão”, moradores e estudantes se saudavam.
Papéis picados também foram jogados pela população das janelas. Ao passar pelo Largo São Bento, os manifestantes se encontraram com uma turma de alunos da Escola João 23, que estava no local a passeio. Eles apoiaram a manifestação e gritaram as palavras de ordem do ato.
“A mobilização foi crescente desde o começo. Começou com [assembleia de] mais de mil estudantes no pátio da História contra a prisão de três estudantes. Avançamos para a ocupação [do prédio] da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), crescemos mais ainda com a ocupação da reitoria e o Rodas só fez dar o tapa final para estourar tudo isso que a gente está vendo agora”, afirmou Rafael Alves, um dos 73 presos políticos e alvo de processos administrativos movidos contra ele pela Universidade.
“Estou aqui porque sou totalmente contra a maneira como a polícia agiu no campus. Foi algo totalmente arbitrário e anacrônico. Acho que temos que fazer alguma coisa para mudar isso, a começar por eleições diretas para reitor”, diz Simone Dominique, estudante da Filosofia.
O militante do Psol, Plínio de Arruda Sampaio, e o jurista Jorge Luiz Souto Maior também falaram durante o ato, que foi apoiado por funcionários e professores da Universidade. Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, a luta dos estudantes é um passo para barrar a repressão política aos movimentos sociais no campus.
“O Rodas reúne dois ataques, um é a militarização do campus, sob pretexto da segurança. A Polícia tem ido para cima de trabalhadores e estudantes com abordagens truculentas. O outro é a pressão em cima de movimentos, que é combinada com processos judiciais que visam a destruição de tudo que existe de organização política na Universidade”, conta.
Mídia convencional criminaliza movimento
Apesar do grande ato, com palavras de ordem e cartazes que expressavam as reivindicações políticas do movimento, ainda há desinformação da população sobre os motivos da luta dos uspianos. Durante a manifestação, muitos ainda associavam a saída da polícia à liberdade para o consumo de maconha no campus.
“Estou tentando entender o protesto. Dá impressão de que eles são um bando de baderneiros, que o protesto é para usar maconha. Se é uma questão política, isso eu acho que os uspianos não estão dando conta de mostrar para a população”, avalia Márcia Feldeman, professora de língua portuguesa.
“A questão da legalização da maconha nunca foi a pauta central do movimento. Quando a gente começou discutir a PM no campus, foi sim por causa de um ato que envolvia a posse da maconha, mas não por causa da maconha em si e sim pelo fato da PM estar revirando as pessoas a torto e a direito. A PM revista professor, revista aluno negro só porque se encaixava num certo ‘perfil’. O que a mídia está passando não é o que a gente está falando”, explica Gabriela Vasconcelos, integrante da Anel (Assembleia Nacional de Estudantes - Livre) e aluna de Ciências Sociais.
Para o cientista social Flávio Mendes, a imprensa acaba contribuindo para que não haja entendimento de qual é a verdadeira reivindicação dos estudantes. “A grande mídia é formadora de opinião e ajuda a formar essa opinião reacionária de boa parte da população. Tem muitos interesses envolvidos, tem patrocinadores, audiência e uma preocupação de se manter em contato com o grande público”.
“A nossa discussão é que a Universidade deve ser um espaço de livre pensar, um espaço de livre manifestação, de contraposição de idéias que estão na sociedade e que a PM no campus só serve para revistar pessoas e reprimir o a política que fazemos contra o Rodas. Foi colocado que era uma questão de segurança, mas a Polícia não está fazendo isso”, afirma Gabriela.
*Brasil de Fato
'Yes, we care' do PSDB vira gozação
O PT ironizou hoje a sugestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que o PSDB adote como bandeira o lema "Yes, we care" ("Sim, nós nos preocupamos"), numa adaptação de "Yes, we can" ("Sim, nós podemos"), usado na campanha de Barack Obama à Presidência dos EUA, em 2008. "Enquanto a oposição conservadora macaqueia em seminários um slogan americano, imaginando assim aproximar-se do povo, o governo vem mantendo a iniciativa das ações dando prioridade à garantia de continuidade das conquistas econômicas e sociais do povo brasileiro", diz a resolução da Executiva petista. O texto afirma, ainda, que foi "igualmente frustrada" a tentativa dos adversários de "gerar crises" no âmbito dos ministérios e na base de sustentação do governo no Congresso.
*osamigosdopresidentelula
Se fosse a Petrobras…Mas é a Chevron
Ainda não se pode dizer quais são as causas do acidente que provocou o vazamento de, ao que parece, uma pequena quantidade de petróleo no campo de Frade, operado pela petroleira norteamericana Chevron, a 350 km do litoral fluminense.Mas algumas coisa já se pode dizer, sim.
A primeira é que a empresa demorou pelo menos 24 horas a admitir o problema e, quando o fez, foi por uma nota marota, dizendo que se tinha detectado o vazamento “entre o campo de Frade e o de Roncador – que é operado pela Petrobras - quando, na verdade, ele se deu bem próximo de uma de suas plataformas de perfuração, a Sedco706, da Transocean, a mesma proprietária da Deepwater Horizon, que provocou o acidente no Golfo do México, segundo informações do Valor Econômico.
A segunda é que esta história de falha geológica é algo que precisa ser muito bem apurado, pois não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar – e que, portanto, não podem ser em grande profundidade na rocha do subsolo, porque haveria, neste caso, um provável tamponamento natural – possam deixar de ser percebidas nos detalhados estudos sísmicos que precedem a perfuração.
A terceira, e mais importante, é que não houve um tratamento escandaloso do assunto pela mídia, como certamente haveria se o campo em questão fosse operado pela Petrobras. A estaaltura, até os peixes do oceano estariam dando declarações contra e empresa. Aliás, mesmo com o vazamento da Chevron, o destaque nos jornais é para a queda de 26% no lucro da Petrobras, mesmo sabendo que essa queda é essencialmente contábil , pela desvalorização cambial ocorrida desde agosto e que não se repetirá no último trimestre, dando à empresa um lucro recorde em sua história.
Por isso, foi extremamente acertada a posição da presidenta Dilma Rousseff de determinar a investigação rigorosa do caso. O petróleo de nosso litoral pode ser explorado sem danos ao meio ambiente e deve se-lo, qualquer que seja a empresa a fazê-lo.
E a imprensa, tão zelosa e meticulosa quando se trata da nossa Petrobras, certamente não está dando pouca importância ao caso por se tratar da Chevron, uma multi com boas reações de diálogo com o senhor José Serra, como revelou o Wikileaks.
É importante que se apure, porque um acidente no leito oceânico é imensamente mais grave que um provocado por um desengate de mangueira ou rompimento de duto. Estes, assim que se fecham as válvulas, cessa, mesmo que tenha sido grande. Um vazamento no leito oceânico, no poço ou na estrutura geológica que o rodeia é mais sério, pois exige, como se viu no Golfo, complicadíssimos e demorados procedimentos de vedação para ser detido.
Por sorte, parece ter sido de pouca monta. Mas a sorte é um elemento com que não se pode contar neste tipo de atividade.
*Tijolaço
Estudantes denunciam crimes e agressões da PM na USP
Pré-sal e a mensagem da Líbia
Via SOA-Brasil
“Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”. Provérbio romano
Beto Almeida, Jornalista
Se quiser de fato ter soberania nacional sobre o petróleo pré-sal, o Brasil deve investir, até 2030, nada menos que 223,5 bilhões de reais para dotar o país de poder naval do porte das riquezas a defender. Essa, a tônica em audiência pública realizada no Senado, com a presença de autoridades militares: Como defender o pré-sal? Despertou vivo interesse corpo diplomático, mas, não teve cobertura midiática à altura da envergadura dos temas ali tratados., decisivos para os destinos da Nação. Vale constatar: defesa nacional não é debate prioritário na sociedade brasileira.. Tampouco é tema com presença regular na agenda das forças progressistas, muito embora o Governo Lula tenha dado uma boa mexida na Política Nacional de Defesa.
As autoridades militares deram o tamanho do problema: o Brasil precisa ter 20 novos submarinos convencionais e pelo menos seis nucleares. Precisa ainda de uma segunda esquadra. Enfatizou-se: isto não é megalomania, mas indispensável poder de dissuasão em tempos de paz. Leia-se, tempos em que o mundo dispõe de reservas petrolíferas para apenas mais 45 anos e os EUA para apenas mais 10 anos. Tempos em que os EUA estão tomando na marra as riquezas energéticas de quem as possui, invadindo o Iraque, o Afeganistão e agora, com carnificina selvagem, a Líbia.
Foi dito também que a Aeronáutica aguarda ansiosa a decisão sobre a compra dos jatos supersônicos. Mas, Ozires Silva, fundador da Embraer, disse que estes contratos devem se dados não a estrangeiros, mas àquela indústria nacional, assegurando que ela teria plenas de fabricar aqui mesmo os caças indispensáveis.. Por enquanto, pode-se dizer, diante do porte do país e das riquezas a defender o Brasil anda desarmado. A audiência foi encerrada com citação de provérbio romano: “Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”. Tudo indica, na caserna entendeu-se com mais realismo a Mensagem da Líbia enviada pelo império, consumidor viciado em petróleo. Não devem as forças progressistas agendar concretamente o debate da sinistra Mensagem da Líbia.?
Cientista israelense quer quebra de segredo de arsenal nuclear do País
do Luta que Segue
Todo o mundo sabe, mas ninguém comenta. É tabu. Israel é um dos pouquíssimos países que possuem energia e arsenal nuclear, sem que haja qualquer controle. Israel nunca assinou, nem nunca foi pressionado para assinar, o Tratado de Não-Proliferação. É inimputável, com a cobertura do Departamento de Estado americano. É de se esperar que a iniciativa do cientista Uzi Even, que participou da construção do reato de Dimona, resulte em algo concreto. Sem o que, apoio a Israel na pressão sobre Irã é pura hipocrisia.
Israel deveria abrir instalação nuclear para frear Irã, diz cientista israelense
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Governo de Israel não comenta a existência do reator nuclear em Dimona, no sul do país
Israel deve contribuir com os esforços para impedir que o Irã obtenha armamentos atômicos abrindo a instalação nuclear de Dimona à inspeção internacional, disse à BBC Brasil o cientista Uzi Even, que participou da construção do reator nuclear de Dimona.
Na opinião do físico nuclear israelense, o relatório publicado pela Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA) na última terça feira demonstra que o Irã está prestes a produzir armamentos nucleares e a comunidade internacional não deveria poupar esforços para convencer o país a interromper seu avanço nessa direção.
Segundo o cientista, Israel deveria contribuir com esses esforços abandonando a politica de ambiguidade em relação a seu próprio programa nuclear.
O governo não confirma nem nega possuir armas atômicas. O país não tem um programa declarado de produção de energia nuclear e não comenta a existência do reator de Dimona, conhecido oficialmente como Centro de Pesquisas Nucleares.
Israel não é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, ratificado por 189 países (entre eles o Irã).
Os signatários do tratado se comprometem a não desenvolver ou comprar armas atômicas e a se submeterem a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, caso tenham um programa nuclear para fins pacíficos.
'Saída honrosa'
"Israel deveria abrir a instalação nuclear de Dimona à inspeção internacional", disse Uzi Even à BBC Brasil.
Para Even, que nos anos 1960 trabalhou na construção do reator nuclear de Dimona, a abertura do local poderia oferecer uma "saída honrosa" para o Irã.
"O Irã poderia apresentar a abertura de Dimona como uma grande vitória e aproveitar essa oportunidade para abandonar seus planos de produzir armamentos nucleares", explicou.
"Abrir Dimona seria uma contribuição por parte de Israel nos esforços para frear o Irã, sem perder seu poder de dissuasão"
Uri Even
Uzi Even, professor do departamento de Química da Universidade de Tel Aviv, vem alertando há mais de dez anos para o "estado precário e perigoso" da instalação nuclear de Israel na cidade de Dimona, no sul do país.
Depois do vazamento radiativo dos reatores nucleares no Japão, em decorrência do terremoto ocorrido em março, Even advertiu que um acidente "semelhante ou pior" poderia ocorrer em Dimona.
"Dimona é um dos reatores nucleares mais velhos do mundo, tem mais de 50 anos, e por razões de segurança deve ser fechado", afirmou.
Para ele, a abertura de Dimona à inspeção internacional poderia causar o fechamento da instalação.
"Abrir Dimona seria uma contribuição por parte de Israel nos esforços para frear o Irã, sem perder seu poder de dissuasão", acrescentou.
Rumores
Nas últimas semanas aumentaram rumores sobre plano de Netanyahu e Barak de atacar o Irã
Em Israel vem se intensificando nas últimas semanas os rumores e especulações sobre um suposto plano do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Ehud Barak, para atacar o Irã, cujo governo ameaça destruir Israel.
Os rumores, divulgados pela mídia local, deram início a um debate público sobre um eventual ataque de Israel ao Irã para impedir que o país obtenha armamentos nucleares.
De acordo com uma pesquisa de opinião, 41% dos israelenses apoiam a ideia do ataque e 39% são contra.
Entre os analistas militares, alguns consideram a ideia uma "loucura" e outros a consideram "razoável".
Segundo Uzi Even, o relatório da AIEA demonstra que "já é tarde demais para uma operação militar".
"Os iranianos têm a intenção, o conhecimento e os materiais para produzir uma bomba nuclear, e nessas circunstâncias um ataque já não poderia impedi-los de produzi-la", disse.
Segundo a avaliação de Even, o Irã já teria investido pelo menos US$ 10 bilhões em seu programa nuclear e milhares de funcionários já estariam envolvidos no projeto.
Na opinião dele, para frear o projeto seria necessário "convencer os iranianos de que, se continuassem, teriam que pagar um preço alto demais", por meio de sanções econômicas.
No entanto, o especialista em Irã da rádio estatal israelense, Menashe Amir, afirmou que o regime atual do Irã "jamais abrirá mão de seu projeto nuclear" e que as sanções econômicas não levarão à interrupção do projeto.
Para Amir, a única maneira de interromper a corrida do Irã em direção às armas nucleares seria por uma mudança de regime no país.
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