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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, janeiro 28, 2012
Ahmadinejad: Israel não estará a salvo, se a Siria sofrer uma agressão externa
do Somos Todos Palestinos
Teerãn
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, destacou que Israel não estará a salvo, se a Síria sofrer qualquer agressão externa.
Ahmadinejad
em um discurso pronunciado na província de Kerman,insistiu que aos
Estados Unidos buscam golpear a Síria, porque a consideram como um
obstáculo frente ao projeto estadunidense e sionista na região, todavia
os povos do Oriente estão conscientes e Israel não estará imune ao
perigo, se a Síria for golpeada.
Da mesma forma,
denunciou que o governo dos EE.UU. divulgam propagandas falsas a fim de
lograr seus objetivos na região, e apoiam alguns dos países da região,
sempre e quando estes países sirvam às políticas expansionistas dos
EE.UU., afirmando que todos estes métodos fracassarão, porque os Estados
Unidos não podem mudar a situação da região a favor de seus interesses.
Yamil Kassawat
“O que posso dizer é que os judeus que vivem nos países árabes e no Iran, vivem melhor do que os judeus que vivem em Israel”
Via Bourdoukan
De um judeu israelense
Recebo a visita de um leitor “judeu israelense”.
As aspas são para ressaltar que a expressão é dele mesmo.
Muito simpático e falante está no Brasil em visita a parentes, meus amigos e leitores do blog.
Trazia alguns exemplares da Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo e Revista Veja.
Queria saber qual era a minha opinião sobre “esse tipo de mídia”.
Ele nem esperou a resposta e foi logo dizendo que jamais vira um comportamento tão unânime da mídia.
-São
mais radicais que a mídia israelense em relação à Questão Palestina,
falou. Essa mídia me lembra o comportamento da mídia nazista durante a
perseguição aos judeus.
Me perguntou se os jornalistas brasileiros aprendem História na escola ou se cursam faculdade.
Digo
que não adianta perder tempo com os jornalistas porque escrevem o que
escrevem não por falta de conhecimento, mas por medo de perder o
emprego.
E também porque alguns são ideologicamente nazistas ou simpatizantes.
A
conversa durou algumas horas. Tratamos do sionismo, do fundamentalismo
cristão que aos poucos vai se alastrando pelos Estados Unidos e
Ocidente, do Iran, das divergências entre sunitas e xiitas, da enganosa
“Primavera Árabe” e, claro, da Síria, onde vivem alguns parentes seus.
-Até agora não tiveram problemas, ele disse, mas se Israel ou os Estados Unidos invadirem o país, ninguém vai estar salvo.
E finalizou a nossa conversa.
-O que posso dizer é que os judeus que vivem nos países árabes e no Iran, vivem melhor do que os judeus que vivem em Israel.
Veja bem que eu disso os judeus e não os sionistas.
*GilsonSampaio
sexta-feira, janeiro 27, 2012
Tucanos/SP: casa é boa. Pobre é que estraga
Saiu no R7 artigo de Ricardo Kotscho:
CDHU: casa é boa, pobre é que estraga
O sonho da casa própria está
virando um pesadelo para as famílias do conjunto habitacional Paulo
Gomes Romeo, em Ribeirão Preto, interior paulista. As cerca de 200 casas
populares, entregues pelo governador Geraldo Alckmin em dezembro,
apresentam variadas falhas de construção, mas mesmo assim foram ocupadas
pelos moradores contemplados.
Após receber muitas queixas, o
diretor regional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e
Urbano), Milton Vieira de Souza Leite, foi fazer uma inspeção na manhã
de quinta-feira para ver o que estava acontecendo. E chegou a uma
inacreditável conclusão: as casas são boas, os pobres que foram morar
nelas é que estão estragando tudo.
“A gente conhece o nível de
educação dos moradores. O pessoal veio da favela. Não está acostumado a
viver em casa”, afirmou o sábio, em entrevista gravada pela repórter
Gabriela Yamada e publicada na Folha desta sexta-feira.
E disse mais: “Você não consegue
mudar a educação delas somente mudando de local”. Para ele, seria
necessário um trabalho social a longo prazo para ensiná-las a morar numa
casa.
Entre outras barbaridades, Souza Leite insinuou que, além de ignorantes, os moradores são tarados e vagabundos.
Ao falar do caso de uma moradora
que reclamou da pia da cozinha ter caído ao colocar sobre ela uma cesta
básica, resolveu fazer graça, como relata a repórter:
“O que ela foi comer era outra
coisa, disse, insinuando que a pia caiu durante uma relação sexual. Mais
adiante, ao encontrar moradores dormindo, saiu-se com essa: Você viu?
Não sei se eles estavam dormindo porque trabalharam à noite ou porque
continuam sem fazer nada”.
O dirigente da CDHU também
responsabilizou os moradores pelas fissuras encontradas em volta de
portas e janelas: “As portas são fixas com bucha. A camada de
revestimento é muito pequena, e a forma como vai batendo a porta, em uso
comum, vai provocar uma fissura”.
Ao final da inspeção, Souza Leite
procurou tranquilizar os moradores, garantindo que as casas do
recém-inaugurado conjunto Paulo Gomes Romeo não correm risco de desabar.
Menos mal.
Até o momento em que escrevo este
texto, não há notícias de que o diretor regional Milton Vieira de Souza
Leite tenha sido demitido do cargo.
Uma coisa é certa: os últimos
acontecimentos em São Paulo estão mostrando que não se trata de
eventuais acidentes de percurso de uma administração pública, mas de um
método. A culpa é sempre dos pobres.
A política “policial-higienista”,
que já “limpou” as áreas da Cracolândia e do Pinheirinho, agora
encontrou os responsáveis pelas casas populares com defeito: os seus
moradores. Espera-se que a PM não seja chamada para resolver o problema.
*PHA
Dilma espinafra
ideologia de FHC
Foi no Fórum Social de Porto Alegre.
A Presidenta preferiu não ir a Davos.
Para quem leva a sério os salamaleques e as piruetas da boa educação, quando se trata de assunto sério, a Presidenta traça uma linha no chão e mostra: Cerra e FHC, que aplicaram ao Brasil a ideologia e o preconceito social embutidos no neolibelismo (*) estão do outro lado.
*PHA
Vale é eleita a pior empresa do mundo
Via MST
Após
21 dias de acirrada disputa, a mineradora brasileira Vale foi eleita,
nesta quinta, 26, a pior corporação do mundo no Public Eye Awards,
conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em
2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa vencedora, escolhida
por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e
trabalhistas, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de
Davos.
Este ano, a Vale concorreu com as
empresas Barclays, Freeport, Samsung, Syngenta e Tepco. Nos últimos
dias da votação, a Vale e a japonesa Tepco, responsável pelo desastre
nuclear de Fukushima, se revesaram no primeiro lugar da disputa, vencida
com 25.041 votos pela mineradora brasileira.
De
acordo com as entidades que indicaram a Vale para o Public Eye Award
2012 – a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale
(International Network of People Affected by Vale), representada pela
organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, e as ONGs Amazon Watch e
International Rivers, parceiras do Movimento Xingu Vivo para Sempre,
que luta contra a usina de Belo Monte -, o fato de a Vale ser uma
multinacional presente em 38 países e com impactos espalhados pelo
mundo, ampliou o número de votantes.
Já para os
organizadores do prêmio, Greenpeace Suíça e Declaração de Berna, a
entrada da empresa, em meados de 2010, no Consórcio Norte Energia SA,
empreendimento responsável pela construção de Belo Monte, foi um fator
determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas do Public
Eye deste ano.
A vitória da Vale foi comemorada
no Brasil por dezenas de organizações que atuam em regiões afetadas pela
Vale. “Para as milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, que sofrem
com os desmandos desta multinacional, que foram desalojadas, perderam
casas e terras, que tiveram amigos e parentes mortos nos trilhos da
ferrovia Carajás, que sofreram perseguição política, que foram ameaçadas
por capangas e pistoleiros, que ficaram doentes, tiveram filhos e
filhas explorados/as, foram demitidas, sofrem com péssimas condições de
trabalho e remuneração, e tantos outros impactos, conceder à Vale o
titulo de pior corporação do mundo é muito mais que vencer um premio. É a
chance de expor aos olhos do planeta seus sofrimentos, e trazer
centenas de novos atores e forças para a luta pelos seus direitos e
contra os desmandos cometidos pela empresa”, afirmaram as entidades que
encabeçaram a campanha contra a mineradora. Em um hotsite criado para
divulgar a candidatura da Vale, forma listados alguns dos principais
problemas de empreendimentos da empresa no Brasil e no exterior.
Coletiva
No
Brasil, as entidade Rede Justiça nos Trilhos, Núcleo Amigos da Terra
Brasil, International Rivers e MST farão uma coletiva de imprensa sobre o
premio nesta sexta, 27, ás 12:00 h, na Casa de Cultura Mário Quintana,
em Porto Alegre.
Já em Davos, Suíça, também ao
meio dia (horário local), os organizadores do Public Eye, Declaração de
Berna e Greenpeace Suíça, farão a entrega do premio durante uma coletiva
no Fórum Econômico Mundial, que contará com a presença do economista
americano e vencedor do Premio Nobel, Joseph Stiglitz.
*Gilsonsampaio
O “desinteressado apoio” de Soninha Francine ao PSDB
Via Ranzinzices
Soninha Francine publicou (clique
aqui) mais uma de suas tradicionais imbecilidades, ao classificar os ex-moradores
do Pinheirinho como “criminosos e aproveitadores”. Não é de hoje que todos conhecem
o aguerrimento com o qual a moça defende, com unhas e dentes (mais dentes), o PSDB
(especialmente José Serra, mas, com a imbecilidade de hoje, Geraldo Alckmin).
Pois bem. Consulta simples e rápida
no Portal da
Transparência do governo de São Paulo faz com que notemos que todo esse apoio
é absolutamente desinteressado, lastreado unicamente em convicções ideológicas e
no conteúdo programático tucano.
Observe:
1. Nome: Neide Ferreira Gaspar.
Parentesco com Soninha
Francine: mãe.
Cargo: Assistente
Técnico de Gabinete I
Órgão: Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo
Vínculo: cargo em
comissão (livre nomeação, sem concurso público)
Vencimentos mensais:
R$3.388,00
2. Nome: Sarah Marmo Azzari.
Parentesco com Soninha
Francine: filha.
Cargo: Diretor I
Órgão: Secretaria
da Cultura do Estado de São Paulo
Vínculo: cargo em
comissão (livre nomeação, sem concurso público)
Vencimentos mensais:
R$3.061,90
3. Nome: Rachel Marmo Azzari Domenichelli.
Parentesco com Soninha
Francine: filha.
Cargo: Assistente
Técnico Coordenador
Órgão: Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Vínculo: cargo em
comissão (livre nomeação, sem concurso público)
Vencimentos mensais:
R$5.570,77
P.S.: Os vencimentos informados são
os que constam do Portal Transparência, não sendo improvável que a remuneração efetiva
seja “vitaminada” com diárias e afins.
*limpinhoecheiroso
Dilma:“Desenvolvimento será associado à sustentabilidade”
Durante toda a quinta-feira (26), a presidenta Dilma Rousseff cumpriu
agenda oficial no Rio Grande do Sul. Nas participações do Fórum Social
Temático 2012, Dilma teve um grande diálogo com os movimentos sociais e
participantes do fórum, no Ginásio Gigantinho.
Ela defendeu a visão do seu governo sobre sustentabilidade e disse qual
está sendo a postura do Brasil em relação ao tema no cenário
internacional.
*Oterrordonordeste
Dilma: "Pinheirinho é barbárie"
André Barrocal
A presidenta Dilma Rousseff classificou de “barbárie” a operação de
despejo de 1,6 mil famílias sem teto da área do Pinheirinho, em São José
dos Campos (SP), no último domingo (22). Dilma comentou o episódio
nesta quinta-feira (26) em reunião com cerca de 90 representantes do
comitê internacional do Fórum Social Mundial, em um hotel na capital
gaúcha.
A presidenta foi provocada a tocar no assunto pelo empresário Oded
Grajew, ex-presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade Social,
segundo relato feito à reportagem por uma pessoa presente à reunião. O
empresário entregou a Dilma um documento sobre direito à moradia escrito
por entidades populares que atuam na área.
Em resposta, a presidenta criticou duramente o que aconteceu, embora,
segundo este participante, não tenha culpado ninguém especificamente.
“Pinheirinho é barbárie”, disse a presidenta de acordo com relato de um
outro participante da reunião.
Segundo Dilma, o governo federal foi surpreendido, pois participava de
negociações para um desfecho amigável e em nenhum momento a hipótese de
despejo teria sido colocada concretamente – as outras autoridades na
mesa de negociação eram de São Paulo e São José dos Campos.
A presidenta teria dito, porém, apesar de discordar do que ocorreu, o
governo federal não tem muito o que fazer, pois respeita as demais
autoridades – no caso, o governo de São Paulo e a prefeitura de São José
dos Campos, ambos comandados pelo PSDB, e a Justiça paulista.
Na véspera, depois de participar de uma atividade no Fórum Social
Temático, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, tinha
adotado a mesma posição de Dilma. Demarcou a posição diferenciada do
governo federal, mas dizendo que se deve respeita as instituições
paulistas. “Nós da área dos direitos humanos somos naturalmente a favor
de soluções pactuadas”, afirmou a ministra. “O governo federal ainda
está aberto a negociar.”
*esquerdopata
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