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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, novembro 28, 2011

Malfeitos do capitalismo

O vazamento de óleo na plataforma fluminense permite algumas observações que merecem atenção. A Chevron é, na sua especialidade, no mundo do petróleo, uma empresa grande, segundo dizem maior que a nossa grande Petrobras. Mas essa gigante petrolífera americana (será ela um dos orgulhos da iniciativa particular?), deu um show de incompetência no episódio do vazamento. Mobilizando-se apenas depois de ter sido alertada pela Petrobras, mostrou-se incapaz de identificar com precisão o local do desastre, por falta de equipamento adequado. E foi a nossa estatal que emprestou à empresa americana equipamentos mais modernos, capazes de possibilitar essa identificação e de ensejar um atrasado plano de contenção. Retardando procedimentos, a Chevron revelou-se pouco ágil diante do acidente e, com informações incorretas e desencontradas, permitiu que se pusesse em dúvida outros aspectos de sua gestão no campo administrativo e mesmo ético.


O artigo do Mair Pena Neto aqui no DR (“Fora Chevron!”) é, a esse respeito, bem esclarecedor. E aqui vou além. Que me desculpe o pessoal do neoliberalismo, mas o desastre põe a nu, uma vez mais, a realidade que um pensamento falacioso teima em escamotear: não é verdadeira a afirmação de que o empreendimento particular é, por definição, mais eficiente que o estatal.


E é bom, mais uma vez, tomarmos cuidado para não engolirmos gato por lebre. Ouvi na CBN uma incensada comentarista política declarar que “salta aos olhos”, na ocorrência, a incompetência dos órgãos reguladores (ou seja, vinculados ao Estado), aos quais faltaria uma ação fiscalizadora mais eficaz. Claro que ela não deixou de criticar a petrolífera americana, mas imediatamente me lembrei do caso da TAM, em que certa mídia fez o possível para transferir para o âmbito do Estado brasileiro a responsabilidade pela tragédia de então. Se você prestar atenção, verá que todas as vezes que o empreendimento particular dá com os burros n’água, surge uma acusação ao poder público. Cômodo, não? Os desavisados que ouvem esses acusadores podem imaginar que eles defendem uma forte ação controladora do Estado, mas as pessoas atentas percebem que esse controle só é lembrado nas catástrofes...


Para o neoliberalismo – uma das piores versões assumidas pelo capitalismo -, parece que o bom é a existência de um Estado fraco (chamado Estado mínimo), subserviente, que lhe facilite a vida; um Estado que abdique da instauração do bem-estar social; que privatize, que subsidie, que financie, que privilegie, sem levar em conta os interesses do povo; um Estado, enfim, que dê facilidades, sejam elas morais ou imorais. Um exemplo? O poder público vai gastar quase 1 bilhão de reais para a “reconstrução” do Maracanã nos moldes FIFA, um crime contra um dos ícones da minha cidade. Afirma-se, porém, com a maior tranquilidade, que, depois da Copa, o estádio será entregue à administração particular. Coitado do povão! Já dá para pressentir o “legado” que lhe será reservado: um Maracanã elitizado, construído com dinheiro do povo para o lucro de poucos. Essa é a lógica neoliberal. É para isso que o Estado serve...


Não estou aqui defendendo a excelência do Estado e seus prepostos, que também cometem, e muitas vezes, sérios deslizes. Questiono, sim, essa visão maniqueísta e comprometida que confere um ar vestal ao particular e transforma em pérfido vilão o serviço público. Seja ente público ou privado, ninguém desfruta dos privilégios da excelência. Exemplifico com a recente onda de denúncias de corrupção. É óbvio que devem ser fortemente coibidas e punidas as ações de quem usa o dinheiro do povo em proveito de seus interesses escusos. Mas é bom não esquecer – e esse “esquecimento” é nítido na mídia - que, em inúmeros episódios de corrupção, os corruptores, sedentos de lucro fácil, vêm da iniciativa particular que é, no caso, cúmplice na fraude ao interesse público. Penso que todas as empreiteiras ou congêneres que oferecem propina a funcionários públicos para ganhar concorrências deveriam também submeter-se às penas da lei e, no mínimo, ser definitivamente impedidas de transacionar com o Estado. Uma “ficha-limpa” empresarial... O problema é saber se sobraria alguma...


Como os indignados que vão tomando conta das ruas do mundo, julgo que os atos e fatos aqui expostos se interligam, direta ou indiretamente, em maior ou menor intensidade. Eles deixam à mostra algumas das incontáveis feridas de um perverso sistema econômico fundado no lucro a qualquer título, a qualquer preço, que beneficia uns poucos, penaliza as grandes massas e abomina políticas públicas de um Estado forte que lhe ameace o poder. Também penso que esse sistema – na atual versão - tenderá à agonia, se insistir nas reverências cegas a um deus Mercado com seus apóstolos tecnocratas e suas palavras de ordem contrárias às históricas conquistas sociais dos trabalhadores.

 

Em recente editorial, o jornal “O Globo” deitou falação sobre o pessoal do “Ocupe Wall Street”, culminando com a apoteótica afirmação de que tentar apressar a “crise final do capitalismo” seria “algo tão ilusório quanto apostar no fim da história”. Sem ousar definir prazos ou mesmo apontar o que virá depois, acho que o bom senso torna possível imaginarmos que o fim do capitalismo, quando vier, estará na essência da dinâmica da própria história...


Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.Direto da Redação.

Barbárie fascista cresce a cada dia em São Paulo


iG
Edmilson Alves, de 59 anos, teria sofrido mal súbito ao volante. Participantes de um baile funk espancaram condutor, que morreu no hospital.
Um motorista de ônibus foi espancado no domingo à noite (27), no Jardim Planalto, na zona leste de São Paulo. Edmilson dos Reis Alves, de 59 anos, foi agredido após perder o controle do veículo e bater em um carro. A polícia informou que ele teve um mal súbito ao volante, o que teria feito ele bater o ônibus. A agressão ocorreu na Rua Torres Florêncio e Rielli, altura do número 285.
Perto do local era realizado um baile funk, e cerca de 300 participantes da festa agrediram o motorista. Havia passageiros dentro do coletivo na hora da agressão. O freio de mão do veículo chegou a ser destravado durante o espancamento, o ônibus depredado desceu a rua e bateu em outros dois carros e três motos.
Cerca de 300 pessoas participaram da agressão. Foto: AE
Alves foi socorrido e encaminhado ao Hospital Sapopemba, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A polícia ainda não sabe se em consequência do mal súbito ou das agressões. O caso foi registrado no 69º Distrito Policial. Até o momento, ninguém foi preso.


*esquerdopata

Tempestade em Copo D'água? Vídeo feito por alunos de Engenharia Civil e de Economia da Unicamp, em resposta ao vídeo do movimento Gota D'Água.


*esquerdopata

Franklin Martins critica 'faroeste caboclo' da comunicação @dilmabr

Portal Vermelho: Durante seminário do PT, o ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, destacou, nesta sexta (25), cinco pontos que justificam o uso de um Marco Regulatório – atualizado - no Brasil. No encontro, o presidente do partido, Rui Falcão, reiterou que a intenção da legenda não é propor o controle do conteúdo veiculados pelas empresas de comunicação. "Queremos ampliar a liberdade de expressão no País. E a melhor maneira de fazer isso é ampliar o acesso à difusão da informação", disse Falcão.
De acordo com Franklin, o texto atual é ultrapassado e não incorporou diretrizes aprovadas em 1988. Ele também destacou que a Constituição traz em sua base todos os elementos questionados nesse debate – desde o controle de conteúdo até a utilização da comunicação como mercadoria, e não como serviço.

harge do Dia

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Será que Galvão Bueno mora lá,no Principado de Mônaco,pra não pagar imposto de renda no Brasil? Pergunte ao Movimento Gota D'óleo

Casal mora fora do Brasil ? Sim. Tudo muito escondidinho,essa é a imprensa brasileira(?)


Galvão Bueno briga com a mulher em show de Luan Santana

POR LEO DIAS
Foto: Ag. News
Foto: Ag. News
Rio - Galvão Bueno protagonizou um barraco em público em um dos camarotes do Clube A, em São Paulo, na última quinta-feira, durante um show de Luan Santana. Irritado com a mulher, Desirée Soares, Galvão jogou champagne no rosto dela e a empurrou. Desirée, que estava em pé, caiu sentada no sofá do camarote.
Tudo isso aconteceu diante de várias pessoas que estavam ao redor, inclusive alguns artistas. Ninguém soube explicar ao certo o motivo da briga. O que se sabe apenas é que Desirée havia dado entrevista para a TV Record e isso teria desagradado o locutor da Globo. O casal, que mora fora do Brasil, saiu do local pouco antes do final do show em que Luan Santana apresentou ao público a dupla sertaneja Conrado & Aleksandro, empresariada pelo cantor.

Galvão Bueno: Enfim, a vida dos sonhos

Prestes a fazer 60 anos e cheio de fôlego, o apresentador levou CONTIGO! para um passeio pelo Principado de Mônaco, onde mora há dois anos, e mostrou que seu luxo por ali são coisas simples como andar a pé pela rua, levar os filhos à escola e ir ao superm

O nazista Bolsonaro quer holofote

Por Altamiro Borges


O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) adora holofotes. Com suas posturas fascistóides, ele gosta de se exibir, de aparecer. Ele explora os instintos mais conservadores e preconceituosos da sociedade para se projetar, para ganhar votos – para ele e para a sua próspera família de “políticos”. Em discurso na tribuna da Câmara Federal na semana passada, ele voltou a manifestar a sua homofobia doentia.

Em novo ataque histérico ao projeto do Ministério da Educação de combate à violência contra homossexuais, que ele rotula de “kit gay”, Bolsonaro rosnou contra a presidenta da República. “Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assuma. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau”.

Valentão revela sua covardia

Desta vez, porém, o PT promete reagir. O partido pretende acionar a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara contra o fascistóide. A representação será apresentada no início desta semana pelo deputado Paulo Teixeira. Ela exigirá que Bolsonaro responda por comportamento "não condizente com a dignidade e a responsabilidade que se esperam dos homens públicos".

Diante do risco de perder o mandato, o valentão novamente revelou toda a sua covardia. Ele agora nega que tenha questionado a sexualidade da presidenta Dilma e culpa a “língua portuguesa” pela confusão. “No meu discurso, perguntei apenas se ela estava mentindo e pedi que ela explicasse sua relação com os homossexuais. A nossa língua portuguesa permite um montão de interpretação”.

Uma omissão criminosa

Esta não é a primeira vez – nem será a última – que Bolsonaro afronta as prerrogativas de parlamentar. Na sua mediocridade, ele rosna para atrair holofotes. Depois, o machão recua. Será que o Congresso Nacional vai novamente silenciar diante da insanidade deste fascistóide? Os assassinos que atacam os homossexuais, como nas últimas semanas em São Paulo, irão agradecer por esta omissão criminosa. 
 
 

Donos da mídia querem ganhar no grito

Por Sérgio Lirio, na CartaCapital:

Franklin Martins afasta o corpo da mesa, gira levemente a cabeça e contorce os lábios em um de seus gestos típicos, um misto de impaciência e desdém com um comentário que no primeiro momento lhe parece irrelevante ou fora de foco. Ele veste jeans e uma camisa social, e tem dedicado o “ano sabático” a escrever dois livros sobre a forma como a música brasileira retrata a política, projeto interrompido quando aceitou ingressar no governo Lula em 2007.

 
Diante das várias denúncias, o PSDB fez incontáveis manobras até conseguir impedir a instalação das investigações

É a segunda denúncia em menos de dois meses envolvendo o governo Alckmin. Nas duas ocasiões os desvios de verba atingiram a casa dos bilhões de reais.

Enquanto a direita transforma uma suposta "luta contra a corrupção" em sua estratégia central para ganhar mais espaço no regime político e tentar reverter sua crise, o principal governo deste setor, a administração estadual de São Paulo, é acusado de estar envolvido em mais um caso de corrupção.

E assim como a última denúncia, a que envolvia a compra de emendas parlamentares por um terço da Assembleia Legislativa de São Paulo, novamente os tucanos são acusados de participar de umesquema bilionário para favorecer os capitalistas.

Leia mais:

Desta vez a denúncia é contra o processo de licitação da linha 5-Lilás. Um esquema que segundo dados pela própria Justiça de São Paulo pode chegar a mais de R$ 4 bilhões.

Há pouco mais de um mês, o mesmo PSDB foi denunciado por estar envolvido em outro esquema bilionário. O deputado do PTB, Roque Barbiere, parte da base de sustentação do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), denunciou que pelo menos um terço dos deputados vendia emendas para grandes capitalistas e prefeituras ligadas principalmente ao PSDB.

Diante destas denúncias, o PSDB fez diversas manobras até conseguir impedir a instalação de uma CPI na Alesp.

Agora, começou uma operação para repetir o mesmo no metrô, empresa que, diga-se de passagem, já foi denunciada por outros desvios de verba como, por exemplo, o que envolveu o contrato entre a estatal paulista e a empresa Alston. O primeiro passo está sendo manter o presidente da empresa no cargo, negando todos os indícios de corrupção.

Leia também:

Tanto no caso das emendas como neste mais recente fica provado que a corrupção está diretamente ligada ao favorecimento dos empresários e, desta maneira, a única forma de combater estes ataques à população de São Paulo é a luta contra esta política direitista de favorecimento dos grandes capitalistas.

*umpoucodetudoumpouco

O direito de livre manifestação e reunião é garantido pela Constituição. Não vamos abrir mão disso!

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