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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Lula vence mais uma batalha. Ele está curado do câncer
Lula acaba de receber [8/2] de seus médicos a notícia de que seu
câncer regrediu brutalmente. A informação ainda não é pública e o tratamento irá
continuar, mas o ex-presidente já sabe que vai sair dessa.
Via Brasil 247 e lido no Pragmatismo
Político
O ex-presidente Lula está curado.
O câncer de garganta regrediu fortemente, informaram ao ex-presidente os integrantes
da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, que o acompanha. A informação ainda
não é pública, mas já começa a circular entre os amigos e correligionários mais
próximos a ele.
O tratamento irá continuar, mas os
médicos afirmaram a Lula ter certeza de que não há hipótese de inversão na tendência
de desaparecimento do tumor, atacado com quimio e radioterapias.
Lula foi diagnosticado com um tumor
na laringe em novembro de 2011. Ele passou por três sessões de quimioterapia, com
pausas de 20 em 20 dias.
Os ciclos de radioterapia foram iniciados
em 04 de janeiro deste ano e têm duração de seis a sete semanas. Já nas primeiras
semanas da radioterapia, o ex-presidente voltou a despachar na sede de seu Instituto.
Neste momento, faltam oito sessões
para de radioterapia, mas os médicos garantem que não há problema de inversão no
processo de regressão do tumor.
*limpinhoecheiroso
PM: Entulho autoritário
Pesadelo difícil de acabar... |
Crise na Bahia: papel da PM precisa ser revisto, dizem especialistas
Violência de policiais militares em greve por reajuste salarial na Bahia reabre debate sobre necessidade, organização e atuação de segurança pública fardada. Segundo sociólogo especializado em PM, caso expõe ‘crise estrutural’ das polícias no Brasil. Para o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro ano de governo do ex-presidente Lula, mais do que discutir a legitimidade ou não desta greve específica, é preciso acabar com o vínculo entre polícias militares estaduais e Exército.
por Najla Passos, na Carta Maior
Brasília – Homicídios, roubos, saques. Confrontos entre manifestantes e forças policiais federais. A violência explode nas ruas da Bahia, enquanto policiais militares de capuz na cabeça e armas em punho amotinam-se na Assembleia Legislativa, atrás de aumento salarial. As notícias que chegam do estado assustam e reacendem debate sobre o papel da polícia militar (PM), organização que tem no DNA a repressão popular e foi fartamente utilizada pela ditadura de 64 contra adversários.
O Brasil precisa de policiamento ostensivo feito por pessoas com cabeça e treinamento militar? PMs devem ter o direito à organização sindical como outras categorias, algo negado a militares? São perguntas com respostas difíceis e que desafiam até governos trabalhistas, como é o caso na Bahia, onde as negociações parecem não avançar.
Para o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro ano de governo do ex-presidente Lula, mais do que discutir a legitimidade ou não desta greve específica, é preciso acabar com o vínculo entre polícias militares estaduais e Exército.
“A estrutura organizacional da segurança pública no Brasil, herdada da ditadura, é um arranjo negativo para todos, que prejudica a sociedade, os governos e os próprios trabalhadores policiais”, afirma. “Se o cordão umbilical da PM com o Exército não for cortado, teremos sempre o grito das ruas, a chantagem e o acuamento dos governos.”
Segundo ele, apesar de as PMs terem funções diversas das atribuídas às Forças Armadas, elas são subordinadas não só aos governos estaduais, mas ao próprio Exército. E isso implica proibição de organização sindical. Sem liberdade para se organizarem de forma democrática, às vezes insatisfações funcionais explodem em praça pública.
“E quem acaba liderando essas explosões não são lideranças legítimas, qualificadas, com experiência política, mas quem fala mais alto, consegue mobilizar as paixões e não se intimida em chantagear os governos para alcançar seus objetivos”, afirma.
Para o antropólogo, não é com vandalismo, armas e máscaras que trabalhador deve se organizar. Mas ele acredita que os governos também são culpados, ao fazer “vista grossa” a reivindicações dos PMs.
Especializado em polícias militares, o sociólogo Romeu Karnikowski lembra que elas surgiram depois da proclamação da República como milícias a serviço de oligarquias locais. “A baiana, inclusive, participou ativamente da repressão à Canudos”, afirma, em referência ao movimento de caráter religioso liderado por Antônio Conselheiro no fim do século 19.
Segundo o sociólogo, com a centralização do poder militar no Exército, sob controle federal, as polícias militares assumiram a exclusividade do policiamento ostensivo nos estados. “As polícias militares deveriam ter sido extintas, mas foram reativadas pela ditadura para atuarem como forças repressivas, e não como polícias de segurança”.
A violência contra a casta mais baixa dos PMs só se agravou no período. “A submissão dos praças sempre foi tão grande que, até a Constituição de 1988, eles não tinham sequer o direito de votar nas eleições”, conta.
Mas o “desaquartelamento” da corporação trouxe benefícios, na opinião do estudioso. “Jogados no policiamento ostensivo, os policiais ficaram mais expostos ao contato com a população civil e começaram a desenvolver outra percepção de cidadania. A capacidade reivindicatória cresceu. A luta de classes dentro das polícias, que estava latente, só se intensifica”, afirma.
Para Karnikowski, é neste contexto que a greve da PM baiana precisa ser analisada. “Mais do que um movimento reivindicatório, é uma manifestação da crise estrutural das polícias brasileiras e uma luta social que, infelizmente, parte da esquerda não sabe como lidar. Um exemplo disso é o governador Jacques Wagner [PT] enviar tropas para cercar a Assembleia Legisltiva da Bahia, tensionando ao limite essa crise”.
O governador estava no exterior em viagem com a presidenta Dilma Rousseff, quando o motim começou.
O comando do Exército na jurisdição dentro da qual está a Bahia, a VI região militar, pertence ao general Gonçalves Dias. O general foi chefe da segurança do ex-presidente Lula durante os oito anos de mandato do petista. G.Dias, como era conhecido nos tempos de Presidência, é quem está à frente das operações militares hoje na Bahia contra os amotinados.
*Tecedora
PiG não parou
obra do São Francisco
Saiu no Blog do Planalto
Governo quer resultados, diz presidenta Dilma sobre obra de integração do São Francisco
Na primeira etapa da visita às
obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Pernambuco, a
presidenta Dilma Rousseff disse hoje (8) que vai cobrar o cumprimento
dos prazos e metas para execução da obra. Segundo ela, superada a fase
de renegociação de contratos, o governo agora quer resultados.
“O ministro [Fernando Bezerra]
negociou contratos, reequilibrou esses contratos e agora nós temos uma
clara perspectiva de fazer com que essa obra entre em regime de cruzeiro
e não tenha nenhum problema de continuidade. Essa obra é estratégica
para o país. Ela é também uma obra desafiadora, prioritária para o
governo e para o Brasil. É uma obra que nós daremos integral apoio e
agora nós queremos resultado. E isso será cobrado”, disse a presidenta
em entrevista coletiva na cidade de Floresta, em Pernambuco.
Ela disse ainda que pretende “olhar
detalhadamente os prazos” para cobrar as metas de execução da obra de
integração do Rio São Francisco. Segundo a presidenta, o governo
pretende “tirar o investimento público do papel” para garantir o
crescimento econômico e a melhoria das condições de vida da população.
“Nós vamos tirar o investimento
público do papel. Daqui para frente, não há justificativa nenhuma para
que esses investimentos não saiam. Para o país crescer, para melhorar as
condições de vida população, tem certas obras que são estruturantes,
são prioritárias. Esse é uma obra estruturante e prioritária para o
Nordeste.”
*PHA
Obama "é um fascista por necessidade", diz Fidel Castro
O líder
cubano Fidel Castro afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, é um "fascista por necessidade", e disse que Israel "faz o que
tem vontade" porque tem um arsenal nuclear, em um vídeo divulgado nesta terça-feira pela televisão cubana.
O
ex-presidente americano Franklin D. Roosevelt (1933-1945) "pelo menos
era anti-hitlerista e essa gente é hitlerista, esses são fascistas,
alguns por definição e outros por necessidade", disse Fidel sobre os
líderes americanos, na apresentação de suas memórias Fidel Castro. Guerrilheiro do Tempo.
"Obama,
eu diria, é um fascista por necessidade, porque não posso pensar que
ele acredite de verdade que o fascismo é bom", completou Fidel, 85 anos,
que deixou o poder em 2006 por razões de saúde.
"Os outros são
fascistas por definição. E alguns são é loucos", completou Fidel, em sua
primeira aparição pública desde abril de 2011, quando deixou a chefia
do gabinete do Partido Comunista (único), em seu VI Congresso.
O
livro, fruto de conversas com a jornalista cubana Katiuska Blanco, foi
apresentado na última sexta-feira em um salão do Palácio das Convenções
de Havana pelo ministro da Cultura, Abel Prieto, e pelo presidente da
União de Escritores e Artistas, Miguel Barnet.
Fidel
Castro, que respondeu perguntas do público na apresentação do livro,
também atacou Israel. "Israel tem cerca de 300 projéteis nucleares, dos
mais modernos, que podem ser colocados em qualquer lugar do mundo e, além disso, (Israel) faz o que tem vontade", disse.
Obama
"é prisioneiro disso. São pessoas meio transtornadas, alguns dos que
estão ali. Podem desatar uma guerra tranquilamente", completou.
*JB
Malvinas: Argentina fará queixa ao Conselho de Segurança
Enviado por luisnassif, qua, 08/02/2012 - 10:30 Por Paulo F.Do Diário de Notícias de Lisboa
Kirchner queixa-se na ONU da militarização britânica
por LusaHoje
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, acusou o Reino Unido de "militarizar o Atlântico Sul" Fotografia © Enrique Marcarian/ Reuters
*Nassif
Reflexos na Espanha
O aumento da tensão entre Argentina e Inglaterra em relação às ilhas gerou reflexos na Espanha, que reabriu o debate sobre a soberania de Gibraltar, também sob domínio britânico. Assim como a Argentina, a Espanha mantém há anos uma disputa com o governo britânico para tentar recuperar território que lhe pertence historicamente.
Pimentel: da inércia à intolerância
Na semana passada, em Nova York, o ministro Fernando Pimentel, da Indústria e Comércio Exterior, disse a seguinte sandice aos jornais e agências locais: “Nossas relações com a Argentina são boas, mas na área comercial eles nos criam muito problemas”.
As Malvinas são argentinas! E luta agora é do Continente
Há três anos iniciei neste blog
uma campanha pela unificação política e econômica da América do Sul.
Como frase síntese escolhi, na verdade, um grito: As Malvinas são
argentinas. Era uma forma de mostrar um sentimento de unidade
continental que vai muito além dos interesses comerciais de um Mercado
Comum.
Creio não estar sendo
pretensioso se disser que minha iniciativa foi pioneira. Seja como for,
hoje o grito das Malvinas ecoa de forma comovente e contagiante no
Twitter e outros veículos da Internet, no Brasil e na América do Sul.
Mas,
independente de tudo, isso a luta pelas Malvinas prossegue de forma
efetiva. Há uma solidariedade oficial e prática de quase todas as
nações sulamericanas. Exemplo disso é o fato de que navios britânicos,
com destino às ilhas, estão proibidos de atracar na grande maioria dos
portos do Continente. Sendo que Brasil e Uruguai foram os primeiros a
adotar essa medida.
E agora,
lembrando o 30º Aniversário Guerra da Malvinas, vou apenas destacar a
absoluta coincidência entre o que temos dito neste blog e o discurso
feito ontem pela presidenta argentina, Cristina Fernandez Kirchner:
“As
Malvinas deixaram de ser causa argentina para passar a ser uma causa
da América do Sul”, disse a presidenta em seu discurso. Para ela, o
problema das Malvinas se tornou uma causa regional e global, pois a
Inglaterra está militarizando o Atlântico Sul. “Não podemos interpretar
de outra forma o envio do moderno navio de guerra inglês às ilhas”,
afirmou. Além disso, Cristina aponta outro indício da tentativa da Grã
Bretanha de militarizar a região com o fato de o Príncipe William ter
aparecido em público utilizando roupas militares – e não civis.
A
presidenta afirmou que a Argentina vai denunciar essa militarização
das ilhas no Conselho de Segurança da ONU e na assembléia da
organização. O país já havia levado anteriormente à organização o
problema da disputa pela soberania na região.
Por
outro lado, ela lembrou que os conflitos na América do Sul nunca
necessitaram do apoio de organizações internacionais para serem
solucionados. E aponta o contraste: “Os conflitos que acontecem
atualmente em outras regiões do mundo e que foram levados ao Conselho
de Segurança acabaram por se aprofundar e não foram solucionados”,
acusou.
A presidenta defendeu
uma solução pacífica com a Inglaterra e lembrou a resolução das Nações
Unidas, que determina que ambos os países iniciem negociações para
solucionar a disputa sobre as ilhas que possuem uma quantidade
incalculável de petróleo. “A Inglaterra se recusa a cumprir essa
resolução e usurpa as Malvinas como se fossem troféu de guerra”, disse.
Reflexos na Espanha
O aumento da tensão entre Argentina e Inglaterra em relação às ilhas gerou reflexos na Espanha, que reabriu o debate sobre a soberania de Gibraltar, também sob domínio britânico. Assim como a Argentina, a Espanha mantém há anos uma disputa com o governo britânico para tentar recuperar território que lhe pertence historicamente.
Pimentel: da inércia à intolerância
Na semana passada, em Nova York, o ministro Fernando Pimentel, da Indústria e Comércio Exterior, disse a seguinte sandice aos jornais e agências locais: “Nossas relações com a Argentina são boas, mas na área comercial eles nos criam muito problemas”.
Só
espero que esta pérola da inconveniência política e diplomática seja
algo que passou pela cabeça do ministro, apenas. E que ela são seja
compartilhada pela presidenta Dilma.
Dificuldades
entre parceiros político e de zonas de livre comércio são naturais,
como atestam as atuais negociações no âmbito da União Européia. E na
própria Federação Brasileira há uma concorrência acirrada entre os
estados. Veja-se a disputa pelos royalties do pré-sal e a permanente
guerra fiscal travada entre estados produtores e consumidores ou que
disputam grandes investimentos privados.
De
resto, é normal que cada país defenda, em primeiro lugar, o emprego de
seus trabalhadores. E, em função disso, assistimos em todos os países a
algumas atitudes protecionistas como as que o Brasil pratica
corriqueiramente.
Finalmente, os
argentinos argumentam que a queixa do ministro brasileiro e descabida,
posto que no ano passando as relações comerciais entre os dois países
deixaram um saldo de US$ 6 bilhões a favor do Brasil.
Se
o Brasil decidiu que o Mercosul, e portanto a Argentina, é nossa
aliança estratégica número 1, é preciso criar mecanismos de
compensações e, sobretudo, programas de integração industrial, com
exploração compartilhada de alguns seguimentos.
Recentemente
o presidente da FIESP, Paulo Skaf fez uma proposta criativa e
construtiva. Ele se dispõe a liderar uma comitiva de industriais
brasileiros para entregar à presidenta Cristina F Kirchner uma
proposta no sentido de que as enormes encomendas da Petrobras, sejam
compartilhadas pelas indústrias navais dos dois países.
Este
é apenas um bom exemplo. Na área da indústria aeronáutica e da aviação
regional, também poderiam ser feitos muitos acordos do mesmo tipo,
bem como no setor da aviação regional, com a utilização de aviões de
médio porte. A EMBRAER poderia instalar, na Argentina, uma unidade onde
seriam montados parte de seus produtos.
Ainda
ontem, o presidente Chávez, da Venezuela, anunciou a possível compra
de aparelhos da EMBRAER, para operar nas linhas regionais de seu país. A
encomenda, da ordem de US$ 800 milhões, contaria com financiamento
parcial do BNDES.
O ministro
Pimentel é pouco criativo e quase inerte, como demonstra o fato de até
hoje não ter apresentado algo nem ao menos parecido com um programa
nacional de desenvolvimento industrial. Se é assim, que ele seja
econômico também com as palavras.
*Turquinho
*Turquinho
Ministra critica uso de crianças como escudo humano por PMs baianos em greve
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, Maria do Rosário, fez hoje (7) duras críticas à estratégia
adotada pelos policiais militares em greve na Bahia. Segundo ela, o “uso
de crianças como escudo humano” é reprovável. A ministra manifestou
apoio ao governador do estado, Jaques Wagner, na condução das
negociações.
“O ministro José Eduardo Cardozo está fazendo encaminhamentos pelo
governo federal. Não consideramos que se trate de um movimento social. É
uma atitude violenta contra a população, por parte de alguns que se
apresentam como grevistas”, disse a ministra à Agência Brasil, após
participar da cerimônia em comemoração à sanção da Lei do Sistema
Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
Maria do Rosário disse esperar que o Ministério Público ajude a
encontrar uma solução para o caso. “Reprovamos o uso de crianças como
escudo humano”, enfatizou.
A Lei do Sinase organiza e regulamenta a execução das medidas
socioeducativas destinadas aos adolescentes envolvidos na prática de ato
infracional e recomenda que a aplicação da pena seja individualizada,
levando em conta condições como doenças, deficiências ou dependência
química.
Com a nova lei, será possível, segundo Maria do Rosário, a criação de um
sistema efetivo a partir da definição das responsabilidades dos
estados, municípios e da União, além de melhor definir o papel do
Judiciário nas questões envolvendo menores infratores.
“Não pretendemos transferir responsabilidades. Estamos aqui para exercê-las”, disse a ministra.
A nova lei garante ainda o acesso dos jovens infratores à educação,
capacitação profissional e ao retorno à escola pública após o período
nas unidades de internação. Outra novidade da lei é dar aos jovens
casados ou com relacionamento estável o direito a visitas íntimas –
permitidas apenas após autorização do juiz responsável pelo
acompanhamento.
Edição: Lílian Beraldo
*esquerdopata
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