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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 06, 2012

SOLDADO DOS ESTADOS UNIDOS DIZ TER MATADO 255 E NÃO SE ARREPENDER

“A lenda”, “o exterminador” e “o diabo de Ramadi” são apenas algumas alcunhas pelas quais o atirador de elite reformado Chris Kyle ficou conhecido entre os colegas.
Entre 1999 e 2009, o então oficial do pelotão Charlie, terceiro grupo da força Seal da Marinha americana, construiu para si uma temida reputação como o atirador mais letal da história da corporação.
Oficialmente, o Pentágono registra 150 mortes no seu nome – o que em si já representa um recorde em relação ao anterior, de 109, até então mantido por um atirador durante a Guerra do Vietnã.
"Adorei o que fiz. Ainda adoro", escreveu o  atirador americano em seu livro
Entretanto, Kyle afirma que sua contagem é maior. Só na segunda batalha de Fallujah, no fim de 2004, diz, tirou a vida de 40 inimigos.
Em um livro da editora HarperCollins que chega às livrarias americanas, American Sniper  “Atirador de elite americano”, em uma tradução livre e literal  ele relata com detalhes o seu trabalho em quatro viagens de combate ao Iraque.
Adorei o que fiz. Ainda adoro. Se as circunstâncias fossem diferentes – se minha família não precisasse de mim – eu voltaria em um piscar de olhos, escreve o atirador.




“Os verdadeiros donos do mundo hoje são invisíveis”
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“Os verdadeiros donos do mundo hoje são invisíveis. Não estão submetidos a nenhum controle social, sindical, parlamentar. São homens nas sombras que procuram o governo do mundo. Atrás dos Estados, atrás das organizações internacionais, há um governo oligárquico, de muito poucas pessoas, mas que exercem um controle social sobre a humanidade, como jamais Papa algum, Imperador ou Rei teve”. (Jean Ziegler)
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“O atual sistema universal de poder converteu o mundo num manicômio e num matadouro” (Eduardo Galeano).
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“A globalização é uma grande mentira”
“O capital financeiro percorre o planeta 24 horas por dia com um único objetivo: buscar o lucro máximo. A globalização é uma grande mentira. Os donos do grande capital que dirigem o mecanismo da globalização dizem: Vamos criar economias unificadas pelo mundo inteiro e assim todos poderão desfrutar de riqueza e de progresso. O que existe, na verdade, é de uma economia de arquipélagos que a globalização criou” (Jean Ziegler).

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“Há três organizações muito poderosas que regulam os acontecimentos econômicos: Banco Mundial, FMI e OMC; são os bombeiros piromaníacos. Elas são, fundamentalmente, organizações mercenárias da oligarquia do capital financeiro invisível mundial” (Jean Ziegler).
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“Eu não creio que se possa lutar contra a pobreza e criar uma estratégia de luta contra a pobreza sem lutar contra a riqueza, contra os ricos, pois os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres” (José Collado, Missionário em Níger).
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“Todos os dias neste planeta, segundo a FAO, 100 mil pessoas morrem de fome ou por causa de suas consequências imediatas” (Jean Ziegler).

“O dicionário também foi assassinado”

“Hoje as torturas são chamadas de “procedimento legal”, a traição se chama “realismo”, o oportunismo se chama “pragmatismo”, o imperialismo se chama “globalização” e as vítimas do imperialismo, “países em vias de desenvolvimento. O dicionário também foi assassinado pela organização criminosa do mundo. As palavras já não dizem o que dizem, ou não sabemos o que dizem” (Eduardo Galeano).

“Se hoje eu digo que faz falta uma rebelião, uma revolução, um desmoronamento, uma mudança total desta ordem mortífera e absurda do mundo, simplesmente estou sendo fiel á tradição mais íntima, mais sagrada da nossa civilização ocidental. O nosso dever primordial hoje deve ser reconquistar a mentalidade simbólica e dizer que a ordem mundial, tal como está, é criminosa. Ela é frontalmente contrária aos direitos do homem e aos textos fundacionais das nossas civilizações ocidentais” (Jean Ziegler).
“Se houvesse uma só morte por fome em Paris haveria uma revolta”

“A primeira coisa que devemos fazer é olhar para a situação de frente e não considerar como normal e natural a destruição, por exemplo, de 36 milhões de pessoas por culpa da fome e da desnutrição. Se houvesse uma só morte por fome em Paris haveria uma revolta. De nenhum modo devemos permitir que as grandes organizações de comunicação nos intimidem, nem as fábricas das teorias neoliberais das grandes corporações, pois todas as corporações se ocupam, primeiro, de controlar as consciências, de controlar como podem a imprensa e o debate público” (Jean Ziegler).



ESSA MERCEU O PREMIO!


Budrus 2009

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(EUA, Israel, Palestina, 2009, 82 min - Direção: Julia Bacha)
Maravilhoso! Imperdivel!
Brudus é um daqueles documentários emocionantes, impossíveis de serem esquecidos.
Premiado em vários festivais, inclusive no de Berlim, dirigido pela brasileira Julia Bacha, o filme mostra que para uma ocupação violenta, injusta e desumana de um dos Estados mais armados do mundo sobre um outro miserável, a melhor luta é a aquela sem armas. Juntos: homens, mulheres, palestinos e israelenses ativistas.

De acordo com as palavras de Julia, o ativismo pacífico não quer dizer inerte, passivo, mas atuante e responsável. O ativista pacífico arrisca-se a perder a liberdade e até mesmo a vida diante de tamanha agressão. (docverdade)


Download:
Parte1 - Parte2 (juntar as partes com Winrar ou programa similares).

Legendas pt-br

Agradecimentos ao DocsPt

Veja também A Revolução dos Cocos, Occupation 101 e Crianças de Gaza.

Pig: Uma enchente de mentiras e omissões @rede_globo

Jornal Nacional na Globo mente sobre atuação do Ministério da Integração Nacional e omite investigação da PF sobre suspeitas de roubalheiras praticadas pela Fundação Roberto Marinho no âmbito do Ministério do Turismo. Veja a verdade abaixo e tire suas conclusões:
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

NOTA DE ESCLARECIMENTO 002/2012

Brasília, 05 de janeiro de 2012

Diante das informações veiculadas na imprensa nesta quinta-feira (05/1), o Ministério da Integração Nacional esclarece:

Recursos para 2012

Não é correto afirmar que o Estado de Pernambuco será privilegiado no orçamento de 2012 com a maior verba contra enchentes. É um duplo equívoco:

1-) O poder executivo encaminha anualmente, no mês de agosto, ao Congresso Nacional a proposta de lei orçamentária ao ano seguinte. Cabe ao Congresso, por disposição constitucional, apreciar, propor emendas e votar a lei orçamentária para encaminhá-la à sanção presidencial.

Em 2011, a proposta encaminhada pelo Executivo para o orçamento de 2012 destinou R$ 67,6 mi para o programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres. O Congresso, no uso de suas prerrogativas constitucionais, emendou o orçamento do programa em mais de R$ 634 milhões, por meio de emendas individuais e coletivas (de bancada e comissões)

*ajusticeiradeesquerda 

Globo inaugura preconceito contra haitianos

 

Haitianos do Acre são bem vindos como os portugueses e os palestinos
Saiu na pág. 3 do Globo:

“O Haiti é aqui
.
Começa por este título, que lembra música de Gil e Caetano para descrever cenas de preconceito racial e violência no Brasil.

(Quando Caetano ainda não era o que é.)

“Cidade do Acre pede ajuda para manter imigrantes que chegam em massa (?) buscando emprego”


Segundo a repórter Cleide Carvalho, os haitianos chegam ao Acre pela Bolívia e o Peru, através de uma rede de tráfico de pessoas, organizada pelos coyotes que levam imigrantes ilegais aos Estados Unidos.

Pelo jeito, o Globo assume a liderança do movimento que, nos Estados Unidos, pretende construir uma Muralha para se separar do México – e da miséria.

Ou do candidato à Presidência que ameaçou invadir o México para acabar com o consumo de cocaína pelos americanos – e “cuidar” dos “ilegales”.

Na mesma página, o Globo conta que uma empresa de Chapecó, em Santa Catarina, a Fibratec, que produz piscinas de fibra, contratou 23 haitianos no Acre e está muito feliz.

Porque “estamos com muita dificuldade para preencher as vagas que temos abertas”, disse o presidente da empresa, Érico Tormen.

Quem mora em São Paulo, como este ansioso blogueiro, consegue ouvir os sussurros, perceber na linguagem dos gestos o preconceito que já se instalou contra os trabalhadores bolivianos.

A Globo tem uma longa tradição de discutir o “racismo”.

Seu Ratzinger, guardião da Fé dos Marinho, Ali Kamel, é autor de um retumbante best-seller, Não, não somos racistas, longe disso !

Ele sustenta que no Brasil não há tantos negros, como os haitianos, mas “pardos”.

O que lhe valeu o titulo de “o nosso Gilberto Freire” (*).

Ali Kamel poderia iniciar uma campanha dentro do Globo para evitar que se inaugure no Brasil a temporada de caça aos haitianos.

Como no Texas e no Arizona.

O Brasil é país de múltiplas etnias.

Bolivianos e haitianos são bem vindos.

Como os portugueses.

E os palestinos.


Paulo Henrique Amorim

Quando banqueiros se tornam gângsteres


Via Jornal do Brasil
Mauro Santayana 
Primeiro-ministro da França entre 1988 e 1991, Michel Rocard é homem respeitável em seu país. Ele, e um economista mais moço, Pierre Larrouturou, publicaram, segunda-feira, em Le Monde, artigo baseado em fontes americanas sobre os empréstimos concedidos pelo Tesouro dos Estados Unidos aos bancos, em 2008. De acordo com as denúncias — feitas pela agência de informações econômicas Bloomberg — os juros cobrados pelo FED aos bancos e seguradoras foram de apenas 0,01% ao ano, enquanto os bancos estão emprestando aos Estados europeus em dificuldades a juros de 6% a 9% ao ano — de 600 a 900 vezes mais. De acordo com as denúncias da Bloomberg, retomadas por Rocard e Larrouturou, o montante do socorro por Bush e Henry Paulson, seu secretário do Tesouro, aos banqueiros, chegou a um trilhão e duzentos bilhões de dólares, em operações secretas.
O artigo cita a cáustica conclusão de Roosevelt, durante sua luta para salvar os Estados Unidos depois da irresponsabilidade criminosa dos especuladores que haviam provocado a Grande Depressão: “Um governo dirigido pelo dinheiro organizado é igual a um governo dirigido pelo crime organizado”.
Dentro do raciocínio de Roosevelt, podemos comparar a carreira de Henry Paulson à de qualquer grande boss  de Chicago ou de Nova York no crime organizado. Desde 1974 — quando tinha 28 anos — Paulson tem servido ao Goldman Sachs, a cuja presidência chegou em 1999. Nos sete anos seguintes, ele consolidou a posição do banco em sua atuação internacional — e foi convocado por Bush para ocupar a Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos em 2006. Poucos dias antes, ele deixou a presidência do banco, e preferiu converter a indenização a que teria direito (o famoso bônus) em participação acionária. Isso o manteve ligado, por interesse próprio, aos destinos do banco.
A AIG — a maior seguradora norte-americana — recebeu cerca de 80 bilhões de dólares
Uma das primeiras firmas a serem beneficiadas pela ajuda do Tesouro, por decisão de Paulson, durante a crise de 2008, foi a AIG — a maior seguradora norte-americana — com cerca de 80 bilhões de dólares. Ocorre que o principal credor da AIG era o Goldman Sachs, que desse dinheiro recebeu quase 30 bilhões, logo em seguida.
O Goldman foi multado, em julho de 2010, pela SEC (Securities and Exchanche Commission) por fraude, em 550 milhões de dólares, por ter atuado de má-fé na questão das operações com papéis da dívida imobiliária. E são ex-diretores do Goldman Sachs (provavelmente ainda grandes acionistas do banco, como é o caso de Henry Paulson) que se encontram agora no controle do Banco Central Europeu (Mario Draghi), na chefia dos governos da Itália (Mario Monti) e da Grécia (Lucas Papademos). O que farão esses interventores do Goldman Sachs, no controle das finanças europeias, a não ser defender os interesses dos bancos — e seus lucros fraudulentos? Se Roosevelt fosse vivo, naturalmente estaria pensando em sua advertência dos anos 30.
É brutal a semelhança entre a situação atual e a de 1929. Ao analisar os fatos daquele tempo, John Galbraight disse que “o outono de 1929 foi, talvez, a primeira ocasião em que os homens tiveram, em grande escala, a capacidade de enganar a si mesmos”. A escala do autoengano parece ser ainda maior em nossos dias. Rocard lembra a observação de Paul Krugman, de que a Europa entrou em uma “espiral da morte” — mas não é apenas a Europa que corre esse risco.
Assim podemos explicar a advertência de Edgar Morin — também citada por Rocard — de que a civilização ocidental está entre a metamorfose e a morte. “O capitalismo sem regras é o suicídio da civilização”, como afirmam Morin e Stephane Hessel, em seu livro recente Le chemin de l’espérance.
O ex-premier Rocard registra, em seu artigo no Le Monde, que as dívidas dos países europeus para com os grandes bancos são antigas, e sua solução não é difícil. Se o Tesouro americano foi capaz de emprestar a 0,01 aos bancos fraudadores e irresponsáveis, o Banco Central Europeu poderia emprestar, com as mesmas taxas, a instituições nacionais europeias — seu estatuto veda o empréstimo direto aos estados-membros — como os bancos estatais de fomento e caixas econômicas. Essas instituições repassariam as somas aos estados, cobrando-lhes juros em dobro — a 0,02% ao ano. Se prevalecessem a razão e a ética, estaria resolvido o problema europeu da dívida pública.
Os governantes de hoje, em sua maioria, não servem a seus povos
Registre-se, no entanto, que o lema do Goldman Sachs, creditado a um de seus antigos controladores, Gus Levy, nos anos 50, é autoelucidativo: “long-term greedy”, ganância a longo prazo. O fato singelo é o de que, em tempos de crise — como disse Keynes em 1937, e Krugman relembrou também em texto recente — não cabe a austeridade, com corte de gastos sociais e de infraestrutura, mas, sim, é preciso investir e criar empregos. Os governantes de hoje, em sua maioria, não servem a seus povos, e em razão disso desprezam pensadores como Keynes. Estão a serviço de grandes corporações, dirigidas por fraudadores, como os banqueiros do Goldman Sachs.
Talvez tenhamos que ir mais adiante ainda — e seguir o conselho de Morin: para não perecer, a civilização ocidental terá que sofrer a metamorfose necessária, encasular-se na razão e, nela, criar asas para o voo.

Programa Vida Inteligente

quinta-feira, janeiro 05, 2012

“Miriam Leitão” do petróleo

 

Publiquei, há pouco, no blog Projeto Nacional um texto sobre o farto besteirol que o sr. Adriano Pires – uma espécie de Miriam Leitão da área de energia – que é figurinha repetida na Globo e na grande mídia.
Este ex-”capa preta” da ANP – no tempo em que a ANP leiloava as melhores áreas de nosso petróleo com lances mínimos que não davam para comprar um quarto-e-sala no Leblon – publica hoje dois artigos de “análise” do setor energético.
Os dois, claro, criticando o Governo e defendendo as mesmas posições das multinacionais, do petróleo e da eletricidade.
É, como já disse dele o blog do Augusto Fonseca, na época da campanha do Serra, quando o professor Pires chegava a negar que o Brasil tivesse crescido sob Lula – puro besteirol.
Diz que a falta de leilões novos – como eles têm pressa em leilões, não é? – está comprometendo as novas descobertas de petróleo. Curioso é que, enquanto ele mandava os artigos, o Upstream, um dos mais respeitados sites sobre petróleo no mundo, dizia que o Brasil liderava, com folga, as novas descobertas em 2011.
Depois, ele critica o preço das tarifas de energia – não por serem altíssimos, claro, mas porque o Governo baixou e está baixando regras para reduzir seu preço.
Entre outras sandices, diz que não adianta o BNDES estar investindo pesado em geração eólica – limpíssima – no Nordeste, porque não há linhas para “exportar” essa energia para “os centros de carga do Sudeste”.
É muita cara-de-pau de um homem que se diz especialista em energia dizer isso, porque o Nordeste é importador e não exportador de energia elétrica. Está fresquinho, publicado em dezembro, o Anuário Estatístico de Energia Elétrica, que mostra que a região produz 12% da eletricidade do país e consome 17%. E subindo, viu, porque em 2010 ela se tornou o segundo maior consumidor, ultrapassando a região Sul.
O “especialista” vende gato por lebre na mídia, mas o rabo do gato ficou de fora…
*tijolaço