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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Fidel Castro: A paz mundial pende por um fio

Ontem tive o prazer de conversar tranquilamente com Mahmoud Ahmadinejad. Nã o via desde setembro de 2006, há mais de cinco anos, quando visitou nossa Pátria para participar na 14ª Cúpula do Movimiento de Países Não Alinhados que teve lugar em Havana, onde pela segunda vez Cuba foi eleita como presidente dessa organização pelo tempo estabelecido de três años.
Por Fidel Castro

 
Eu tinha ficado gravemente enfermo em 26 de julho de 2006, um mês e meio antes da mesma, e só podía sentar na cama. Vários dos mais distinguidos líderes que assistiam ao evento tiveram a amabilidade de visitar-me. Chávez e Evo o fizeram mais de uma vez. Um meio dia vieram quatro, dos quais sempre recordo: Kofi Annan, secretario-geral da ONU; um velho amigo, Abdelaziz Buteflika, presidente da Argélia; Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã; e um vice-ministro de Relações Exteriores do governo da China e atual chanceler desse país, Yang Jiechi, representando o líder do Partido Comunista e presidente da República Popular da China, Hu Jintao. Foi realmente um momento de importância para mim que com grande esforço reeducava a mão direita que havia sofrido um sério acidente na queda em Santa Clara.

 
Com os quatro comentei aspectos dos problemas que o mundo enfrentava naqueles instantes. Estes, certamente, tornavam-se cada vez mais complexos.

 
No encontro de ontem observei o presidente iraniano absolutamente sossegado e tranquilo, indiferente por completo às ameaças yanques, confiante na capacidade de seu povo para enfrentar qualquer agressão e na eficácia das armas, que em grande parte ele próprios produzem, para ocasionar aos agressores um preço impagável.
Na realidade quase não falou do tema bélico, sua mente se concentrava nas ideias expostas na conferência que fez no Salão Nobre da Universidade de Havana, centrada na luta pelo ser humano: “caminhar para chegar e alcançar a paz, a segurança, o respeito e a dignidade humana como um desejo de todos os seres humanos ao longo da história.”
Estou seguro de que, por parte do Irã, não se deve esperar ações irrefletidas que contribuam para o desencadeamento de uma guerra. Se esta for inevitavelmente desatada, será fruto exclusivo do aventureirismo e da irresponsabilidade congênita do império yanque.

 
Da minha parte penso que a situação política criada em torno do Irã e os riscos de uma guerra nuclear que dela emanam e a todos envolve - possuam ou não tais armas -, são sumamente delicados porque ameaçam a própria existência de nossa espécie. O Oriente Médio se converteu na região mais conflitiva do mundo, e a área onde são gerados os recursos energéticos vitais para a economia do planeta.

 
O poder destrutivo e os sofrimentos massivos que originavam alguns dos meios utilizados na Segunda Guerra Mundial motivaram uma forte tendência a proibir algumas armas como os gases asfixiantes e outras empregadas naquela guerra. Contudo, as lutas de interesses e os enormes lucros dos produtores de armas os levaram à confecção dos armamentos mais cruéis e destrutivos, até que a tecnologia moderna aportou o material e os meios cujo emprego em uma guerra mundial conduziria ao extermínio.

 
Sustento o critério, sem dúvidas compartilhado por todas as pessoas com um sentido elementar de responsabilidade, de que nenhum país grande ou pequeno tem o direito a possuir armas nucleares.
Nunca estas armas deveriam ser usadas para atacar duas cidades indefesas como Hiroshima e Nagasaki, assassinando e irradiando com horríveis e duradouros efeitos centenas de milhares de homens, mulheres e crianças, em um país que já estava militarmente vencido.
Se o fascismo obrigava as potências coligadas contra o nazismo a competir com esse inimigo da humanidade na fabricação de tal arma, finalizada a guerra e já criada a Organización das Nações Unidas, o primeiro dever dessa organização era proibir tal arma sem exceção alguma.

 
Mas os Estados Unidos, a potência mais poderosa e rica, impôs ao resto do mundo a linha a seguir. Hoje possui centenas de satélites que espionam e vigiam a partir do espaço todos os habitantes do planeta. Suas forças navais, aéreas e terrestres estão equipadas com milhares de armas nucleares, manejam a seu talante, através do Fundo Monetário Internacional, as finanças e os investimentos do mundo.
Se se analisa a história de cada uma das nações da América Latina, desde o México até a Patagônia, passando por São Domingo e Haiti, poderá observar-se que todas, sem uma só exceção, sofreram durante duzentos anos, desde o início do século 19 até hoje, e de uma ou outra forma estão sofrendo cada vez mais, os piores crimes que o poderio e a força podem cometer contra o direito dos povos. Escritores brilhantes surgem em número crescente: um deles, Eduardo Galeano, autor de “As veias abertas da América Latina”, que fala sobre estes temas, acaba de ser convidado a inaugurar o prestigioso Prêmio Casa das Américas, como um reconhecimento a sua relevante obra.
Os acontecimentos se sucedem con incrível rapidez; mas a tecnologia os transmite ao público de forma ainda mais rápida. Um dia qualquer, como o de hoje, notícias importantes se sucedem com extraordinário ritmo. Um despacho telegráfico datado de ontem (11), dá textualmente a seguinte notícia: “A presidência dinamarquesa da União Europeia afirmou na quarta-feira que uma nova série de sanções europeias mais severas contra o Irã se decidirá em 23 de janeiro em razão de seu programa nuclear, atingindo não só o setor petrolífero mas também o banco central.
“‘Iremos mais longe simultaneamente no que se refere às sanções petrolíferas e contra as estruturas financeiras’” disse o chefe da diplomacia dinamarquesa Villy Soevndal, durante um encontro com a imprensa estrangeira. Pode apreciar-se com clareza que, a fim de impedir a proliferação nuclear, Israel pode acumular centenas de ogivas nucleares enquanto o Irã não pode produzir urânio enriquecido a 20%.
Outra noticia sobre o tema, de uma conhecida qualificada agência informativa britânica noticia que: “A China não deu sinais na quarta-feira de ceder terreno às demandas dos Estados Unidos de que reduza suas compras de petróleo iraniano e considerou um excesso as sanções de Washington contra Teerã…”.
Qualquer pessoa se assombraria com a tranquilidade com que os Estados Unidos e a civilizada Europa promovem esta campanha com uma espantosa e sistemática prática terrorista. Bastam estas linhas trasmitidas por outra importante agência europeia de notícias: “O assassinato, na quarta-feira, de um responsável pela usina nuclear de Natanz, no centro do Irã, conta três precedentes desde janeiro de 2010.”

 
Em 12 de janeiro daquele ano, “um físico nuclear internacionalmente reconocido, Masud Alí Mohamadi, professor na universidade de Teerã e que trabalhava para os Guardiães da Revolução, morreu na explosão de uma moto-bomba diante de seu domicílio.”
“29 de novembro de 2010: Majid Shahriari, fundador da Sociedade nuclear do Irã e ‘encarregado de um dos grandes projetos da Organização iraniana de energia atômica’ [...] foi morto em Teerã pela explosão de uma bomba magnética fixada em seu automóvel.
“No mesmo dia, outro físico nuclear, Fereydoun Abasi Davani, foi alvo de um atentado em condições idênticas quando estacionava seu carro diante da universidade Shahid Beheshti em Teerã, onde os dois homens eram professores.” – Só ficou ferido.

 
23 de julho de 2011: O cientista Dariush Rezainejad, que trabalhava em projetos do ministério da Defesa, foi morto a tiros por desconhecidos que se deslocavam em uma moto em Teerã.”

 
“11 de janeiro de 2012: - no mesmo dia em que Ahmadinejad viajava da Nicarágua a Cuba, para dar sua conferência na Universidade de Havana - O cientista Mustafa Ahmadi Roshan, que trabalhava na usina de Natanz, da qual era vice-diretor para assuntos comerciais, morreu na explosão de uma bomba magnética colocada sobre su automóvel, perto da universidade Allameh Tabatabai, a leste de Teerã”. Como em anos anteriores, o “Irã acusou novamente os Estados Unidos e Israel.”
Trata-se de uma carnificina seletiva de brilhantes cientistas iranianos sistematicamente assassinados. Li artigos de conhecidos simpatizantes de Israel que falam de crimes realizados por seus serviços de inteligência, em cooperação com os dos Estados Unidos e a Otan, como algo normal.

 
Ao mesmo tempo, desde Moscou as agências informam que “a Rússia advertiu hoje que na Síria está amadurecendo um cenário similar ao da Líbia, mas alertou que desta vez o ataque virá da vizinha Turquia.

 
“O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, sustentou que o Ocidente deseja ‘castigar Damasco não tanto pela repressão à oposição mas por sua relutância em interromper sua aliança com Teerã’.”

 
“…em sua opinião, na Síria está amadurecendo um cenário como o da Líbia, mas nesta oportunidade, as forças de ataque não virão da França, Grã Bretanha e Itália mas da Turquia’.”
“Inclusive, se atreveu a adiantar que ‘é possível que Washington e Ancara já estejam definindo várias opções de zonas de exclusão de voos, onde exércitos armados de rebeldes sírios poderias ser treinados e concentrados’.”

 
As notícias não só procedem do Irã e do Oriente Médio, mas também de outros pontos da Ásia Central próximos ao Oriente Médio. As mesmas nos permitem apreciar a complexidade dos problemas que podem derivar-se dessa perigosa região.

 
Os Estados Unidos foram levados por sua contraditória e absurda política imperial a problemas sérios em países como o Paquistão, cujas fronteiras com outro importante Estado, o Afeganistão, foram traçadas pelos colonialistas sem tomar em conta cultura nem etnias.
Neste último país, que durante séculos defendeu sua independência frente ao colonialismo inglês, a produção de drogas se multiplicou desde a invasão yanque, e os soldados europeus apoiados pelos aviões sem piloto e armamento sofisticado dos Estados Unidos cometem embaraçosas matanças que incrementam o ódio da população e afastam as possibilidades de paz. Isso e outras imundícies também se refletem nos despachos das agências ocidentais de notícias.

 
“Washington, 12 de janeiro de 2012 - O secretário estadunidense da Defesa, Leon Panetta, qualificou nesta quinta-feira de ‘absolutamente lamentável’ o comportamento de quatro homens apresentados como marines norte-americanos urinando sobre cadáveres no Afeganistão em um vídeo difundido pela internet.
“‘Vi as imgens e encontro o comportamento (desses homens) absolutamente lamentável…”

 
“‘Este comportamento é totalmente inapropriado da parte de membros do exército estadunidense e não reflete em nenhum caso os critérios e os valores que nossas forças armadas juram respeitar’…”

 
Na realidade, nem o afirma nem o nega. Qualquer pessoa pode ficar com a dúvida e possivelmente o próprio secretário da Defesa.

 
Mas também é extremamente desumano, que homens, mulheres e crianças, ou um combatente afegão que luta contra a ocupação estrangeira, seja assassinado pelas bombas dos aviões sem piloto. Algo também muito grave: dezenas de soldados e oficiais paquistaneses, que cuidavam das fronteiras do país, têm sido destroçados por essas bombas.
Em declarações do próprio Karzai, presidente do Afeganistão, este expressou que o ultraje aos cadáveres era “’simplemente desumano’, e pediu ao governo estadunidense que ‘aplique o castigo mais severo a quem quer que seja que acabe sendo condenado por este crime’.”

 
Porta-vozes dos talibãs declararam que “‘nos dez últimos anos se deram centenas de atos similares que não foram revelados’…”
Inclusive sente-se lástima por aqueles soldados, separados de familiares e amigos, a milhares de quilômetros de sua própria pátria, enviados para lutar em países que nem sequer talvez nem tenham ouvido falar quando estavam nas escolas, onde lhes atribuem a tarefa de matar ou morrer para enriquecer empresas transnacionais, fabricantes de armas e políticos inescrupulosos, que dilapidam a cada ano os fundos que são necessários para a alimentação e a educação dos incontáveis milhões de famintos e analfabetos no mundo.

 
Não poucos desses soldados, vítimas dos traumas sofridos, terminam privando-se de sua própria vida.
Por acaso exagero quando afirmo que a paz mundial pende por um fio?

 
Fidel Castro Ruz
12 de janeiro de 2012, 21 h 14

 
Fonte: Cubadebate
Tradução da redação do Vermelho
*Oterrordonordeste

Avanço do Mar - Paulista/PE


*Históriavermelha

EUA: Urinando sobre as nossas cabeças 

 

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

A sensibilidade contemporânea foi em grande parte anestesiada pela naturalização midiática da violência social e política. Imagens e relatos burocratizados descarnam corpos e estatísticas de sua história e humanidade. Intencional ou não, o mecanismo dissolve a fronteira que separa a vítima do algoz. Mesmo o sangue, assim derramado, não deixa espaço para suas causas seminais. Às vezes um ruído cênico sacode a monotonia.



Risos sobre cadáveres, por exemplo. Soldados urinando sobre corpos sem vida. Vozes celebrando a 'chuva dourada' em corpos cinzas. Foi o que fez um vídeo postado no YouTube, nesta 4ª feira, em que mariners brancos, jovens, alegres aliviam suas bexigas e a humanidade que lhes resta sobre talibãs mortos a seus pés (http://www.liveleak.com). Um carrinho de pedreiro ao lado dos corpos, despejados com alguma simetria, e a sincronia real ou simulada das bexigas, sugere que a exibição teve o dedo de um cenógrafo cuidadoso.

O virtuosismo amador ganhará seu minuto de glória para sucumbir em seguida no fluxo que já tragou outras cenas de horror. As fotografia vazadas de Abu Ghraib em 2004 e 2006, por exemplo; as fotos reveladas pela Der Spiegel, em março de 2011, em que soldados igualmente jovens, posam sorridentes segurando cabeças de afegães abatidos como se fossem troféus de caça; ou ainda a esquecida humilhação de prisioneiros em uniforme cenoura, encapuzadas e enjaulados de joelhos na base militar dos EUA, em Guantánamo, sem direito a julgamento, sem comprovação de crime, sem prazo para sair do limbo jurídico.

O buraco negro da monotonia ensandecida poderia ser sacudido se o conformismo midiático desse à perversão a sua contrapartida racional. Humanos são feitos de razão e circunstâncias. As circunstâncias desse desfrute de impunidade tem sua origem institucional no arbítrio de um poder que reafirma sistematicamente seu direito imperial de decretar o estado de exceção a um planeta reduzido à condição de fronteira estendida de seus interesses. Foi o que reiterou o simpático Barack Obama na nebulosa dispersão do último dia de 2011.

Horas antes de embarcar de férias ao seu Havaí natal, o democrata eleito com a promessa de fechar Guantánamo, revalidou o Ato de Autorização de Defesa Nacional. Na essência, o mesmo sancionado por Bush, há dez anos, que 'legaliza' a existência do campo de concentração e proíbe o ingresso de seus prisioneiros ao território americano, impedindo-os de desfrutar do direito a habeas corpus, do veto a prisão sem evidencia formal de crime e outros marcos de legalidade que distinguem uma democracia de um estado de exceção.

Dias depois, em cinco de janeiro, o mesmo Obama anunciaria cortes no orçamento da defesa compensados, como advertiu, pela ênfase em operações secretas. Leia-se: atos de sabotagem, guerra cibernética e ataques fulminantes a alvos específicos. A julgar pelos assassinatos em série que já mataram quatro cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, vetado pelo Império, a nova doutrina tem eficácia comprovada.

O alívio aterrador de bexigas militares sobre cadáveres talibãs ampara-se em precedente institucional à altura: o jorro contínuo de cinismo institucional despejado pela grande bexiga do norte nas nossas cabeças.

Os EUA, «Ditadura Democrática», a caminho de um estado totalitário e militar


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Por Miguel Urbano Rodrigues
A escalada de leis reacionárias nos EUA assinala o fim do regime democrático na grande Republica.
A Lei da Autorização da Segurança Nacional promulgada por Obama revoga na prática a Constituição bicentenária daquele país. A partir de agora qualquer cidadão sobre o qual pese a simples suspeita de ligações com «o terrorismo» pode ser preso por tempo ilimitado. E eventualmente submetido à tortura no âmbito de outra lei aprovada pelo Congresso. 
O Presidente Barack Obama ofereceu ao povo norte-americano no dia 31 de Dezembro um presente envenenado para 2012: a promulgação da chamada Lei da Autorização da Defesa Nacional.

O discurso que pronunciou para justificar o seu gesto foi um modelo de hipocrisia.
O Presidente declarou discordar de alguns parágrafos da lei. Sendo assim, poderia tê-la vetado, ou devolvido o texto com sugestões suas. Mas não o fez.
http://farm7.static.flickr.com/6157/6198029801_20c3366935.jpg
http://willyloman.files.wordpress.com/2010/06/going-commando.jpg
No dia 24 de Janeiro, o Senado vai votar um projeto, o SOPA, que autoriza a Secretaria de Justiça a criminalizar qualquer Web cujo conteúdo seja considerado ilegal ou perigoso pelo governo dos EUA. De acordo com o texto em debate, a simples colocação de um artigo numa rede social pode motivar a intervenção da Justiça de Washington.
A iniciativa foi já definida por alguns media como um terremoto político.
O pânico que provocou foi tamanho que a Netcoalitioncom , aliança que agrupa gigantes digitais como Facebook, Twitter, Google, e Yahoo, AOL e Amazon admite um «apagão coletivo» durante horas se o Congresso aprovar o projecto.

A lei, teoricamente motivada pela necessidade de combater a pirataria digital, será de aplicação mundial. Por outras palavras, se uma Web europeia, asiática ou africana publicar algo que as autoridades norte-americanas considerem «perigoso» pode ser bloqueada nos EUA por decisão da Justiça de Obama.


«GOVERNO MILITAR DE TRAJE CIVIL»?
http://media.salon.com/2012/01/obama-generals-460x307.jpg
Despojada da retórica que a envolve, a Lei da Autorização da Segurança Nacional, ora vigente, revoga na prática a Constituição bicentenária do país.
http://ukiahcommunityblog.files.wordpress.com/2011/08/p1.jpg?w=604
Afirma Obama que a «ameaça da Al Qaeda à Segurança da Pátria» justificou a iniciativa que elimina liberdades fundamentais. A partir de agora, qualquer cidadão sobre o qual pese a simples suspeita de ligações com «o terrorismo» pode ser preso por tempo ilimitado. E eventualmente submetido à tortura no âmbito de outra lei aprovada pelo Congresso.

Comentando a decisão gravíssima do Presidente, Michel Chossudovsky lembra que ela traz à memória o decreto de Hitler para «a Proteção do Povo e do Estado» assinado pelo marechal Hindemburgo em 1933 após o incêndio do Reichstag.

A escalada de leis reacionárias nos EUA assinala o fim do regime democrático na grande Republica.

O discurso em que Obama justificou há dias o Orçamento de Defesa, veio confirmar o crescente protagonismo do Pentágono – agora dirigido por Panetta, o ex-diretor da CIA – na definição da estratégia de dominação planetária dos EUA. Ao esclarecer que a prioridade é agora a Ásia, o Presidente afirmou enfaticamente que os EUA são e serão a primeira potência militar do mundo. Relembrou o óbvio. O Orçamento de Defesa norte-americano supera a soma dos dez maiores que se seguem.

A degradação do regime tem-se acentuado de ano para ano. A fascizaçao das Forças Armadas nas guerras imperiais é hoje inocultável.
http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/wp-content/uploads/2008/10/obaoba06.gif
Observadores internacionais respeitados, alguns norte-americanos, comentando essa evolução, definem os EUA neste início do terceiro milênio como «ditadura democrática».

Chossudovsky vai mais longe, enuncia uma evidência dolorosa ao escrever que nos EUA se acentua a tendência para «um Estado totalitário militar com traje civil».

Desmontar-lhe a fachada é uma exigência para quantos identificam no imperialismo uma ameaça à própria continuidade da vida. Tarefa difícil, mas indispensável.

Significativamente, as leis fascizantes comentadas neste artigo passaram quase desapercebidas em Portugal. Os analistas de serviço da burguesia e os media ditos de referência ignoraram o tema, numa demonstração da vassalagem neocolonial da escória humana que oprime e humilha Portugal.


*MilitânciaViva

A ditadura acabou. Falta avisar a polícia

Estado de truculência
Fernando Vives
Rezam os livros de história que, quando Dom João VI correu do Rio de Janeiro em 1821 de volta à Portugal, raspou os cofres e deixou um território gigantesco para ser administrado por seu filho, Dom Pedro. Este, sem muito talento para a coisa e de pires na mão, iniciou a história independente de um país que já nascia adiando suas necessidades e obrigações.
Polícia que bate é polícia subdesenvolvida.
Foto: Fábio Motta/AE
Ou seja: nascia o Brasil que conhecemos.
A partir daí, quase tudo o que constitui uma civilização ocorreu no Brasil tardiamente, e daquele jeito bem mais ou menos. Ou então ainda não ocorreu. A primeira universidade brasileira surgiu no século XX, centenas de anos após nossos vizinhos terem as suas. Escola pública universal é uma conquista recente, e só ocorreu quando a qualidade dela já não era das melhores. Os surtos de dengue se repetem a cada verão. E o respeito aos direitos humanos ainda está longe dos hábitos enraizados da sociedade.
No último século, lampejos de uma democracia frágil e duas ditaduras, a de Getúlio Vargas e a dos milicos, acabaram por deturpar uma das instituições fundamentais para a evolução de uma sociedade: a polícia.
O brasileiro aprendeu a ter medo de quem veste farda. Nos anos de chumbo, porque a polícia tinha poderes arbitrários para prender quem quisesse. Tem cara de terrorista? Vai preso. Tem cara de bandido? Vai preso. Está sem o R.G.? Vai preso. Está fazendo nada? Vai preso por vadiagem. E assim foi por muitos anos. Se perguntassem a um policial nos anos 1970 sobre qual era a prioridade de seu trabalho, a resposta padrão seria “manter a ordem”, e não “proteger a sociedade”.  O cassetete virou política.
Isso porque, na prática, a polícia defendia os governantes da própria população, porque uns queriam ser representados e outros se outorgaram o direito de representar. Estavam em lados opostos, algo que não faz sentido, em tese, em uma democracia – em que você pode cobrar quem elegeu como representante.
A polícia é um exemplo de que a transição da Ditadura Militar para a democracia parece ser mais um capítulo dessa história brasileira na qual as coisas acontecem mais ou menos, das políticas que mudam mas não muito, da evolução que se dá do jeito que der e não do jeito que deveria ser.  Podem ter existido casos isolados, mas nunca  houve uma real e abrangente ruptura das estratégias policiais da Ditadura com a maneira como as polícias estaduais atuam hoje.
Três fatos desta semana exemplificam esse fato: a ação da PM paulista na chamada Cracolândia, zona central de São Paulo tomada por viciados; a violência gratuita de um policial, também da PM paulista, contra um estudante da USP;  a ação repressiva da polícia do Piauí contra estudantes que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus.
O que podemos fazer para acabar com o problema do crack no centro da maior cidade do País? Borrachada em viciado, impugindo-lhes propositalmente “dor” e “sofrimento”, relegando a segundo plano a ação de saúde pública e de assistência social. O que fazer com estudantes a protestar contra o aumento da passagem de ônibus? Borrachada neles, como se fossem revolucionários comunistas tentando tirar o milico de plantão no poder do País.
É importante frisar que ser um policial competente no Brasil é um sacrifício digno de odisséias  bíblicas. O salário é baixo, sobretudo se comparado ao risco que ele corre todos os dias. Quase nunca ele tem ao seu dispor uma boa estrutura para exercer o ofiício. E ainda tem grandes chances de receber instruções deturpadas no que se refere aos direitos humanos.
As autoridades já deveriam  há muito tempo ter criado uma política nacional para a ação policial, seja esta sob jurisdição estadual ou municipal. Polícia que bate sem contexto de legítima defesa é polícia subdesenvolvida. A incapacidade das corporações policiais em resolver os problemas sem o cassetete mostra um país a evoluir do jeito que dá e não do jeito que deveria ser. É o rescaldo da Ditadura, que nos lembra diariamente o quão longe ainda estamos de sermos uma civilização avançada, não importa o quão bem caminhe nossa economia.

Agrotóxicos: Estados Unidos ameaçam devolver suco da Cutrale. Você quer?

A Cutrale não deve ter problemas de encalhe. A Bandeirantes, a Grobo e a mídia venal adoooooooooram o suco venenoso da Cutrale e certamente comprarão todo o estoque.
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Você já comeu Metamidofós? Nãããão? Você não sabe o que está perdendo.
Anvisa bane agrotóxico, mas você tem direito de comê-lo até 2012
Via MST
Da Página do MST
O governo dos Estados Unidos ameaçou suspender a importação de suco de laranja produzido por grandes empresas no Brasil, no final de dezembro, depois de estudos diagnosticarem na bebida o fungicida Derosal (carbendazim) em uma carga comercializada na Flórida.
As grandes indústrias do setor são a Cutrale, Citrosuco, Citrovita (controlada pelo grupo Votorantim) e Louis Dreyfus. A ameaça de suspensão do comércio fez com que os contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado disparassem na Bolsa de Nova York.
A Cutrale, sozinha, responde por 80% da produção mundial de suco de laranja concentrado (superior a um milhão de toneladas por ano) e exporta 97% da produção. Além disso, possui sete fábricas e exporta US$ 676,255 milhões.
A utilização desse agrotóxico na produção de laranjas é proibida nos Estados Unidos, mas é usado em grande escala no Brasil. Os Estados Unidos compram 15% de todo o suco brasileiro, maior produtor mundial da bebida, ou cerca de U$ 300 milhões dos US$ 2 bilhões vendidos no exterior pelo País.
Em 2009, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) cassou a autorização para o uso desse defensivo em citros. Mesmo assim, a indústria brasileira exportava para lá a bebida com esse agrotóxico.
O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), comandada pelo Christian Lohbauer, admitiu que os Estados Unidos podem vetar a entrada de suco de laranja do Brasil.
O presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, afirmou que a indústria de suco de laranja foi "irresponsável" ao não informar os produtores sobre a proibição. "Se essa proibição ocorre desde 2009, é muita irresponsabilidade não haver um alerta ao produtor para que uma solução fosse discutida", disse.
Denúncia
Em agosto de 2011, 400 integrantes do MST ocuparam a Fazenda Santo Henrique, de 2,6 mil hectares, no município de Iaras, na região de Bauru.
Na época, o movimento apresentou ao Tribunal de Justiça Federal de São Paulo, ao Ministério Público Estadual e à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) denúncia de que "a Cutrale usa em larga escala, sem o devido controle, toda espécie de venenos, pesticidas e agrotóxicos, causando poluição das águas, rios, e especialmente poluindo o lençol freático que abastece o Aqüífero Guarani" (veja aqui).
A ocupação realizada no município de Iaras reivindicou a arrecadação da área para fins de Reforma Agrária e denuncia a indevida e criminosa utilização da área pela empresa Cutrale. A área utilizada pela Cutrale tem origem pública e, de acordo com a lei, deve ser destinada à Reforma Agrária.

¡Ya Basta, Yanquis de Mierda! Expulsado de Venezuela el Embajador Estadounidense en Apoyo a BOLIVIA.

Facebook Sergio Telles
El Presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez, anunció este jueves la expulsión del país del embajador de los Estados Unidos en Venezuela, Patrick Duddy, dándole un plazo de 72 horas para que salga de Venezuela.
"Comenzamos a evalúar las relaciones diplomáticas con ese país. Nos acaban de informar que Estados Unidos expulsó al embajador boliviano", dijo Chávez leyendo una noticia.
Continuó: "Y para que Bolivia sepa que no está sola, son las 7 y 15 minutos", dijo mirándose el reloj. "A partir de este momento, ¡tiene 72 horas el embajador yanqui en Caracas para salir de Venezuela! ¡En solidaridad con Bolivia, y el pueblo de Bolivia, y el pueblo de Bolivia!" También solicitó al Canciller Nicolás Maduro, el retiro del embajador venezolano en EEUU, Bernardo Álvarez. "Que se venga de una vez, antes que lo echen de allá".
"¡Váyanse al carajo yanquis de mierda, que aquí hay un pueblo digno! (...) Aquí estamos los hijos de Bolívar, los hijos de Guaicaipuro, los hijos de Tupac Amarú, y estamos resueltos a ser libres". Reiteró la intención del Gobierno venezolano de establecer relaciones con Estados Unidos en base a la solidaridad y la soberanía. "Cuando haya un nuevo Gobierno, mandaremos un nuevo embajador".
"Hago responsable de todo esto y lo que pueda ocurrir al gobierno de Estados Unidos, que anda detrás de todas las conspiraciones contra nuestros pueblos. Hago responsable al gobierno de Estados Unidos por el envío petrolero de Venezuela a aquel país. Si viniera alguna agresión contra Venezuela, pues no habrá petróleo para el pueblo ni para el gobierno de Estados Unidos. Nosotros, yanquis de mierda, sépanlo, estamos resueltos a ser libres, pase lo que pase y cueste lo que cueste."
Ratificó en una acto de masas celebrado en la ciudad de Puerto Cabello, que Venezuela es solidaria con el gobierno boliviano, que en estos momentos vive la violencia opositora. "No abandonaremos a la hija de Bolívar, Bolivia".
"Hemos comenzado a demoler el golpe, hay unos que se están yendo del país, ya hay personas detenidas"

São Paulo deslocada

Mair Pena Neto
Que São Paulo está politicamente deslocado do Brasil, todos já sabem. Porém, os sinais de doença social que vêm da maior cidade do país, aquela que deveria ser a nossa síntese, mas que se perdeu no caminho, são preocupantes. Do elitismo desenfreado, que rejeita estações de metrô em certos locais para evitar contato com "gente diferenciada", à ação truculenta do Estado na administração dos conflitos, seja de que natureza for, São Paulo externa tudo o que temos de pior e que precisamos rejeitar a cada dia para nos tornarmos um país cidadão.
Chega a parecer fora da realidade que estejamos nos deparando com uma política pública de um estado brasileiro de tratar um dos maiores flagelos sociais, o vício do crack, infligindo "dor e sofrimento". Devastados pela droga, os usuários, entre os quais mulheres e crianças, são tratados a bombas e tangidos como gado, de lá para cá, sem que se lhes aponte uma alternativa ou forma de tratamento.
Se alguma coisa acontecia no coração do compositor quando cruzava a Ipiranga e a Avenida São João, agora ele se depararia com hordas de zumbis, tratados a ferro e fogo por ordem do estado. Uma cena de envergonhar qualquer pessoa com um mínimo de sentimento de humanidade. E, ao menos até o momento, foram poucas as vozes que se levantaram contra a atrocidade. O silêncio de São Paulo diante da chacina do Carandiru está se repetindo. A cidade se mostra mais uma vez fria e indiferente ao destino dos desvalidos. Algumas reclamações devem surgir porque no ataque à Cracolândia, os dependentes já chegaram a Higienópolis, o higienista bairro da elite paulista que não gosta de quem não é da elite.
São Paulo resvala para o fascismo como estado policial. Para todos os seus problemas, a solução é a polícia. Sejam estudantes da USP, viciados em crack, e até mesmo os policiais quando se manifestam por melhores salários. O remédio é a força, que nada resolve. Essa política gera abuso sobre abusos. Como o do policial militar que em meio a uma conversa com estudantes da USP parte para cima de um deles e o agride com tapa no rosto e chega a puxar a arma diante do início de tumulto. E isso numa sala tranquila, com meia dúzia de pessoas. Imagine o comportamento desse policial em meio a um conflito de grandes proporções?
A maior metrópole do país vive em estado de neurose permanente. Condomínios nos bairros nobres determinam revistas aos próprios moradores. Já não basta viver trancafiado entre grades, distante da vida real, numa forma de convivência que é gênese de anomalias sociais. É preciso assegurar que se está seguro. E isso significa revistar os próprios vizinhos. O marido que provocou um acidente na noite do reveillon, matando sua mulher e o bebê que ela esperava, alega que avançou o sinal fechado por medo de um assalto. Verdade ou não, seu depoimento soa verossímil aos que vivem o clima de pavor que domina a cidade.
O estágio de insanidade e truculência de São Paulo nos pede uma reflexão. A cidade é parte de nós e, talvez, nosso maior espelho. Se o que há de desumano em nós se revela ali é para lá que temos que nos voltar agora. Para debater, ouvir, cobrar e propor mudanças que ajudem a transformar uma realidade que entristece a todos os brasileiros.

Mahmud Ahmadinejad: “Ha sido motivo de gran alegría para mí ver al Comandante Fidel”

El presidente de Irán, Mahmud Ahmadinejad, se marchó este jueves de Cuba rumbo a Ecuador...
El mandatario iraní fue despedido por Raúl Castro en el aeropuerto internacional de La Habana
El presidente de Irán, Mahmud Ahmadinejad, se marchó este jueves de Cuba rumbo a Ecuador, última escala de su gira latinoamericana, tras hablar con Fidel Castro y recibir apoyo del presidente Raúl Castro para el «uso pacífico de la energía nuclear», en medio de tensiones con Occidente por su programa atómico.
El mandatario iraní fue despedido por Raúl Castro en el aeropuerto internacional José Martí de La Habana y su vuelo hacia Quito despegó hacia las 08H25 locales (13H25 GMT), comprobaron periodistas de la AFP en el lugar.
"Hemos mantenido buenísimas reuniones con el Comandante Fidel Castro. Tratamos muchos temas, ha sido motivo de gran alegría para mí ver al Comandante Fidel sano y salvo», dijo Ahmadinejad a la prensa a través de un intérprete antes de abordar su avión.
«Vemos cómo él sigue todos los asuntos regionales, mundiales, internacionales con detalle», añadió.
Por su parte, Raúl Castro dijo que fue «una visita muy buena y fructífera» la que cumplió Ahmadinejad en la isla.
En su reunión del miércoles, Ahmadinejad y Raúl Castro "ratificaron el compromiso de ambos países por la defensa de la paz, el derecho internacional, los principios de la Carta de las Naciones Unidas, y del derecho de todos los estados al uso pacífico de la energía nuclear", dijo un comunicado oficial cubano.
El apoyo cubano al programa nuclear iraní se sumó al que obtuvo Ahmadinejad del mandatario venezolano Hugo Chávez en Caracas y del nicaragüense Daniel Ortega en Managua, etapas previas de su gira por naciones latinoamericanas con discurso hostil hacia Washington.
*GilsonSampaio

Patifão federal evangélico quer dinheiro do FGTS para construir templos religiosos 

 

 
Encontrando Jesus com Dinheiro do Trabalhador!
Daí que eu tava dando um tempo, tirando umas férias, mas esse povo não dorme em serviço. Além de aprovar destinação de recursos da Lei Rouanet para a música Gospel eu acabo de descobrir dois projetos supimpas do povo que tem alergia a pagar impostos (mas que não se furtar a querer benefícios quando interessa)Projeto de Lei 3044/2011do Deputado Federal Aguinaldo Ribeiro do PP/PBObjetivo: Financiar construção de templos religiosos com recursos do FGTS.
É isso mesmo, meu caro amigo trabalhador. O seu dinheiro do FGTS financiando as megalomanias, tipo Templo de Salomão, de Macedo e companhia. Né lindo?
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1o O art. 9º, §2º, da Lei nº. 8.036, de 11 de maio de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 9º
(..........)
§2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana e poderão ser aplicados também para construção de templos religiosos. As disponibilidades financeiras devem ser mantidas em volume que satisfaça as condições de liquidez e remuneração mínima necessária à preservação do poder aquisitivo da moeda.
(..........)
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Mas perai que melhora…ou piora, na verdade
Não contente de financiar templos religiosos com dinheiro do FGTS do trabalhador, o deputado Aguinaldo Ribeiro do PP/PB pretende que nessas construções as igrejas fiquem isentas de pagar a Previdência Social! Quer dizer, amigo trabalhador, que você será lesado DUAS VEZES, com uma benção só!
PL 3045/2011
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º As entidades religiosas ficam isentas do pagamento da contribuição de financiamento da seguridade social, a que se refere o art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, com a redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, relativamente às remunerações pagas, devidas ou creditadas, em virtude de obras de construção de templos ou da sede social.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
Depois não digam que eu não avisei!
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O Ornitorrinco Ateu, declara-se cada dia mais estupefacto diante da inacreditável voracidade dessa gente.
Constituem autêntica nuvem de gafanhotos bíblicos.
*GilsonSampaio

Galeano: “No hay quien pueda con la capacidad de contagio que tiene la indignación”

 do Otro Urugay es Posible
El escritor uruguayo Eduardo Galeano afirmó este jueves que la neutralidad es imposible en un mundo que se divide entre indignos e indignados.

Eduardo Galeano
"O se es indigno o indignado”, recalcó en breve diálogo con la prensa a su llegada a La Habana, tras más de 10 años de ausencia, invitado por la Casa de las Américas para inaugurar el 53 Premio Literario el próximo lunes.
"La crisis que sufre el planeta ha llevado a muchos a aceptar lo inaceptable obligándolos a la indignidad. Es por eso, que surgen movimientos, como el de los indignados, que de pronto se vuelven peligrosamente contagiosos en todos los países”.
“No hay quien pueda con la capacidad de contagio que tiene la indignación”, subrayó refiriéndose a los movimientos sociales surgidos en varias naciones para expresar sus reclamos en protesta contra la desigualdad y el desempleo.
A su juicio en todas partes se respira una energía de cambios que busca manifestarse. Las izquierdas, opinó, “están en todos lados. Los procesos de cambios que de veras se dan, crecen lentamente de abajo hacia arriba y de adentro hacia fuera. A veces son silenciosos, casi secretos, pero existen en todas partes”.
“Vuelvo a Cuba sin haberme ido porque esta isla siguió siempre viva dentro de mi, en mis palabras, en mis actos y mi memoria, una memoria viva de todo lo que de ella recibí”, aseveró.
“Nunca oculté mi admiración por esta Revolución, ejemplo de dignidad nacional y solidaridad en un mundo donde el patriotismo es un derecho negado a los países pequeños y pobres”, destacó.
“Nunca conocí en mi vida un país tan solidario como este, ninguna Revolución tan ofrendada a los demás como esta”, expresó.
Al referirse a su relación con Casa de las Américas, “mi Casa”, dijo, destacó que en los inicios fue un amor poco correspondido. “Recuerdo como escribí Las venas abiertas… para llegar a tiempo al concurso literario. Tanto esfuerzo y perdí en el certamen”, rememoró.
Laureado luego en tres ocasiones, regresa a la institución para presentar su libro Espejos, una historia casi universal, Premio Honorífico de Narrativa José María Arguedas 2011.
Es un texto, comentó, “en el que ofrezco una tentativa de ayudar a la recuperación del arcoiris terrestre que contiene más colores y fulgores que el celeste”.
“Quería ayudar a recuperar esos colores perdidos porque estamos ciegos, mutilados por una largísima tradición de racismo, de machismo, elitismo, de militarismo y de otros ismos que nos impiden descubrirnos en toda la plenitud de nuestra belleza posible”, apuntó.
A una pregunta sobre si creía que el presidente estadounidense, Barack Obama, había leído su libro Las venas abiertas de América Latina, que el gobernante venezolano, Hugo Chávez, le obsequió en 2009, durante la Cumbre de Trinidad y Tobago, respondió que fue un acto simbólico.
“No creo que lo haya leído. Fue una manera de decirle a Obama que existen otras voces distintas a las que esta acostumbrado a oír de sus asesores”, añadió.
Sobre cómo ve a América Latina expresó que hoy está caminando. “Yo también camino, caminar es un ejercicio imprescindible, creo que las ciudades se conocen o se reconocen con los pies, se leen con los pies”.
“Lo mismo ocurre con los procesos colectivos”, agregó, “cuando se viven como se deben vivir las cosas, se camina, se anda. Así uno entra en otro”, concluyó.
Prensa Latina

Charge do Dia

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Guerra dos EUA e Israel contra o Irã já começou, avaliam especialistas

Especialistas militares avaliaram, nesta quinta-feira, que a guerra entre o Irã e os EUA já começou, a julgar pelo movimento de tropas na região e os últimos acontecimentos no cenário montado pelas nações ocidentais no Golfo Pérsico. Fontes ouvidas pela agência espanhola de notícias RicTVatestam que, agora, “é apenas uma questão de horas para o início do conflito armado”. A morte do cientista iraniano em um atentado foi, segundo analistas, um ponto decisivo para o agravamento do quadro de confronto entre as forças norte-americanas, israelenses e do Irã.
A morte de Mostafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, engenheiro nuclear iraniano, em um atentado a bomba, nesta quarta-feira, provocou uma onda de revolta em Teerã contra Israel, o principal suspeito, e contra os Estados Unidos, que afirmaram não ter qualquer ligação com o atentado. A edição desta quinta-feira dos principais jornais iranianos pede represálias imediatas contra ambos os países.
“Sob a lei internacional é legal executar represálias com o assassinato do cientista nuclear”, afirma o jornal iraniano Keyhan, em um editorial. “A República Islâmica conquistou muita experiência em 32 anos. Portanto, é possível assassinar autoridades e militares israelenses”, completa o texto. O assassinato domina o noticiário naquele país e muitos criticaram o que chamaram de silêncio do Ocidente sobre as mortes. Os jornais mais radicais pedem, inclusive, uma ação secreta contra Israel.
Ainda prudente em seus pronunciamentos, o governo iraniano disfarça a irritação com o episódio mas garante que obteve provas de que “interesses estrangeiros” estavam por trás da morte do cientista Roshan, subdiretor da central de enriquecimento de urânio de Natanz. Ele morreu quando dois homens, em uma motocicleta, pararam ao lado do automóvel do cientista, retido em um engarrafamento em Teerã, e colocaram uma bomba magnética na porta, após o que se ouviu uma forte explosão.
A bomba também matou o motorista e o segurança de Ahmadi Roshan, enquanto um terceiro ocupante do carro, um modelo Peugeot 405, ficou ferido. O ataque foi similar a outros quatro que aconteceram em Teerã nos últimos dois anos. Três cientistas, incluindo dois que também trabalhavam no programa nuclear iraniano, morreram, enquanto outro – que agora dirige a Agência de Energia Atômica do Irã – escapou por pouco tempo de um atentado.
Capitalismo em declínio
Ahmadinejad
Ao lado do presidente cubano, Raúl Castro, o dirigente iraniano Mahmoud Ahmadinejad passa em revista às tropas
Pomo da discórdia entre o Irã, Israel e os EUA, a energia nuclear foi o tema central dos pronunciamentos realizados em Havana, na noite passada, durante a recepção ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejadpromovida pelo presidente cubano, Raúl Castro. Ambos defenderam o direito de todos os países ao uso pacífico da energia nuclear, no clímax da escalada militar em curso na região do Golfo Pérsico.
Os dois governantes “ratificaram o compromisso dos dois países na defesa da paz, do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas, assim como do direito de todos os Estados ao uso pacífico da energia nuclear”, afirma um comunicado oficial.
O apoio cubano ao programa nuclear iraniano foi anunciado na mesma semana em que os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram o mesmo. De acordo com a nota oficial, durante o encontro no Palácio da Revolução de Havana, Raúl Castro e Ahmadinejadconversaram sobre “o excelente estado das relações bilaterais e temas do âmbito internacional”.
– Estamos observando que o sistema capitalista está em decadência, em diferentes cenários, como em um beco sem saída, e é necessária uma nova ordem, uma nova visão, que respeite todos os seres humanos, um pensamento baseado na justiça. Quando já lhe falta lógica recorrem às armas para matar e destruir. Hoje em dia a única opção que restou ao sistema capitalista é matar – disse Ahmadinejad, em uma conferência na Universidade de Havana, onde recebeu o título Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas.
Ahmadinejad reivindicou uma nova ordem mundial baseada na justiça e que respeite todos os seres humanos e encorajou Cuba e seus universitários a trabalharem ao lado de seu país para criá-la.
– Temos que estar alertas. Se nós não planejamos a nova ordem no mundo, serão os herdeiros dos donos de escravos e os capitalistas a controlar e impor o novo sistema – afirmou.
Questão de horas
Irã
O USS Nimitz posiciona-se ao largo, na costa do Irã, de onde passa a exercer uma ação predatória mais eficaz
Enquanto Ahmadinejad se movimenta pela América Latina, em busca de uma sólida aliança com países socialistas da região, o porta-aviões da classeNimitz, modernizado e com armas mais letais se posiciona próximo ao Estreito de Ormuz. Nos últimos dias, os EUA trasladaram um grupo de militares especializados em desembarque e um batalhão inteiro de marines. A tropa segue embarcada nos navios anfíbiosMakin Island, New Orleans e Pearl Harbor. Soma-se à força naval uma esquadrilha reforçada de helicópteros e um batalhão de retaguarda. As informações foram divulgadas, nesta manhã, pela RicTV.
A agência acrescenta que o serviço de comunicações da Armada norte-americana comunicou que a principal função do novo grupo de combate, encabeçado pelo super porta-aviões é apoiar o exército em suas operações no Afeganistão e participar de manobras internacionais na região. Especialistas ouvidos, no entanto, advertem que o aumento no número de embarcações dos EUA nas costas do Irã é um fator marcante para o aumento da tensão entre os dois países, com desfecho previsto em questão de horas. Fernando Bazán, um dos analistas internacionais, em entrevista aos jornalistas, aponta a escalada do poderio armamentista dos EUA no Mar Arábico.
– De um lado, Washington envia cada vez mais navios de guerra para a região por sua preocupação com o avanço da produção nuclear iraniana, ainda mais depois que Teerã confirmou a produção de urânio enriquecido a 20% em uma instalação subterrânea. De outra parte, o Irã é um dos países mais importantes na política regional e pode influir na maioria dos processos em curso no Oriente Médio, com apoio aos grupos xiitas – afirmou Bazán.
Além do USS Nimitz, o vespeiro em que se encontra o Estreito de Ormuz contará, nos próximos dias, com a presença de um grupo de combate da V Frota Marítima, encabeçado pelo porta-aviões Carl Vinson, com aeronaves a bordo. Estes equipamentos se somam a um outro grupo de navios de guerra estacionado na região desde dezembro último. Estas belonaves já haviam passado pelo Estreito de Ormuz, na divisa entre o Mar de Omán e o Golfo de Áden, por onde circulam 40% do tráfego mundial de petróleo.
*correiodoBrasil