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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Servil aos EUA, México morre de fome
Por Laura Carlsen, no sítio da Adital:
Desde que o México aprovou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Tlcan), milhões de mexicanos uniram-se às filas dos famintos. Enquanto a violência e o sangue da guerra contra as drogas se apoderam das manchetes dos jornais, muitos mexicanos, sobretudo mulheres e crianças, enfrentam a silenciosa e violenta sorte da fome.
Desde que o México aprovou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Tlcan), milhões de mexicanos uniram-se às filas dos famintos. Enquanto a violência e o sangue da guerra contra as drogas se apoderam das manchetes dos jornais, muitos mexicanos, sobretudo mulheres e crianças, enfrentam a silenciosa e violenta sorte da fome.
*Miro
Base de Alckmin atrapalha investigação sobre Pinheirinho
O
deputado estadual Ari Fossen (PSDB) utilizou-se de uma manobra nesta
quarta-feira (8) para impedir que os comandantes da operação de
reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, no
interior paulista, fossem à Assembleia Legislativa explicar os abusos
cometidos com famílias que ocupavam o terreno.
O
requerimento pedindo a convocação do coronel da Polícia Militar Manoel
Messias e de Fábio Cesnik, delegado responsável pela Delegacia Seccional
de São José dos Campos, foi protocolado pelo presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Alesp, deputado Adriano Diogo (PT). Ari Fossen pediu
vistas ao requerimento, excluindo-o temporariamente da pauta.
O
petista questiona os comandantes sobre as razões pelas quais a
reintegração foi conduzida com tamanha violência e ainda por que alguma
informações, como o número de feridos, foram escondidas da população. Na
próxima reunião da Comissão, marcada para terça-feira (14), os temas
serão novamente inseridos na pauta.
CPI
Em
paralelo aos trabalhos na Comissão de Direitos Humanos, o PT está
colhendo assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) a fim de apurar os excessos cometidos pela polícia no
Pinheirinho. De acordo com o deputado Marco Aurélio (PT), autor do
requerimento, faltam apenas cinco parlamentares apoiarem a iniciativa
para se chegar às 32 assinaturas necessárias para a instalação.
A Rede
Brasil Atual noticiou nesta terça-feira (7) que o governo tem alertado
sua base para não colaborar com a CPI. Marco Aurélio relatou que alguns
deputados concordam com as investigações. No entanto, temem uma
represália do executivo.
Entenda o caso
A
decisão da juíza Marcia Loureiro que viabilizou a reintegração de posse
do terreno passou por cima de liminar da Justiça Federal, que suspendia
a ação de reintegração por 15 dias. Acreditava-se que um acordo estaria
próximo de acontecer, uma vez que deputados estaduais, senadores e
governo federal articulavam uma solução sem confrontos.
O
juiz auxiliar do TJ Rodrigo Capez cassou todas as liminares impetradas
pelos movimentos sociais. A ação ocorreu na madrugada de 22 de janeiro e
contou com efetivo de 2 mil policiais militares, inclusive da Tropa de
Choque. De acordo com o deputado estadual Marco Aurélio (PT), foram
gastos aproximados R$ 103 milhões na operação. O terreno pertencia à
massa falida das empresas do especulador Naji Nahas.
Por: Rede Brasil Atual
*Ocarcará
As taras eclesiásticas ficam caras
Casos de pedofilia custaram US$ 2 bilhões à Igreja Católica
O custo financeiro direto do escândalo de pedofilia supera para a Igreja Católica 2 bilhões de dólares, embora não seja comparável à “perda da inocência” das vítimas, disseram nesta quarta-feira dois especialistas em um simpósio sobre o tema em Roma.
Os casos de abusos sexuais a menores já custaram à Igreja Católica em
nível internacional mais de US$ 2 bilhões, informaram nesta
quarta-feira os americanos Michael Bemi e Patricia Neal no simpósio
organizado pelo Vaticano para discutir os escândalos de clérigos
pedófilos. Michael Bemi, do National Catholic Risk
Retention Group, de Vermont, e Patricia Neal, diretora do programa de
proteção de crianças VIRTUS, disseram no terceiro dia do evento,
realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, que esses
casos tiveram "profundas consequências negativas" para a Igreja
Católica. Os dois especialistas detalharam que não é possível avaliar
os danos causados nas vítimas, cujas vidas mudaram para sempre, e por
isso analisaram apenas os prejuízos causados à Igreja por estes
escândalos.
Esses US$ 2
bilhões foram pagos nos acordos estabelecidos durante os processos das
vítimas contra as dioceses, em julgamentos, assessorias legais,
tratamentos para as vítimas e acompanhamento dos agressores, entre
outros gastos. Sobre as pessoas que sofreram abusos, Bemi e Neal
destacaram que ainda não existe um estudo em nível mundial, mas que, só
nos Estados Unidos, a estimativa é que 100 mil pessoas foram vítimas
desses abusos. Esse número deve ser somado às centenas de casos
denunciados na Irlanda, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil,
Canadá, Chile, Índia, Holanda, Filipinas e Suíça, entre outros países.
Bemi e Neal frisaram que os escândalos sexuais, além de custar uma
quantidade de dinheiro que podia ser destinado à construção de
hospitais, escolas, seminários e igrejas, causaram doenças e transtornos
psíquicos, emocionais e sexuais às vítimas, assim como traumas nos
familiares. E, além disso, dispararam as suspeitas em relação a todos os
padres e aumentou o distanciamento dos laicos da Igreja. Os dois
especialistas asseguraram que é preciso dissipar qualquer equívoco e
reconhecer que os escândalos não foram exagerados pelos "meios de
comunicação ateus" e que os crimes não têm nada a ver com a orientação
sexual, "já que a realidade é que nem a homossexualidade nem a
heterossexualidade são um fator de risco, e sim a orientação sexual
desordenada ou confusa".
Também discursou o promotor do Vaticano, Charles Scicluna, que disse
que é errado e injusto aplicar a "lei do silêncio" aos casos de
pedofilia e que a Igreja tem a obrigação de cooperar com as autoridades
civis. "É essencial essa cooperação. O abuso sexual a menores não é só
um delito canônico, se trata também de um delito previsto no Direito
Civil", destacou Scicluna. O prelado ressaltou que reconhecer e admitir a
verdade absoluta "com todas as dolorosas repercussões e consequências"
é o ponto de partida para uma cura autêntica, tanto das vítimas quanto
do autor dos abusos. De acordo com o promotor, as vítimas precisam ser
ouvidas com atenção e tratadas com dignidade quando embarcam na
"esgotante" viagem da recuperação e da cura, e que por isso é necessária
a ajuda de especialistas.
Scicluna acrescentou ser extremamente importante que o abusador
admita seu pecado, seu crime e sua responsabilidade pelos danos
causados às vítimas, à Igreja e à sociedade. O promotor se referiu às
medidas adotadas por Bento XVI em 2010 contra a pedofilia, entre elas a
ampliação de 10 para 20 anos do tempo para denunciar os abusos e a
introdução do delito de aquisição, posse e difusão de pornografia
infantil por parte dos clérigos. Scicluna destacou que no sacerdócio e
na vida religiosa não há lugar para nada que prejudique os jovens e
garantiu que nenhuma estratégia de prevenção de abusos por parte da
Igreja irá funcionar se faltar credibilidade.
Do simpósio participam 110 representantes de conferências episcopais e
30 superiores religiosos, que realizaram hoje uma vigília penitencial
na qual o cardeal Marc Oullet, prefeito da Congregação para os Bispos,
pediu perdão a Deus e às vítimas pelos abusos sexuais cometidos por
padres, que classificou como "fontes de vergonha e um escândalo enorme".
TERRA
NOVO PODER DO BRASIL INCOMODA AS POTENCIAS COLONIAIS EUROPEIAS DECADENTES
'Para virar potência, Brasil não pode ‘ser amigo de todo mundo’, diz FT
'Os diplomatas brasileiros sabem que, conforme o país cresce como potência econômica, terá de se tornar mais assertivo sobre aquilo que defende', diz artigo'
'Se quiser se tornar uma potência global, o Brasil não poderá mais "ser amigo de todo mundo",
LONDRES - na
visão do Financial Times. O jornal britânico traz hoje artigo com
críticas sobre a política externa brasileira, principalmente a respeito
do relacionamento com Cuba e o Irã.
Segundo
o FT, o novo papel na economia mundial impede que o Brasil continue
adotando como política a não interferência em temas de outros países.
"Os diplomatas brasileiros sabem que, conforme o país cresce como
potência econômica, terá de se tornar mais assertivo sobre aquilo que
defende", diz o artigo, assinado por Joe Leahy, jornalista do FT em São
Paulo.
A despeito da tentativa de desqualificação da direitona mundial, o medo é da expansão comercial e influencia cultural brasileira, que prega constitucionalmente a não ingerência em assuntos internos de outros países. |
Ele critica a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tentativa de mediar um acordo nuclear com o Irã, juntamente com a Turquia, o que considerou uma "gafe". Segundo o artigo, Teerã não se mostrou interessado e Lula saiu como amigo de um governo autoritário, liderado por Mahmoud Ahmadi-Nejad.
Na verdade, o Irã aceitou o acordo, posteriormente barrado pelos Estados Unidos.
Mediação brasileira - Obama deu o aval e pagou para ver,depois recuou - Os EUA não permitirão facilmente que nenhuma potencia econômica moderna, feito o Brasil,tenha mais influencia nesta estratégica região que eles próprios e seus sócios europeus ocidentais, onde Israel é o cão de guarda do império. |
Para o FT, o governo de Dilma Rousseff vem mostrando uma visão mais "pragmática" sobre a política externa. Mostra disso foi o voto na ONU a favor do envio de inspetores de direitos humanos para o Irã e a concessão de visto de turista para a ativista cubana Yoani Sánchez.
Ainda assim, o FT critica a postura adotada pela presidente brasileira Dilma Roussef (foto acima), na recente viagem a Cuba, quando evitou comentar a questão dos direitos humanos e apontou o dedo para os Estados Unidos, afirmando que a discussão passava pela prisão militar norte-americana em Guantánamo (foto abaixo).
Para o jornal britânico, a postura de não interferência servia no passado, quando o País enfrentava os problemas da inflação e do alto endividamento. "O crescimento econômico do País na última década está gerando mais pressão sobre os líderes em Brasília para que adotem posição sobre as questões globais."
Daniela Milanese, correspondente da Agência Estado / fotos com legendas do militanciaviva
Prisco se rende e greve da PM, enfim, deve terminar
No
10º dia de paralisação da Polícia Militar na Bahia, o presidente da
Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia
(Aspra), Marco Prisco – líder do movimento –, enfim, resolveu se render.
Detentor de um dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça, que
havia considerado a paralisação ilegal, ele e seus comandados deixarão
as dependências da Assembleia Legislativa ainda na manhã desta
quinta-feira (9). O advogado do grupo, Jonas Benícios, já esteve em
contato com o comando do Exército e a cúpula da Secretaria de Segurança
Pública para organizar a saída dos amotinados. Os militares que fazem o
cerco ao prédio já estão posicionados para "recepcionar" os insurgentes.
A previsão é a de que, por volta das 5h30, a remoção dos rebeldes seja
iniciada. Com a rendição de Prisco e seus liderados, o fim da greve deve
ser anunciado em poucas horas.
http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/110858-prisco-se-rende-e-greve-da-pm-enfim-deve-terminar.html
http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/110858-prisco-se-rende-e-greve-da-pm-enfim-deve-terminar.html
*Ajusticeiradeesquerda
Serra à beira de um ataque de nervos
Emparedado
politicamente no PSDB e sem ter como verter seus rancores com Aécio,
Alckmin e FHC, José Serra areganha os dentes para o governo e para o PT,
em seu artigo, hoje, no Estadão.
Numa linguagem pra lá de agressiva, tenta comparar os episódios da Bahia e do Pinheirinho, o que é, já de plano, uma sandice. Primeiro, não se está invadindo com polícia a casa de quem está lá, quieto. Aliás, não se está invadindo nem mesmo a Assembléia tomada pelos policiais com o Exército. Embora não reflita, certamente, o ânimo da maioria dos policiais, a revelação de que o líder da manifestação – por sinal, alojado no PSDB - dialogava com outro policial que ia “queimar carretas na BR” mostra a falta de equilíbrio que tomou conta do grupo dirigente do movimento, e nem assim se está ordenando uma invasão brutal como a de Pinheirinho, mesmo com mandados judiciais a cumprir.
Serra compara o movimento dos policiais baianos ao de policiais civis paulistas em seu Governo. Mas, naquela ocasião, o que se fazia senão uma passeata? Tomou-se a Assembléia paulista? Ninguém está pondo em questão o direito de qualquer categoria se manifestar, reivindicar. E, felizmente, sem o comportamento tucano do “reustaure-se a ordem a qualquer preço”, a ocupação da Assembleia acaba de terminar, sem qualquer agressão ou violência estúpida.
Aí está a diferença, senhor Serra. A prudência, o limite, a falta de quer fazer do “prendo e arrebento” uma ferramenta de marketing político.
Daí, Serra descamba para os aeroportos, dizendo que tudo o que foi feito é o que ele desejava fazer. Ótimo, então porque o senhor não aplaude? Criticar a forma de concessão que preserva o controle público sobre o aeroporto de Viracopos? Como, se é esta a fórmula que, em 2008 (e não 2007, como é dito no artigo) estava em discussão? Não seria bom, também, informar aos seus leitores que houve um longo processo de desapropriação para permitir a expansão do aeroporto, que até 2010 sequer tinha as obras aprovadas pelo Governo de SP, como se vê nesta manifestação de seu auxliar e presidente dos tucanos paulistas, Alberto Goldman (na qual, aliás, ele defende que o “trem bala” fique restrito ao trecho paulista, excluindo o Rio de Janeiro).
Como já disse, pode-se discutir conveniência ou não da administração dos três aeroportos concedidos por grupos privados, mas não se pode mentir sobre fatos. Dizer que a concessão destes aeroportos foi “satanizada” pela candidata que o derrotou não corresponde aos fatos, porque ela o disse claramente na televisão. Podemos até não gostar disso, mas não manipular fatos.
Porque Serra termina seu destampatório dizendo ser um dos que acredita que “política também se faz com princípios, programa e coerência”.
E nós vimos, durante a campanha a que “princípios, programa e coerência” está ligado o comportamento de José Serra.
PS. Como sempre, nas manifestações de Serra, sobra para a blogosfera. Seríamos “como aquelas antigas claques de auditório, seguindo disciplinadamente as placas que alternam “aplaudir”, “silenciar” e ‘vaiar’ “. Ele não perdoa a internet por ter feito o “A privataria tucana”vencer o silêncio da grande mídia, que – ela, sim - segue as plaquinhas a que ele se refere. Ou ele queria que, na internet, só o Reinaldo Azevedo falasse?
*Tijolaço
Numa linguagem pra lá de agressiva, tenta comparar os episódios da Bahia e do Pinheirinho, o que é, já de plano, uma sandice. Primeiro, não se está invadindo com polícia a casa de quem está lá, quieto. Aliás, não se está invadindo nem mesmo a Assembléia tomada pelos policiais com o Exército. Embora não reflita, certamente, o ânimo da maioria dos policiais, a revelação de que o líder da manifestação – por sinal, alojado no PSDB - dialogava com outro policial que ia “queimar carretas na BR” mostra a falta de equilíbrio que tomou conta do grupo dirigente do movimento, e nem assim se está ordenando uma invasão brutal como a de Pinheirinho, mesmo com mandados judiciais a cumprir.
Serra compara o movimento dos policiais baianos ao de policiais civis paulistas em seu Governo. Mas, naquela ocasião, o que se fazia senão uma passeata? Tomou-se a Assembléia paulista? Ninguém está pondo em questão o direito de qualquer categoria se manifestar, reivindicar. E, felizmente, sem o comportamento tucano do “reustaure-se a ordem a qualquer preço”, a ocupação da Assembleia acaba de terminar, sem qualquer agressão ou violência estúpida.
Aí está a diferença, senhor Serra. A prudência, o limite, a falta de quer fazer do “prendo e arrebento” uma ferramenta de marketing político.
Daí, Serra descamba para os aeroportos, dizendo que tudo o que foi feito é o que ele desejava fazer. Ótimo, então porque o senhor não aplaude? Criticar a forma de concessão que preserva o controle público sobre o aeroporto de Viracopos? Como, se é esta a fórmula que, em 2008 (e não 2007, como é dito no artigo) estava em discussão? Não seria bom, também, informar aos seus leitores que houve um longo processo de desapropriação para permitir a expansão do aeroporto, que até 2010 sequer tinha as obras aprovadas pelo Governo de SP, como se vê nesta manifestação de seu auxliar e presidente dos tucanos paulistas, Alberto Goldman (na qual, aliás, ele defende que o “trem bala” fique restrito ao trecho paulista, excluindo o Rio de Janeiro).
Como já disse, pode-se discutir conveniência ou não da administração dos três aeroportos concedidos por grupos privados, mas não se pode mentir sobre fatos. Dizer que a concessão destes aeroportos foi “satanizada” pela candidata que o derrotou não corresponde aos fatos, porque ela o disse claramente na televisão. Podemos até não gostar disso, mas não manipular fatos.
Porque Serra termina seu destampatório dizendo ser um dos que acredita que “política também se faz com princípios, programa e coerência”.
E nós vimos, durante a campanha a que “princípios, programa e coerência” está ligado o comportamento de José Serra.
PS. Como sempre, nas manifestações de Serra, sobra para a blogosfera. Seríamos “como aquelas antigas claques de auditório, seguindo disciplinadamente as placas que alternam “aplaudir”, “silenciar” e ‘vaiar’ “. Ele não perdoa a internet por ter feito o “A privataria tucana”vencer o silêncio da grande mídia, que – ela, sim - segue as plaquinhas a que ele se refere. Ou ele queria que, na internet, só o Reinaldo Azevedo falasse?
*Tijolaço
Aeroportos: Dirceu quer
a CPI da Privataria, já !
Este ansioso blogueiro, desde o primeiro momento,
observou que a principal diferença entre a privatização dos aeroportos
de Guarulhos, Brasília e Campinas, no Governo Dilma, e a Privataria no
Governo do Privatizador-Mor, Cerra e seu presidente-mentor, o Farol de
Alexandria, era exatamente essa: a Privataria Tucana.
Cabe observar, agora, que José Dirceu (o mensalão ainda está por provar-se diz o Mino Carta), ainda líder do PT, pela primeira vez põe a tropa na rua e pede a CPI da Privataria.
Por falar nisso, deputado Marco Maia, é bom ser deputado federal ?
E ser ex-deputado – será que dói ?
O Conversa Afiada foi ao Blog do José Dirceu e o transcreve: CPI da Privataria, já !
Cabe observar, agora, que José Dirceu (o mensalão ainda está por provar-se diz o Mino Carta), ainda líder do PT, pela primeira vez põe a tropa na rua e pede a CPI da Privataria.
Por falar nisso, deputado Marco Maia, é bom ser deputado federal ?
E ser ex-deputado – será que dói ?
O Conversa Afiada foi ao Blog do José Dirceu e o transcreve: CPI da Privataria, já !
Gritaria contra as concessões tem duas boas razões
Os tucanos estão inquietos,
desarvorados diante do sucesso do leilão dos aeroportos de Guarulhos,
Brasília e Campinas, do qual participaram 11 consórcios e se chegou a um
ágio médio de 348% acima do preço inicial.
Foi o suficiente para várias
estrelas de plumagem colorida tucana saírem do ninho para criticar as
concessões dos aeroportos. Fazem de tudo para passar à opinião pública a
ideia de que elas são a retomada do processo de privatização que eles
promoveram durante os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso.
O agora – e de novo –
presidenciável senador Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, acusa o PT de
copiar iniciativas econômicas da gestão tucana. “Há um software pirata
em execução no Brasil. Porque o original é nosso”, afirmou. Outro
senador tucano, Aloysio Nunes Ferreira Ferreira Filho (PSDB-SP) prefere a
ironia: “Quero saudar esse reposicionamento do PT em relação às
privatizações. Vamos ficar livres da cantilena do PT que a cada eleição
as demoniza”.
E o mais destacado editorial do
principal reforço tucano nessa linha, o Estadão de hoje, tem o título
“A primeira privatização petista”. Entre os tucanos, a mais
entusiasmada com a estratégia de passar a opinião pública que o PT
também privatiza, a economista Elena Landau, em entrevista à Folha de
S.Paulo pontifica: “passei o bastão, a musa das privatizações agora é a
presidenta”. E fulmina: as concessões agora igualam o PT ao PSDB.
Desatinos da gestão tucana
Luiz Carlos Mendonca de Barros –
presidente do BNDES e ministro das Comunicações no governo FHC até faz
reparos. O modelo das concessões dos aeroportos, confessa, “não é o meu
modelo ideal”. Realmente, concordo, não é o mesmo modelo que deu de
presente a Vale e retirou o Estado da telefonia desnacionalizando o
setor.
Toda essa orquestração não
passa de desespero do tucanato frente ao sucesso das concessões feitas
pelos governos do PT. Aliás, há que se diferenciar concessão de
privatização, como bem pontua, hoje, o nosso colaborador José Augusto
Valente, em seu artigo “Governo faz gol de placa em licitação de
aeroportos ”.
Com estas concessões de agora,
apenas repete-se o bom desempenho dos governos dos presidentes Lula e
Dilma Rousseff no setor de rodovias – concedidas mediante exigências
completamente diferentes das estabelecidas nesta área pelo tucanato. E
vêm aí as concessões dos portos e as revisões dos contratos das
ferrovias, onde nunca o poder público investiu tanto.
É bom que se diga, ainda, que
boa parte das ações do governo é feita para consertar desatinos da
gestão tucana. É por isso que hoje assistimos a ampliação dos
investimentos públicos na infraestrutura, em energia, petróleo e gás,
que praticamente não existiram nos oito anos da era FHC.
Arrogância e desespero
Quando os tucanos apresentam as
concessões como “privatizações” – e eles sabem a diferença – e com
apoio de parte da mídia, as consideram prova de que não temos
“capacidade administrativa” e de investir, na verdade apenas externam
seu nervosismo e arrogância.
Comparando-se os dois períodos
(oito anos de tucanato e nove de petismo) os dados e números os
desmentem tranquilamente. No caso dos aeroportos, indicam exatamente o
contrário: foi o governo Lula quem mais investiu na área.
A percepção pode até ser outra – também, devidamente auxiliada pela mídia – mas porque vivemos um boom de crescimento do setor com o aumento do número de passageiros. O total de pessoas que viajam de avião mais do que dobrou na era Lula.
Passaram recibo
Na era tucana o cenário era
outro. O país parou, não crescia, e quebrou duas vezes. O Brasil foi de
pires na mão pedir dinheiro ao FMI. Não investia quase nada em
infraestrutura, e nada em petróleo e gás. Em energia, nem vale a pena
mencionar. O apagão de 2001 fala por si.
Tanto alarde feito pelo PSDB
comprova apenas uma coisa: os tucanos passaram recibo, estão com ciúmes!
Como vemos, o motivo para tanto nervoso é que… o Brasil está dando
certo!
Mas há, ainda, uma outra razão
oculta para os tucanos baterem tanto nos contratos de concessões. Eles
estão de olho é no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury
Ribeiro Jr., publicado pela Geração Editorial. Toda essa gritaria é para
esconder a privataria tucana denunciada no livro. Com documentos. Esta,
sim, precisa ser investigada e sua história contada…
*PHA
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