Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, fevereiro 04, 2012
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
PSDB convoca “militantes” para bater em quem protestar perto do governador de SP
Estamos em época de eleição. O
governador Geraldo Alckmin,decidiu que não fica bem mandar a polícia
bater em manifestantes,pelo menos esnquanto ele estiver perto. A
tucanada achou um jeito de por o povo para brigar. Juntou seus
seguidores...e o pau vai quebrar!!
Segundo a Folha, Um membro da
executiva municipal do PSDB de São Paulo convocou mais de 800 filiados
do partido na zona leste da cidade a "defender" o governador Geraldo
Alckmin de manifestantes neste sábado, quando ele cumprirá agenda na
região.
"Vamos todos pra lá, tucanada. Bateu, levou e não tem conversa", afirma Edson Marques, o tucano que assina o e-mail.
Ele compara Alckmin a Covas.
"Foi assim que acabamos com a patifaria contra o Covas em 2000. Nos
juntamos, mobilizamos a velha e aguerrida tropa de choque e partimos pro
pau", descreve o militante no e-mail.
A mobilização é uma resposta aos
protestos organizados nas últimas duas semanas contra ações do governo
no Pinheirinho, em São José dos Campos, na cracolândia e na USP
(Universidade de São Paulo).
Segundo Marques, tucanos do
Jardim Helena souberam que integrantes do PSTU, PSOL e PT organizavam
protesto para a agenda amanhã. "Eles podem protestar, mas não vamos
permitir que encostem um dedo no nosso governador. Se o fizerem, terão
resposta a alrura", disse.
O presidente municipal do PSDB,
Julio Semeghini, disse que o e-mail enviado por Marques não representa a
posição do partido. "É uma manifestação pessoal dele. Somos contra
qualquer tipo de incitação à violência. Não queremos esse tipo de
coisa", afirmou.
*osamigosdopresidentelula
Alckmin escracha: aparece denúncia de PM estuprando no Pinheirinho
Suplicy denuncia atrocidades, inclusive abuso sexual por PM
Já não aguento mais ver a mesma cara do governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) aparecer no Jornal Nacional dizendo: "será rigorosamente apurado"... quando uma violência contra cidadãos ou corrupção vira escândalo.
Já vi dezenas de vezes. Os meses e os anos passam e o assunto é
engavetado. Ninguém sabe, ninguém viu qual foi o resultado da
"apuração".
A cada atrocidade do Estado varrida para baixo do tapete, impera a impunidade.
Quando um governador fala fino e não mostra, em alto e bom som, punição exemplar, deixa a mensagem de que o crime compensa.
Impunes, os maus policiais entendem que a fala fina é a senha para
continuar "escrachando" à vontade, contanto que seja na calada da
noite. Espancam, torturam, abusam, julgam, condenam, executam,
desaparecem, extorquem, impõem o terror e o silêncio sobre a população
vulnerável.
O resultado de anos e anos de palavras ao vento do governador tucano no Jornal Nacional está aí:
Em tempo: Com o Senador Suplicy (PT/SP) falando na tribuna do Senado e
um depoimento oficial destes, ao Ministério Público, nem a Folha
demotucana consegue deixar de publicar.
*osamigosdopresidentelula
Zé Celso questiona decisão de Chico de vetar encenação de 'Roda Viva'
Musical de 1968 é um dos acontecimentos mais importantes da cultura brasileira
Escrito
pelo compositor Chico Buarque e levado aos palcos em janeiro de 1968
pelo encenador José Celso Martinez Corrêa, o musical Roda Viva é visto
como um dos mitos fundadores da cultura brasileira contemporânea. Ainda
assim, pouquíssimos brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer o
texto da peça e presenciar uma montagem sua. Chico tem vetado qualquer
reencarnação de Roda Viva. Lançado em 1968 pela (extinta) Editora Sabiá,
dos escritores Fernando Sabino e Rubem Braga, o texto também está fora
de catálogo há décadas.
"Há
um tabu social por trás disso, uma coisa que precisa ser mexida",
provoca Zé Celso. "É um resquício da ditadura, uma sequela, uma doença. O
fato de Chico não publicar e não deixar montarr é muito estranho."
O que parece ser uma autocensura de Chico com relação a Roda Viva
soa desconcertante porque se trata de um herói pop da resistência à
ditadura militar, ele próprio censurado repetidas vezes pelo regime. O
autor de Sabiá (1968), Apesar de Você (1970) e Cálice (1973)
não dá detalhes sobre o que motiva a interdição, mas reconhece o veto
falando por intermédio de seu assessor de imprensa, Mario Canivello. "A
justificativa do Chico é simples: ele considera que as deficiências do
texto ficam ainda mais evidentes à medida que o tempo passa. Houve um
caso em que, se a memória não me trai, alunos da universidade UniRio
tentaram colocar em cartaz uma montagem acadêmica da peça. Só esqueceram
o pequeno detalhe de que precisavam antes do consentimento do autor",
afirma Canivello.
"Falei com Marieta Severo, ela
diz que Chico acha a peça horrível, fraca", conta Zé Celso,
referindo-se à ex-mulher do artista, que interpretou a protagonista
feminina de Roda Viva no Teatro Princesa Isabel, no Rio. "Não é
suficiente, não se proíbe uma peça porque ela é fraca ou horrível. O
artista não pode proibir a própria obra. Quer dizer, pode, se quiser,
mas Chico, um sujeito ligado ao lado libertário, não pode."
Dirigida
por Patrícia Zambiroli, a peça da UniRio a que Canivello se refere
estrearia no Teatro Glória, em 2005, mas o autor não liberou. Outro que
emperrou em Roda Viva foi Heron Coelho, que já havia reencenado os musicais buarquianos Gota d’Água (1975), em 2006, e Calabar - O Elogio da Traição
(1973), em 2008. "Por critérios particulares do querido Chico, atendi
ao pedido de não levar adiante o projeto, que estava avançado", admite
Heron, cuidadoso. "Cancelei a montagem e passei adiante o patrocínio que
tinha."
Roda Viva ficou
eternizada como uma montagem de alto teor político, principalmente por
causa dos episódios que marcaram duas encenações em 1968. Em 17 de
julho, numa ação batizada "Quadrado Morto", o Comando de Caça aos
Comunistas (CCC) invadiu o Teatro Galpão, de Ruth Escobar, onde ocorria a
montagem paulistana da peça. Depredaram o espaço, despiram e espancaram
o elenco, que incluía Rodrigo Santiago, Marília Pêra (no papel que fora
de Marieta), Antônio Pedro e Paulo César Pereio. A agressão se repetiu
em 3 de outubro, em Porto Alegre, dessa vez por ação direta do Exército
brasileiro, segundo Zé Celso. Roda Viva morreu ali, dois meses antes do
AI-5.
"Hoje,
eu voltaria a fazer Roda Viva, de birra. Deveria ser remontada, porque
fez uma revolução no teatro brasileiro", diz Zé Celso. "Chico vinha de
uma formação muito tradicionalista, os Buarque de Holanda eram muito
religiosos. A peça não tinha nu, mas ainda assim ele pediu: ‘Olha,
Marieta não pode ficar nua’. Voltar a Roda Viva talvez fosse
libertador, porque deve ter um trauma. Diziam na época que a peça era
minha, que era alienada. Ele acreditou nisso", afirma. Zé Celso também
questiona a suposição de que a indisposição atual do autor com a face
"política" de sua obra explica sua guerra pessoal contra a peça,
estreada quando ele tinha 23 anos.
"Roda Viva é constantemente supervalorizada na obra do Chico", opina o historiador Gustavo Alonso, autor do livro ensaístico Simonal - Quem Não Tem Swing Morre com a Boca Cheia de Formiga"
(Record, 2011), em que tece considerações sobre a construção da imagem
pública de Chico como herói da resistência esquerdista. "Não é um texto
político, é uma crítica à jovem guarda", Alonso afirma.
A
preocupação central de Chico à época era criticar as engrenagens da
produção de ídolos pop - podia estar se referindo a Roberto Carlos ou
mesmo a si próprio. "Ele trata das metamorfoses a que a máquina de
marketing obriga Benedito da Silva, que se transforma em Ben Silver, um
ídolo de iê-iê-iê", evoca Zé Celso. "Mas o personagem fica ultrapassado
porque vem a linha da música brasileira, é quando canta Roda Viva.
Em seguida, surge a turma de Geraldo Vandré, da militância, da música
ideológica. E depois é comido pela máquina. É obrigado a se suicidar, e a
mulher dele, Marieta, toma seu lugar, vira uma coisa parecida com
Caetano Veloso, mas mais pro hippie."
Zé Celso
credita ao coro de Roda Viva grande parte do sucesso da peça em 1968.
"Era toda uma fauna inédita, tinha negro, gay, mulher, gente feia, gente
bonita, cientista, ambientalista. De repente, caíam em cima daquele
público supercareta do início de 1968. Era um estupro, um estupro com
exaltação." Entre os atores do coro, estavam Pedro Paulo Rangel, Zezé
Motta e André Valli. "Nós começamos isso no Brasil. Foi um ano antes de
Hair, que não é nada diante de Roda Viva. O Brasil nesse sentido foi vanguarda, porque tudo começou a explodir aqui em 1967. No resto do mundo explodiu em 1968."
*GilsonSampaio
Alckmin escancara: Programação da TV do governo paulista passa a ser feita pelo PIG.
Sem edital de seleção pública, a TV entregou horários em sua grade de
programação para a versão televisiva de jornais demotucanos escolhidos a
dedo (Folha e Estadão) e para a revista Veja. Leia mais na Rede Brasil Atual.
*osamigosdopresidentelula
Dilma se compromete
com a Ley de Medios
Saiu na publicação especializada Teletime:
Revisão do regulamento da radiodifusão, de 1963, será concluída este ano, diz Dilma
Mensagem da presidenta Dilma
Rousseff ao Congresso Nacional estima que será concluída este ano a
revisão do Regulamento de Serviços de Radiodifusão, que é de 1963. O
objetivo é “integrar em um único regulamento os procedimentos relativos a
todos os serviços de radiodifusão, seus ancilares e auxiliares, bem
como outras evoluções visando à simplificação dos processos de outorga e
pós-outorga”.
Em relação ao novo marco legal
da mídia, faz apenas uma menção rápida no sentido de “prosseguir com as
ações voltadas à atualização do marco legal das comunicações
eletrônicas”. Em relação às rádios comunitárias, a mensagem menciona o
Plano Nacional de Outorgas de Radiodifusão Comunitária que permitiu a
abertura de avisos de habilitação a 431 Municípios que ainda não
possuíam emissoras comunitárias.
TV Digital
De acordo com a mensagem, cerca
de 45% das emissoras analógicas já foram consignadas a operar,
simultaneamente, em tecnologia digital e quase 10% das emissoras já
foram licenciadas na nova tecnologia. No intuito de acelerar ainda mais a
digitalização da televisão no Brasil, principalmente em razão dos
grandes eventos esportivos, foi designado, em novembro de 2011, um grupo
de trabalho destinado especificamente aos processos de consignação e
licenciamento das estações digitais.
Sobre a adoção do Ginga, campo
onde o governo trava uma disputa com a indústria na definição do
percentual de adoção obrigatória, a mensagem diz que o processo
encontra-se em fase de conclusão.
Sobre a Mensagem ao Congresso, leia “Por que Dilma é (sempre) a bola da vez”.
Vamos trabalhar, Bernardo !
Já assistiu à “safadeza edredônica” do Boninho ?Vai tomar alguma providência ?
Paulo Henrique Amorim
Assinar:
Postagens (Atom)